• Nenhum resultado encontrado

CORPO SIMBÓLICO,

No documento CORPO: ficção, saber, verdade (páginas 44-57)

CORPO IMAGINÁRIO

1

1 Trabalho apresentado no Congresso da APPOA – Corpo: ficção, saber, verdade, novembro de

2015, em Porto Alegre. Este texto em versão reduzida foi publicado no Correio virtual da APPOA de março 2016, sob o título Corpo RSI.

2 Psicanalista; Membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA); Analista-membro

da Association Lacaniènne Internationale (ALI). Responsável pelos seminários e oficinas de to- pologia na APPOA. Autora do livro Topologia e clínica psicanalítica. E-mail: ligia@victora.com.br.

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

Q

uando recebemos alguém para análise, esta pessoa geralmente já vem com queixas sobre seu sofrimento psicológico e, muita vez, físico tam- bém. São dores na cabeça, nas costas, no peito, medos, insegurança, tris- teza... Enfim, um mal-estar “de corpo e alma”. A questão é: que corpo é este com que lidamos durante uma análise?

Lacan ([1965/66] Inédito), no seminário O objeto da psicanálise propôs que o objeto do desejo, chamado por ele de “objeto a”, pudesse ser tomado de três maneiras:

1. no real – enquanto desejo inconsciente, inapreensível;

2. no simbólico – tudo o que possa suscitar desejo com o discurso e provocar o gozo fálico;

3. no imaginário – como os objetos destacáveis do corpo, mas que se mantêm sempre circulando por suas bordas: seio, fezes, e ainda funções, como o olhar e a voz, tomadas como objetos.

Seguindo os mesmos passos de Lacan, gostaria de propor três verten- tes possíveis para se pensar o corpo:

1. corpo real: inacessível à consciência em sua totalidade por ser real, mas cuja estrutura orgânica dá o suporte físico ao simbólico e ao imaginário; 2. corpo simbólico: que seria o envelope tecido pela linguagem. É como uma segunda pele, feita por uma rede de significantes;

3. corpo imaginário: a imagem de como o sujeito se vê, e como acredita ser visto pelos outros.

Explicando melhor: Corpo real

O sujeito nasce com um corpo orgânico que segue uma “bio-lógica”, com um sistema mais ou menos autônomo, no sentido de ser independente da consciência, mas que não fica imune aos processos inconscientes – que irão organizar ou desorganizar esta lógica “bio”. Mas este corpo biológico, que integra o corpo real, não sobrevive por si só, e só ganha vida na medida em que outras instâncias interferem nele.

Este corpo real inclui o corpo orgânico – ossos, órgãos, etc., mas não se reduz a isto – pois ele só existe à medida que for falado. Conforme Nacht (2000, p.207), “ele não tem existência, a não ser pelas palavras que o descrevem”.

Este corpo real pode ser depositário de tudo o que for recalcado da consciência – inclusive o recalcado da família, as coisas mal contadas. Se- gundo Nacht, “este corpo real pode ser identificado como o recalcado do cor- po do desejo inconsciente. É um corpo inconsciente que insiste atrás destas representações não faladas” (2000, p.208).

Ligia Gomes Víctora

Corpo simbólico

O corpo simbólico vai se formando pela incorporação de significantes, desde as primeiras identificações. Trata-se mesmo de uma “in-corpo-ração”, ou da introdução, no corpo, de significantes dirigidos e/ou associados ao fu- turo sujeito – desde seu nascimento ou mesmo antes de ele nascer – que vão criando um campo simbólico propício ao desenvolvimento de um sujeito. Seria um emaranhado de palavras, tecendo uma rede – que será organizada pelo significante chamado por Lacan de Phallus e que será coroada pelo nome-próprio. Isto vai formar uma unidade de ser: “Eu sou o Fulano de Tal” – o sujeito se identifica pelo nome.

A instância simbólica, ou seja, as palavras advindas dos outros, vai ani- mar o corpo real, no sentido original, de animare, do latim: dotar de vida (ani- mus: espírito, energia, coragem, audácia, vontade, desejo e paixão).

Como é um corpo simbólico, “este corpo falado não escapa às regras da semântica e da sintaxe – faz-se objeto de condensações e deslocamentos” (Nacht, 2000, p.208) – e é passível de associações e de interpretação. Corpo imaginário

É a instância do imaginário que faz a costura do real com o simbólico. O único acesso possível ao corpo orgânico seria através do imaginário. Uma prova de que o corpo é imaginário são pessoas magérrimas que se acham gordas, bonitas que se acham feias, e vice-versa...

O corpo imaginário se forma a partir do olhar do outro – mas também pe- las carícias, toques do outro, que vão moldando este corpo, como se fosse de massinha de modelar. Isto se monta, mormente, a partir da fase do espelho. As brincadeiras que se fazem intuitivamente com os bebês – “De quem é este pezinho?” Ou – “Vou comer essa barriguinha” – vão também dando limites e criando um corpo imaginário.

Neste corpo imaginário vão sendo feitos furos pelos significantes dos outros. Diz-se, em topologia, que os furos são bordas que organizam as superfícies. Nas palavras de Marc Darmon (2004, p.362): “de fato, tudo o que faz borda sobre o corpo pode ser fonte de uma pulsão e corresponde a um objeto, dito pequeno a, particular...”. E é incrível como isso acontece naturalmente. Parece que há um empuxo natural à linguagem e a predis- posição à criação de uma relação com o outro. E é bem sabido que, “uma vez que se entra na linguagem, daí não se sai mais, isso vai se ramifi- cando, um significante reenviando sempre para outro...” (Darmon, 2004, p.362)

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

Numa clínica de bebês abandonados com HIV havia um indiozinho de 10 meses. Apático, com sérios problemas de saúde e um histórico de hospi- talismo, passava os dias deitado com o olhar perdido. Um dia resolvi lhe dar atenção e comecei a fazer a brincadeira de “comer o pezinho”. Ele se retraiu de início, virou de costas para mim. Como eu insistia, começou a aceitar a brincadeira e, pouco a pouco, a me provocar. E, na semana seguinte, quando fui buscá-lo, ele imediatamente me ofereceu seu pé!

O corpo na psicanálise

E o que é o corpo que se apresenta em uma análise?

O corpo falado pelo discurso do analisante “se forma na transferência com o analista, é uma representação complexa que põe em jogo a relação do sujeito com sua história, seus ancestrais – tomados sempre em uma função de espelho, mais ou menos deformante”3 (Nacht, 2000, p.207). Sempre meio enviesado, como o espelho no quadro Las meninas4. Um reflexo do olhar e das palavras dos outros, que vão se projetando, e compondo uma imagem, como em uma tela. Logo, o corpo falado em análise é uma construção. En- quanto construção simbólica, este corpo imaginário, projetado na tela do cor- po real, será objeto de associações e deve ser “escutado”, como um sonho.

Exemplos de como as pessoas se referem ao corpo: – Hoje estou com uma dor no vazio!

– Como assim, no vazio?

– Lá na minha terra, o vazio é uma parte do boi que se usa para fazer guisado, acho que é aqui (mostra o abdômen).

Na verdade, o vazio ou fraldinha é uma peça de carne bovina usada no sul para o churrasco, logo, sendo a paciente natural da região da campanha, dizer que “é para fazer guisado” pode ser considerado um lapso. De fato, a paciente justifica em seguida, associando com seu vazio existencial.

– Um vazio, como na minha vida: às vezes parece que já morri. Outro exemplo:

– A minha mãe não podia ter filhos. Tinha os úteros virados. – “Os” úteros? Quantos ela tinha?

– O que eu falei? Não são dois?

3 Tradução livre da autora.

4 O quadro Las Meninas, de Velázquez (1656) medindo 318×276 cm, encontra-se no Museu do

Ligia Gomes Víctora

Isto, vindo de uma pessoa com curso superior pode muito bem ser to- mado como uma formação do inconsciente. Um lapsus linguæ, como ficou provado em seguida, quando a paciente entra num estado confusional. Em seguida, ela faz uma associação com o fato de ter duas mães, uma vez que fora adotada.

Ainda conforme Nacht (2000, p.207), “a abordagem psicanalítica não permite falar do corpo como de um objeto, muito menos um objeto científico, cujas características e reações podem ser analisadas e classificadas confor- me o método científico de observação e experimentação”5 – e eu acrescenta- ria: como no discurso médico.

O corpo demonstra aquilo que vai no inconsciente – engorda, emagrece, adoece, faz úlceras, tumores... E também, felizmente, às vezes, se cura.

Assim como a pele revela publicamente aquilo que não é dito. Ela enru- besce, empalidece, coça, sua, explode em espinhas, furúnculos, como vul- cões a liberar o estresse. Ficam literalmente “na cara” a vergonha, o emba- raço, o medo, etc... É o órgão de contato com o outro por excelência, logo é o que mais se presta para mostrar e demonstrar o que lhe vai “por dentro”.

A partir de agora, vamos ver que na verdade o corpo não tem um dentro – nem um fora.

O corpo na cadeia borromeana

Figura 1: a cadeia borromeana

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

Uma abordagem de Lacan sobre o corpo foi através da teoria dos nós. Nesta imagem, que Lacan apresentou na conferência A terceira ([1974]2002), observem que o corpo é colocado no aro do imaginário, mas tem suas inter- seções com o real e o simbólico, formando os campos do objeto do desejo e dos gozos. Para Lacan, apenas o gozo fálico ficaria fora do corpo (na parte de baixo do nó, de onde escorre o campo do sintoma).

Ainda dentro desta teoria de Lacan, seria o imaginário que faz a cone- xão entre o real e o simbólico, ou seja, aquilo que costura o real e o simbólico é o imaginário. Não é estranho que seja o corpo imaginário aquilo que dá consistência ao sujeito? Mas é justamente isso: o corpo imaginado segura o corpo real, lhe dá imagem e substância. Sem ele, seríamos meros espectros – o corpo seria muito frágil, como uma folha ao vento.

O cross-cap de Lacan

Outra abordagem de Lacan sobre o corpo, desta vez na topologia, foi com o plano projetivo. Esta figura foi apresentada por Lacan (1961-62) no seminário A identificação (Lição 20 – 16/05/1962). Vejam (figura 2) que há estas linhas em forma de infinito, que representam que se pode passar de um lado – aparentemente interno – ao outro – aparentemente externo sem cortes. Isso justifica esta figuração do corpo, onde o interior é um contínuo com o exterior.

Ligia Gomes Víctora

Lacan (1961-62) apresenta este desenho (figura 2) e diz: – “Seu verda- deiro nome é plano projetivo da teoria das superfícies de Riemann. Chama- rei, contudo, de cross-cap”.

E é verdade. O cross-cap de Lacan, na verdade, é um plano projetivo da topologia, uma variedade do espaço-tempo que tem quatro dimensões (em que a quarta é o tempo), projetado em duas dimensões (D2), ou seja, no plano. O próprio Lacan (1962) diz, na sequência: – “Para imaginar o que é esta esfera encapsulada é preciso pensar em pelo menos quatro dimensões”.

Figura 3: o plano projetivo real

Conhecido por RP2 – real plan aplicado a um plano de duas dimensões (D2) – é o conjunto de todas as retas que passam pela origem da circunferên- cia. Isso faz com que a superfície toda se adentre nela mesma, tornando-se, assim, uma superfície unilátera – de um só lado – onde o aparente lado de fora está em continuidade com o falso lado de dentro (pois na verdade é uma coisa só).

Porém ― e sempre há um porém... ― o que acontece quando uma variedade unilátera (VЭD (x>3))6 é projetada no espaço D3 ou no plano D2? Ela

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

perde pontos – ou seja, onde antes eram dois ou mais pontos agora será um só. As variedades uniláteras não podem ser imersas em dimensões menores sem sofrer perdas... Vários pontos coincidem em um só, e ela perde sua pro- priedade de unilateralidade.

Nota: na matemática uma variedade é uma generalização da ideia de superfície. Há vários tipos de variedades, de acordo com as propriedades que possuem. As variedades são de interesse no estudo da geometria e da topologia, e as mais usuais são as variedades topológicas (esfera, toro, garrafa de Klein, banda de Möbius, etc...). Na psicanálise, trabalhamos as classificações diagnósticas conhecidas por “estruturas” (neurose, psicose, perversão) como se fossem variedades – generalizações dentro das doen- ças mentais.

O cross-cap de Lacan lembra o esquema do “saco”, que Freud apresen- tou em 1923 e depois novamente em 1932. Vejam que tem um lado de fora, em contato com o “mundo externo”, e outro lado de dentro – uma parte pré- -consciente e outra parte inconsciente. O indivíduo freudiano tinha o interior e o exterior bem definidos.

Figura 4: esquemas de Freud

Só que a proposta de Lacan não tem dentro e fora como a de Freud. O plano projetivo é unilátero (possui um só lado) e não possui bordos. O plano projetivo plano e esférico são exemplos de imersões de variedades no cha- mado plano R2 (real ao quadrado, significa que tem dois lados – o de dentro e o de fora).

Ligia Gomes Víctora

Figura 5: esquema do cross-cap de Lacan (2)

Conforme Vandermersch (2008), “esta forma aparentemente homogê- nea é, de fato, um composé heterogêneo do sujeito e do objeto. Quando um significante faz corte nesta forma, o sujeito é o produto da operação. O objeto, seu resto, a moldura despercebida da realidade do sujeito” (p.208).

Com este esquema misterioso, puramente imaginário, Lacan repre- senta em uma superfície única a junção do sujeito com seu desejo. Para se compreender melhor este plano projetivo de Lacan, imaginem uma projeção de uma esfera no plano: vira apenas um círculo! Da mesma forma, um plano projetivo projetado no plano aparece com sua autointerseção simplificada, como uma linha sinuosa culminando em um ponto limite, onde Lacan loca- lizou o fi (f) – letra grega que representa o significante phallus – ponto que tem uma função estrutural (Lacan, 1962), e que organiza toda a superfície em torno dele.

Por carregar o fi, este círculo também é portador do objeto do desejo. Lacan diz que “o Falo faz o buraco e coloca o objeto a lá dentro” (Lacan, 1962). O que acontece quando os significantes do outro começam a “cortar” este corpo? Este corpo vai se transformar em outras variedades, lembrando que toda borda pode ser o início de uma pulsão.

Lacan começa a fazer o mesmo exercício que fizera em relação ao toro e à banda de Möbius: cortar e cortar o plano projetivo para ver se consegue uma imagem melhor para a estrutura do fantasma. A questão é: como sepa- rar o sujeito de seu objeto de desejo?

O primeiro corte – o corte simples – abre uma borda na superfície e a transforma em uma variedade homeomorfa ao verdadeiro cross-cap dos topólogos.

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

Figura 6: esquema do corte simples no plano projetivo

Figura 7: o cross-cap dos topólogos

Já o corte moebiano separaria a superfície em duas partes. Lembrando que são cortes virtuais, não sendo possível reproduzir essa construção em papel ou tecido.

Ligia Gomes Víctora

Figura 8: esquema do corte moebiano ou em oito-interior no plano pro- jetivo

Lacan (1962) usou este corte para representar o corte do fantasma. Deste corte, resultariam:

Uma banda de Möbius (que é o próprio corte), equivalente ao sujeito; Todo o resto do tecido, inclusive o ponto central fi, que seria o objeto a. Esta é a operação que permite ilustrar a separação do sujeito e do dese- jo, ou seja, o fantasma ($◊a). O operador em forma de losango (◊) representa o corte do significante.

Corpo real, corpo simbólico, corpo imaginário

Lacan geralmente trata o fantasma como uma função imaginária. Esta propriedade de desmaterialização do fantasma, nas palavras de Jean-Jac- ques Tyszler (2014, p.16), o torna automaticamente abstrato. Além disso, ao utilizar modelos topológicos no lugar de exemplos clínicos, Lacan, na visão de muitos, em vez de facilitar, cria mais um problema, o de decifração de enigmas... Ao nomear como “objetos” o seio (representante da pulsão oral) e as fezes (pulsão anal) – estes têm uma materialidade física, digamos. Mas e os outros ditos objetos, designados por Lacan: a voz e o olhar? Qual sua ma- terialidade? Não encontram representação no corpo, são puramente funções. Para encerrar, deixo uma citação de um belo texto de Marc Nacht (2000, p.210)7:

O que é o corpo para a psicanálise? A concha mítica evocada por Platão está, talvez, mais próxima disto que um cadáver retalhado sabiamente e quase amorosamente desenhado por Vésale8. Mas

há um caractere comum a cada uma destas representações por mais distantes que elas sejam uma da outra: todas duas são mar- cadas pelo corte como se o fio que separa, tesoura dos deuses ou escalpo do anatomista, fosse disso o traço significativo.

O que é senão o corpo do desejo liberado da morte, que era seu domicílio secreto?

Que, depois de ter invertido a demanda e se dado conta da alteri- dade que o funda, vive doencontro disto que acompanha o outro e de – palavras. É, então, um corpo desejante, livre de seus males.

REFERÊNCIAS

DARMON, Marc. Essais sur la topologie lacanienne. Paris: Éditions de l’Association Lacaniènne Internationale, 2004.

FREUD, Sigmund. O ego e o id [1923]. In: ______. Edição standard brasileira das obras psicológicas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.19.

FREUD, Sigmund. Conferência XXXI [1932]. In: ______. Edição standard brasileira das obras psicológicas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.22. LACAN, Jacques-Marie. Seminário l’identification [1961/62]. In: ______. Obras com- pletas. Disponível em: gaogoa.free.fr. Acessado em: 04/01/2016.

LACAN, Jacques-Marie. Seminário l’objet de la psychanalyse [1965/66]. In: ______ Obras completas. Disponível em: gaogoa.free.fr. Acessado em: 04/01/2016.

7 Tradução da autora.

Ligia Gomes Víctora

LACAN, Jacques-Marie. A terceira [1974]. In: Cadernos Lacan. Vol. II. Porto Alegre: Edições da APPOA, 2002.

NACHT, Marc. Corps du désir. In: Le corps a ses raisons. Atas do colóquio. Paris: Ed. Association Psychanalyse et Médecine, 2000.

TYSZLER, Jean-Jacques. O fantasma na clínica psicanalítica. Trad. Letícia P. Fon- seca. Recife: Association Lacanienne Internationale, 2014.

VANDERMERSCH, Bernard. Le cross cap de Lacan ou «asphère». In: Dossier Topo- logie. 2008. Disponível em: http://freud-lacan.com/freud/Champs_specialises/Topolo- gie/Le_cross_cap_de_Lacan_ou_asphere Acessado em: 31/01/2010.

Recebido em 21/08/2016 Aceito em 21/10/2016 Revisado por Joana Horst

TEXTOS

Resumo: O artigo trata de como em cada tempo se situa o que fica excluído dos discursos. Aborda proposições lacanianas de Lituraterra, que sustentam o furo no saber. Traz elementos da passagem adolescente para situar formações sintomá- ticas contemporâneas.

Palavras-chave: discursos, passagem adolescente, lituraterra. THE BODY IN THE LITTORAL OF THE SCIENCE

Abstract: This article discusses what is excluded of the speeches. Also discusses the Lacanian propositions of Lituraterre, about a hole in the known. It discusses elements of the adolescent passage to situate clinics formations in our days. Keywords: speeches, adolescent passage, lituraterre.

No documento CORPO: ficção, saber, verdade (páginas 44-57)

Documentos relacionados