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Contributo da Instituição para o desenvolvimento de competências transversais (para

No documento dissertação toda_VERSAO FINAL (páginas 73-77)

CAPÍTULO II – CARACTERIZAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DE ENSINO –

5. O papel das Instituições de Ensino Superior Relativamente às Competências

5.1. Contributo da Instituição para o desenvolvimento de competências transversais (para

Tabela 2 - Contributo da Instituição para o desenvolvimento de competências transversais (para estudantes que exercem uma atividade profissional)

Competências Transversais

Importância das competências transversais para

o desempenho das suas atuais

funções (valor médio) Domínio como consequência aprendizagem obtida no curso (Nível de desenvolvimento na Instituição) (valor médio) Lacunas no desenvolvimento de competências na Instituição

1 Capacidade de comunicação sob a forma

oral e escrita 4,32 4,11 0,21

2 Capacidade de análise e sentido crítico 4,23 4,05 0,18

3 Capacidade de relacionamento e de trabalho

em equipa 4,55 4,31 0,24

4 Autonomia, assertividade e espírito de

iniciativa 4,45 4,18 0,27

5

Capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante

4,16 4,19 -0,03

6 Capacidade de planeamento, coordenação e

organização 4,35 4,16 0,19

7 Capacidade para assumir responsabilidades

e tomar decisões 4,45 4,21 0,24

8 Conhecimentos sobre organizações 4,03 4,24 -0,21

9 Desenvolvimento de hábitos e métodos de

pesquisa 4,00 4,21 -0,21

10

Desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas

3,87 3,92 -0,05

11

Capacidade para desenvolver

autonomamente uma aprendizagem ao longo da vida

4,19 4,18 0,01

Na tabela acima apresentada, constam os valores médios obtidos nas questões sobre a importância das CT´s para o desempenho das atuais funções, bem como o domínio em que as mesmas são desenvolvidas como consequência da

aprendizagem obtida no curso frequentado. Os valores obtidos na coluna da “lacuna” resultam do diferencial considerando valores médios das questões reportadas.

Atendendo à diferença entre o valor médio do nível de importância das CT´s para o desempenho das atuais funções e o valor médio do nível de domínio em que as mesmas são desenvolvidas como consequência da aprendizagem obtida no curso frequentado, a Instituição apresenta-se, pela tabela acima exibida, com um papel menos efetivo no desenvolvimento das competências “autonomia, assertividade e espírito de iniciativa” ( =0,27), “capacidade de relacionamento e de trabalho em equipa” ( =0,24), “capacidade para assumir responsabilidades e tomar decisões” ( =0,24), “capacidade de comunicação sob a forma oral e escrita” ( =0,21) e “capacidade de análise e sentido crítico” ( =0,18).

Os dados revelam ainda que existem quatro CT´s em que o valor médio do nível de importância das mesmas é inferior ao valor médio do nível de domínio em que estas são desenvolvidas durante a frequência do curso, sendo as que a seguir se apresentam: “capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante” ( = -0,03); “conhecimentos sobre organizações” ( = -0,21); “desenvolvimento de hábitos e métodos de pesquisa” ( = - 0,21) e “desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas” ( = -0,05). Nesta última CT, embora se tenha verificado o nível de importância menor que o nível de domínio, interessa considerar também que a mesma foi sinalizada como a menos potenciada na Instituição (73,7%). Portanto, parece que os docentes desenvolvem pouco esta CT nos estudantes e, estes, por seu turno, relativizam a importância da mesma no desempenho das atuais e futuras funções.

Através da análise aos resultados do teste qui-quadrado relativamente à independência entre o exercício de funções na área de gestão e a concordância relativamente ao domínio das CT´s apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso, verifica-se que o domínio da competência “capacidade para assumir responsabilidades e tomar decisões” (p<0,05) durante a frequência do curso está associado às funções exercidas pelos estudantes na área de gestão.

Há uma correlação positiva e estatisticamente significativa (p<0,05) entre o tipo de funções exercidas pelos estudantes e a importância das CT´s para o desempenho das atuais funções, destacando-se: a “capacidade de análise e sentido crítico” (r=0,388; p=0,038), a “autonomia, assertividade e espírito de iniciativa” (r=0,626; p=0,000), os “conhecimentos sobre organizações” (r=0,469; p=0,010) e a “capacidade para desenvolver autonomamente uma aprendizagem ao longo da vida”

(r=0,407; p=0,029). Os dados indicam que quanto maior a importância destas competências, maior são as qualificações nas funções dos estudantes.

Através da análise aos resultados do teste qui-quadrado, verifica-se que a concordância relativamente à importância da CT “autonomia, assertividade e espírito de iniciativa" (p<0,05) está associada às funções que são exercidas pelos estudantes na área de gestão.

5.2. Contributo da Instituição para o desenvolvimento de competências transversais (para estudantes a exercer funções futuras)

Tabela 3 - Contributo da Instituição para o desenvolvimento de competências transversais (para estudantes a exercer futuras funções)

Competências Transversais

Importância das competências transversais para

o desempenho das suas futuras

funções (valor médio) Domínio como consequência aprendizagem obtida no curso (Nível de desenvolvimento na Instituição) (valor médio) Lacunas no desenvolvimento de competências na Instituição

1 Capacidade de comunicação sob a forma

oral e escrita 4,44 4,11 0,33

2 Capacidade de análise e sentido crítico 4,56 4,05 0,51

3 Capacidade de relacionamento e de trabalho

em equipa 4,78 4,31 0,47

4 Autonomia, assertividade e espírito de iniciativa 4,67 4,18 0,49

5

Capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante

4,44 4,19 0,25

6 Capacidade de planeamento, coordenação e

organização 4,78 4,16 0,62

7 Capacidade para assumir responsabilidades

e tomar decisões 4,67 4,21 0,46

8 Conhecimentos sobre organizações 4,44 4,24 0,20

9 Desenvolvimento de hábitos e métodos de

pesquisa 4,50 4,21 0,29

10

Desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas

4,44 3,92 0,52

11

Capacidade para desenvolver

autonomamente uma aprendizagem ao longo da vida

Na tabela acima apresentada constam os valores médios obtidos nas questões sobre a importância das CT´s para o desempenho das futuras funções, e o domínio em que as mesmas são desenvolvidas como consequência da aprendizagem obtida no curso frequentado. Os valores obtidos na coluna “lacuna” resultam do diferencial dos valores médios das questões reportadas.

No que respeita às lacunas relativas ao desenvolvimento de CT´s na Instituição, a perceção dos estudantes que não exercem atividade profissional ou que se encontrem em situação de desemprego, é de que existe um trabalho menos efetivo no desenvolvimento das seguintes CT´s: “capacidade de planeamento, coordenação e organização” ( =0,62), “desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas” ( =0,52) e, “capacidade de análise e sentido crítico” ( =0,51).

5.3. Correlações das variáveis relacionadas com o desenvolvimento de competências transversais na Instituição

No documento dissertação toda_VERSAO FINAL (páginas 73-77)