• Nenhum resultado encontrado

Alguns dados brasileiros relacionados à fonte de diversidade de gênero indicam uma diminuição do número médio de filhos, um aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e uma melhor formação educacional dessas mulheres (Fonte Instituto IBGE censo 2006).

O Brasil possui 18,5 milhões de mulheres na chefia das famílias.

A escolaridade das mulheres continua maior que a dos homens. Nas áreas urbanas, a escolaridade média das mulheres é de 7,4 anos para a população total e de 8,9 anos para as ocupadas (Gráfico 1).

Em 1996, entre as pessoas que frequentavam estabelecimentos de ensino superior, 55,3% eram mulheres, passando para 57,5%, em 2006. Nota-se que os homens estão perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos no que tange a taxa de escolarização superior.

Mulheres continuam tendo cada vez menos filhos. Em 2006, das 32,7 milhões de mulheres com filhos, 30,9% tinham um filho; 33,3%, dois filhos; e 35,8%, três filhos ou mais. Em 1996, no entanto, esses percentuais eram de 25,0%, 30,1% e 44,9%, respectivamente.

Também na fase adulta (entre 25 a 49 anos de idade) a proporção de mulheres com filhos reduziu-se, principalmente no Sul e Sudeste (2,9 e 2,8 pontos percentuais, respectivamente). Além disso, chama atenção a redução da proporção de mulheres com três filhos ou mais em 14,6 pontos percentuais, passando de 63,2% para 48,6%.

Para as mulheres, a saída para o mercado de trabalho não implica deixar os afazeres domésticos. Pelo contrário, a participação das mulheres ocupadas nesses afazeres é ainda maior (92%).

A taxa de fecundidade total passou de 2,7, em 1996, para 2 filhos por mulher em 2006, igualando ao chamado nível de reposição natural da população (2 filhos).

A longevidade média aumentou (72,3 para 75,8 anos, no caso das mulheres, e 65,1 para 68,7 anos, para os homens).

85

Gráfico 1: tempo médio de estudo Fonte: IBGE censo 2006

Uma análise comparativa entre os dados demográficos das regiões brasileiras em 1940 e no ano de 2000 indica um aumento significativo da população em todas as regiões, mas principalmente nas capitais dos estados. No caso do estado do Paraná, o crescimento populacional entre 1940 e 2000 foi da ordem de 7 vezes, enquanto a capital Curitiba teve um crescimento de 11 vezes no mesmo período (dados apresentados na Tabela 2).

Tabela 2: Crescimento demográfico 1940-2000

Fonte IBGE – adaptado pelo autor

Os dados da pesquisa nacional por amostra de domicílios 2006 divulgados pelo IBGE foram analisados para identificar as características demográficas da região metropolitana de Curitiba, onde fica sediada a empresa que será utilizada nesse estudo.

86

A população total é constituída de 52% de mulheres e 48% de homens e a distribuição por faixa etária indica 29% com idade até dezessete anos, 57% entre dezoito e cinquenta e quatro anos, 9% entre cinquenta e cinco e sessenta e nove anos e 4% com idade superior a setenta anos. Os homens são maioria em idade até dezessete anos e para as demais idades há predominância de mulheres, conforme dados da Tabela 3.

Tabela 3: Distribuição de grupos de idade

Total Homens Mulheres

Total 3 230 1 550 1 680

0 a 17 anos 952 482 470

18 a 54 anos 1 850 882 969

55 a 69 anos 297 134 163

70 anos ou mais 130 52 79

Grupos de idade População residente região metropolitana de Curitiba (1000 pessoas)

Fonte IBGE – adaptado pelo autor

Quanto à distribuição de raças e cor da pele, a população da região metropolitana de Curitiba é predominantemente branca, com 77%, 18% parda, 3% negra, 1% amarela e 1% indígena. Das mulheres, 79% são brancas e, dos homens, 20% são pardos e ambos os gêneros possuem 3% de representatividade da raça negra, conforme os dados da Tabela 4.

Tabela 4: Distribuição de gênero e raça

Branca Preta Parda Amarela Indigena

Total 2 501 93 589 30 17

Homens 1 171 46 308 14 10

Mulheres 1 330 48 280 16 6

Gênero e raça População residente região metropolitana de Curitiba (1000 pessoas)

Fonte IBGE – adaptado pelo autor

Analisando a diversidade de naturalidade, observa-se nos dados da Tabela 5 que, independente do gênero, a grande maioria da população da região metropolitana de Curitiba é formada por pessoas nascidas no estado do Paraná (83%) , 7% naturais dos demais estados do Sul, 7% da região Sudeste e apenas 3% oriundos das demais regiões ou de outro país.

87 Tabela 5: Distribuição por naturalidade

Total Homens Mulheres

Sul 2 903 1 393 1 510 Sudeste 222 106 116 Centro-oeste 22 10 12 Norte 9 4 5 Nordeste 56 28 28 Estrangeiro 18 8 9 % Nascidos no Paraná 83% 83% 82%

Naturalidade População residente região metropolitana de

Fonte IBGE – adaptado pelo autor

A Tabela 6 apresenta dados da distribuição de gênero e rendimento mensal, considerando a condição de atividade economicamente ativa ou não. Observa-se que a remuneração média das mulheres é inferior à remuneração recebida pelos homens. Da população identificada como não economicamente ativa, o percentual de mulheres é de 65% e, destas, apenas 32% possuem algum rendimento; desta forma, aproximadamente 420 mil mulheres com idade superior a 10 anos não possuem nenhuma fonte de renda, o que representa 25% da população feminina da região metropolitana de Curitiba.

Tabela 6: Distribuição de gênero e situação econômica

Total Com rendimento Total Com rendimento Total 2717 1894 782,00 1.117,00 Economicamente ativas 1762 1583 1.018,00 1.126,00 Não economicamente ativas 955 311 348,00 1.070,00 Homens 1286 984 1.008,00 1.310,00 Economicamente ativas 949 869 1.209,00 1.311,00 Não economicamente ativas 337 115 444,00 1.301,00 Mulheres 1431 910 579,00 908,00 Economicamente ativas 813 714 795,00 900,00 Não economicamente ativas 618 196 296,00 934,00

Pessoas de 10 anos ou mais de idade (1000 pessoas)

Valor do rendimento médio mensal (R$) Gênero e condição de atividade na semana

de referência

Fonte IBGE – adaptado pelo autor

Da população economicamente ativa, as mulheres são maioria, representando 53% da população total, porém, a partir de um rendimento de 1 a 2 salários, a quantidade de homens é superior ao número de mulheres, o que pode ser observado na Tabela 7. A riqueza gerada por homens e mulheres, obtida multiplicando a quantidade de pessoas pelo rendimento médio, indica uma expressiva diferença para o gênero feminino, que mesmo tendo um maior número de trabalhadoras produz apenas 39% de toda a riqueza da população economicamente ativa, demonstrando a menor média de remuneração comparada ao gênero masculino.

88 Tabela 7 : Distribuição de gênero e rendimento mensal

Total Homens % Mulheres % Média Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 2717 1286 1431 782,00 1.008,00 579,00 2.124.970,05 1.296.501,70 828.630,64 Até 1/2 salário 89 22 2% 67 5% 90,00 89,00 90,00 8.050,14 1.990,31 6.037,47 1/2 a 1 salário 313 118 9% 195 14% 317,00 320,00 314,00 99.119,56 37.696,64 61.191,69 1 a 2 salários 673 337 26% 337 24% 535,00 548,00 521,00 360.185,01 184.468,86 175.379,54 2 a 3 salários 306 186 14% 120 8% 890,00 884,00 898,00 272.217,18 164.144,66 107.919,84 3 a 5 salários 228 140 11% 88 6% 1.358,00 1.358,00 1.357,00 309.118,82 189.806,30 119.224,66 5 a 10 salários 194 118 9% 76 5% 2.419,00 2.430,00 2.401,00 468.417,58 286.207,83 182.139,86 10 a 20 salários 68 46 4% 22 2% 4.951,00 5.050,00 4.742,00 338.069,13 233.931,15 104.134,32 Mais de 20 salários 23 18 1% 6 0% 11.222,00 10.827,00 12.462,00 259.912,74 190.230,39 69.675,04 Sem rendimento 812 295 23% 517 36%

Valor do rendimento médio mensal (R$) Pessoas com mais de 10 anos de idade

(1000 pessoas) Rendimento mensal

(salários mínimos)

Riqueza gerada (1.000 Reais)

Fonte IBGE – adaptado pelo autor