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Consolidação das parcerias estratégicas – Primeiro critério de análise, relaciona-se às parcerias entre atores sociais captadas para gerar um ganho específico e acordado entre as

4.Proposição teórica do MAG do TBC

ES 04 “Daí você não tem uma ecossocioeconomia, você está completamente fora de todos os

1. Consolidação das parcerias estratégicas – Primeiro critério de análise, relaciona-se às parcerias entre atores sociais captadas para gerar um ganho específico e acordado entre as

partes. Na versão teórica do modelo, foram propostos quatro critérios de verificação: (a) existência de articulações com outros destinos de TBC para fortalecimento de uma rede; (b) Quantidade de vezes que houve articulação entre stakeholders de naturezas distintas para captação de recursos; (c) Presença de agências de desenvolvimento; (d) Quantitativo de recursos captados para desenvolvimento do TBC.

Quanto aos resultados do grupo focal, em relação ao primeiro critério de verificação, seis especialistas concordaram e não emitiram comentários adicionais, apenas a especialista 06 afirmou não ser necessária a proposição do mesmo, contudo, não justificou nem recomendou uma alteração específica. Por isso, decidiu-se pela permanência deste critério de verificação na nova versão do modelo, que foi avaliada pelo segundo grupo de especialistas, pois se considera significativa a presença de redes de turismo comunitário no Brasil e na América Latina que servem como molas propulsoras ao desenvolvimento de experiências de TBC.

No tocante ao segundo critério de verificação, duas especialistas se abstiveram da avaliação, três concordaram e não emitiram nenhuma ressalva a respeito, e as especialistas 03 e 06 criticaram a ideia de quantidade, argumentando que analisar a existência era mais

importante que analisar quantidade. Desse modo, este critério foi revisado com base na recomendação das especialistas citadas e passou a enfatizar a existência ou não de articulação entre atores sociais de naturezas distintas para captação de recursos que viabilizem o desenvolvimento da atividade turística de base comunitária.

Ao considerar que a presença de agências de desenvolvimento que, por meio de editais e projetos, atuam como indutores e facilitadores de experiências de turismo comunitário, propôs-se o terceiro critério de verificação, cujo objetivo é identificar a presença destas agências. De acordo com a consulta às participantes do grupo focal, apenas a especialista 03 discordou desse critério de verificação, mas não emitiu comentário ou recomendação a respeito de seu posicionamento, de modo que o critério de verificação foi mantido para avaliação pelo segundo grupo de especialistas.

Por fim, sobre o último critério de verificação, a especialista 03 foi contra sua proposição, no entanto, não apresentou nenhum argumento ou recomendação para ajuste deste critério. Por isso, também foi mantido na nova versão do modelo submetida à segunda rodada de discussões com especialistas.

2. Consolidação das parcerias institucionais – Segundo critério de análise dos tipos e funções das parcerias. Na versão teórica do modelo foram propostos dois critérios de verificação: (a) quantidade de associações e/ou cooperativas presentes na oferta da atividade turística de base comunitária; e (b) existência de avaliação de desempenho das associações e/ou cooperativas presentes. A discussão a seguir contempla os resultados do grupo focal sobre esse conjunto de critérios.

Sobre o primeiro critério de verificação, as especialistas 03 e 06 argumentaram a respeito da quantidade de associações e/ou cooperativas não representar capacidade de articulação dos atores. Para elas, este não deveria ser um critério para indicar se uma parceria institucional pode ser considerada consolidada ou não. Ao mesmo tempo, a especialista 01 sugeriu que em vez de quantidade é adequado pensar a respeito da existência de um plano de ação para a manutenção das parcerias existentes e efetivação de outras. Considerando tais posicionamentos, o critério de verificação em questão foi substituído pelo seguinte: existência de plano de ação para avaliação das parcerias.

Em relação ao segundo critério de verificação, todas as especialistas concordaram com a proposição, apenas a especialista 05 absteve-se de se posicionar de modo que tal critério foi mantido para a próxima rodada de avaliação, sem alterações.

3. Parcerias de projetos – Terceiro critério de análise dos tipos e funções das parcerias, refere-se à identificação de projetos realizados entre atores sociais com finalidade e período

pré-estabelecido, situação comum na realidade do TBC. Para tanto, foram propostos três critérios de verificação na versão teórica do modelo, a saber: (a) quantidade de projetos já realizados na comunidade com foco no TBC; (b) existência de avaliação dos resultados pós- finalização dos projetos; e (c) continuidade dos resultados obtidos por meio do projeto. A proposição destes três critérios foi influenciada pela constatação de que é comum a origem de experiências de TBC por meio de projetos propostos por atores sociais como ONG’s, agências de desenvolvimento, Universidades etc., e a alta taxa de mortalidade percebida após saída destes atores indutores, muitas vezes, decorre da ausência de criação de processos que monitorem resultados (GOODWIN; SANTILLI, 2009; ZAPATA et al. 2011; UERJ, 2011).

Portanto, no tocante aos resultados discutidos no grupo focal sobre esse conjunto de critérios, tem-se, sobre o primeiro critério de verificação, que as especialistas 03, 04 e 06 discordaram e questionaram a necessidade de quantificar os projetos. Como solução, elas recomendam analisar a existência ou não de projetos já realizados entre comunidade e outros atores sociais. Logo, tal critério foi revisto e ajustado conforme recomendação.

Em relação ao segundo critério de verificação, que pretende identificar a existência de avaliação dos resultados pós-finalização dos projetos, todas as especialistas concordaram com tal proposição, apenas a especialista 05 se absteve de avaliar. O mesmo aconteceu em relação ao terceiro critério de verificação e, por isso, decidiu-se mantê-los sem ajustes, para segunda rodada de avaliação com novo grupo de especialistas. No quadro 25, encontra-se a síntese dos ajustes realizados no tocante à proposição dos tipos e funções das parcerias.

Quadro 25 – Ajustes dos tipos e funções das parcerias após primeira rodada de discussões com especialistas

Critérios de análise Critérios de avaliação Ajustes

Consolidação das parcerias

estratégicas

Existência de articulações com outros destinos de TBC para fortalecimento de uma rede.

Permanência do critério para nova rodada de avaliações.

Quantidade de vezes que houve articulação entre stakeholders, de naturezas distintas, para captação de recursos.

Substituição do foco na quantidade para a existência de articulações entre atores sociais diversos. Substituição do termo stakeholders por atores sociais.

Presença de agências de desenvolvimento. Não houve recomendações específicas para estes critérios. Quantitativo de recursos captados para

desenvolvimento do TBC.

Não houve recomendações específicas para estes critérios. Consolidação das parcerias

institucionais

Quantidade de associações e/ou cooperativas presentes na atividade turística de base comunitária.

Foi excluído por já ser contemplado no critério de análise composição

dos atores socais referente à

inclusão. Existência de avaliação de desempenho das

associações e/ou cooperativas presentes.

Não houve recomendações específicas para estes critérios.

Consolidação das parcerias

de projeto

Quantidade de projetos já realizados na comunidade com foco no TBC.

Substituição do foco na quantidade para a existência de articulações entre atores sociais diversos. Existência de avaliação dos resultados pós-

finalização dos projetos.

Não houve recomendações específicas para estes critérios. Continuidades dos resultados obtidos por

meio do projeto.

Não houve recomendações específicas para estes critérios. Fonte: Elaboração Própria, 2016.

Como pode ser observado, os ajustes realizados nos critérios de análise e verificação no tocante aos tipos e funções das parcerias se referem a ajustes de termos e expressões, apenas o critério de verificação sobre quantidade de associações e/ou cooperativas presentes no TBC foi excluído e substituído por novo critério, conforme recomendação da especialista 01. Sendo assim, tem-se uma nova versão dos tipos e funções das parcerias enquanto elemento constituinte da eficácia (quadro 26).

Quadro 26 – Versão dos tipos e funções das parcerias após primeira rodada de discussões

T IP O S E F UNÇÕ E S DA S P ARCER IAS

Critérios de Análise Critérios de Verificação

Consolidação das parcerias

estratégicas

 Existência de articulações com outras experiências de TBC para fortalecimento de uma rede;

 Quantidade de vezes que houve articulação entre atores sociais, de naturezas distintas, para captação de recursos;

 Presença de agências de desenvolvimento;

 Quantitativo de recursos captados para desenvolvimento do TBC. Consolidação das parcerias

institucionais

 Existência de um plano de ações para a manutenção das parcerias existentes e efetivação de outras;

 Existência de avaliação de desempenho das associações e/ou cooperativas presentes.

Consolidação das parcerias de

projeto

 Existência de projetos já realizados na comunidade com objetivo de consolidar a atividade turística de base comunitária;

 Existência de avaliação dos resultados pós-finalização dos projetos;  Continuidade dos resultados obtidos por meio do projeto.

Fonte: Elaboração própria, 2016.

O segundo elemento constituinte da eficácia é a gestão dos processos, que permite entender a organização estrutural relacionada às atividades de gestão. Autores como Beaumont e Dredge (2010) indicam em seus estudos a análise desta estrutura como um aspecto importante da governança de destinos turísticos convencionais. Em relação ao turismo comunitário, foram propostos na versão teórica do modelo quatro critérios de análise: reconhecimento do

planejamento estratégico, características da estrutura organizacional, modelos de gestão existentes e uso de metodologias para elaboração e implementação do planejamento estratégico. As discussões sobre os resultados do grupo focal a respeito deste conjunto de critérios são apresentadas adiante.

1. Reconhecimento do planejamento estratégico – O primeiro critério de análise da gestão dos processos tem como objetivo identificar se os atores sociais envolvidos no TBC têm conhecimento a respeito do planejamento estratégico do grupo. Esse critério foi proposto com base nos indicadores de avaliação da governança de Heylings e Bravo (2007), que defendem a importância do compartilhamento da elaboração e execução do planejamento estratégico. Nesse sentido, são propostos dois critérios de verificação: (a) existência de objetivos comuns na participação e gestão da tomada de decisões; e (b) grau no qual os stakeholders encontram-se envolvidos na avaliação do planejamento, análises, apresentações e ações corretivas.

No tocante ao primeiro critério de verificação, refere-se à ideia de analisar o quão alinhados se encontram os objetivos comuns e as decisões tomadas, de modo que os objetivos estabelecidos pelo grupo guiem suas decisões. Todas as especialistas afirmaram concordar com esse critério, exceto a especialista 05, que se absteve de qualquer posicionamento. Isso posto, o critério foi mantido para a próxima etapa de avaliação.

O segundo critério de verificação também é oriundo dos critérios propostos por Heylings e Bravo (2007) para avaliação da governança, desse modo, tem a intenção de verificar o grau no qual os atores sociais se envolvem em atividades de planejamento, análises e apresentações de resultados, pois compreende-se que, quanto maior o envolvimento destes atores sociais nestas ações, maior engajamento e compartilhamento de interesses e objetivos no grupo (HEYLINGS; BRAVO, 2007). Todas as especialistas concordaram com sua proposição, apenas a especialista 05 absteve-se. Ainda assim, os ajustes realizados referem-se à revisão no uso de termos.

2. Características da estrutura organizacional – Têm a finalidade de caracterizar a forma na qual os atores sociais se organizam. Na versão teórica do modelo foram propostos dois critérios de verificação: (a) tipos de organização dos atores do TBC (entidade associativa, federação, fórum, outros); e (b) caracterização da liderança.

De acordo com os resultados das discussões do grupo focal, a especialista 06 chama a atenção para o primeiro critério de verificação. Ela reforça a importância deste ser utilizado apenas com fins descritivos e não normativos, ou seja, para ela, o modelo deve ser utilizado como maneira de descrever uma experiência de TBC em relação à sua característica organizacional, o que é diferente de “impor” às experiências de TBC a adequação a

determinados padrões ou tipos de organização. As outras seis especialistas concordaram com os critérios propostos, não apresentando nenhuma ressalva a respeito. Além disso, a especialista 05 recomendou que fossem acrescentadas as cooperativas na descrição dos tipos de organização dos atores no TBC. Desse modo, de posse das recomendações, este critério foi mantido.

A caracterização da liderança, segundo critério de verificação, foi aceita por todas as especialistas, exceto a especialista 05, que se absteve. No entanto, foi identificada uma sobreposição entre este critério e o critério de análise incluído, após resultado do grupo focal, na dimensão participação, que consiste na caracterização do exercício da liderança. Portanto, a caracterização da liderança, como critério de verificação das características organizacionais, foi excluída.

3. Mecanismos institucionais de gestão existentes - Consiste no terceiro critério de

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