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Julgamentos e estimativas

No documento Relatório e contas consolidadas (páginas 70-75)

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os IFRS, o Conselho de Administração da Portugal Telecom utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas são como segue:

(a) Benefícios de reforma – O valor presente das responsabilidades com benefícios de reforma é calculado com base em metodologias actuariais, as quais utilizam determinados pressupostos actuariais. Quaisquer alterações desses pressupostos terão impacto no valor contabilístico das responsabilidades. Os principais pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com benefícios de reforma estão descritos na Nota 9.

(b) Análise de imparidade do goodwill – A Portugal Telecom testa anualmente o goodwill com o objectivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.

(c) Valorização e vida útil de activos intangíveis – A Portugal Telecom utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos activos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos activos.

(d) Reconhecimento de provisões e ajustamentos – A Portugal Telecom é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências (Nota 46). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfile de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio.

(e) Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros – A Portugal Telecom escolhe o método de avaliação que considera apropriado para os instrumentos financeiros não cotados num mercado activo com base no seu melhor conhecimento do mercado e dos activos, aplicando as técnicas de avaliação usualmente utilizadas no mercado e usando pressupostos com base em taxas de mercado.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

4. Alterações de políticas e estimativas

Durante o exercício de 2007 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos.

O único novo normativo aplicado pela Portugal Telecom durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, foi o “IFRS 7 – Instrumentos Financeiros”. O impacto da sua adopção traduziu-se em divulgações adicionais relativas aos instrumentos financeiros (Nota 42).

Adicionalmente, à data de aprovação destas demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, as seguintes normas e interpretações, ainda não adoptadas pela Portugal Telecom, tinham sido emitidas, mas a sua aplicação é apenas obrigatória em exercícios futuros:

- IAS 23 (revisto) - Custos de empréstimos obtidos (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009);

- IFRS 8 - Relato por segmentos (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009);

- IFRIC 11 - Transacções com acções próprias (exercícios iniciados em ou após 1 de Março de 2007);

- IFRIC 12 - Contratos de concessão (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008);

- IFRIC 13 - Programas de fidelização (exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2008);

- IFRIC 14 - Benefícios definidos (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008);

- IAS 1 (revisto) - Apresentação das demonstrações financeiras (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009);

- IAS 27 (revisto) - Demonstrações financeiras consolidadas e individuais (exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009);

- IAS 28 (revisto) - Investimentos em associadas (exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009);

- IAS 31 (revisto) - Interesses em joint ventures (exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009);

- IAS 32 (revisto) - Instrumentos financeiros: apresentação (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009);

- IFRS 2 (revisto) - Pagamentos com base em acções (exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009); e

- IFRS 3 (revisto) - Concentrações de actividades empresariais (exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009).

O eventual impacto da adopção destas normas e interpretações em exercícios futuros ainda não se encontra completamente avaliado.

5. Cotações utilizadas para conversão de transacções em moeda estrangeira

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio relativamente ao euro:

Moeda 2007 2006

Coroa dinamarquesa 7,4583 7,456

Coroa norueguesa 7,9580 8,2380

Coroa sueca 9,4415 9,0404

Dirham marroquino 11,4042 11,1354

Dobra de S. Tomé e Príncipe 20.947,9 17.222,3

Dólar australiano 1,6757 1,6691

Dólar canadiano 1,4449 1,5281

Dólar namibiano 10,0298 9,2124

Dólar de Hong Kong 11,48 10,2409

Dólar dos EUA 1,4721 1,317

Escudo de Cabo Verde 110,2650 110,2650

Forint húngaro 253,7300 251,7700 Franco CFA 655,9570 655,9570 Franco suíço 1,6547 1,6069 Iene japonês 164,9300 156,9300 Libra esterlina 0,73335 0,6715 Metical de Moçambique 34,8300 34,4700 Pataca de Macau 11,8244 10,5481 Peso argentino 4,6386 4,0474 Pula de Botsuana 8,9056 7,9313

Rand da África Sul 10,0298 9,2124

Real do Brasil 2,5963 2,8118

Xelim queniano 93,552 91,6632

Xelim ugandês 2.499,6 2.292,2

Nos exercícios de 2007 e 2006, as demonstrações dos resultados das empresas controladas expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros com base nas seguintes taxas de câmbio médio relativamente ao euro:

Moeda 2007 2006

Dirham marroquino 11,2352 11,0362

Dólar namibiano 9,6837 7,7668

Dobra de S. Tomé e Príncipe 18.737,3 15.735,4

Dólar dos EUA 1,3732 1,2557

Escudo de Cabo Verde 110,2650 110,2650

Forint húngaro 251,3667 264,1325 Franco CFA 655,9570 655,9570 Franco suíço 1,6438 1,5731 Metical de Moçambique 35,5658 32,1779 Pataca de Macau 11,037 10,0475 Peso argentino 4,3073 3,8875 Pula de Botsuana 8,4729 7,3955 Real do Brasil 2,6661 2,7315 Xelim queniano 92,6231 90,8083 Xelim ugandês 2.369,8 2.310,2

Yuan Renmimbi da China 10,4294 10,3807

6. Receitas operacionais

As receitas operacionais consolidadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 repartem-se da seguinte forma:

2007 2006

Rede fixa (Nota 7.a) 1.843.549.443 1.952.996.699

Prestações de serviços (Nota 3.p) 1.784.077.277 1.903.558.954

Vendas (i) 40.062.027 32.105.763

Outras receitas (ii) 19.410.139 17.331.982

Móvel Portugal - TMN (Nota 7.b) 1.464.603.409 1.426.182.034

Prestações de serviços (Nota 3.p) 1.321.677.241 1.290.765.345

Vendas (i) 135.300.250 126.042.387

Outras receitas (ii) 7.625.918 9.374.302

Móvel Brasil - Vivo (Nota 7.c) 2.462.940.843 2.104.711.912

Prestações de serviços (Nota 3.p) 2.157.218.441 1.789.759.729

Vendas (i) 258.068.670 254.752.333

Outras receitas (ii) 47.653.732 60.199.850

Outros (iii) 377.315.497 281.396.974

Prestações de serviços 362.522.479 261.804.841

Vendas 9.035.536 13.330.488

Outras receitas 5.757.482 6.261.645

6.148.409.192 5.765.287.619

(i) Estas rubricas incluem essencialmente vendas de equipamentos terminais (telefones fixos e modems) da rede fixa e equipamentos terminais móveis na TMN e na Vivo.

(ii) As outras receitas operacionais do Grupo incluem essencialmente benefícios de penalidades contratuais aplicadas a clientes, aluguer de equipamento, espaços e outras infra-estruturas próprias e receitas provenientes de estudos, projectos e assistência técnica.

(iii) Esta rubrica respeita à prestação de serviços e vendas efectuadas essencialmente pelas empresas MTC (operação móvel celular na Namíbia), Mobitel (operação de call center no Brasil) e Cabo Verde Telecom (operação integrada de telecomunicações).

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as receitas operacionais consolidadas por mercado geográfico são conforme segue: 2007 2006 Portugal 3.397.647.288 3.460.826.637 Brasil 2.528.111.431 2.165.975.225 Outros países 222.650.473 138.485.757 6.148.409.192 5.765.287.619

7. Composição do resultado líquido por segmentos de negócio

A principal forma de segmentação de negócios utilizada pelo Grupo PT é a natureza dos serviços prestados e o tipo de tecnologia utilizada nas diversas empresas operacionais do Grupo. Esta é a forma como o Conselho de Administração analisa e controla os seus negócios, sendo também a forma como a informação é organizada e comunicada. Desta forma, foram identificados os seguintes segmentos de negócio em 31 de Dezembro de 2007 e 2006:

a. Rede fixa (incluindo retalho, serviços a operadores e dados e soluções empresariais);

b. Móvel − Portugal (TMN);

c. Móvel – Brasil (Vivo);

O segmento de negócio de Rede Fixa inclui essencialmente a PT Comunicações, a PT Prime, a PT.com e a PT Corporate.

No que se refere aos negócios móveis, o Grupo PT estabeleceu dois segmentos distintos, “Móvel – Portugal” e “Móvel – Brasil”, atendendo ao facto de as licenças e tecnologias de cada um desses negócios serem substancialmente diferentes. Em termos de tecnologia, GSM/UMTS é a tecnologia utilizada na TMN, enquanto o CDMA é a principal tecnologia utilizada pela Vivo. Adicionalmente, os mercados de telecomunicações móveis em Portugal e no Brasil apresentam diferenças significativas em termos de ambiente económico e regulatório, classes de clientes, fornecedores e estratégias de marketing, o que vem reforçar ainda mais a decisão da Portugal Telecom de estabelecer estes dois negócios separadamente.

O critério secundário de segmentação utilizado pela Portugal Telecom é de natureza geográfica, tendo sido identificados os seguintes segmentos de negócio:

a. Portugal;

b. Brasil;

c. Outros países.

A informação financeira dos principais segmentos de negócio do Grupo, relativa aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, é conforme segue:

No documento Relatório e contas consolidadas (páginas 70-75)