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De Células Epiteliais

Os cilindros de células epiteliais (Figura 9) se formam devido às brilas da proteína de Tamm- Horsfall se prenderem às células tubulares.

Figura 9 – Cilindro de Célula Epitelial

Fonte: <http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3425704865/in/set-72157615467386820>. Acesso em: 2 out. 2012.

Esse tipo de cilindro é acompanhado por cilindros hemáticos e leucocitários, pois tanto a glomerulonefrite quanto a pielonefrite produzem lesão tubular. A identicação é facilitada por microscopia de fase.

Granulares

Os cilindros granulares (Figura 10) – nos e/ou grosseiros – são formados pela degeneração dos elementos celulares em seu interior.

UNIDADE I

URINÁLISE

Figura 10 – Cilindro Granular

Fonte: <http://carlasofiacruz.com/microscopia-em-amostras-de-urinas>. Acesso em: 2 out. 2012.

É frequente observá-los ao lado de cilindros hialinos após períodos de estresse e de exercícios físicos vigorosos.

Céreos

Os cilindros céreos (Figura 11) são refringentes, com textura rígida e, por isso, se fragmentam ao passar pelos túbulos.

Figura 11 – Cilindro Céreo

Fonte: <http://carlasofiacruz.com/microscopia-em-amostras-de-urinas>. Acesso em: 2 out. 2012.

Sua presença é indicativa de extrema estase urinária.

 Adiposos

Os cilindros adiposos (Figura 12) são formados pela agregação à matriz, de gotículas lipídicas livres, de corpos gordurosos ovais e de lipídios provenientes da desintegração destes.

Figura 12 – Cilindro Adiposo

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 UNIDADE I

São refringentes e contêm gotículas de gordura na cor marrom-amarelada.

Largos

 A presença dos cilindros largos (Figura 13) indica acentuada diminuição da função renal, com tendência à uremia. Muitas vezes esse cilindro é chamado de “Cilindro da Insuciência Renal”.

Figura 13 – Cilindro Largo

Fonte: <http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3509768157/>. Acesso em: 2 out. 2012.

Por serem moldados pelos túbulos contorcidos distais, o seu tamanho pode variar à medida que a doença altera a estrutura tubular.

Bactérias

 A urina presente na bexiga não contém ora bacteriana, mas sistematicamente se contamina com germes da ora normal da uretra e dos órgãos genitais.

 Aquelas amostras que cam à temperatura ambiente por tempo prolongado podem conter quantidades detectáveis de bactérias, que, na verdade, representam apenas a multiplicação dos organismos contaminantes.

Os laboratórios só registram a presença de bactérias (Figura 14) quando elas forem observadas em amostras recém-colhidas e em conjunto com leucócitos.

Figura 14 – Bactérias

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Leveduras

 As leveduras (Figura 15) são ovoides e podem ser observadas com brotamento ou em cadeia (hifas).

Figura 15 – Células Leveduriformes e Hifa

Fonte: <http://www.menarinidiag.pt/Produtos/sedimento_urinario>. Acesso em: 2 out. 2012.

Em pacientes com diabetemellitus podem ser visualizadas as leveduras. Já no sedimento urinário das mulheres com candidíase, a mais comumente encontrada é aCandida albicans.

Parasitas

Os protozoários do tipoTrichomonas (Figura 16) são os mais comumente encontrados no sedimento urinário, devido à contaminação por secreções vaginais.

Figura 16 –Trichomonas sp

Fonte: <http://www.medicacentar.info/images/Trich7.JPG>. Acesso em: 2 out. 2012.

É um organismo agelado, sendo facilmente identicado devido a seu movimento rápido no campo microscópico. É transmitido sexualmente. Além de provocar infecção do trato urinário, pode causar infecção de vias superiores quando não tratada.

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Espermatozoides

Os espermatozoides (Figura 17) são encontrados na amostra de urina após relações sexuais ou em casos de ejaculação noturna.

Figura 17 – Espermatozoides

Fonte: <http://draalessandramatos.com.br/causas-e-investigacao.php>. Acesso em: 2 out. 2012.

Somente deve ser mencionado em urinas masculinas; caso contrário, não mencionar a presença.

Muco

O muco (Figura 18) encontrado na maioria das urinas é formado pela precipitação de mucoproteínas e são compostos de brinas.

Figura 18 – Filamentos de Muco

Fonte: <http://www.biomedicinapadrao.com/2010_05_01_archive.html>. Acesso em: 2 out. 2012.

 Aparece em forma de rede, dando uma ideia de teia de aranha, e pode estar aumentado nas uretrites. Deve-se tomar cuidado para não confundi-lo com cilindros hialinos.

Cristais

Embora algumas formações cristalinas sejam normais (Tabela 2), a presença de cristais no sedimento urinário pode, em determinados casos, estar ligada ao aparecimento de cálculo renal. A formação dos cristais se dá pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade.

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Em urinas ácidas são encontrados: uratos amorfos, oxalato de cálcio, ácido úrico, além de leucina, tirosina, cistina, e ácido hipúrico. A coloração varia do amarelo ao castanho-avermelhado. São  várias as formas: losangular, rosetas, cunhas e agulhas.

Nas urinas alcalinas são encontrados: fosfatos amorfos, fosfato triplo, carbonato de cálcio e fosfato de cálcio. As formas são: prismas, granulares, placas, halteres e esferas.

 A identicação de cristais em amostras com pH neutro pode ser difícil, pois os mesmos que normalmente são encontrados em urinas classicadas como ácidas ou alcalinas podem também estar presentes em urina neutra.

 A principal razão ao realizar identicação desse tipo de elemento na urina é detectar a presença de alguns tipos anormais (Tabela 3), que podem representar certos distúrbios, como doenças hepáticas, erros inatos do metabolismo, ou lesão renal causada pela cristalização de metabólitos de drogas nos túbulos.

Tabela 2 – Cristais normais encontrados na urina

Cristal pH Cor Clínica Aparência

Urato Amorfo Ácido Marrom-amareladoCor de Tijolo ou Refrigeradas Amostras

Oxalato de Cálcio  Ácido / Neutro (Alcalino) Incolor (“Envelopes”) Intoxicação com Produtos Químicos ou Cálculos Renais

 Ácido Úrico Ácido Marrom-amarelado

Pacientes Submetidos à Quimioterapia e

Gota

Fosfato Amorfo  Alcalino

Neutro Branco-incolor

 Após Refrigeração da Amostra

Fosfato Triplo Alcalino Incolor (“Tampa deCaixão”)

 Associado a Bactérias que Metabolizam Ureia

Carbonato de

Cálcio  Alcalino Incolor (“Halteres”)

Sem Significado Clínico

Fosfato de Cálcio

 Alcalino

Neutro Incolor Cálculos Renais

Biurato de  Amônio  Alcalino Marrom- amarelado (“Maçãs Espinhosas”) Produzido por Bactérias que Metabolizam a Ureia

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Tabela 3 – Cristais anormais encontrados na urina

Cristal pH Cor Clínica Aparência

Leucina  Ácido /Neutro  Amarelo Necrose Hepática Aguda e Difusa

Tirosina  Ácido /

Neutro Incolor / Amarelo Hepatopatia Grave

Cistina Ácido Incolor Erro MetabólicoCongênito

 Ácido Hipúrico Ácido Amarelo

Colesterol Ácido Incolor (“Placas Chanfradas”)

Síndrome Nefrótica

Bilirrubina Ácido Amarelo Hepatopatias

Sulfonamida  Ácido /Neutro Verde

Pacientes Mal Hidratados = Lesão Tubular

 Ampicilina  Ácido /Neutro Incolor

Ingestão Insuficiente de

Líquidos

Fonte: STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluidos Biológicos. 3. ed. São Paulo: Premier, 2000, p. 94.

 Artefatos

Os artefatos são encontrados em urinas coletadas em frascos sujos ou em condições impróprias. O que mais confunde são as gotículas de óleo e os grânulos de amido (Figura 19), que nada mais são que o pó do talco das luvas utilizadas.

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Figura 19 – Artefatos (Grânulos de Amido)

CAPÍTULO 6

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