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A combinação entre dispersão espacial e integração global criou um novo papel estratégico para as cidades. Mesmo com a dispersão espacial das atividades econômicas provocadas pela

globalização e pelos avanços da tecnologia da informação, há uma urgência crescente pela centralização das empresas e do controle das operações nos centros das cidades. As formas espaciais e organizacionais assumidas pela globalização e o atual trabalho de operações

transnacionais reforçaram o papel das cidades como principais nós de produção e intercâmbio. Uma vez que os fluxos de capital e da informação têm uma origem e um destino, é fácil entender que os processos de globalização não se produzem às margens das cidades. Cada vez mais, os mercados econômicos solicitam lugares centrais para a realização das suas atividades. A crescente necessidade de serviços por parte das empresas de todos os ramos e a constituição da cidade como principal centro produtor desses serviços fizeram com que ela se tornasse um lugar estratégico para as atividades econômicas contemporâneas.

A natureza das principais atividades econômicas (relacionadas ao setor terciário, especialmente administrativas, financeiras, de entretenimento e consumo) dentro das cidades e o surgimento de novas formas de acumulação do capital a partir de 1980 (fornecimento de serviços efémeros em termos de consumo) fizeram com que as administrações urbanas passassem a prestar mais atenção ao clima de negócios, qualidades de infra-estrutura e fornecessem plataformas favoráveis ao desenvolvimento das atividades afinadas à tendência recente de acumulação do capital.

A partir do momento em que se compreendeu que o espaço urbano possuía um grande potencial para atrair investimentos, a produção e o consumo do espaço urbano atual passou a se relacionar com os processos econômicos globais. Como vimos no capítulo 1, uma das principais tarefas da nova gestão urbana vem sendo a de colocar as cidades em condições de competir

internacionalmente e de atrair atividades produtivas que estimulem a entrada dos fluxos financeiros e de consumo. O foco atual das cidades é a constituição de uma lógica de funcionamento característica dos novos processos econômicos globais, de organização da produção e de integração dos mercados.

O debate urbano atual passou a se dar em razão da competitividade da cidade. As cidades hoje têm combinado capacidade de inovação e dotação infra-estrutural como principais requisitos para se destacarem frente à atual competição intra-urbana. Segundo Botelho (2004), atualmente, as

cidades trabalham de quatro novas maneiras: como pontos de organização da economia mundial; como territórios-chave para as firmas de serviços especializados; como locais de produção; e como mercados para os novos produtos de inovação.

Verificamos que as cidades hoje admitem a qualidade do espaço urbano como meio de acumulação e reprodução do capital privado e defendem o desenvolvimento de projetos que promovam uma imagem positiva de si mesmas como propaganda para a atração desse capital. No momento em que as administrações urbanas perceberam a importância do espaço urbano para as atividades econômicas contemporâneas, elas passaram a promover a melhoria da qualidade do espaço público urbano.

As cidades passaram a desenvolver grandes projetos de renovação urbana para a atração de investimentos através do oferecimento de plataformas operativas favoráveis às atividades ligadas aos atuais processos econômicos globais. A construção de novos centros de negócios, serviços e turismo passaram a constituir um dos principais meios de promoção econômica, social e cultural das cidades.

Uma vez que esses centros vêm sendo considerados os principais motores do desenvolvimento urbano contemporâneo, as cidades têm buscado oferecer infra-estruturas operativas para que eles possam funcionar da maneira mais eficiente possível. É neste sentido que muitas cidades hoje estão se voltando para a implementação de infra-estruturas de comunicação e telecomunicação, de serviços avançados e realização de operações urbanas com foco no transporte de massa e zonas de atividades logísticas.

Pudemos constatar que cidades nos mais diversos contextos sociais e urbanos têm sido

pressionadas a responderem às mesmas pressões dos atuais processos econômicos internacionais. A necessidade de oferecer lugares adequados à nova lógica econômica global tem favorecido à implementação de atividades afinadas ao setor terciário e de serviços especializados e levado as cidades a produzirem locais semelhantes nos mais diferentes contextos.

Vimos no capítulo 1 que ao mesmo tempo em que se espera das cidades soluções para as

pressões provenientes do sistema econômico vigente, o respeito à memória coletiva e ao contexto local, tanto físico-espacial quanto sócio-cultural vêm sendo valorizados para o destaque de uma cidade em um mundo de crescente globalização cultural e econômica. Enquanto a globalização da economia tem acirrado a competição entre as cidades na atração de novos mercados e

investimentos, destaca-se a importância do entendimento da identidade urbana dentro de um mundo global. Numa época de globalização, parece essencial a manutenção de identidades urbanas e culturais diversificadas como um meio de estimular e preservar a identificação do indivíduo em uma sociedade concreta.

Embora a globalização promova a influência entre distintos contextos culturais, comunidades e regiões, ela também se faz acompanhar de um apelo em favor da valorização das diferenças e da singularidade do lugar. Ao mesmo tempo em que em uma economia global as cidades devem oferecer infra-estruturas adequadas para o seu crescimento econômico, cada vez mais se compreende a importância de se dar atenção à identidade urbana local. Considerando-a mais profundamente, verificamos que a globalização, na verdade, estimula e se alimenta da diferenciação.

Sugerimos que há um desejo por uma cidade que ao mesmo tempo em que deve cumprir exigências da competitividade global, deve também suprir necessidades de ordem local. Frente a uma globalização exacerbada, é chamada a atenção para a possibilidade de obter qualidade de vida a partir das especificidades locais. É nesse sentido que a pesquisa considerou que as forças econômico-global e sócio-cultural têm influenciado as decisões em torno da produção do espaço urbano contemporâneo. A partir das discussões estabelecidas no capítulo 1, pudemos traçar um quadro síntese com a caracterização das forças econômico-global e sócio-cultural em termos de objetivos e demandas, bem como possíveis respostas às pressões provocadas por essas duas forças (ver Quadro 1).

Destacamos que o objetivo da força econômico-global é, essencialmente, a atração, acumulação e reprodução do capital, e que ela solicita às cidades plataformas competitivas às atividades ligadas aos novos processos econômicos globais (infra-estruturas de comunicação, mobilidade e

acessibilidade e zonas de atividades logísticas) e o desenvolvimento de uma imagem de qualidade das cidades (serviços urbanos, de saúde, dedicados à cultura e centros turísticos). Destacamos também que a força sócio-cultural, de caráter local, tem como objetivo trabalhar as identidades locais como trunfo em um mundo de crescente homogeneização e estimular a afirmação das cidades através da identidade urbana. A apreensão e a interpretação da realidade, do contexto local, o estímulo à afeição dos usuários com o lugar e a valorização das tradições, etc, foram identificadas como algumas das manifestações dessa força local perante as pressões do

devem responder às pressões locais com projetos urbanos que promovam um sentimento de singularidade, auto-estima e continuidade nos cidadãos e visitantes das cidades.

Para verificarmos o rebatimento das forças econômico-global e sócio-cultural local em projetos de renovação urbana contemporâneos (ver capítulo 2), reduzimos o nosso universo empírico naqueles projetos urbanos de áreas de frentes d’água implementados em zonas obsoletas, devido à importância que vem sendo dada à recuperação desses locais para atração dos mercados internacionais. Estreitamente ligadas aos processos de globalização, conferimos que as

revitalizações em áreas de frentes d’água vêm transformando zonas decadentes em habitações de alto nível, parques públicos, feiras e áreas dedicadas ao entretenimento e ao turismo.

De uma maneira geral, não foi difícil perceber o rebatimento das influências das forças econômico-global e sócio-cultural nos produtos das intervenções urbanas selecionadas para a pesquisa. Ao identificarmos previamente as solicitações originárias dessas duas forças,

verificamos que, independente do contexto urbano local, ao estarem pressionados pelas mesmas forças global e local, projetos na Ásia, Europa e América do Norte respondem de maneira similar às pressões provenientes dessas suas forças.

Embora em alguns projetos exista uma maior preocupação em responder às pressões da força econômico-global, não podemos afirmar que houve uma desatenção à força que promove a valorização das identidades locais. De uma maneira geral, em todos os projetos observados encontramos sempre uma preocupação na valorização das particularidades locais como meio de promover uma imagem renovada e atrativa para investimentos privados ou públicos e de provocar uma maior afeição dos usuários com o local da intervenção.

Apesar de a grande maioria dos projetos de renovação urbana estar sendo criticada pela falta de identidade desses projetos com o local da intervenção, não podemos afirmar que eles são completamente alheios às particularidades do lugar. Verificamos que em algumas intervenções o apelo local foi responsável por mudanças e adaptações do projeto original para as necessidades particulares do local de intervenção, como por exemplo, o caso do projeto para a frente d’água de Brisbane. Embora estrategicamente apoiados nos mesmos objetivos econômicos, identificamos nesses projetos um esforço em dar respostas positivas às necessidades de ordem local, seja de modo particular ou como uma variação de uma solução encontrada em outro contexto urbano, social ou econômico.

A partir da comparação dos subprodutos dos projetos urbanos ilustrados no capítulo 2,

sugerimos uma Pauta Programática comum aos projetos de renovação urbana contemporâneos implementados em áreas de frentes d’água. Independente da ocasião para o surgimento ou dos procedimentos de implementação desses projetos, os elementos definidos na Pauta Programática aparece como respostas às pressões que as forças econômico-global e sócio-cultural fazem às cidades (Quadro 14).

Embora existam novas pressões provenientes da força econômico-global, externas e

independentes do contexto urbano local, não podemos afirmar que as respostas das cidades a essas pressões geraram novos padrões espaciais característicos dos atuais processos de

acumulação do capital. Por exemplo, mesmo que se tenha intensificado a concentração de escritórios em áreas centrais de cidade ou em áreas renovadas de frentes d’água, não podemos afirmar que as exigências das novas funções econômicas ligadas ao setor terciário tenham

exercido uma grande influência nos arranjos espaciais das cidades. Acreditamos que o impacto da globalização tem mais a ver com uma mudança e concentração de usos específicos do que com o desenvolvimento de um novo padrão espacial característico dos processos econômicos

contemporâneos. Para a investigação da existência de uma nova ordem espacial decorrente da atual dinâmica econômica global, sugerimos que futuras pesquisas se dediquem a este tema. Mesmo que ainda não identifiquemos uma nova ordem espacial nas cidades decorrente dos atuais processos econômicos globais, há mudanças importantes com impactos muito significativos na vida em sociedade. Essas mudanças podem ser vistas no aumento da força das divisões sociais dentro das cidades e nas desigualdades entre as várias partes do território. Identificamos que as manifestações espaciais específicas dessas mudanças são percebidas no fortalecimento da divisão da estrutura espacial, na separação entre regiões de riqueza e pobreza, na concentração de áreas beneficiadas pela globalização enquanto outras áreas mais pobres são marginalizadas e na tendência das áreas globalizadas a se internalizarem dentro de suas barreiras.

É neste sentido que muitas críticas aos projetos de renovação urbana contemporâneos são direcionadas, como vimos no capítulo 3. De uma maneira geral, as críticas apontam para um aumento na segregação e na desigualdade social e entre zonas de atividades específicas, como resultado de uma atenção mais voltada aos processos econômicos globais. Mesmo que contatos sociais entre classes sempre tenham sido exíguos, argumenta-se que hoje as fronteiras espaciais que as separam tenham se fortalecido, inibindo, ainda mais, tais contatos. Embora as divisões

espaciais não sejam uma novidade, argumenta-se que a competitividade intra-urbana provocada pela globalização não tem favorecido a redução de desigualdades sociais e de diferenças entre zonas tradicionalmente segregadas.

Considera-se que enquanto a globalização favorece grandes atuações infra-estruturais em determinadas partes do território em função da competitividade econômica internacional, outras zonas inteiras das cidades ficam fora das comunicações globais e das atividades competitivas. Vimos que em Birmingham, a expansão do Centro de Negócios gradualmente excluiu a população de baixa renda do centro da cidade devido ao aumento dos preços da terra e da habitação; em Viex Lille os moradores tradicionais de baixa renda também foram expulsos gradualmente, uma vez que o projeto foi voltado para a implantação de habitação de alta

qualidade para classes médias; em Leopoldstadt, Viena, não há uma conexão visível entre a área que sofreu intervenção e suas vizinhanças.

Nos parece que o estímulo à competitividade tem se traduzido na implantação de recintos fechados em si mesmos, na formação de ‘ilhas de riqueza’ e na dificuldade em difundir os efeitos positivos da renovação urbana para outras partes da cidade tradicionalmente degradada e

socialmente excluída.

As cidades devem superar a tendência de considerar as forças global e local como antagônicas. Na verdade, tais forças devem ser consideradas complementares, pois ao mesmo tempo em que as cidades precisam se situar na economia global, elas também devem integrar e estruturar sua sociedade local. Não se pode mais aceitar uma cidade que enquanto privilegia áreas dedicadas à competição, promove a formação de zonas inteiras marginalizadas e excluídas dos benefícios da entrada dos investimentos globais. Na verdade, a instabilidade social fragiliza a competição internacional. A estratificação social e espacial gera um receio entre os empreendedores em investir capital em um lugar socialmente instável. No relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2005, o Banco Mundial demonstra que a pobreza (ou marginalidade) é um risco para a

segurança e que a falta de segurança prejudica o clima de investimentos (OIT, 2007).

Uma vez que o desenho urbano é considerado como a arte de construir e ordenar um certo tipo de desenvolvimento comprometida com o melhoramento da qualidade de vida das pessoas que utilizam o ambiente construído, consideramos que ele pode ser um meio de superação do desafio da promoção da equidade social.

Inúmeros objetivos podem ser adequados ao desenho urbano, inclusive o da promoção da coesão sócio-espacial entre as zonas de intervenção dos projetos de renovação urbana e suas áreas vizinhanças. O ambiente construído pode ser elaborado de modo a abarcar todos os aspectos específicos de um determinado lugar, suas necessidades, potencialidades e expectativas como também no sentido de encorajar o crescimento econômico, promover um senso de

continuidade histórica e cultural, elevar os laços de afeição do cidadão para com o espaço público e, principalmente, promover a oportunidade para o desenvolvimento de determinados tipos de comportamento, inclusive a interação social em todos os níveis.

Consideramos que há importantes relações entre a vida social e os arranjos do espaço construído e que a dimensão espacial exerce um papel fundamental para os mecanismos de exclusão ou de coesão social. Através dos padrões de comportamento que a esfera pública oferece, ela poderá favorecer, por exemplo, o surgimento dos processos de gentrificação ou permitir que diversos grupos da população se identifiquem com os novos lugares que lhes são oferecidos.

O trabalho defende que há uma forte relação entre o espaço e o modo como as pessoas o utilizam e que os arranjos espaciais podem proporcionar à sociedade um meio de redução das diferenças. Admitimos que a malha urbana decorrente das decisões sobre o espaço público, embora estática, influencia as dinâmicas sociais em todo o sistema urbano e que, embora a interação entre grupos sociais e culturais distintos não dependa exclusivamente dos arranjos espaciais, sugerimos que o espaço urbano pode oferecer condições para que tal interação aconteça.

Através da compreensão de que as soluções de desenho – influenciadas pelas forças econômico- global e sócio-cultural – devem oferecer um ambiente eficiente, promotor da interação entre pessoas de diferentes grupos e de atividades econômicas, a pesquisa sugeriu um método de avaliação das soluções de desenho de projetos de renovação urbana, tendo em vista o potencial que eles possuem para a promoção da coesão sócio-espacial entre as suas áreas de intervenção e zonas vizinhas (ver capítulo 3). Uma vez que os arranjos espaciais exercem um papel fundamental na coesão social, olhamos para o espaço buscando uma avaliação de seu potencial para a

interação entre pessoas de interesses diversos.

O método citado, composto por três níveis de análise baseados nos elementos identificados como componentes da esfera física pública foi aplicado no Projeto Parque das Nações e permitiu

desenvolver algumas considerações a respeito da coesão sócio-espacial entre a zona de intervenção do projeto e os núcleos urbanos vizinhos (ver capítulo 4).

A partir da obtenção dos dados relativos aos três níveis de análise propostos pelo método, constatamos que o principal aspecto positivo em relação à coesão espacial entre a zona de intervenção do Projeto Parque das Nações e vizinhanças está relacionado à criação de novas infra-estruturas de transporte e acessibilidade que possibilitaram o acesso a uma frente d’água antes degradada e historicamente isolada do resto da cidade. Entretanto, pudemos afirmar que o projeto não aproveitou a oportunidade de uma mudança da estrutura física do território para reduzir diferenças espaciais e sociais entre sua zona de intervenção e núcleos urbanos vizinhos, áreas tradicionalmente segregadas, compostas por uma população predominantemente de baixa renda e com precárias qualificações acadêmicas e profissionais.

Novas barreiras físicas e sociais puderam ser identificadas, percebidas no contraste da qualidade dos espaços públicos dentro e fora da intervenção e no nível de vida dos seus respectivos residentes. A linha férrea, por exemplo, transformou-se em uma barreira física e social muito forte. De um lado, está o Parque das Nações, promotor de atividades de alto nível conectadas com a economia global; do outro lado, encontramos guetos excluídos das comunicações globais e uma concentração de pobreza espacial e social.

Enquanto foram viabilizadas infra-estruturas de qualidade e atividades econômicas ligadas aos novos processos econômicos globais que representaram novos postos de trabalho na área de intervenção, a inclusão de atividades tradicionais dos arredores do projeto foi desconsiderada. Os novos empregos não têm tradição no mercado de trabalho local e os habitantes da zona oriental contrastam com o perfil dos moradores com melhores qualificações profissionais do Parque das Nações.

A adaptação mais visível aos aspectos locais está relacionada às características físicas do território envolvente, uma vez que as barreiras naturais e as infra-estruturas pré-existentes foram

determinantes na definição da malha urbana da área de intervenção. Entretanto, a segregação cultural, econômica e espacial é extremamente visível: enquanto na zona de intervenção

encontramos espaços urbanos de boa qualidade, profissionais qualificados em empregos com boa remuneração; fora da área de intervenção, nas vizinhanças do Projeto, encontramos uma infra- estrutura viária mal conservada, edifícios abandonados e degradados e uma população

Os mapas axiais, elaborados a partir da decomposição em linhas axiais dos espaços abertos da zona de intervenção e núcleos vizinhos, permitiram verificar que a malha urbana do Parque das Nações, por si só, oferece grandes possibilidades para a atração de fluxo de pessoas, para a interação entre elas e para o desenvolvimento de relações econômicas diversificadas. Não é à toa que os usos comerciais e de serviços se concentram no núcleo integrador do sistema. Os altos valores de integração, indicando possibilidade de co-presença e movimento natural de pessoas, elevam o potencial econômico da zona de intervenção.

Embora a malha urbana do Parque das Nações atraia naturalmente um grande fluxo de pessoas com diferentes interesses e provenientes de várias partes da cidade, a postura adotada no Projeto, voltada para a especulação e para a competitividade, na verdade, promoveu a segregação sócio- espacial entre a sua zona de intervenção e núcleos urbanos vizinhos. As configurações espaciais e de uso do solo do Parque das Nações e suas zonas adjacentes são altamente diversas e