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Definição do objeto de estudo do caso e descrição das metodologias de recolha e

IV. Teoria do Reforço de B.F Skinner

2. Definição do objeto de estudo do caso e descrição das metodologias de recolha e

O propósito é complementar a lacuna existente na psicologia do empreendedorismo e estabelecer uma relação entre o Empreendedorismo e a Psicologia, enquanto áreas complementares e multidisciplinares aquando do estudo da motivação empreendedora; a fim de se averiguar “como pode a motivação influenciar a atividade empreendedora?”. Portanto, parte-se do pressuposto de que a motivação para a ação empreendedora será um fator explicativo a ter em conta na atividade empreendedora.

Para isso, a presente investigação propôs-se a estudar António Ambrósio, o homem por detrás do sucesso do Grupo 2000, constituído pelas empresas Ambrósio & Filha, Lda., Tintas 2000 e Tintas Marilina, S.A., cujo trabalho é um exemplo a seguir, pela sua postura proativa, dinâmica e resiliente, tanto no mercado nacional como no estrangeiro.

A seleção do caso é escolhida primariamente para responder às questões de pesquisa, sendo geralmente baseada na replicação teórica do caso, em vez da lógica de amostragem. Yin (2009) afirma mesmo que vários estudos de casos são análogos à replicação de experiências científicas, a fim de determinar se uma teoria é verdadeira em circunstâncias consistentes; no entanto, consoante o paradigma teórico, pode também ser vantajoso selecionar casos com base nos contrastes que estes abarcam. No caso particular do presente estudo, a seleção do caso a estudar prendeu-se

98 fundamentalmente com a pretensão de resposta ao objetivo da investigação (sendo um estudo de caso formulado a partir da teoria), do caráter de acessibilidade e disponibilidade e por ser considerado um caso interessante e relevante sobre a motivação empreendedora.

Assim, após uma revisão e pesquisa bibliográfica dos conceitos inerentes ao empreendedorismo e motivação, que é desenvolvida a partir de livros e artigos científicos, de modo a recolher dados qualitativos e informações secundárias que permitam descrever o estudo de caso que se segue, foi feita uma pesquisa documental. A pesquisa documental diz respeito à verificação de documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados e neste caso foram consultados os jornais do Grupo 2000, bem como o livro publicado por António Ambrósio, em 2010, intitulado O Bom Profissional. Como é a sabido, a internet é um excelente motor de busca, sendo

atualmente um extraordinário acervo de dados, fonte indispensável de qualquer pesquisa, para diversos campos de conhecimento, que não só permite aceder a diversos artigos científicos como sítios de internet importantes como o próprio sítio da empresa Tintas 2000 e blog “pintar a casa”. Ainda assim, a principal fonte de recolha de informação partiu de entrevistas semi-estruturadas com o empreendedor, sendo a técnica empregue para o estudo dos dados coletados a análise de conteúdo. Este cruzar de dados e esta triangulação só é revelador na interatividade e dinamismo que um estudo de caso permite, a fim da sua validação.

Posto isto, este é um estudo de caso de orientação qualitativa exploratória ou preliminar e descritiva, segundo Schell (1992), na medida em que pouca pesquisa foi feita ainda sobre o tema. Por isso, o presente estudo apresenta também uma carga narrativa considerável, que segundo Flyvberg (2006, p. 237) “uma boa narrativa tipicamente aborda as complexidades e contradições da vida real”, razão pela qual tais narrativas podem ser difíceis ou impossíveis de resumir em fórmulas científicas puras, proposições gerais e/ou teorias. Assim, sendo o caso presente um artigo baseado numa pesquisa exploratória que se restringiu apenas a um indivíduo, António Ambrósio, pode servir de base para futuros estudos com outros empreendedores, com uma amostra ampliada.

Mais ainda, a lógica de pesquisa deste estudo de caso consiste no raciocínio de que as conclusões advindas dele poderão ser generalizadas, utilizando assim o método indutivo (por oposição ao método dedutivo em que se parte de uma situação geral e

99 genérica para uma particular) a partir do qual há um levantamento particular e se chega a determinadas conclusões gerais, isto é, parte-se do específico para o geral; sendo útil não na obtenção de dados novos, mas sim na explicação de conhecimentos que estavam implícitos.

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Contextualização

O panorama nacional no setor das tintas

Com a retração no consumo e na construção civil, que no mercado interno representa o segmento maioritário das tintas (71%, contra 29% repartidos entre a indústria metalomecânica, indústria do mobiliário, reparação automóvel e outros), com as medidas de austeridade tomadas pelo atual Governo, que implicam cortes nos salários e aumentos da carga fiscal, o panorama no setor das tintas não parecia muito colorido.

De entre as alternativas para superar estes desafios, constam a internacionalização e a exportação. Como afirma Morgado Fernandes ao Diário Económico*, “outras (empresas), mercê da excelência dos seus gestores e das suas equipas, estão a atrair para as fábricas portuguesas importantes quotas de produção dos grupos multinacionais a que pertencem, o que ajuda a limitar os danos provenientes da nossa grave recessão”. De facto, as exportações foram uma das soluções para algumas empresas apesar do seu valor total estar a decrescer desde 2010 (ver anexo, Figura13), sendo que exportamos menos do que importamos de Espanha, por exemplo. Entre janeiro a agosto de 2013, Portugal importou praticamente o triplo do que exportou, segundo dados do INE; sendo da Espanha, Alemanha e Itália os países de onde vêm a maioria das tintas a quem importamos e, curiosamente, a quem mais exportamos é à Espanha, Alemanha e França. Por outro lado, a internacionalização tem sido a grande aposta da maioria das empresas, já que quase todas elas apostaram na internacionalização dos seus negócios, seja para o continente africano, latino-americano ou europeu. A Cin, por exemplo, possui já uma fábrica em Espanha, a Barbot destaca-se também nos mercados angolano e moçambicano. De todos, Angola parece ser o destino mais escolhido pelas marcas portuguesas com representações ou abertura de fábricas por parte da Sika, Dyrip, Diera, Barbot, Tintas 2000 e Robbialac.

Com as alterações no novo Código do Trabalho houve alguns contributos positivos para as empresas, por tornar a mão-de-obra mais flexível e competitiva através das seguintes medidas: significativa redução dos custos do trabalho extraordinário;

104 extinção de quatro feriados e três dias de férias e, ainda, redução dos custos inerentes à extinção de postos de trabalho.

As licenças para a reabilitação cresceram e a reabilitação urbana permitiu contributos positivos para o setor, como é exemplificativo a Sika que não só apostou no negócio sucursal no mercado angolano, como também se especializou na em reabilitação urbana. Este segmento é importantíssimo já que a construção nova se encontra estagnada há já alguns anos e se prevê que assim permaneça durante outros mais, devido à excedência do mercado habitacional.

Posto isto, o ano de 2013 parece ter sido de recuperação no setor das tintas, no que diz respeito ao mercado interno, devido a fatores como a dinamização do setor da reabilitação urbana, do próprio mercado de arrendamento e das próprias eleições autárquicas que contribuíram para que as várias pequenas obras fossem feitas e, por isso, mais tinta fosse utilizada. Mas, não dependendo apenas do setor da construção e das obras públicas, o setor industrial, o automóvel e até mesmo o dos estaleiros de navios, têm sido importantes; por exemplo, são várias as marcas, maioritariamente internacionais, como é o caso da Hempel ou da International, que com tintas compradas em Portugal pelos armadores internacionais, trazem as suas embarcações e as repararam nos nossos estaleiros.

Entre as empresas mais reconhecidas do setor das tintas, o top das maiores continua a ser dominado pela Cin, que no ano de 2012 faturou 185 milhões de euros, que tem apostado no setor industrial, na internacionalização, no aumento da capacidade produtiva e na descida de preços em Portugal. De entre o top do Diário Económico (2013) liderado então pela empresa Cin, contam também a Barbot, a Robbialac, a

Dyrup, a Sika e a Tintas 2000, sendo sobre a presidência desta última, encabeçada por

António Ambrósio, que este estudo de caso se trata.

Assim, o mercado português enfrentou um período menos positivo e as expectativas para 2013 não eram as mais otimistas; não sendo a tinta um bem de primeira necessidade, estimava-se que o mercado registasse novamente uma queda, obrigando os empresários a adotar uma estratégia de contenção de custos. Mesmo assim, apesar de ter sido um ano comercialmente difícil devido à recessão sentida no setor na construção, houve uma recuperação por parte das empresas do setor - melhoria essa que não é mais que a ligeira recuperação de uma queda abruta dos anos precedentes.

105 Para o Grupo Tintas 2000, especificamente, a situação inverteu-se nos meses de verão do ano passado, acabando o ano com crescimento nas vendas e em todas as áreas de negócios. Na verdade, nas palavras de Ana Ambrósio, filha de António Ambrósio e sucessora na presidência do grupo, em entrevista ao Diário Económico (ver anexo), considera-se que “as exigências são muitas, mas as oportunidades também”.

O Grupo 2000

Ambrósio & Filha, Lda.; Fábrica de Tintas 2000 e Tintas

Marilina, S.A.

O Grupo 2000 é constituído por três empresas com larga experiência no mercado de Tintas e Vernizes. Representado em todo o país por meio de delegações, atualmente o Grupo 2000 encontra-se em Lisboa, Cascais, Vila Franca de Xira, Grândola, Santarém, Tomar, Caldas da Rainha, Coimbra, Tondela, Gondomar, Braga, Rebordosa, Vila Real, Valpaços, Albufeira, entre outros.

Fundada no verão de 1980, a Fábrica de Tintas 2000, S.A. iniciou a sua atividade em 1981, na Maia. Com apenas com 1.200m2 de área, 20 funcionários e uma produção de 500 toneladas/ano, o seu principal objetivo passava por conseguir dar ao mercado várias soluções e alternativas ao nível das tintas. Com o índice de evolução mais elevado das fábricas de tinta, a empresa assume-se como uma das que teve um maior crescimento neste setor, de entre as de mais de 100 empresas fundadas nos últimos 30 anos. Esse crescimento passou por a empresa, de ano para ano, na década de 80, mostrar uma maior capacidade de resposta ao mercado, ao desenvolver e melhorar as diferentes áreas de produção de tintas plásticas, esmaltes e vernizes. Em 1986 a empresa decidiu investir em vernizes e tapa-poros poliuretanos para a indústria do mobiliário de madeira, os quais se vieram a tornar num dos fatores de diferenciação e posicionamento da empresa. Assim, num reduzido espaço de tempo a Tintas 2000 conseguiu uma liderança de mercado na indústria do mobiliário, que ainda hoje, é o seu cartão-de-visita, mantendo uma postura dinâmica, proativa. No que diz respeito à distribuição, a Tintas 2000 possui várias delegações nas diferentes regiões do país, tais como: Trás-os-Montes, Minho, Douro Litoral, Vale do Sousa, Beira Alta, Estremadura, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.Acerca da missão da Tintas 2000, esta reside em ser

106 das melhores empresas do setor do país e, para isso, aposta na satisfação das expectativas dos clientes e colaboradores e, deste modo, a sua estratégia de crescimento é orientada para a obtenção de resultados positivos qualitativa e quantitativamente. Importa ainda referir que a Tintas 2000 tem uma política ambiental responsável, que aposta no desenvolvimento de produtos “mais verdes” sólida consciência ambiental, visível na sensibilização dos seus colaboradores e num conjunto de ações implementadas com vista à melhoria do seu desempenho ambiental no que diz respeito aos efluentes líquidos, às emissões atmosféricas e aos resíduos sólidos, fazendo com que estejam em conformidade com os requisitos legais em vigor e aplicáveis ao setor.

A Ambrósio & Filha, Lda. foi fundada em 1994 e está mais vocacionada para a comercialização e assistência técnica à indústria de mobiliário. Mais especializada em acabamentos para madeiras, a empresa consta não só de produtos mas também de técnicos especializados na área.

Com o objetivo de crescer cada vez mais e possuir uma quota de mercado cada vez mais alargada, a Tintas2000 adquiriu a Tintas Marilina, S.A., no ano de 2006. O nome das Tintas Marilina resulta de uma homenagem de António Gomes da Costa à sua esposa, Maria Natalina. Fundada em 1930, desde essa data que a empresa se tem dedicado ao fabrico e comercialização de tintas plásticas e esmaltes para construção civil. Durante cerca de 80 anos de existência a empresa prezou por manter uma postura muito própria que lhe granjeou uma peculiar e invulgar fidelização dos clientes. Em 1935 a Tintas Marilina produziu a primeira tinta aquosa impermeabilizante do mercado, tornando-se pioneira no setor em Portugal. Foi também pioneira a nível da comunicação ao patrocinar o 1º Grande Prémio do Porto, um concurso nacional de automobilismo, em 1954, marcando assim uma atitude competitiva que ainda hoje a distingue e caracteriza. A qualidade e variedade dos produtos comercializados pela Tintas Marilina, aliado a uma excelência nos serviços prestados, fazem da empresa uma marca de referência no mercado nacional que atualmente opera nos mercados da Construção Civil, Indústria Metalomecânica e Indústria do Mobiliário. Pela qualidade do seu desempenho económico-financeiro, a empresa foi distinguida como PME líder. Como supramencionado, desde 2006 que a Tintas Marilina S.A. passaram a pertencer ao Grupo 2000, depois de terem pertencido a partir da década de 90 ao grupo espanhol Cros Pinturas e seguidamente o Grupo Varasi líder do mercado italiano. Esta junção alia assim a experiência e o reconhecimento de uma marca com tradição à juventude e

107 dinâmica de um Grupo cada vez mais importante no setor. O atual Presidente do Conselho de Administração da Tintas 2000, S.A., Sr. António Ambrósio, iniciou a sua atividade profissional nesta empresa, o que contribuiu decisivamente para uma carreira de sucesso no setor das Tintas e Vernizes.

Na atualidade, em janeiro de 2014 a Tintas 2000 e Tintas Marilina, S.A. aderiram ao selo “Portugal Sou Eu”, que visa a valorização da oferta nacional e tem como principais objetivos promover a produção, a distribuição, a comercialização e o consumo de produtos e serviços portugueses que adicionem valor acrescentado à economia portuguesa. Dessa forma, estimula-se simultaneamente a competitividade e o desenvolvimento das empresas nacionais através da valorização da oferta nacional, com base numa estratégia coletiva inovadora. Em depoimento ao Jornal do Grupo (Janeiro, 2014) Ana Ambrósio, filha de António Ambrósio afirma que “é tempo de nos orgulharmos dos nossos produtos e defendermos o que é nosso e uma das melhores maneiras de dinamizar a economia portuguesa é comprar produtos portugueses, produtos fabricados em Portugal… 560 código de barras produto português!”

Mais ainda, a Tintas 2000, que conta já com uma presença assídua neste ranking há vários anos, destaca-se nas 1000 Maiores e Melhores PME‟s, na posição 667, mantendo a mesma do último ano. A Revista Exame, em parceria com a Informa D&B, responsável pela compilação da informação, a Deloitte, que audita e valida os dados e cálculos, e com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, divulgou em janeiro deste ano e pelo 19º ano consecutivo o ranking das 1000 Maiores e Melhores PME‟s de Portugal, num universo de 24 setores de atividade. Assim, dá-se destaque aos bons exemplos empresariais, mostrando o seu espírito empreendedor e capacidade de gerar valor. Esta posição, e a presença contínua neste ranking, é o reconhecimento da solidez do crescimento, dos resultados económicos positivos nos trinta e quatro anos de existência e do contributo constante para o desenvolvimento nacional.

A estratégia do Grupo 2000 para 2014 resume-se a internacionalizar e rentabilizar; assim, os pilares dessa estratégia, apresentadas pela Administração ao Jornal do grupo, em janeiro, são os seguintes:

1. Aumentar o volume de vendas - é objetivo aumentar as vendas em 2014 em toda a nossa gama de produtos ganhando clientes à concorrência “moribunda” e promovendo produtos novos e mercadorias como já tem vindo a acontecer em 2013;

108 2. Atingir 10% do volume de vendas em vendas para exportação, uma vez que vender em mercados fora de Portugal é já uma inevitabilidade, não só porque o mercado português está instável e não se prevê crescimento acima de 2% nos próximos anos, mas também porque é necessário ganhar escala para competir com a concorrência cada vez mais global;

3. Focalizar o aumento das vendas nos produtos de elevada rentabilidade, promovendo e destacando a qualidade;

4. Investigação e desenvolvimento, intensificando o desenvolvimento de produtos tecnologicamente evoluídos de acordo com as exigências de mercado, de clientes e evolução técnica dos materiais e tecnologias;

5. Abertura de lojas/delegações sempre que se encontrem boas oportunidades, apesar de o prioritário ser rentabilizar as lojas e a venda ao público com novas mercadorias/acessórios e promoção local, tornando a presença do Grupo absolutamente indispensável no comércio local de materiais de construção, nomeadamente em acabamentos e reabilitação;

6. QREN SI Internacionalização;

7. Manter a proximidade com Laboratórios Nacionais (LNEG e LNEC) e com Universidades (UTAD e ISMAI) no sentido de aproveitar a troca de conhecimentos e introduzir investigação aplicada nas áreas técnica e de produção;

8. Fomentar a informação através do Jornal, Revista, Newsletter, Redes Sociais e Sites de forma positiva e assertiva;

9. Continuar a apostar na formação profissional que é fundamental para que os profissionais sejam competentes e atualizados, pelo que serão preparadas formações preferencialmente internas de forma a que todos tenham os conhecimentos que necessitam ao bom desempenho da função.

Assim, a empresa tem tentado encontrar soluções e esquecer um pouco a crise não embarcando “apenas nos aumentos de descontos e redução de preços”, que são “uma ilusão que serve apenas para reduzir o volume de faturação e debilitar as empresas à custa da quebra de margem”, nas palavras de Ana Ambrósio, em depoimentos ao Diário Económico; preferindo destacar a tendência para a reabilitação de edifícios, “que está em consonância com o que também se verifica no mercado europeu”, assim como do aumento dos particulares que fazem as suas próprias pinturas.

109 Foram implementadas também, várias melhorias, como (1) fazer produtos diferentes e adaptados a clientes; (2) trazer clientes novos; (3) ajustar novas formas de vender e de comercializar; (4) recuperar o crédito vencido em clientes, receber melhor em prazos mais curtos; (5) evitar os desperdícios; (6) otimizar máquinas e equipamentos; (7) continuar a eliminar documentos internos em suporte papel e (8) melhorar a organização, limpeza e arrumação do fabrico; bem como uma “nova dinâmica na organização interna, que têm trazido bons resultados”.

Por outro lado, o grupo tem apostado “na qualidade, na certificação e homologação dos produtos e de esquemas de pintura”, introduzindo melhorias nos produtos. Essencialmente concentrado no mercado português, o Grupo 2000 está já em mercados PALOP‟s e no centro/sul da Europa, sendo o grande objetivo “exportar uma maior diversidade de produtos, para novos mercados”.

Em entrevista ao Jornal do Grupo (Março, 2014), António Ambrósio salientou que 2013 foi uma no difícil para qualquer empresa, sendo muitas as que desapareceram. Assim, alega que “temos (Grupo 2000) razões para estar satisfeitos, mas não podemos adormecer. Temos investimentos em todos os setores da empresa para continuarmos na senda do pregresso e termos segurança. Precisamos de continuar a ser ainda mais rentáveis para termos dinheiro. O objetivo para este ano é ainda mais ambicioso, queremos ter mais 5% de resultados líquidos e vendas de 20 milhões de euros nas três empresas do Grupo 2000”.

Assim, o Grupo 2000 afigura-se como um exemplo de liderança proativa e dinamismo, que tem dado provas que está “de pedra e cal” no mercado, falando já de seguida do carismático homem por detrás do sucesso – António Ambrósio.

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António Ambrósio

Breve apresentação

António Ambrósio começou o seu percurso empresarial logo após o serviço militar cumprido em Moçambique.

Apesar de não ter nascido num ambiente dito “dos negócios”, filho de uma mãe professora primária que lhe transmitiu fortes valores morais e de um pai agricultor, um senhor austero, de personalidade vincada e muito cumpridor da sua palavra; o gosto pelos negócios nasceu assim consigo e nem nunca imaginou vir a ser esse o seu percurso profissional. No entanto, é hoje um excelente profissional e um homem realizado.

A sua filha, Ana Ambrósio, já “nascida num balde de tinta”, segue-lhe as pisadas agora, sendo a próxima diretora executiva do Grupo 2000.

António afirma “não me identifico nada com os vulgares e gosto de fazer coisas… farto-me de gozar a trabalhar!” Dedicado a tudo a que se compromete, é um exemplo de vida, de perseverança e dedicação. Ciente de que as coisas não surgem feitas, sempre teve consciência que tinham que ser feitas e bem feitas, passando-se o mesmo a nível empresarial.

Carla Oliveira, Diretora Logística do Grupo 2000, para quem António é uma referência enquanto profissional, mas também como ser humano, define-o da seguinte forma:

 Integro, autêntico, honesto, responsável, inteligente, eficiente, transparente em tudo o que diz e faz;