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Pesquisa de campo

VARIÁVEL PESO LOCAL

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A entrada no século XXI fez com o que o velho paradigma urbano preconizado pelo modernismo – inspirados pela motorização e pela velocidade –, que dominou boa parte do século anterior, fosse aos poucos sendo substituído por novos modelos baseados principalmente no conceito de desenvolvimento sustentável, face à crescente preocupação com o futuro do planeta. As teorias que sustentam esse novo modelo já haviam sido elaboradas algumas décadas antes, e seguiam sendo desenvolvidas, mas foi necessário tempo até exemplos práticos pudessem ser observados nas cidades.

A partir do final do século passado o tema da sustentabilidade, até então pouco discutido, passa a ganhar amplitude, saindo dos materiais e documentos técnicos e passando para o cotidiano da população. Apesar de hoje em dia seu sentido ter sido bastante banalizado, utilizado fortemente como marketing, trata-se de uma questão que já é indissociável de qualquer área, tais como saúde, alimentação, produção de bens, entre muitas outras. Aos poucos, esse conceito deixa de se restringir aos temas vinculados ao meio ambiente, mas a abranger também aspectos sociais e econômicos, formando o que se entende com o tripé da sustentabilidade. Os reflexos desse novo paradigma na área do planejamento urbano revelam uma tendência global cada vez mais acentuada na busca por tornar as cidades mais saudáveis e inclusivas. Expressões como “urbanismo sustentável”, “cidades saudáveis”, “livable streets”, têm se tornado frequentes no vocabulário urbanístico.

A aplicação destes conceitos no tema da mobilidade urbana, frente aos inúmeros problemas intrínsecos à dominação pelo automóvel do cenário urbano, permitiu o surgimento da ideia de cidade caminhável – ou ressurgimento, se considerarmos que as primeiras formações urbanas eram caminháveis em sua essência. A cidade (ou o bairro, a rua, o espaço) caminhável abrange um ideal de ambiente urbano que valoriza o pedestre e o caminhar como meio de transporte prioritário, que oferece a curtas distâncias acesso a serviços e produtos necessários no cotidiano, de forma confortável, segura e atraente.

A cidade que é caminhável é uma cidade mais saudável, mais inclusiva, mais habitável. Exemplos em diversos países têm sugerido que as cidades caminháveis trazem benefícios à saúde – física e mental – e à qualidade de vida da sua população, ao estimular formas ativas de deslocamento; ao meio ambiente, ao reduzir a emissão de poluentes e contribuir para o microclima urbano; e à economia local, ao reaproximar as pessoas e os espaços urbanos, tornar o uso do solo mais eficiente e reduzindo os gastos públicos com a expansão da infraestrutura urbana. Mas, se por um lado a ideia de cidade caminhável proporciona inúmeros e benefícios à população e vantagens ao próprio modo como a cidade é administrada, por outro lado as transformações urbanas necessárias ainda dependem muito dos esforços de todas as esferas de governo, especialmente das administrações municipais, e também do engajamento da população, que deve participar dos processos e pressionar os governantes a agir em benefício do bem-estar social.

No Brasil, a falta de verbas, a má administração e a própria corrupção, encrustada em todas as camadas da máquina pública, dificultam muito os investimentos de longo prazo e cujos benefícios são mais indiretos que diretos. A administração pública no Brasil, em geral, resiste em investir em qualquer coisa que não traga resultados diretos e de curto prazo. Há de se considerar, ainda, que o Brasil possui inúmeros problemas graves em setores básicos, como educação, segurança pública e saúde, desta forma, investimentos urbanos que não sejam em infraestrutura, muitas vezes são vistos como supérfluos, ou um “embelezamento” desnecessário. A caminhabilidade, no entanto, é um investimento em um modelo de cidade para o futuro, mas que precisa ser iniciado no presente.

Esse investimento demanda grande planejamento e integração de diversos órgãos da administração pública e setores da sociedade. Estão envolvidos desde os responsáveis pela elaboração dos planos diretores – e é nessa parte que a participação popular se faz extremamente importante e necessária –, pela elaboração e aprovação de leis de uso e ocupação do solo, pelo projeto e implantação das infraestruturas, até os responsáveis pela arborização e instalação de mobiliário urbano.

Dentro deste contexto, há que se cuidar ainda para que essas propostas, que de forma geral buscam a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida no meio urbano, não acabem interferindo de forma negativa nas dinâmicas existentes. Intervenções urbanas e alterações de zoneamento podem provocar fenômenos de gentrificação, forçando a “expulsão” de grupos sociais mais vulneráveis para acomodar grupos de maior renda, devido à valorização da região. Nesse sentido, a consideração quanto às características pré-existentes do espaço e das comunidades locais se tornam imperativos no estudo, no planejamento e na implantação dessas propostas.

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Voltando-nos à perspectiva técnica, são muitos os aspectos do desenho urbano que podemos relacionar ao nível de caminhabilidade de um determinado espaço. Na primeira parte deste trabalho, foram apresentados os mais citados na literatura sobre o tema: compacidade, conectividade, uso do solo, segurança viária, áreas verdes e qualidades físicas do espaço construído. Tratam-se de questões independentes, cada uma com suas complexidades, especificidades e vasta literatura especializada. No entanto, quando consideradas dentro do contexto da ideia de caminhabilidade, não é razoável que sejam trabalhadas de forma individualizada. E isso, obviamente, torna a questão muito mais complexa.

Os resultados obtidos no exercício proposto neste trabalho pareceram refletir essa percepção: não foi possível experimentar um grau de caminhabilidade plena. Cada um dos três locais analisados apresentou vantagens em determinadas dimensões e desvantagens em outras, porém nunca atingindo um nível completo de caminhabilidade, segundo sua concepção como espaço que estimula o caminhar, que provê conforto e segurança, e atende às necessidades das pessoas, oferecendo atratividade visual. Por mais que haja conforto no caminhar, ele não consegue compensar a falta de atratividade de um lugar, da mesmo forma que um espaço atrativo não irá necessariamente garantir segurança. A caminhabilidade é intrinsecamente dependente de cada um dos pilares que a definem, sendo difícil falar em espaços “parcialmente caminháveis”. São diversos os fatores que contribuem para a

caminhabilidade, e para se alcançar o espaço intrinsecamente caminhável, todos devem ser considerados, trabalhados em conjunto.

Por fim, uma conclusão é certa: já sabemos construir cidades mais caminháveis, com foco nas pessoas. Apresentamos aqui, de forma resumida, os principais pontos a serem considerados/trabalhados nos projetos/intervenções voltados à construção de espaços caminháveis. Elencamos, para cada um dos 10 atributos trabalhados neste pesquisa, recomendações derivadas tanto da literatura consultada quanto das observações realizadas na pesquisa de campo (Tabela 4). Foram incluídos ainda, como sugestão, questionamentos que podem ser feitos a fim de orientar o foco para o objetivo específico de cada item.

Tabela 4. Recomendações para orientação na elaboração de projetos

e intervenções que buscam a criação de espaços caminháveis

Atributo Recomendações (o que fazer?) Questionamentos (por quê fazer?) Atratividade • Valorizar a complexidade sensorial promovida pelos elementos do espaço O espaço é atraente, chama a atenção (de forma positiva) de quem passa? Há coerência e harmonia visual entre os elementos que compõem o espaço? • Garantir a permeabilidade visual ao longo do passeio As fachadas possuem aberturas generosas nos pisos térreos que permitem conexão visual entre interior e exterior? Qual o percentual de fachadas ativas? Imageabilidade • Tornar o espaço memorável e de fácil reconhecimento Os elementos visuais do lugar são significativos? O ambiente é facilmente reconhecido pelos usuários? Segurança viária • Garantir proteção ao pedestre nas calçadas e passeios O espaço da calçada é fisicamente protegido da rua? • Garantir segurança nas

travessias As vias possuem sinalização adequada nos cruzamentos, como placas, semáforos e faixas de pedestre? Seguridade • Garantir que o espaço seja seguro/transmita sensação de segurança Os usuários se sentem seguros? O local é bem iluminado? Há vigilância e/ou policiamento? Conforto ambiental • Prover locais protegidos do

sol e chuva Existem locais adequados que fornecem sombreamento e abrigo, como coberturas e beirais? • Garantir a presença de arborização/vegetação Há presença de vegetação de forma generosa, e não apenas como fator estético?

Conforto físico • Providenciar a existência de mobiliário urbano • Garantir acessibilidade universal Conviviabilidade • Prover espaços adequados de convívio e permanência Conveniência • Garantir diversidade de usos e atividades • Garantir atendimento por sistemas públicos de transporte de alta e/ou média capacidade Conectividade • Promover sempre que possível alta densidade de cruzamentos e diversidade de caminhos Espaço do pedestre • Estabelecer espaços na escala do pedestre • Garantir espaços de qualidade para o pedestre O mobiliário urbano, como bancos, lixeiras e luminárias, são úteis? Estão bem conservados? A NBR 9050 está sendo respeitada? O espaço é acessível para qualquer pessoa? Existem locais de convívio e permanência em quantidade suficiente e boa manutenção? As leis de zoneamento locais permitem edificações diversas em usos? O espaço é adequado para receber? O local é servido ou está situado a distância razoável de linhas de transporte público? A malha viária permite diversas alternativas de trajeto? Há necessidade de se realizar grandes desvios nos deslocamentos? As dimensões do espaço são mais adequadas ao pedestres ou à circulação de veículos? Os passeios possuem boa manutenção? As faixas de serviço, circulação e acesso da calçada possuem largura adequada ao fluxo? Possuem delimitação clara? Jeff Speck (2013) acerta quando coloca que a caminhabilidade é fim, meio e medida. É fim, pois é um modelo de espaço urbano que se almeja, é objetivo, é o ambiente construído idealizado. É meio, já que a cidade caminhável pode contribuir para alcançarmos melhor qualidade de vida, mais equidade e acesso democrático à cidade, e diversos outros benefícios. E é medida, no sentido em que pode se traduzir em ferramenta que permite avaliar o grau de adequação do espaço urbano aos pedestres, às necessidades humanas, à vitalidade urbana.

A última pré-conferência realizada pela cidade de Campinas, em preparação para a Conferência Nacional das Cidades, teve como tema “Plano Diretor: A Cidade de Queremos”. Esse é a pergunta que devemos nos fazer, cidadãos, planejadores, governantes. Que tipo de cidade nós queremos? Se a resposta for uma cidade mais justa, democrática, inclusiva, saudável, atraente, a caminhabilidade pode ajudar no caminho para se chegar até lá.

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