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Déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem: papel da escola e do

Muitos professores tem se queixado que nos últimos anos há um número significativo de crianças com hiperatividade, desatentas e impulsivas em sala de aula. E que antigamente quase não se via tantas ocorrências.

Educadores se queixam que os alunos não se concentram em sala de aula, não conseguem compreender os conteúdos além de ter que competir com as novas tecnologias que são distrações. Acontece que com a evolução da tecnologia e a velocidade de informações chegando a todo o momento novos conhecimentos são adquiridos através de telefones celulares, tabletes e computadores, a escola ainda não conseguiu se modificar na mesma velocidade que ocorre os novos avanços tecnológicos e não consegue lidar frente às novas realidades da sociedade que é culturalmente diversificada com suas particularidades.

Diante das novas demandas de diversidade, tecnológicas e singularidades há a necessidade de que a escola se adeque a novas características sem discriminação. No caso de educação especial a declaração de Salamanca em 1994 propõe que:

O principio fundamental desta linha de ação é que as escolas devem acolher todas as crianças independente de suas condições físicas, intelectual sociais, emocionais linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas, crianças de minoria linguística, étnica ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavoráveis ou marginalizadas. (Brasil. 1994, p.17 e 18).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB n°9.394/96 em seu artigo 58 declara que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e abrangem crianças que tenham alguma deficiência, transtornos globais do desenvolvimento dentre outras especificações além de falar também da necessidade de serviços de apoio especializados para atender educandos com necessidades particulares.

A necessidade de um profissional especializado nas escolas é evidente que o papel do psicopedagogo é indispensável, pois compreende-se que:

Na instituição escolar o psicopedagogo possui diferentes atuações, mas sua atuação especifica se dá com grupos no sentido de levantar suas necessidades, conflitos e contradições realizando uma reflexão conjunta com o objetivo de propor soluções e uma melhor qualidade no processo ensino-aprendizagem. (Bastos. 2015, p.45)

Assim fica evidente de que a escola precisa se reconfigurar diante das novas necessidades que ela apresenta. No caso de crianças com TDAH o papel da escola é oferecer um atendimento mais especifico, humanizado, de acompanhamento entre família – aluno – professor – escola. A família muitas vezes não tem conhecimento do que realmente é o TDAH e de como esse transtorno pode afetar a vida da criança como um todo. Por isso faz-se necessário que o espaço escolar seja efetivamente em parceria com os profissionais da saúde proporcionado palestras para a comunidade escolar.

No sistema educacional brasileiro identificamos vários fatores que têm implicações prejudiciais ao rendimento escolar desses estudantes, entre os quais estão o estabelecimento de objetivos iguais para todos (preferencialmente no aluno-padrão) desconsiderando as diferenças individuais, o despreparo dos professores e a superlotação de turmas.

Essas crianças têm, de acordo com estudos duas a três vezes mais

chances de fracasso escolar do que as outras de inteligência equivalente que não são portadoras do transtorno. (Ribeiro. 2015, p.30)

Mas do que incluir crianças com alguma necessidade especial na escola sua intervenção descuidada pode causar sérias e duradouras consequências ao desenvolvimento de crianças e adolescentes portadores desse transtorno. (Ribeiro. 2015, p.79)

Segundo Mattos (2015) ao professor (a) recomenda-se que:

O aluno deve sentar preferencialmente na primeira fila, o mais próximo possível do professor e longe da janela ou porta;

Ele tem que manter uma rotina relativamente constante e previsível: uma criança com TDAH requer um meio estruturado que tenha regras claramente estabelecidas e que estabeleça limites ao seu comportamento (pois ela tem dificuldades de gerar sozinha essa estrutura e esse controle). Evitar mudar de horário o tempo todo, trocar as “regras do jogo” no que diz respeito as avaliações;

O professor deve se expressar claramente, de modo conciso e, de preferencia, apresentar aquilo que está sendo dito também sob forma visual;

A criança com TDAH necessita de um nível um pouco mais alto de estimulação para agir melhor;

É importante conversar com a criança sobre suas dificuldades e ouvir sugestões sobre como as coisas poderiam ficar mais fáceis;

Ele tem que saber equilibrar exigências de cumprimento das regras e flexibilização de comportamento;

Em algumas circunstâncias, por exemplo, quando o nível de frustração do

estudante está muito alto (ou quando começar a ficar alto), o professor deve saber rever sua posição, mas de forma calma e positiva. Embora o objetivo seja permanecer sentado a maior parte do tempo, o professor pode eventualmente permitir um passeio pela escola;

O aluno pode ter uma função oficial na sala de aula, se o “ajudante”;

Deve-se fornecer feedback consistente e imediato sobre o comportamento da criança, de modo a sempre criar uma consequência para os comportamentos que ela apresenta. Jamais se utilizar feedback tardio.

O professor deve procurar elogiar ou premiar a criança quando ela apresenta comportamento adequado em vez de puni-la quando apresenta comportamentos inadequados;

O professor deve sinalizar quando está trocando de tarefas ou atividades;

O uso de um meio de comunicações com os pais é indispensável como agendas.

Crianças com TDAH apresentam dificuldades na aprendizagem, isso se dá pela dificuldade em sem concentrar e reter o conteúdo, além disso, “Estima-se que 65% das crianças e adolescente com TDAH têm mais condições comórbidas.”

(Ribeiro. 2015, p.15) que pode ser desde dificuldades de aprendizagem, até transtornos como antissociais, opositivo desafiador além de outros.

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