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3 PROPOSTA PARA MITIGAÇÃO DOS RISCOS ASSOCIADOS À

3.1 Plano de intervenções

3.1.3 Definição do coordenador de local de prova

Este é um dos pontos nevrálgicos, e talvez um dos mais críticos do processo de realização do Enem. Trata-se da definição das pessoas que serão verdadeiros árbitros da aplicação das provas em cada local. Aos seus cuidados, é confiada a missão de receber os malotes de provas, guardá-los em local seguro até o seu início, organizar o local para aplicação, receber e conferir todos os materiais de aplicação, selecionar pessoas que atuarão na equipe, treiná-las e coordenar todo o processo.

Nos coordenadores, é depositada toda a confiança e, consequentemente, os êxitos ou as consequências. A importância de um banco de dados com o cadastro de pessoas ou de colaboradores com qualificação e experiência, avaliadas em relação às suas participações em anos anteriores, não diminuem as oportunidades de melhorias em relação ao processo de seleção daqueles que atuarão como coordenadores de local de aplicação.

Portanto, como melhoria, sugerimos que, na seleção dos coordenadores de local, prevaleça o conceito da confiabilidade, pressupondo os requisitos de experiência de atuação em eventos anteriores; a unificação da metodologia de seleção dos coordenadores de local de aplicação, entre as duas entidades que formam o Consórcio; a criação do Termo de Anuência, Adesão e Admissibilidade a ser assinado pelos prefeitos e, por fim, a realização de estudos sobre a legislação trabalhista em relação à atuação das pessoas nas equipes de aplicação.

3.1.3.1 Conceitos de confiabilidade nos processos de seleção e capacitação O escopo desta ação parte do entendimento subjetivo que se estabelece em relação ao atual conceito de confiança, que é utilizado nos processo de seleção e capacitação de pessoas envolvidas na aplicação do Enem, sobretudo em relação aos coordenadores de locais de prova.

Conforme acreditamos, o mais adequado seria adotar o conceito da “confiabilidade”, que implica a relação entre dois sujeitos. Falamos, aqui, da relação entre as instituições organizadoras do exame com seus coordenadores municipais e

com o processo de indicação das pessoas que atuarão nas coordenações de locais de provas.

No Quadro 13, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 13 – Conceitos de confiabilidade nos processos de seleção e capacitação Ação 05 Na seleção dos coordenadores de local, deve prevalecer o conceito da confiabilidade, pressupondo os requisitos de experiência de atuação em

eventos anteriores Objetivo

Adotar como mais importante para a seleção e designação das pessoas que atuarão como coordenadores de local de aplicação, para além dos requisitos de confiança, o conceito de confiabilidade que pode ser mais bem avaliado em relação a sua experiência de atuação em eventos semelhantes, em anos anteriores.

Áreas

envolvidas No plano interno do Inep, a Diretoria de Gestão e Planejamento, a área de operação logística, juntamente com as instituições aplicadoras no plano externo.

Prioridade Considerando o estágio de execução do Enem, neste ano de 2016, e o atual momento de seleção das pessoas de coordenação, parece-nos viável que esta

ação pode ser realizada em curto prazo ou neste ano de 2016.

Risco circunscrito

Mais do que confiança, a confiabilidade de atuação das pessoas que serão designadas como coordenadores de local de aplicação. Possibilidade de eventos adversos com parceiros externos e ocorrências locais cujo dano potencial é localizado e não sistêmico. Trazem consequências de retrabalhos, desgastes à imagem da instituição e reduzidas perdas financeiras, porém com planos de recuperação ou contingenciamento previamente definidos.

Fonte: elaborado pelo autor.

3.1.3.2 Padronização da seleção dos coordenadores de local

O escopo desta ação refere-se à metodologia distinta entre as instituições que formam o consórcio para a seleção do coordenador de local de aplicação. No caso da Cesgranrio, o diretor da escola é colocado num cargo administrativo e não coordena as atividades de aplicação das provas no local, sendo que, no Cebraspe - Cespe/UnB, em alguns lugares, os diretores ou as pessoas da escola trabalham como coordenadores de local.

Há uma residual divergência de procedimento entre as duas instituições, já que o Cebraspe - Cespe/UnB utiliza formas variadas de designação do coordenador de local de aplicação, conforme a conveniência, a disponibilidade, o tamanho e a sua complexidade.

No Quadro 14, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 14 – Padronização da seleção de coordenadores de local

Ação 06 Unificação da metodologia de seleção dos coordenadores de local de aplicação entre as duas entidades que formam o consórcio.

Objetivo

Adotar uma única metodologia para a seleção dos coordenadores de local de aplicação, sendo a mais adequada aquela que é praticada pela Cesgranrio. Ainda, agregar ao processo o conceito de confiabilidade, que só pode ser medido pela comprovada experiência de atuação em eventos anteriores, sem, com isso, descartar a presença do diretor da escola ou outro agente da escola para atuar nos trabalhos de aplicação. No entanto, essas pessoas serão empregadas em funções administrativas, de apoio ou de colaboração, e não na coordenação do local.

Áreas

Envolvidas No plano interno do Inep, a Diretoria de Gestão e Planejamento e a área de operação logística, juntamente com as instituições aplicadoras no plano externo.

Prioridade Considerando o estágio de execução do Enem neste ano de 2016 e o atual momento de seleção das pessoas de coordenação, parece-nos viável que esta

ação possa ser realizada em curto prazo ou neste ano de 2016.

Risco Circunscrito

Adoção de procedimentos distintos de seleção dos coordenadores de local de aplicação. Possibilidade de eventos adversos com parceiros externos e ocorrências locais, cujo dano potencial é localizado e não sistêmico. Trazem consequências de retrabalhos, desgastes à imagem da instituição e reduzidas perdas financeiras, porém com planos de recuperação ou contingenciamento previamente definidos. Fonte: elaborado pelo autor.

3.1.3.3 Termo de Anuência, Adesão e Admissibilidade do Prefeito

O escopo desta ação refere-se à seleção do coordenador municipal, bem como às pessoas que atuarão nas coordenações dos locais e nas equipes de aplicação, no sentido de evitar influências políticas e partidárias no processo decisório dos escolhidos.

A interferência se dá quando há a intenção de colocar amigos ou conhecidos no cargo de coordenador. Sabe-se que, na escolha do coordenador municipal, deve- se considerar outro requisito, que é a sua capacidade de articulação na cidade, de transitar e dialogar com todas as instâncias dos poderes locais, e de manter contatos com setores de educação, segurança, transporte, abastecimento de água, energia e defesa civil.

No Quadro 15, a seguir, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 15 – Termo de Anuência, Adesão e Admissibilidade do prefeito

Ação 07 Criação do Termo de Anuência, Adesão e Admissibilidade a ser assinado pelos Prefeitos Municipais

Objetivo

Celebrar um termo de ajustamento de conduta entre o Inep e a Prefeitura, estabelecendo-se condições básicas e fundamentais de anuência, adesão e admissibilidade das condições exigidas para os procedimentos de realização da prova do Enem no município.

Na hipótese de o poder municipal declinar da assinatura do termo, o Inep se reservaria no direito de excluir a cidade como local de aplicação das provas.

Áreas

envolvidas No plano interno do Inep, a Diretoria de Gestão e Planejamento, a área de operação logística, juntamente com as instituições aplicadoras no plano externo.

Prioridade

Considerando o estágio de execução do Enem neste ano de 2016 e o atual momento de seleção das pessoas de coordenação municipal e de locais de aplicação, parece-nos viável que esta ação seja realizada em curto prazo ou neste ano de 2016.

Risco estruturante

Comprometimento do apoio e interferências políticas no processo de seleção dos coordenadores municipais e de locais de aplicação das provas. Relacionado à organização do exame. Traz consequências ao cumprimento do cronograma, porém com planos de recuperação ou contingenciamento previamente definidos. Fonte: elaborado pelo autor.

3.1.3.4 Legislação trabalhista e as pessoas que atuam na aplicação do Enem O escopo desta ação refere-se ao vínculo das pessoas que atuam na aplicação do Enem em sua relação trabalhista com as instituições aplicadoras contratadas pelo Inep. Não há vínculo com as instituições, que são cadastradas e selecionadas segundo a demanda de cada edição do exame.

Atuam como uma espécie de atividade temporária, pontual ou freelancer (pessoas que se autoempregam em diferentes tarefas, ou ainda, que guiam seus trabalhos por projetos, captando e atendendo aos seus contratantes de forma independente).

No Quadro 16, a seguir, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 16 – Legislação trabalhista e as pessoas que atuam na aplicação do Enem Ação 08 Aspectos legais da legislação trabalhista das pessoas que atuam nas equipes

de aplicação

Objetivo

Realizar estudos e análises futuras, sobretudo na área legal do Inep, junto a sua Procuradoria Federal (no campo do direito trabalhista), sobre o vínculo que poderá ser estabelecido e a corresponsabilização da autarquia, em razão da temporalidade de participação dos colaboradores, da constância de atuação em anos sucessivos, da recorrência e da regularidade de pagamentos, das obrigações e da subordinação normativa de trabalho, aos quais os indivíduos estão sujeitos a cumprir na atuação como coordenadores nas edições de aplicação do Enem.

Áreas

envolvidas No plano interno do Inep, a Diretoria de Gestão e Planejamento do Inep e a área de operação logística, juntamente com a sua Procuradoria Federal.

Prioridade Ação de longo prazo, pois demanda estudos sobre a legislação trabalhista e sobre como essas relações se estabelecem no contexto do contrato de prestação dos

serviços celebrado entre o Inep e o consórcio aplicador

Risco estruturante

Ação judicial, tendo o Inep como corresponsável pela contratação das pessoas que atuam na aplicação do Enem. Implicações legais de eventos administrativos adversos e contratos, que podem trazer consequências aos processos futuros de realização do exame, porém com planos de recuperação ou contingenciamento previamente definidos.

Fonte: elaborado pelo autor

3.1.4 Definição e seleção das equipes de aplicação nas coordenações de locais de