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granada e plagioclásio, amostra CC-276 D, nicóis cruzados, objetivo 2,5X.

Epidoto e clinozoisita: Cristais subidioblásticos a xenoblásticos, produto de alteração da hornblenda

principalmente nas bordas e nas fraturas formando agregados de cristais e intercrescimento de cristais ou massas granulares de epidoto e clinozoisita, também formando parte das fases intersticiais. Produto de alteração do diopsídio. Observa-se intercrescimento entre epidoto e clinozoisita. As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,75mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, suturado, sinuoso.

Clorita: Cristais xenoblásticos, tabulares, cristais encurvados. Produto de alteração de hornblenda.

As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,375mm. Contato intergranular suturado a subretilíneo.

Apatita: Cristais xenoblásticos a subidioblásticos a subarredondados, cilíndricos. As proporções nas

lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,375mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Titanita: Cristais xenoblásticos a subidioblásticos, cristais alongados, formando faixas ou trilhas

paralelas aos minerais máficos (hornblenda e clinopiroxênio), alguns grãos ocorrem nas formas losangulares. As proporções nas lâminas variam de <5 a 10%. Os tamanhos variam de 0,025 a

3,35mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Calcita: Cristais xenoblásticos. Minerais de alteração, intersticiais, secundários, produto de alteração

da hornblenda e plagioclásio. Se observam como inclusões principalmente na hornblenda e plagioclásio. Ocorre nos contatos entre grãos de hornblenda e plagioclásio. As proporções nas

Estudo Geológico, Geoquímico e Isotópico da Região Compreendida entre Fagundes e Itatuba (PB)... Carmona, L.C.M. 2006. PPG/UFPE lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de 0,125 a 2,05mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Alanita: Cristais xenoblásticos a subarredondados, fragmentados, fraturados, como inclusões no

plagioclásio e hornblenda. As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de 0,075

a 1,05mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

3.2.2.5 PETROGRAFIA DE ROCHAS HORNBLENDA GABROS ALTERADAS PARCIALMENTE A SKARNS

São rochas gabróicas de transição de fácies anfibolito a fácies xisto-verde, passando a skarn. Estas rochas ocorrem de forma maciça a bandadas, frequentemente ocorrem em contato com skarn de textura brechosa. Apresentam tonalidades verde escuras a amarronzadas escuras. Ocorrem majoritariamente com minerais de plagioclásio, hornblenda, actinolita, diopsídio-hedenbergita e epidoto, clinozoisita, assim como, com minerais de quartzo, clorita, titanita, apatita, biotita, alanita e calcita intersticial, como acessórios.

3.2.2.5.1 Petrografia Microscópica

Foram estudadas as seguintes amostras representativas desta subunidade: CC-Q1-1, CC- Q1-2 e 187 A.

Plagioclásio: Cristais xenoblásticos a subidioblásticos, neoformados, intersticiais, preenchendo

espaços vazios entre os cristais de hornblenda, textura granular alongada. Geralmente o tamanho predominante dos grãos é encontrado entre 0,75 a 1,50mm. Grãos fracamente alterados. Apresenta algumas evidências de alteração como saussuritização e bordas corroídas. A forma de ocorrência do plagioclásio na lâmina sugere que este ocorre como veios penetrando a rocha (plagioclásio secundário); também poderia indicar a presença de plagioclásio neoformado, por processos de retrometamorfismo, ou seja, retrogressão da fácies granulítica ao fácies anfibolítica (recristalização, reequilíbrio, mudança nas condições P/T, introdução de H2O suficientemente elevada no sistema). Ocorrem cristais de plagioclásio rodeados de clinozoisita e epidoto, textura mortar ou coroa.

Ocorrem relacionados ou associados com outros minerais tardios como clinozoisita (epidoto), quartzo e calcita. Observam-se duas fases de cristalização (cristais de granulação mais grossa, entre 1,0 a 3,5mm) e intersticiais (recristalização, mais finos <1,0mm). As proporções nas lâminas variam de 40-45%. Os tamanhos variam de 0,25 a 3,50mm. Contatos com os cristais de hornblenda são retilíneos, sugestivos de equilíbrio metamórfico entre estes dois minerais.

Hornblenda: Cristais xenoblásticos a subidioblásticos, prismáticos, fraturados, neoformados,

alongados. Alterando para actinolita e epidoto de variando de verde claro a verde escuro-azulado (típico de fácies anfibolítica) a marrom. Cristais de hornblenda alterando para epidoto-clinozoisita nas bordas. Grãos orientados formando faixas ou bandas. As proporções nas lâminas variam de 30-40%. Os tamanhos variam de 0,25 a 2,25mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Actinolita: Cristais subidioblásticos a xenoblásticos, aciculares, prismáticos, alongados,

fragmentados, hábito fibroso. Observam-se como cristais intersticiais entre os grãos de plagioclásio e hornblenda, sendo produto de alteração dos piroxênios. Mostram-se locais onde a actinolita altera para epidoto/clinozoisita. Observando-se as bordas corroídas. As proporções nas lâminas variam de

Estudo Geológico, Geoquímico e Isotópico da Região Compreendida entre Fagundes e Itatuba (PB)... Carmona, L.C.M. 2006. PPG/UFPE <5 a 10%. Os tamanhos variam de 0,10 a 0,70mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em

equilíbrio, a contato suturado.

Epidoto e clinozoisita: Cristais xenoblásticos a subidioblásticos, alongados, produto de alteração da

hornblenda, são observados nas bordas dos anfibólios; Ocorre formando a matriz da rocha, preenchendo os espaços intersticiais entre os cristais maiores de plagioclásio, hornblenda e actinolita, num processo chamado de epidotização (alteração hidrotermal). Mineral de origem secundária, ocorrendo de duas formas: 1) como cristais subédricos pseudohexagonais neoformados pela alteração hidrotermal (metassomatismo) atuante sobre os cristais de plagioclásio, actinolita e diopsídio; 2) ocorre também circundando (intersticiais) os cristais de plagioclásio e diopsídio, constituindo a matriz amorfa da rocha, possivelmente representando uma fase de alteração hidrotermal tardia, intersticiais, recristalização dinâmica, tardio-marginal. Associado à clinozoisita (intercrescimentos). Em sua maioria cristais menores que 0,5mm, em torno de cristais maiores de plagioclásio e diopsídio. Associados aos grãos de quartzo e calcita intersticiais, aparece também na forma de veios ou preenchendo as fraturas do plagioclásio, hornblenda, actinolita e diopsídio. As proporções nas lâminas variam de <5 a 10%. Os tamanhos variam de <0,50mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, suturado, sinuoso.

Diopsídio-hedenbergita: Ocorre associado a pequenos cristais alongados de titanita, os quais

formam trilhas descontínuas e também se exibe emoldurado por cristais xenoblásticos e subiodioblasticos, de granulação fina, de epidoto (textura mortar). Em alguns locais mostra alteração para actinolita. Textura poiquiblástica. Em alguns cristais estão circundados por cristais de clinozoisita intersticiais, textura coroa e em outros por textura mortar (finos cristais de clinopiroxênio produzidos por sua recristalização dinâmica marginal, intersticiais). Exibe geminação polissintética.

Inclusões de plagioclásio intersticiais, titanita, apatita, e veios de epidoto/clinozoisita preenchendo as fraturas. Se observa ora como porções ora como agrupamentos (clots) de grãos ou como faixas. Tamanhos mais finos entre 0,25 a 1,25mm. Em alguns locais altera para actinolita. O diopsídio está sendo substituído pelo epidoto e anfibólio. As proporções nas lâminas variam de <5 a

40%. Os tamanhos variam de 0,15 a 3,25mm. Contato intergranular reto a subretilíneo a suturado

(com os cristais de plagioclásio).

Titanita: Observam-se cristais xenoblásticos, subidioblásticos a subarredondados, seções rômbicas alongadas, inclusos no diopsídio, formando grupos (clots) ou trilhas de tênue orientação. As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,875mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Biotita: Cristais prismáticos, alongados, aciculares.As proporções nas lâminas variam de <5%. Os

tamanhos variam de 0,15 a 0,90mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, suturado.

Apatita: Subidioblástica a subarredondadas, também cristais aciculares. Estes minerais acessórios

ocorrem com formas alongadas e bordas arredondadas, em vez das típicas formas idioblásticas rômbicas (titanita) e semihexagonais (apatita) características de minerais de origem ígnea. Este aspecto sugere processos de recristalização por alteração hidrotermal (processos metassomáticos) sofridos por estes minerais. As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de

Estudo Geológico, Geoquímico e Isotópico da Região Compreendida entre Fagundes e Itatuba (PB)... Carmona, L.C.M. 2006. PPG/UFPE Quartzo: Cristais xenoblásticos, intersticiais, granoblástico poligonal, como veios, preenchendo

espaços vazios.As proporções nas lâminas variam de <5 a 10%. Os tamanhos variam de 0,10 a

0,20mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Calcita: Cristais xenoblásticos, intersticiais.As proporções nas lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,20mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

Alanita: Cristais xenoblásticos alongados e arredondados nas bordas, zonados. As proporções nas

lâminas variam de <5%. Os tamanhos variam de <0,50mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, em equilíbrio.

3.2.2.6 PETROGRAFIA DE ROCHAS GRANADA-PIROXENITOS

As rochas de tipo granada-piroxenito exibem tonalidades verde escuras com porções variando de rosa claro a marrom avermelhado escuro, conforme o teor de granada. Mostram granulação fina a média, ocorrem de forma maciça ou tenuemente foliadas. Minerais característicos desta fácies são: diopsídio-hedenbergita, granada, plagioclásio, quartzo e como minerais acessórios: minerais opacos, titanita, alanita e apatita.

3.2.2.6.1 Petrografia Microscópica

Esta subunidade foi descrita nas amostras CC-92 e CC-196.

Diopsídio-hedenbergita: Grãos xenoblásticos (maior proporção) a subidioblásticos (menor

proporção), alguns subarredondados. Bordas de reação com a granada, cristais prismáticos a poligonais, alongados, formando faixas ou bandas paralelas entre a matriz da granada e cristais neoformados de plagioclásio. Exibe textura de exsolução simplectítica (intercrescimento) com o plagioclásio e cristais de diopsídio-hedenbergita

Texturas em mosaico poligonal de grãos. Observa-se textura de coroa nas bordas em contato com as granadas, alguns grãos muito fraturados e/ou fragmentados, texturas reliquiares. Geminação polissintética. Observa-se ponto tríplice (â=120º). Inclusões de granada e plagioclásio. Variedade cor verde, pleocroísmo fraco. As proporções nas lâminas variam de 20-50%. Os tamanhos variam de

0,05 a 3,25mm. Contato intergranular reto-subretilíneo, a suturado.

Granada: Cristais xenoblásticos (Fotomicrografia 05), formados por agregados de finos cristais

envolvendo os clinopiroxênios, mostrando coloração marrom clara a rosa, produzindo bordas de reação ou textura de coroa, sendo que a granada envolve os clinopiroxênios e plagioclásio secundário (simplectitas) por metamorfismo retrógrado (Fotomicrografias 06 e 07). As texturas simplectíticas são intercrescimentos entre minerais, originados por descompressão devido à ascensão das rochas de profundidades maiores a profundidades mais rasas, modificando as condições P-T originais e desencadeando reações de retrometamofismo.

Algumas porções de granada chegam até 10,0mm de massa granular (aglomerado). Apresenta também grãos menores arredondados ou agregados de finos cristais (porfiroblastos) produzidos por recristalização da granada <0,875mm. Observa-se como uma massa granular, em forma “pervasiva” espalhada pela lâmina, com inclusões de grãos de clinopiroxênio e plagioclásio. Observando-se simplectitas de granada e clinopiroxênio na matriz de plagioclásio (secundário neoformado). As proporções nas lâminas variam de 35-45%. Os tamanhos variam de <10,0mm. Contato intergranular reto a subretilíneo, sinuoso.

Estudo Geológico, Geoquímico e Isotópico da Região Compreendida entre Fagundes e Itatuba (PB)... Carmona, L.C.M. 2006. PPG/UFPE Fotomicrografia 05 Aspecto geral de granada piroxenitos, mostrando clinopiroxênios com restos ou

fragmentos de granada na matriz de plagioclásio, observa-se textura de coroa nos clinopiroxênios. CC-196, nicóis cruzados, objetivo 2,5X.