O valor contabilístico dos activos líquidos afectos ao segmento PT Multimédia em 31 de Outubro de 2007, no montante de 577 milhões de
2007 2006 ACTIVIDADES OPERACIONAIS
26. Contas a receber − Outros
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica tem a seguinte composição:
2007 2006
Outras contas a receber correntes:
Contas a receber de partes relacionadas (i) 19.360.241 52.582.086
Comparticipações do SNS (ii) 30.341.962 35.425.856
Descontos concedidos a reformados e pensionistas (iii) 21.719.037 17.985.959
Depósitos judiciais 21.022.986 16.810.729
Adiantamentos a fornecedores (iv) 19.089.604 67.351.747
Especialização de juros a receber 4.414.697 7.314.030
Outros 46.390.366 53.219.004
162.338.893 250.689.411 Ajustamentos a outras contas a receber correntes (Nota 39) (33.593.504) (31.777.234)
128.745.389 218.912.177
Outras contas a receber não correntes 6.641.582 17.415.215
Ajustamentos a outras contas a receber não correntes (Nota 39) (2.289.349) (2.177.276) 4.352.233 15.237.939
(i) A redução nesta rubrica é explicada essencialmente pelos dividendos recebidos da Unitel em Janeiro de 2007 no montante de 27 milhões de euros (Nota 44.e), relativos aos seus resultados de 2005. Os dividendos da Unitel relativos aos resultados de 2006 ascenderam a 46 milhões de euros (Nota 44.e) e foram pagos em Outubro de 2007.
(ii) Estas comparticipações estão relacionadas com o acordo celebrado entre a PT Comunicações e o SNS, ao abrigo do qual esta entidade tinha de efectuar uma comparticipação por beneficiário do plano. Este acordo foi cancelado antecipadamente durante o ano de 2006 (Nota 9.2) no âmbito da reestruturação do plano de saúde. Em resultado do processo de cancelamento antecipado do Protocolo com o SNS (Nota 9.2), a PT Comunicações registou em 2006 um ajustamento no montante de 19.953.801 euros para fazer face a eventuais riscos de cobrabilidade de alguns destes valores. Uma parcela deste ajustamento, no montante de 11.528.257 euros (Nota 9.5), refere-se a contas a receber de comparticipações com beneficiários reformados, a qual foi reconhecida como uma dedução do ganho resultante do cancelamento do Protocolo com o SNS; a parcela remanescente, no montante de 8.425.544 euros, referente a comparticipações de beneficiários activos, foi registada como custo na rubrica “Provisões e ajustamentos”.
(iii) Este valor corresponde a descontos concedidos por conta do Estado Português a reformados e pensionistas, de acordo com o Decreto-Lei n.º 20-C/86, de 13 de Fevereiro. No âmbito das negociações que conduziram à celebração do contrato de compra e venda da Rede Básica de Telecomunicações e de Telex, no final de 2002, e considerando os termos do Acordo Modificativo ao Contrato de Concessão, o Estado Português assumiu o compromisso de passar a incluir nos Orçamentos de Estado a verba necessária à regularização dos descontos que viessem a ser concedidos no futuro. De acordo com o Orçamento de Estado para o ano de 2007, o Estado Português excluiu esta despesa, cessando o reembolso à PT Comunicações, passando a Empresa a suportar na totalidade o desconto concedido. A 31 de Dezembro de 2007, a conta a receber do Estado Português está relacionada com descontos atribuídos durante o ano de 2006.
(iv) A 31 de Dezembro de 2006, esta rubrica inclui 43 milhões de euros relacionados com adiantamentos a produtores de conteúdos no negócio da PT Multimédia (negócios de audiovisuais).
27. Existências
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica tem a seguinte composição:
2007 2006
Mercadorias (i) 149.942.019 131.028.707
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 17.707.009 16.747.586
Produtos e trabalhos em curso 9.319.751 7.137.219
176.968.779 154.913.512
Ajustamento para depreciação de existências (Nota 39) (16.376.372) (24.632.948)
160.592.407 130.280.564
(i) Esta rubrica inclui essencialmente (1) equipamentos terminais móveis da Vivo e da TMN, e (2) telefones e modems (acesso à Internet por ADSL) do negócio da rede fixa.
28. Impostos a pagar e a recuperar
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica tem a seguinte composição:
2007 2006
Devedor Credor Devedor Credor
Impostos correntes Operações em Portugal
Imposto sobre o Valor Acrescentado 12.510.592 45.559.972 42.025.536 63.617.392
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 93.139.728 165.413.419 20.997.678 117.289.642
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - 7.917.086 - 8.690.404
Segurança Social - 6.303.572 - 8.291.722
Outros 425.892 970.934 1.550.871 1.692.400
106.076.212 226.164.983 64.574.085 199.581.560
Impostos em países estrangeiros 133.035.372 155.791.731 147.173.487 117.381.268
239.111.584 381.956.714 211.747.572 316.962.828
Impostos não correntes
Impostos em países estrangeiros 148.340.234 31.172.618 124.531.128 25.787.484
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas de “Impostos em países estrangeiros” incluem essencialmente 50% dos impostos a recuperar e a pagar pelas empresas participadas da Brasilcel, conforme segue:
2007 2006
Devedor Credor Devedor Credor
Impostos correntes:
Imposto sobre o rendimento 19.702.942 22.861.277 36.415.422 14.826.855
Impostos indirectos 105.244.634 113.231.752 101.965.330 87.792.618
Outros 8.087.796 19.698.702 8.792.735 14.761.795
133.035.372 155.791.731 147.173.487 117.381.268
Impostos não correntes:
Imposto sobre o rendimento (i) 100.562.243 286.977 82.813.411 -
Impostos indirectos (ii) 47.777.991 30.885.641 41.717.717 25.787.484
148.340.234 31.172.618 124.531.128 25.787.484
(i) Esta rubrica diz respeito essencialmente a impostos sobre o rendimento retidos na fonte referentes a dividendos recebidos pelas empresas holdings intermédias da Vivo, os quais serão recuperáveis num prazo superior a um ano a partir do momento em que essas empresas obtenham lucros tributáveis que lhes permitam a recuperação dos mesmos.
(ii) Os impostos a receber incluídos nesta rubrica são relativos essencialmente a impostos indirectos pagos na aquisição de imobilizado, os quais segundo as leis brasileiras só poderão ser recuperáveis durante um período de 48 meses. Os impostos a pagar incluídos
nesta rubrica são relativos essencialmente ao ICMS apurado no Estado do Paraná, o qual será pago num prazo de 48 meses com base num acordo especial celebrado com as autoridades governamentais locais.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o montante líquido a pagar e a recuperar relativo a “Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas” das operações em Portugal tem a seguinte composição:
2007 2006
Estimativa do imposto corrente sobre o rendimento do período relativo aos negócios domésticos (165.413.419) (117.289.642)
Pagamentos por conta 87.354.017 7.201.228
Retenções efectuadas por terceiros 4.301.431 3.951.609
Imposto a recuperar (i) 1.484.280 9.844.841
Imposto a receber (pagar) líquido relativo aos negócios em Portugal (72.273.691) (96.291.964)
(i) A 31 de Dezembro de 2006, esta rubrica está relacionada com as retenções efectuadas por terceiros na Portugal Telecom, as quais só seriam recuperadas quando o Grupo começou a pagar impostos após a utilização dos prejuízos fiscais reportáveis, o que aconteceu durante o exercício de 2007.
A reconciliação entre o imposto corrente sobre o rendimento reflectido nos balanços em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 e os custos com o imposto corrente sobre o rendimento dos exercícios findos naquelas datas é como segue:
2007 2006
Estimativa do imposto corrente sobre o rendimento do período relativo aos negócios domésticos 165.413.419 117.289.642 Imposto sobre o rendimento de empresas do Grupo sedeadas no estrangeiro (i) 42.927.250 45.631.371
Excesso de estimativa do exercício anterior (Nota 19) (9.993.868) -
Provisões para contingências fiscais relativas a IRC (Notas 19 e 39) 8.808.391 8.545.381
Utilização de prejuizos fiscais reportáveis (Nota 19) (ii) - 137.127.830
Outros 1.454.949 2.887.521
208.610.141 311.481.745
(i) A redução nesta rubrica está relacionada essencialmente com a Vivo, no seguimento da reestruturação societária no Brasil no final de 2006, o que permitiu à Vivo a compensação entre prejuízos fiscais de certas empresas, com ganhos fiscais de outras empresas.
(ii) Em 31 de Dezembro de 2006, esta rubrica refere-se à utilização de prejuízos fiscais da Portugal Telecom e da PT Multimédia. Em 31 de Dezembro de 2007, a PT Multimédia já não faz parte do Grupo Portugal Telecom, no seguimento da conclusão do spin-off deste negócio em Novembro de 2007, enquanto a Portugal Telecom já tinha utilizado a totalidade dos seus prejuízos fiscais no final de 2006.
O imposto corrente do período foi registado por contrapartida das seguintes rubricas:
2007 2006
Imposto sobre o rendimento (Nota 19) 198.710.104 292.449.234
Operações descontinuadas (Nota 20) 5.462.607 16.364.785
Resultados acumulados 4.437.430 2.667.726