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Definição e seleção das equipes de aplicação nas coordenações de

3 PROPOSTA PARA MITIGAÇÃO DOS RISCOS ASSOCIADOS À

3.1 Plano de intervenções

3.1.4 Definição e seleção das equipes de aplicação nas coordenações de

Nesta etapa do processo, ao coordenador de local é dedicada a importante missão de selecionar as pessoas que comporão a sua equipe de campo. Como vimos, trata-se de um enorme contingente de colaboradores, os quais precisam ser mobilizados e treinados para atuações nas mais diversas funções que envolvem a aplicação das provas.

Para isso, o coordenador tem como competência direta a participação no curso de alinhamento à distância promovido pelo Inep, a participação na capacitação presencial realizada por sua organização aplicadora, para depois cadastrar, selecionar e treinar as pessoas que farão parte da sua equipe no local de aplicação. Emergem, então, duas ações fundamentais para a melhoria do processo de seleção de pessoas e para a capacitação nas edições futuras do Enem, com a criação do manual de orientação aos coordenadores para seleção de pessoas da equipe de local de aplicação e a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Certificadas como Aplicadores de Instrumentos de Avaliação e Pesquisa.

3.1.4.1 Manual de orientação aos coordenadores na seleção de pessoas para as equipes

O escopo desta ação refere-se ao fato de que, atualmente, o Inep dispõe de um manual dos coordenadores de local de aplicação com aproximadamente trinta e cinco páginas, estruturado em oito temas que o coordenador de local deve observar. Os tópicos abordados vão desde uma breve contextualização do que é o Enem até a

apresentação final dos modelos dos instrumentos que são utilizados na aplicação, denominados materiais administrativos.

A parte que nos interessa observar é quanto ao terceiro tópico do atual Manual, ou seja, quando dedica instruções sobre as equipes de campo, referindo-se às obrigações, ao perfil, às atribuições e às capacitações. O que propomos é a extração deste tópico e a criação de um manual mais simples, que contenha exclusivamente as orientações aos coordenadores de local sobre os procedimentos de seleção de pessoas para a composição de suas equipes de aplicação.

No Quadro 17, a seguir, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 17 – Manual de orientação aos coordenadores na seleção das equipes Ação 09 Criação do manual de orientação aos coordenadores para a seleção de

pessoas da equipe de local de aplicação

Objetivo

Ampliar o enfoque na seleção, segundo os conceitos de ética, liderança, confiabilidade, segurança da informação, e os riscos sobre os aspectos da dimensão humana em processos organizacionais. Inclusive, com redução de custos, já que este novo manual não precisaria ser impresso e distribuído anualmente, como ocorre atualmente, garantindo-se um único padrão procedimental numa visão de longo prazo.

Áreas

Envolvidas No plano interno do Inep, a Diretoria de Gestão e Planejamento do Inep e a área de operação logística, juntamente com a sua Procuradoria Federal.

Prioridade Considerando o estágio de execução do Enem em 2016, parece-nos viável que

esta ação seja realizada em curto prazo, ou seja, neste ano.

Risco Circunscrito

Comprometimento da confiabilidade de atuação das pessoas que serão selecionadas para as equipes de aplicação. Possibilidade de eventos adversos com parceiros externos, e ocorrências locais, cujo dano potencial é localizado e não sistêmico. Traz consequências de retrabalhos, desgastes à imagem da instituição e reduzidas perdas financeiras, porém com planos de recuperação ou contingenciamento previamente definidos.

Fonte: elaborado pelo autor.

3.1.4.2 Certificação de pessoas para avaliações e pesquisa

O escopo desta ação refere-se à necessidade de profissionalização das pessoas que atuam em processos de aplicação de exames, vestibulares, concursos públicos e pesquisas.

Primeiro, começaria com gestões, junto ao Ministério do Trabalho, para que se reconheça a profissão e a criação de seu Código Brasileiro de Ocupação – CBO. O segundo passo seriam gestões junto ao Ministério da Educação para a inclusão do curso de profissionalização no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego), podendo ser ofertado por instituições públicas e privadas de educação à distância.

Esta profissionalização se daria nas grandes áreas de atuação das equipes de coordenação e de aplicação dos exames e avaliações, com elaboração de conteúdos sobre: planejar ações do evento, selecionar espaços físicos, gerenciar equipe de colaboradores, preparar o evento, aplicar a prova, e comunicar-se e aplicar procedimentos de segurança do evento.

No Quadro 18, a seguir, apresentamos o descritivo da ação, seus objetivos, as áreas envolvidas em sua realização, a classificação de sua prioridade, e os riscos associados à não implementação.

Quadro 18 – Certificação de pessoas para avaliações e pesquisa

Ação 10 Criação do Cadastro Nacional de Pessoas Certificadas como Aplicadores de Instrumentos de Avaliação e Pesquisa

Objetivo

Criação do CBO, viabilização do curso aberto de formação via Pronatec ou outros, para se chegar aos moldes do Programa de Avaliação da Conformidade, gerenciado pelo Inmetro, constituindo o “Cadastro Nacional de Pessoas Certificadas como Aplicadores de Instrumentos de Avaliação e Pesquisa”. Com isso, o Inep passaria a exigir, na contratação das instituições aplicadoras, que as pessoas selecionadas, obrigatoriamente, deveriam ser certificadas no sistema.

Áreas envolvidas

Diretoria de Gestão e Planejamento do Inep e área de operação logística, juntamente com as instituições aplicadoras. No plano externo ao Inep, articulações com o Ministério do Trabalho, com o Ministério da Educação e com o Inmetro.

Prioridade Este procedimento demanda uma série de agendas e reuniões, portanto, parece-

nos viável a sua implementação em médio e longo prazos.

Risco sistêmico

Não profissionalização e certificação das pessoas selecionadas para atuação na aplicação dos exames e avaliações do Inep. Possibilidade de vazamento de informações críticas, com dano potencial de inviabilização completa do processo. Traz danos como a anulação do exame, à imagem institucional, e elevadas perdas financeiras.

Fonte: elaborado pelo autor.