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19.09 - CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE ATUAÇÃO

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12/08/2008 09:22:13 Pág: 145 O setor siderúrgico mundial é composto por centenas de instalações para a produção de aço e dividido em duas principais categorias, com base no método de produção utilizado: usinas integradas e usinas semi- integradas, algumas vezes referidas como “mini-mills”. Normalmente, as usinas integradas produzem aço fundindo em altos fornos, a partir do óxido de ferro extraído do minério de ferro e refinando o ferro em aço, principalmente por meio da utilização de fornos de oxigênio básicos ou, mais raramente, fornos elétricos a arco. As usinas semi-integradas produzem aço fundindo a partir da sucata de aço, ocasionalmente complementada por outros materiais metálicos, como ferro reduzido diretamente ou ferro comprimido a quente, em fornos elétricos a arco.

Nos últimos quinze anos, a produção anual de aço bruto cresceu de 728 milhões de toneladas em 1993 para 1.322 milhões de toneladas em 2007, um crescimento médio ponderado anual de 4,4%. Grande parte deste crescimento ocorreu a partir do ano 2000.

O principal fator responsável pelo aumento da demanda por produtos de aço tem sido a China. Em menos de três anos, a China tornou-se o maior mercado de aço do mundo, consumindo mais que os Estados Unidos e a Europa juntos.

A China está passando por um período de industrialização, com o lançamento de diversos projetos de infra-estrutura, bem como o desenvolvimento de um parque fabril importante, o que também contribuiu para aumentar a demanda por aço. Os preços do aço aumentaram nos últimos quatro anos e os produtores de aço buscaram responder à demanda crescente da China por produtos de aço com programas de investimento para aumentar a capacidade instalada. Atualmente, a China é o maior país produtor de aço, com uma produção de aço bruto de 489,2 milhões de toneladas em 2007.

A China vem aumentando sua produção, não obstante os esforços governamentais para limitar a capacidade excedente. Apesar de a China ter se tornado um exportador líquido de aços longos em 2006, sua produção ainda não afetou os preços internacionais, uma vez que a demanda permanece forte nos principais mercados siderúrgicos.

No início de 2004, a relação mundial de oferta-demanda de aço passou de um saldo positivo no lado da oferta para um saldo positivo no lado da demanda. Com o crescimento econômico da China abastecendo a demanda mundial por aço e matérias-primas, as condições do setor siderúrgico mudaram drasticamente para melhor em 2004. Como a produção de aço da China cresceu a níveis muito acelerados, o setor siderúrgico global testemunhou um aumento nunca registrado nos custos de sucata metálica e os preços do aço ultrapassaram significativamente suas altas históricas.

Recentemente, o setor de siderurgia global passou por um intenso processo de consolidação. Em 1990, os cinco maiores produtores mundiais de aço representavam 12,3% da produção. Se excluirmos da amostra a China, o salto é ainda maior: em 1990, o número era igual a 13,4% e, em 2007, equivalente a 47,41%.

Desde 1940, o aço tem sido de vital importância para a economia brasileira. Por aproximadamente 50 anos, o governo brasileiro manteve um monopólio sobre o setor de produção de aços planos por meio da estatal Siderurgia Brasileira S.A. – SIDEBRÁS. Quanto ao setor de produção de aços não-planos, tradicionalmente composto principalmente por companhias privadas de pequeno porte, o governo brasileiro não possuía o monopólio do setor. Os principais produtores integrados de aços planos operavam como companhias semi-independentes sob o controle da SIDEBRÁS. Durante a década de 1970, investimentos governamentais consideráveis foram realizados para propiciar ao Brasil uma indústria siderúrgica capaz de abastecer o processo de industrialização do país. Após uma década de praticamente nenhum investimento no

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12/08/2008 09:22:13 Pág: 146 setor, o governo selecionou o setor siderúrgico como o primeiro setor para o processo de privatização iniciado em 1991.

O Brasil, com sua alta capacidade instalada de aço e sua tradição como exportador global, tem consistentemente exportado uma parcela substancial de sua produção. As vendas brasileiras de produtos de aço totalizaram 30,9 milhões de toneladas em 2007, 30,0 milhões de toneladas em 2006 e 28,6 milhões de toneladas em 2005, superando a demanda doméstica de 22,0 milhões de toneladas em 2007, 18,5 milhões de toneladas em 2006 e 16,8 milhões de toneladas em 2005 em 8,9 milhões de toneladas, 11,5 milhões de toneladas e 11,8 milhões de toneladas, respectivamente.

O Brasil tem desempenhado um papel importante no mercado de exportações, principalmente como exportador de aço bruto (placas, blocos e tarugos) para a aplicação industrial ou para a re-laminação em produtos acabados. As exportações brasileiras de aço bruto totalizaram 5,1 milhões de toneladas em 2007, 5,7 milhões de toneladas em 2006 e 6,0 milhões de toneladas em 2005, representando 49%, 45% e 48% da exportação brasileira total de produtos siderúrgicos, respectivamente.

Em 2007, o mercado brasileiro continuou a expansão verificada em 2006, sendo que o Brasil foi o nono maior produtor mundial de aço bruto, com uma produção de 33,8 milhões de toneladas e uma participação de 2,6% da produção global e metade da produção total de aço na América Latina em 2007, aproximadamente duas vezes a produção do México e um terço dos Estados Unidos.

O setor de construção civil continuou sendo o principal propulsor da recuperação, suportada por diversos outros fatores, como medidas governamentais que reduziram a carga tributária, mantiveram a inflação sob controle e aumentaram a receita da população, resultando em mais empregos e taxas de juros mais baixas. O setor agro-industrial consolidou sua recuperação dos efeitos da gripe asiática, de colheita e dos baixos preços das commodities, enquanto o setor industrial continuou crescendo de forma sustentada.

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19.10 - RELATÓRIO DE DESEMPENHO

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12/08/2008 09:22:16 Pág: 147

Atendendo às disposições legais e estatutárias, a Administração da Gerdau Açominas S.A. apresenta-lhes, a seguir, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Companhia, preparadas de acordo com o padrão contábil brasileiro, referentes ao exercício social de 2007.

As vendas atingiram 2,5 milhões de toneladas no ano de 2007, volume 3,0% inferior ao de 2006. Esta redução deve-se aos menores embarques ao exterior, não compensados integralmente pelas vendas no mercado doméstico. As exportações, ainda assim, contribuíram com 60,8% do volume total vendido no exercício.

O faturamento bruto atingiu R$ 4,0 bilhões, 8,9% superior ao de 2006. Esse crescimento deve-se, principalmente, às maiores vendas físicas no mercado interno, cujo mix compreende um maior volume de produtos de maior valor agregado. A receita líquida de vendas foi de R$ 3,1 bilhões. A margem bruta (lucro bruto dividido pela receita líquida de vendas) ficou em 30,1% no período.

O lucro líquido atingiu R$ 622,3 milhões em 2007, representando R$ 3,46 por ação. A margem líquida situou-se em 20,0% no ano.

No ano de 2007, a Empresa pagou R$ 393,9 milhões entre dividendos e juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, representando R$ 2,19 por ação.

Em 31 de dezembro de 2006, o patrimônio líquido era de R$ 3,8 bilhões, representando um valor patrimonial de R$ 20,98 por ação.

Os investimentos em ativo imobilizado totalizaram US$ 746,9 milhões no exercício, sendo que a maior parte deste valor foi destinado para a ampliação da capacidade instalada de produção da usina.

A dívida bruta da Empresa somava R$ 2,1 bilhões em dezembro de 2007, dos quais 17,9% eram de curto prazo e 82,1% de longo prazo. Descontadas as disponibilidades e as aplicações financeiras no montante de R$ 497,5 milhões, a dívida líquida era de R$ 1,6 bilhão.

Por fim, a Empresa quer registrar seus agradecimentos aos clientes, fornecedores, representantes, acionistas, instituições financeiras e órgãos governamentais pelo apoio recebido, bem como à equipe de colaboradores, pelo empenho e dedicação dispensados.

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19.01 - POSICIONAMENTO NO PROCESSO COMPETITIVO