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Al - Níveis do conteúdo

Os livros do Autor A e os do Autor C são organizados por unidades, como podemos observar pela forma de organiza­

ção dos conteúdos. Unidade de ensino desde Morrison signi­

fica uma reunião de conteúdos específicos mas interrelacio­

nados compondo um conjunto facilmente compreensível e sig­

nificativo porque pressupõe: relacionamento entre as apren­

dizagens e a possibilidade de se manejar intelectualmente o conteúdo em termos integrados. Nesse sentido a unidade de ensino tem etapas: um primeiro momento de visualização - do todo, um segundo momento de análise dos elementos e desco­

berta das relações e um terceiro momento de volta ao todo, interrelacionando todos os seus e l e m e n t o s .

Observamos que os autores nestes livros, pretendem seguir esta seqüência de etapas. Vejamos como: as unidades são desdobradas em sub-unidades e nestas sub-unidades são destacados alguns itens (geralmente em n e g r i t o ) . Apõs os títulos das unidades há uma pequena introdução ao assunto, de forma breve (de 3 a 5 parágrafos) que procura dar uma vi­

são geral do assunto. Esta introdução ao assunto ê apresen­

tada no livro A de forma descritiva e muitas vezes entremea­

da de dados. Alguns exemplos:

A idéia do Universo (pag. 6/5- série). O autor ini­

cia dizendo que ha uns q ui nhentos anos a pr ox i ma d a m en t e ...

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a c r ed it av am que a Terra era o centro da criação... Neste pa­

rágrafo existe um dado e uma idéia incompleta, pois a Terra era o centro da criação - de que? No segundo parágrafo des­

ta mesma página encontramos outro dado: o sol possui 1.392.000 quilômetros de diâmetro ... No terceiro parágrafo (pag.

6) usa o termo galáxia, sem explicá-lo e apresenta outro da­

do: 60 mil milhões de anos para viajar de nossa galáxia ...

Completa a introdução à unidade com uma definição de uni­

verso, que, como veremos ulteriormente ê uma definição que não está correta. Assim sendo, a introdução ao assunto da unidade em termos do momento da visualização do todo não es­

tá adeq u a d a . (

Outro exemplo deste autor na parte referente a h i s ­ tória: pag. 109 - A Terra - Morada do homem. São dois pará­

grafos: um diz que a Pré-história ê um imenso periodo de 700.0 00 anos e outro diz que a história tem início com a escrita.

Desta forma, história e pré-história não são conceituadas mas definidas em termos de duração. A seguir, observa-se que a visão da Terra como morada do homem é apresentada no sen­

tido de seqüências da evolução da espécie humana (citação em latim). De nenhuma forma na introdução à unidade transpare­

ce a idéia da evolução humana em termos das distinções e n ­ tre a sociedade animal e a sociedade humana, ou um conceito antropológico de cultura, como a resposta.do homem à natu­

reza.

Em relação ao autor C nestas mesmas unidades obser­

vamos :

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No que se refere a unidade sobre - A Idéia do U ni­

verso, o autor introduz o assunto com a idéia de galáxia e dá uma definição correta do Universo, não sobrecarregando nos dados, embora apresente alguns. Quanto à segunda unida­

de referente â história, introduz o assunto (pag. 104 - 2 parágrafos) dizendo que se pode encontrar muita coisa a es­

tudar sobre a vida do homem na Terra tais como como ele ten­

tou dominar' a n a t u r e z a 3 m o d i f i c a n d o a terra para sobreviver.

Parece-nos portanto que como introdução, a idéia é daquele primeiro momento da unidade de visualização do todo. Em se­

guida o autor apresenta as divisões da história (pag. 106 - 5- série), no entanto não apresenta o conceito da História.

A idéia da Terra como morada do homem, ê completada de c er­

ta forma com o conceito de n o m a dl sm o e sede n ta rl za çã o (pag.

113 a 116). Porém, ao resumir em quadro (pag. 116 - item 5) as idéias propostas utiliza como título o homem na A n t i g u i ­ dade o que em termos da divisão da História não corresponde em absoluto à Pré-História.

Assim retomando-se o conceito de unidade, anterior­

mente apresentado, podemos observar que os conceitos dos li­

vros do Autor A não correspondem ao que se entende por uni­

dade, em nenhuma de suas etapas. O segundo autor, apresenta uma tentativa de visualização do todo (primeira etapa da unidade) não exagera nos detalhes em termos da segunda eta­

pa mas não faz convenientemente a interrelação dos elemen­

tos do todo nem a integração das idéias de forma correta ao findar as unidades.

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Portanto, podemos observar que o nível do conteúdo resume-se na identificação e no reconhecimento de fatos e dados, sendo também que as descrições destes fatos e dados são salientadas de muitas formas.

Nos livros do autor A, podemos exemplificar:

O autor A apresenta a descrição do Movimento de Ro­

tação como o movimento da terra ao r edor do eixo imaginário que atravessa de polo a polo (pag. 29 - 5- s é r i e ) . Ora, o movimento de rotação é o giro que a terra faz em torno de si mesmo. Esta descrição no livro do Autor C apresenta-se

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desta forma, o que é correto (pag. 33 - 5- série - 29 pará­

grafo) mas em seguida utiliza, como o autor A, a idéia de eixo imaginário que prejudica muito a visão do fenômeno, pois é desnecessária e inadequada como modelo de explicação.

Podemos encontrar outra definição no livro do autor A - os dias são de duração desigual ã das noites nos

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férios Norte e Sul (pag. 31 - livro 5- série). Embora haja uma explicação mais precisa nos parágrafos seguintes, esta definição é de difícil compreensão porque é ambígua e, como está salientada na sua forma de apresentação (em negrito e com linhas de contorno) poderá levar a uma fixação na m e m ó ­ ria sem a apreensão correta do seu significado.

Em história, a partir da IV unidade dos livros da

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5- série, dos dois autores são introduzidos os termos e s ­ trutura e conjuntura. Assim fala-se em Est ru tu ra Social e Formas de Governo do Egito antigo - (autor A - pag. 125, au­

tor C - pag. 121) . Qs termos aparecem novamente a partir da