• Nenhum resultado encontrado

Além de atender ao seu princípio básico de garantir a universalidade do acesso à saúde e assistência médica, o SUS tem direcionado suas políticas no sentido da equidade, da integralidade, da descentralização, da regionalização e da participação social. No caso da AIDS, a virtualidade do sofrimento e da morte associadas ao prazer, à sexualidade, mobilizou a imaginação coletiva em torno dessa nova “peste”, aterrorizando o conjunto da sociedade e cada indivíduo em particular, mobilizando a todos para enfrentar os desafi os da epidemia que se anunciava.

Apesar dos dilemas levantados diante da escassez de recursos, da com- plexidade do tratamento e de seu custo elevado, entre outros, o Estado e a

3

1

2

sociedade brasileira rejeitaram as soluções simples das prioridades excluden- tes e deram uma resposta complexa e criativa redimensionando as questões e as soluções aos problemas. Mobilizaram-se todos os recursos disponíveis, aliaram-se todos os atores implicados, desenvolveu-se o potencial de ges- tão coletiva, através de estratégias adequadas ao perfi l epidemiológico e às possibilidades culturais da população para responder à epidemia. Em pleno processo de construção, o SUS foi se estruturando, buscando parcerias, desenvolvendo instrumentos de gestão, planejamento e programação e am- pliando progressivamente o seu campo de ação nessa área. Nesse sentido, deixa de focalizar-se no problema específi co da AIDS, para reconhecer as demais DST e, mais recentemente, as hepatites virais como problemas de Saúde Pública, que devem ter uma resposta integrada.

No contexto atual do SUS, o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais vem tomando medidas no sentido de qualifi car a gestão de políticas integradas para esses agravos, pactuadas por todos os níveis de governo. Nesse sentido, promoveu uma ampla discussão para aprimorar o PAM 2010. Além disso, foi anunciada a assinatura de um novo acordo de empréstimo para o fi nanciamento do projeto AIDS SUS: Estruturando a governança

para a resposta nacional ao HIV/AIDS e outras DST, a ser realizado entre

2010 e 2014. Novos desafi os são colocados por um perfi l epidemiológico que se redireciona: a articulação de medidas intersetoriais, a integralidade entre os distintos níveis do sistema, a construção de estratégias regionais e novas linhas de cuidado, entre outros. Mas, em meio às turbulências do caminho, a sociedade brasileira fez sua escolha: em busca da efi ciência, contra o domínio do medo.

Continuando o percurso da aprendizagem, vamos agora obter outras informações mais específi cas sobre o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais no Brasil. Convido você a fazer uma pesquisa que fornecerá informações para subsidiar a gestão do Programa na sua instituição.

Procure acessar o site do Departamento de DST, AIDS e Hepa- tites Virais <http://www.AIDS.gov.br>, familiarizando-se com seu conteúdo.

3

134 Unidade 1 O contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais

Agora que você já conhece os temas abordados no site, responda à seguinte questão:

a)

Quais as informações contidas no site que você considera rele- vantes para o exercício da gestão do Programa no seu âmbito de atuação?

Referências

BRASIL. A Experiência do Programa Brasileiro de AIDS. Brasília: Coordenação Nacional de DST e AIDS, Ministério da Saúde, 2002. ______. Sistema de informação dos Centros de Testagem e AconseIha-

mento em AIDS SI‐CTA: manual de utilização. Brasília: Ministério da

Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Programa Nacional de DST e AIDS, 2005.

______. Contribuição dos centros de testagem e aconselhamento para

universalizar o diagnóstico e garantir a equidade no acesso aos ser- viços. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,

Programa Nacional de DST e AIDS, 2008.

D’ÀVILA, S. Breve histórico do fi nanciamento e orçamento das políticas,

programas e serviços de DST, AIDS no Brasil: texto de apoio do curso

de aperfeiçoamento em gestão de DST, AIDS e hepatites virais. Brasília: MS, 2010.

FONSECA, E. M. et al. Descentralização, AIDS e redução de danos: a implementação de políticas públicas no Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde

Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 9, p. 2134-2144, set. 2007.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1979. FRY, Peter et al. AIDS tem cor ou raça? interpretação de dados e formu- lação de políticas de saúde no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, mar. 2007.

GALVÃO, J. AIDS no Brasil: a agenda de construção de uma epidemia. Rio de Janeiro: ABIA; São Paulo: Editora 34, 2000.

______. 1980-2001: uma cronologia da epidemia de HIV/AIDS no Bra-

sil e no mundo. Rio de Janeiro: ABIA, 2002.

MACEDO, M. R. C. Uma seguridade social brasileira: notas sobre o pro- cesso de estruturação do sus. texto de apoio do curso de aperfeiçoamento em gestão de dst, aids e hepatites virais. Brasília: MS, 2010.

MENDONÇA, P. M. E. et al. Empreendedorismo Institucional na Emergência do Campo de Políticas Públicas em HIV/AIDS no Brasil. RAE eletrônica, v. 9, n. 1, art. 6, jan./jun. 2010. (Artigo online) Disponível em: <http://www. rae.com.br/eletronica/index.cfm?FuseAction=Artigo&ID=5590&Secao=ARTI GOS&Volume=9&Numero=1&Ano=2010>. Acesso em: 21 fev. 2011.

PARKER, R. (Org.). Políticas, instituições e AIDS: enfrentando a epidemia no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; ABIA, 1997.

______. Construindo os alicerces para a resposta ao HIV/AIDS no Brasil: o desenvolvimento de políticas sobre o HIV/AIDS, 1982-1996. Divulgação

em Saúde para Debate, v. 1, n. 27, p. 8-49, 2003.

PINHEIRO, T. X. A. Algumas refl exões em torno da epidemia de AIDS. Natal: NESC-UFRN, 2010.

4

1

2

3

4

5

6

7

Unidade 1 O contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais

136

Estamos nos aproximando do fi nal da Unidade 1. Você já estudou sobre os aspectos técnicos, conceituais, sociais, culturais e subjetivos que envolvem as DST, AIDS e He- patites Virais. Em seguida, analisou a Política para essas doenças no contexto do SUS. Convidamos você a fazer uma refl exão sobre os processos de parceria entre as organizações da sociedade civil e o órgão no qual você atua. Vamos iniciar com o conceito de Organizações da Sociedade Civil (OSC): são aquelas de direito privado, mas voltadas para questões de interesse público, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modifi car determinados aspectos da sociedade. Podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando ações onde ele não consegue atuar, podendo receber fi nanciamentos e doações do mesmo e também de entidades privadas para tal fi m.

Parceiras históricas do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, as OSC representam a sociedade nos processos de análise e discussão das políticas públicas relacionadas a esses agravos no país.

Responda às questões da Atividade 4, que envolverão também a compreensão de todo o Módulo 2.

Quais são as OSC que atuam no seu município/região/estado?

Como elas se relacionam/articulam com a gestão do Programa para DST, AIDS e Hepatites Virais?

Como essas OSC são organizadas? Quem as compõe?

Que ações elas têm empreendido nos últimos anos?

Sistematize as conclusões das Atividades 1, 2, 3, 4 e 5 e envie-as para o seu tutor.

Finalizando esta unidade, vamos compartilhar ideias no Fórum sobre o contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais no Brasil.

Unidade 1 O contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais

Atenção

Resumo

1

2

2

Atividade síntese

AVA

Finalizando esta Unidade, vamos compartilhar ideias no fórum sobre o contexto da política para as DST, AIDS e Hepatites Virais no Brasil.

Lembre- se de que todas as atividades realizadas deverão ser encaminhadas ao seu tutor!

O módulo se iniciou com uma série de questões a respeito da organi- zação do Programa para as DST, AIDS e Hepatites Virais na área de abran- gência do participante. Logo após, foi exposto um breve histórico sobre o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e, em seguida, foram apresentados dois textos para leitura e refl exão: Uma

Seguridade Social Brasileira: Notas sobre o Processo de Estruturação do SUS

e A busca da efi ciência, contra o domínio do medo: DST, AIDS e Hepatites

Virais no contexto do SUS. Com base nessas leituras e na sua realidade, o

aluno respondeu a algumas questões. Foi solicitada uma visita e explora- ção ao conteúdo do site do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais e, em seguida, uma atividade a respeito das OSC. Para fi nalizar o módulo, foi proposta a realização de um fórum em que serão discutidos os aspectos abordados ao longo do seu percurso.

Revisite os objetivos a seguir e elabore uma síntese de, no máximo, duas laudas, apresentando as ideias centrais que correspondam aos mesmos.

Discutir e analisar a Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais no contexto do SUS.

Identifi car os processos de parceria entre as organizações da sociedade civil e os órgãos responsáveis por essa Política.

Unidade 1 O contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais

140

Referências

BARREIRA, Carmem. Aprendizagem signifi cativa: o lugar do conhecimento e da inte- ligência. 2008. Mimeo.

BERBEL, Neusi A. Navas. Metodologia da problematização: uma alternativa metodoló- gica apropriada para o ensino superior. In: BERBEL, Neusi A. Navas. (Org.). Metodolo-

gia da problematização. Londrina: EDUEL, 1999. p. 19-50.

BORDENAVE, Juan E. Dias. Alguns fatores pedagógicos. In: SANTANA, J. P.; CASTRO, J. L. Capacitação em desenvolvimento de recursos humanos em saúde. Natal: EDU- FRN, 19 99. p. 261-268.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MASSETO, Marcos T. Atividades pedagógicas no cotidiano da sala de aula univer-

sitária: refl exões e sugestões práticas. Disponível em: <www.escoladavida.eng.br>.

Acesso em: 7 jul. 2010.

Anotações

Unidade 1 O contexto da Política para as DST, AIDS e Hepatites Virais

Unidade 1