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4. MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO (MASP)

4.3. A EXPOSIÇÃO MODA BRASILEIRA

4.3.3 SEGUNDA VERSÃO DA EXPOSIÇÃO “ARTE NA MODA: COLEÇÃO MASP RHODIA”, 2015.

4.3.3.4 DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO

Quanto ao departamento de produção, ao qual cabe a execução dos projetos, existem documentos sobre: layout (2), constituído por 2 plantas da sala de exposição, em formato A4; projeto (2), contendo projeto entregue pela METRO, em formato A4, sobre o que foi permitido e o que não foi executado; relatório (1), relatório de conservação e restauração; nota fiscal (1), para preparação de peças de vestuário para exposição, orçado em horas de serviço (52h30min); contrato (2), contendo contrato de prestação de serviço e contrato de locação de equipamento; lista (5), separadas em 5 listas, com os itens do acervo que seriam expostos: lista de vestidos e modelos de manequins (com 53 itens do acervo, informando o número de tombo, modelo de manequim (ex. perna ou manequim de uma haste, saia, observação, data prevista para entrega, imagem de cada objeto); lista de vestidos e modelos de manequins; vestidos da coleção Rhodia com croquis de Alceu Pena (contém imagem do objeto, nome de quem criou a peça, onde nasceu, data de nascimento, tipo de indumentária, número de tombo, título ou quando a indumentária era usada, tipo de tecido, medidas do objeto, se possui ou não assinatura, forma de aquisição, origem e ano da criação), coleção Rhodia - empréstimo de documentos (nesta lista tem uma inscrição, à caneta, “versão final”); estudo (1), estudo preliminar de quantitativo de cortina para o espaço expositivo, também baseado no projeto do escritório de arquitetura METRO; correspondência interna (2), constituída por originais e cópia de solicitação interna, entre setores, em formato de carta (contendo logo da instituição, local, data, não informando para qual setor foi endereçada, mas que solicita “o empréstimo de 12 documentos que integram a

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coleção Rhodia Poliamida e especialidades LTDA”215

; além de ser assinada por Adriano Pedrosa (diretor artístico do MASP); orçamento (2), para cotação de mão de obra para marcenaria, pintura, serralheria, materiais e transporte, e para compra de 80 manequins; e recibo (29), comprovante de envio de correspondência (1 brochura Rhodia e Brochura Leon Ferrari) para instituições como Folha de São Paulo, Arte 1, O beijo, Catraca livre, Metro, Destak, Cult, Agência Estado / SP, Carta Capital, Glamurama, Editora Globo, Instituto Moreira Salles, O Estado de São Paulo, Valor Econômico, Veja, La Nación, das Arte/ RJ, Bamboo, El País, Freclancer, Casa Claudia Luxo, Brasileiros, Revista da Cultura, Três Editorial.

Alguns dos documentos encontrados na subpasta são duplicatas, pois o setor de produção é o responsável por implantar a exposição, executando as exigências previamente estabelecidas nos memoriais descritivos, transportando e acondicionando o acervo selecionado no espaço expositivo, além de encaminhar materiais de divulgação do evento pelo Correio.

4.4. OS SILÊNCIOS

Analisando a documentação sobre exposições existentes no MASP, algumas questões se colocam. Percebeu-se que alguns documentos não foram relacionados à documentação da exposição estudada. Citemos, como exemplo, o Memorial Descritivo, entregue pelo Escritório de Arquitetura Metro; além dos relatórios anuais do museu, contendo estudos de visitação; e as informações existentes no site do MASP, mesmo que resumidas, são fontes importantes e podem diferir dos textos e imagens disponibilizadas ao pesquisador em outros espaços de comunicação do museu (setor de mediação, Biblioteca e centro de Documentação, catálogos das exposições, entre outros).

Quanto aos relatórios anuais do museu, estes contêm informações sobre cada atividade realizada, incluindo informações sobre o quantitativo de público, consideradas importantes, pois relatam como se deu o processo relacional entre o museu e os seus visitantes. Segue, abaixo, a figura disponibilizada no relatório anual do MASP de 2015

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BIBLIOTECA E CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO/MASP. Pasta “Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia”. 2015.

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e que representa o resultado obtido em pesquisa de público.

Figura 51 – Visitante no site e redes sociais do MASP

Fonte: Relatório Anual de 2015216

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MASP. Relatório anual – 2015. P.92. Disponível em;

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Figura 52 – Pesquisa de público do MASP em 2015

Fonte: Relatório Anual de 2015217

Figura 53 – Pesquisa de público do MASP em 2015

Fonte: Relatório Anual de 2015218

217 MASP. Relatório anual – 2015. p.46 Disponível em;

<http://masp.art.br/masp2010/pdf/atividades_2015.pdf>. Acessado em: 2 jan. 2017.

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Tendo em vista a diversidade de temas expostos simultaneamente pela instituição, seria interessante desenvolver pesquisas de visitação, separadamente, o que permitiria obter informações mais detalhadas sobre a relação museu e seus visitantes, em cada exposição. O estudo de visitação deve ser considerado como parte da documentação de cada exposição, pois aponta para indicativos importantes de como a função social do museu foi, é tratada e compreendida pelos visitantes e pela instituição. Estes dados são importantes fontes de pesquisa para diversas áreas do conhecimento, incluindo a Museologia, Ciência da Informação, Comunicação e Educação.

A Exposição “Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia” é um evento que não somente relembra o histórico do que seria a “Moda”, mas mistura-se com o próprio histórico e missão do Museu de Arte de São Paulo, aberto à experimentação, para além das exposições, coleções e a eventos de desfiles realizados entre 1971 e 2015. A exposição “Arte na Moda” propõe reflexões não somente sobre o seu tema, mas reapresenta o entendimento institucional quanto à relação existente entre a arte, moda, a exposição e as outras possibilidades de eventos de exibição em museus de arte na contemporaneidade, como desfiles, apresentações de música, Happenings, questões que devem afetar o entendimento de que a exposição seria a forma mais importante de comunicação do museu com a sociedade.

Usando o termo exibição como sendo o mais adequado à diversidade de possibilidades de comunicação dos museus com a sociedade, os desfiles, apresentações de dança, música, performances, entre outras manifestações deixam de ser eventos considerados de “ação cultural” em alguns museus, passando a atividades centrais de comunicação, como podemos perceber no MASP e em outros museus como o MoMa, em Nova Iorque. Estas atividades de exibição podem também colocar como centro das reflexões a relação museu e sociedade para além do acervo museológico. Mas é importante lembrar a necessidade de identificar, no âmbito dos museus e da Museologia, a finalidade de tais atividades de exibição, especialmente quando apresenta como finalidade a comercialização nos espaços dos museus, questão importante e polêmica, mas que extrapola o tema aqui estudado.

<http://masp.art.br/masp2010/pdf/atividades_2015.pdf>. Acessado em: 2 jan. 2017.

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5. OS MUSEUS DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO