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Essa dissertação teve por objetivo identificar e caracterizar os processos de aprendizado que resultam no aprofundamento e no fortalecimento da capacidade inovativa e cooperativa das firmas vitivinícolas localizadas na Serra gaúcha. Nesse sentido, esse trabalho buscou contribuir para a discussão acerca do papel da proximidade territorial nos processos de aprendizagem, cooperação e inovação de empresas inseridas em aglomerações produtivas. A análise esteve fundamentada no conceito de arranjo produtivo local, referindo-se genericamente aos diversos modos de aglomeração, envolvendo vínculos entre as empresas e os demais atores institucionais localizados em um mesmo território.

Para atingir os objetivos propostos, optou-se pela realização de uma survey, com uma amostra não-probabilística de vinte empresas, em que se buscou através da aplicação de um instrumento de pesquisa, coletar informações acerca de quatro áreas, a saber: uma caracterização geral das firmas respondentes, bem como de seus processos produtivos e suas relações com o mercado; o comportamento destas com relação aos processos inovativos, à cooperação e ao aprendizado; uma análise da percepção das firmas sobre as estruturas de governança e as vantagens associadas ao ambiente local; e a avaliação das empresas sobre as ações de promoção existentes, conduzidas pelas diversas organizações presentes no APL.

Buscou-se compreender e identificar as inovações implementadas pelas empresas do APL vitivinícola do RS, quanto à sua capacidade tecnológica, isto é, sua habilidade para realizar mudanças com vistas a ganhar (ou ampliar) espaços competitivos frente à concorrência.

A primeira constatação, que conversa com os resultados de uma série de estudos sobre inovação tecnológica, é que o arranjo, por empregar um tipo de tecnologia de produção madura (tanto em nível nacional quanto internacional), possui uma capacidade inovativa restrita, circunscrita à adequação incremental de produtos e processos de vinificação, cuja finalidade é aproximar os vinhos nacionais ao tipo ou estilo dos vinhos produzidos nos países do “velho mundo” vitivinícola, tais como a França, Portugal e Itália. Essa capacidade inovativa restrita, em verdade, é decorrência do regime tecnológico vigente no setor. Tal iniciativa incremental, ainda que reativa, apresenta-se como adequada, se considerada as dificuldades climáticas existentes na região nordeste do RS, bem como a forte presença de competidores estrangeiros, que por meio da escala de produção e vantagens climáticas de suas regiões de origem, possuem uma sólida posição competitiva no mercado nacional.

As inovações implementadas são mais de caráter organizacional, promovendo melhorias mercadológicas e a exploração de novos canais de distribuição, além da abertura de novos mercados. Nesse sentido, tais inovações correspondem ao tradicional conceito de inovação schumpeteriano, não se vinculando apenas ao caráter tecnológico de tais processos. Tanto para os empresários quanto para os especialistas entrevistados, as inovações nesse segmento deveriam caminhar rumo aos vinhedos, onde efetivamente se pode gerar diferenciação de produtos e ganhos permanentes de competitividade.

Porém, para que isso ocorra, deveria haver um grande esforço, que conjugasse as firmas e outras instituições presentes no APL, tais como os centros de pesquisa e formação, o

que ocorre de forma parcial, seja pelo desinteresse dos primeiros, seja pelas falhas de comunicação e relacionamento dos segundos. A chave para o aumento da produtividade e da qualidade dos vinhos finos reside, dessa forma, no investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico junto ao insumo básico – a uva. Para além dos investimentos, os entrevistados foram claros quanto à necessidade de se solidificar um arranjo institucional, que alie a força empresarial, suas entidades representativas, os centros de pesquisa e o Estado.

O processo de reconversão dos vinhedos, que por um lado apresenta-se como a melhor alternativa para melhoria dos cultivares gaúchos, ainda ocorre em um ritmo pouco acelerado. A principal explicação para isso é a percepção dos empresários que tal processo (substituição total das uvas americanas por vitis viníferas) se configure em uma espécie de Sunk Cost. Uma vez feita a opção pela substituição, não se poderá recorrer a qualquer alternativa, senão a produção de comercialização de vinhos finos, entrando assim na concorrência direta com os produtores estrangeiros. Hoje há um grande espaço, no mercado nacional, para a comercialização de vinhos comuns, que requer menos investimentos técnicos (tanto nos parreirais quanto no processo de vinificação) e que tradicionalmente ocupa um nicho nesse mercado, operando com margens bem atraentes, uma vez que uma série de custos existentes nos vinhos finos (embalagem, despesas técnicas, custos com controle de pragas e correção do mosto etc.) não se reproduz nos vinhos comuns, em geral comercializados no sudeste do país, em diversos tipos de embalagens. Isso demonstra que existe sim, a despeito de todo um discurso fortemente presente no interior do APL, ganhos competitivos através da produção e comercialização de vinhos comuns.

As atividades de inovação tecnológica se dão estimuladas por comportamentos miméticos, de observação e adequação de produtos às inovações implantadas pelos

concorrentes, principalmente em nível local. Tal comportamento se percebe nos demais elementos da cadeia produtiva, como por exemplo, as empresas nacionais de máquinas e equipamentos vinícolas. À exemplo de outros setores do RS, como é o caso dos calçadistas do Vale dos Sinos, existem duas trajetórias tecnológicas claramente distintas no interior da vitivinicultura da Serra gaúcha: uma trajetória pautada na inovação, através da produção de uvas varietais e da conseqüente produção de vinhos finos e espumantes; e a tradicional produção de vinhos comuns e, de forma mais recente, de sucos de uva.

Neste sentido, percebeu-se que a ocorrência de processos inovativos que são fruto de inúmeras fontes de informação, aquisição e difusão do conhecimento entre os agentes do APL. Apesar de informal e restrito, os canais utilizados para aquisição de conhecimento cumprem um papel relevante no aprimoramento do aprendizado, bem como na difusão de inovações, ainda que incrementais. Importante ressaltar que ao observar a relação das empresas com a estrutura educacional presente, percebeu-se um estreito laço entre esses, especialmente quando se trata de absorver a mão-de-obra técnica formada localmente. As firmas apontam que têm estabelecido uma relação com o Campus Bento Gonçalves do IFRS puramente de contratação de estagiários e alunos egressos de seus cursos, havendo uma clara lacuna na relação do Campus com os demais atores do arranjo, principalmente no que se refere a atividades de pesquisa e extensão. Talvez por isso, apenas uma das vinte empresas entrevistadas apontaram o Campus Bento Gonçalves como sendo o espaço, dentro do APL, de maior promoção de atividades cooperativas.

Nos últimos anos, tem-se observado uma busca por parte da empresas em acessar informações externas, oriundas principalmente da participação em feiras e concursos enológicos internacionais. Isso tem capacitado as empresas com relação aos

seus processos de produção (da uva e do vinho), que tem provocado um

“transbordamento” de saber técnico entre as empresas da região, afetando positivamente a qualidade os produtos finais. Assim, fica evidente a importância dos atores locais para a organização e difusão dos sistemas de conhecimento dentro do arranjo.

Apesar de não ter sido possível realizar uma categorização precisa das empresas da amostra, percebeu-se que o porte das empresas afeta a busca e o tipo de fontes de informação. Empresas de maior porte usam de forma mais intensiva as informações disponíveis em diversas fontes, tanto internas quanto externas. Apesar de não dispensaram as fontes internas de informação (tanto à firma quanto ao APL), nos últimos anos, as vinícolas têm investido mais na busca por fontes externas, tais como a contratação de enólogos internacionais como consultores, contratos de aquisição e manutenção de equipamentos estrangeiros, bem como a formação de Joint Ventures com vinícolas estrangeiras.

As vinícolas de menor porte, por sua vez, utilizam de maneira mais intensiva as fontes de informação internas ao APL, em especial as informações oriundas da área de produção das empresas, bem como uma estreita relação com os fornecedores, localizados nos municípios que integram o APL. A contratação de profissionais formados no Campus Bento Gonçalves do IFRS é uma das formas de se renovar o conhecimento presente nas pequenas vinícolas. As fontes externas mais utilizadas por essas empresas são a participação em feiras internacionais e em visitas técnicas em empresas estrangeiras. Assim, observou-se que tanto entre grandes quanto entre pequenas vinícolas, a adoção de processos cooperativos, mais ou menos estruturados, está presente no cotidiano produtivo das empresas do APL.

Durante a realização das entrevistas, os processos de cooperação, apresentaram-se, inicialmente, como uma atividade corriqueira, ao menos na ótica dos empresários. É possível perceber a existência de cooperação tanto em nível vertical quanto horizontal.

As ações de cooperação vertical, tais como as relações entre empresas e seus fornecedores, são mais freqüentes e mais valorizadas do que as ações horizontais de cooperação (entre empresas).

Mesmo se compreendendo que as empresas de um mesmo segmento irão cooperar em áreas em que não competem, ainda assim, observou-se que a principal modalidade de cooperação entre as empresas se dá na esfera da comercialização de produtos no exterior. Isso porque as atividades de exportação, além de complexas, exigem uma estrutura organizacional e de conhecimento específicas, o que não ocorre entre micro e pequenas vinícolas que compõem, majoritariamente, o APL. Assim, tais empresas buscam no Wines from Brazil, uma forma consorciada de acessar os mercados internacionais, diminuindo os riscos desse acesso.

Importante destacar o motivo principal que conduz empresas de diversos portes a se interessarem pelos mercados internacionais: para os entrevistados (empresas e organizações) o mercado nacional valoriza mais as empresas que estão presentes no circuito internacional de consumo de vinhos, seja através da exportação direta, seja através da participação de feiras e eventos enológicos internacionais. Assim, a presença nos mercados internacionais é uma estratégia das empresas nacionais de ampliação de sua participação no mercado brasileiro. De forma geral, a cooperação entre concorrentes locais se resume na união desses para enfrentar os desafios do acesso aos mercados internacionais.

Além dos concorrentes locais e das empresas fornecedoras, outro agente muito citado, por ter assumido um importante papel enquanto parceiro das empresas locais, foram as instituições de representação, em especial o IBRAVIN. O IBRAVIN aparece como o grande articulador do segmento vitivinícola, assumindo o papel de coordenação das ações que atendem a coletividade das vinícolas do Brasil. A estruturação do Instituto nos últimos quatro anos possibilitou que não apenas as vinícolas, mas os demais atores localizados no APL ampliassem sua confiança e outorgassem a responsabilidade de ser o IBRAVIN o representante legítimo do segmento vitivinícola no Brasil.

Fica como ponto para ser aprofundado em próximas pesquisas o papel do perfil inovador do empresário, que segundo os especialistas é de fundamental importância na implantação de processos inovativos bem sucedidos. Outro ponto interessante é analisar os processos de cooperação entre empresas. Uma vez que as atividades cooperativas se dão, em geral, em áreas e de formas distintas, que extravasam as competências de análise da economia, cabe uma aproximação com outras áreas, tais como a sociologia, a antropologia etc., a fim de se fundamentar ainda mais o conhecimento acerca desse tema. O desenvolvimento de mais pesquisas empíricas no campo da análise dos processos cooperativos torna-se indispensável, não apenas porque possibilitará a ampliação desse conhecimento (ainda restrito), mas também porque promoverá, necessariamente, um estreitamento interdisciplinar de áreas do conhecimento.

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