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Relação entre as variáveis idade e domínio das competências transversais aquando

No documento dissertação toda_VERSAO FINAL (páginas 62-64)

CAPÍTULO II – CARACTERIZAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DE ENSINO –

4. Domínio e Importância das Competências Transversais

4.5. Relação entre as variáveis idade e domínio das competências transversais aquando

domínio das competências transversais apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso que frequentou.

Com o propósito de identificar o grau de concordância relativamente ao domínio das competências por parte dos estudantes, cuja idade é também fator a considerar nesta análise, procede-se a uma análise descritiva aos resultados obtidos, quer entre as variáveis idade e domínio das CT´s aquando do ingresso no ES, quer entre as variáveis idade e domínio das CT´s, apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso que frequentou.

4.5.1. Variáveis idade e domínio das competências transversais aquando do ingresso no ensino superior

De acordo com os resultados obtidos (tabela 2 do apêndice) constata-se à escala “concordo totalmente” que são, em média, os estudantes de classe jovem mais adulta com idades de =29,25 anos (=8,71 anos) e de =29,75 anos (=8,54 anos) que, respetivamente, dominam, aquando do ingresso no ES, as competências relativas à “capacidade de relacionamento e de trabalho em equipa” e à “capacidade para desenvolver autonomamente uma aprendizagem ao longo da vida”. Atribuímos a designação de “classe jovem mais adulta”, considerando que a idade com maior frequência é de 21 anos e a média de idades situa-se nos 31 anos (idade mínima 20 anos e idade máxima 53 anos). Então, a média de idades apresentada, 29,25 anos e 29,75 anos, é semelhante à média de idades da turma (31 anos) e, quando se compara com a frequência (21 anos), revela pertencer a uma classe de jovens mais adultos.

Em contrapartida, os estudantes que responderam “concordo totalmente” às diferentes CT´s aquando do ingresso no ES são, em média, os mais velhos que revelam concordância no domínio da “capacidade de planeamento, coordenação e organização” ( =41,50 anos; =9 anos), bem como no “domínio do desenvolvimento

do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas” ( =43,40 anos; =6,27 anos). Atendendo que a média de idades do grupo de estudantes que responderam ao questionário é de 28 anos4, as médias acima apresentadas correspondem a um grupo de estudantes com idade significativamente avançada. No âmbito desta última competência, os dados revelam que são em média os estudantes de classe mais jovem que “discorda parcialmente” possui-la ( =25,50 anos; =2,12), o que parece indicar que esta competência é desenvolvida e adquirida no indivíduo ao longo do tempo e possivelmente matizada de acordo com o grau de maturidade dos mesmos.

Também são em média os estudantes de classe ainda mais jovem ( =22,50 anos; =2,12) que “discorda parcialmente” possuir a CT “conhecimento sobre organizações”, o que eventualmente poderá estar relacionado com o facto de nunca terem exercido atividade profissional, ou de terem um número reduzido de experiências, ou de não terem tido a possibilidade de contactarem com outras organizações que não aquela à qual estão vinculados.

É, ainda, de registar no domínio das CT´s aquando do ingresso no ES que, dos estudantes que responderam às diferentes CT´s “concordo totalmente”, a competência relativa à “capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante”, metade têm idade até 25 anos, representando uma classe de estudantes mais jovem relativamente às restantes competências.

Conclui-se então, que o fator idade influencia o domínio das competências.

4.5.2. Variáveis idade e domínio das competências transversais, apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso que frequentou Da análise de dados (tabela 3 do apêndice) relativa às variáveis idade e domínio apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso que frequentou, constatou-se que os estudantes que responderam às diferentes CT´s “concordo totalmente”, às competências “capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante”; “capacidade para assumir responsabilidades e tomar decisões; e desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas”, metade têm idade até 31 anos. Esta idade nas CT´s enunciadas, destaca-se das demais por se apresentar como a mais elevada.

Verificou-se que estas três CT´s obtiveram médias de idade mais elevadas que as restantes competências. Assim, no âmbito do domínio apenas como consequência da aprendizagem obtida no curso que frequentou à escala “concordo totalmente”, os estudantes na competência “capacidade de recolher, selecionar, interpretar e conformar estruturadamente informação relevante” têm, em média, 32,64 anos; na competência “capacidade para assumir responsabilidades e tomar decisões” os estudantes têm, em média, 32 anos e na competência relativa ao “desenvolvimento do trabalho assente em rigorosos princípios éticos e de cidadania, dentro do maior respeito pelas questões ambientais, sociais e humanas”, têm em média, 32,67 anos.

Em sentido inverso à idade apresentada e, ainda, à escala “concordo totalmente”, a competência relativa à “capacidade de comunicação sob a forma oral e escrita” apresentou idade mais baixa relativamente às restantes, pelo que metade dos estudantes apresentam idades até 24 anos, podendo adiantar-se como hipótese o facto desta classe de jovens (considera-se esta classe jovem atendendo que a idade com maior frequência situa-se nos 21 anos) integra numa turma heterogénea no que diz respeito ao regime de ingresso. Há um número considerável de estudantes oriundos dos regimes: transferência, mudança de curso, titular de curso pós- secundário (CET´s) e médios, regime normal. Estes estudantes poderão, eventualmente, ter desenvolvido competências já nos cursos provenientes, designadamente, aperfeiçoamento na forma de tomar notas, desenvolvimento de competências de argumentação e leitura, desenvolvimento na capacidade de analisar textos/exercícios, conceção de trabalhos individuais ou em equipa.

Destaca-se que não é possível fazer leitura aos níveis de discordância das diversas competências, na medida em que não existem dados passiveis de análise.

4.6. Comparação entre grupo das variáveis idade e domínio das

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