4.Proposição teórica do MAG do TBC
ES 04 “Daí você não tem uma ecossocioeconomia, você está completamente fora de todos os
3. Desenvolvimento dos stakeholders envolvidos – Representa o terceiro critério de análise da resiliência e tem como critério de verificação a quantidade de cursos, palestras,
seminários entre outras dinâmicas realizadas com o objetivo de desenvolver habilidades dos stakeholders. Tal critério foi proposto no sentido de identificar as ações que estimulam o desenvolvimento de atores sociais presentes nas atividades turísticas de base comunitária.
As especialistas 02, 03 e 06 argumentam que a quantidade de ações não deveria ser a prioridade da análise, e sim a qualidade ou a percepção de que há uma preocupação com a educação continuada. A especialista 01 absteve-se e as outras concordaram com a proposição deste critério. Desse modo, substituiu-se o foco na quantidade de ações pela análise da existência ou não de ações que fomentem a educação e o desenvolvimento dos atores sociais participantes das atividades turísticas de base comunitária. Além disso, também foram revisados os termos utilizados.
4. Sensibilização para consciência da noção de pertencimento e responsabilidade – Proposto com base nas discussões sobre territorialidade e o turismo de base comunitária como um meio de alcançar engajamento político e empoderamento da comunidade para transformar suas realidades. Dois critérios de verificação foram propostos na versão teórica do modelo: (a) disseminação de valores, símbolos e atitudes referentes ao protagonismo coletivo presentes no destino – apropriação da história, de conhecimento tácitos, da oferta de acolhimento além do esforço para ultrapassar a relação hierárquica entre cliente e prestador de serviço; (b) presença de agentes de desenvolvimento no destino que possuem uma abordagem focada na educação continuada dos stakeholders envolvidos no TBC.
Em relação ao primeiro critério de verificação, a especialista 04 concorda, mas chama a atenção sobre a dificuldade de análise do que está sendo proposto. As demais especialistas concordaram com este conjunto de critério, assim, foram realizados ajustes de texto e uso de termos.
Sobre o último critério de verificação, ele foi ajustado com base nas recomendações das especialistas 03 e 05, que apresentaram ressalvas, tais como: “depende de que agentes e qual desenvolvimento?” (ES 03). Este comentário representa o entendimento da especialista de que
a presença de agentes de desenvolvimento não garante práticas de formação dos atores sociais condizentes com os propósitos do TBC.
Além disso, acatou-se a sugestão da especialista 05 de redirecionar este critério para a análise de ações que têm como objetivo a formação de agentes multiplicadores. Assim, o ajuste realizado consistiu no redirecionamento do critério de verificação em questão.
No quadro 29, encontram-se os principais ajustes realizados na proposição preliminar da resiliência enquanto elemento constituinte da eficácia. Como pode ser observado, os tais ajustes giraram em torno de revisão do uso dos termos e na realocação do critério de análise desenvolvimento de ensino e pesquisa, por entender que ele já havia sido contemplado no desenvolvimento dos atores sociais envolvidos, conforme observação da especialista 06.
Quadro 29 – Ajustes da Resiliência após primeiro grupo de discussões com especialistas
Critérios de análise Critérios de avaliação Ajustes
Medidas de criação e
compartilhamento de
conhecimentos.
Existência de ações como: benchmarking, intercâmbio de resultados, melhores práticas, participação em feiras, cursos, oficinas etc.
Não houve recomendações específicas para estes critérios. Portanto, foi mantido.
Desenvolvimento de
ensino e pesquisa
Existência de projetos desenvolvidos em parcerias com centros de pesquisa e ensino com vista à inovação.
Critério de análise e verificação foram alocados na concepção do critério de análise a seguir: desenvolvimento dos
atores sociais envolvidos.
Desenvolvimento dos stakeholders
envolvidos.
Quantidade de cursos, palestras, seminários entre outras dinâmicas realizadas com objetivo de desenvolver habilidades dos stakeholders.
Foi substituída a noção de quantidade pela identificação de situações nas quais os atores sociais envolvidos no TBC tenham oportunidade de participar de ações em prol do seu desenvolvimento.
Substituição do termo stakeholders.
Sensibilização para
consciência da noção de pertencimento e
responsabilidade.
Disseminação de valores, símbolos e atitudes referentes ao protagonismo coletivo presentes no destino – apropriação da história, de conhecimentos tácitos, da oferta de
acolhimento além do esforço para ultrapassar a relação hierárquica entre cliente e prestador de serviço.
Foram revisados os textos e termos.
Presença de agentes de desenvolvimento no destino que possuem uma abordagem focada na educação continuada dos stakeholders
envolvidos no TBC.
Substituição de termos e inserção da concepção de formação de
multiplicadores para o TBC. Fonte: Elaboração própria (2016)
A nova versão do último elemento constituinte da dimensão eficácia: resiliência, encontra-se no quadro 30. Tal versão foi submetida a uma segunda rodada de discussões por um novo grupo de especialistas.
Quadro 30 – Versão da Resiliência após primeira rodada de discussões RE S IL IÊ N CIA
Critérios de Análise Critérios de Verificação
Iniciativas de criação e
compartilhamento de
experiências
Existência de ações como: benchmarking, intercâmbio de resultados, melhores práticas, participação em feiras, cursos, oficinas etc.
Desenvolvimento dos
participantes envolvidos na atividade turística de base
comunitária
Situações nas quais houve cursos, palestras, eventos, entre outras dinâmicas realizadas com objetivo de desenvolver as habilidades dos participantes do TBC
Sensibilização para noção de
pertencimento e responsabilidade
Existência de ações com foco na disseminação de valores, símbolos e atitudes referentes ao protagonismo coletivo presentes no destino – apropriação da história, de conhecimentos tácitos, da oferta de
acolhimento, além do esforço para ultrapassar a relação hierárquica entre “cliente” e “prestador de serviço”;
Existência de ações focadas na formação de agentes multiplicadores para o TBC.
Fonte: Elaboração própria, 2016.
Após apresentação dos resultados do grupo focal, uma nova versão do modelo foi estruturada para ser submetida à segunda rodada de discussões com um novo grupo de especialistas. Tal versão é apresentada nas considerações finais deste capítulo.
5.5. Considerações finais do capítulo
Tomando como base os resultados discutidos após a realização do primeiro grupo de discussões, foram elaborados os quadros a seguir, com vista a fornecer uma visão comparativa entre a versão teórica e a nova versão do modelo, ajustada após a colaboração das especialistas participantes do primeiro grupo.
Quadro 31 – Participação: Adaptações da versão teórica após discussões dos resultados do 1º grupo de especialistas
Critérios de Análise Critérios de Verificação
Versão teórica Nova versão Versão teórica Nova versão
INCLUSÃO
Representação e discussão dos interesses dos
envolvidos na atividade
turística de base comunitária
Interesses dos envolvidos na
atividade turística de base comunitária
Categorização dos tipos de assuntos e interesses discutidos em reuniões formais, por meio de atas das reuniões e outros relatórios e documentos disponíveis; Forma na qual as pautas das reuniões são elaboradas – por quem e como.
Situações nas quais os temas para discussões surgem dos representantes da comunidade;
Como os temas a serem debatidos são elencados e discutidos;
Quem elabora as pautas de discussões.
Pluralismo na composição
dos stakeholders atuantes no destino.
Composição dos
atores sociais atuantes no turismo de base comunitária.
Equidade de gêneros – participação equitativa nos processos e instituições de governança;
Liberdade de associação e espaços para o movimento em prol dos direitos das mulheres;
Caracterização dos atores sociais envolvidos na atividade turística de base comunitária;
Esferas de atuação (poder público, sociedade civil, mercado) dos envolvidos no TBC que participam do processo decisório;
Forma na qual as comunidades encontram-se representadas na organização da atividade turística de base comunitária. Representatividade da participação dos stakeholders envolvidos no TBC com base na quantidade e no contexto do destino. EXCLUÍDO
Quantidade de participantes presentes na gestão e planejamento da atividade turística de base comunitária – se a mesma é adequada dado contexto do destino de TBC; Esferas de atuação dos stakeholders participantes (poder, público, mercado, sociedade civil) envolvidos no processo de tomada de decisão.
Foram contemplados na proposição do critério de análise: da composição dos atores sociais atuantes no TBC.
Abertura à participação de qualquer ator social
afetado ou interessado pela atividade turística de base comunitária.
Número de reivindicações, pelo direito de participar, não atendidas.
Existência de critérios para participação das atividades de TBC;
Situações nas quais não foi possível a participação de algum ator social.
LEGITIMIDADE