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A primeira conversa

Após a aprovação para realização da pesquisa pelo CEP, em 26 de fevereiro de 2019, procurei a escola para conversar com diretor e turmas escolhidas. Para a entrevista do grupo focal, os alunos das turmas escolhidas foram convidados a participar da pesquisa, sendo entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), apresentado aos responsáveis desses alunos, uma vez que se tratava de indivíduos menores de idade, e o Termo de Assentimento, direcionado a eles. Esses termos foram entregues aos alunos que se dispuseram a participar dos encontros, após uma apresentação realizada no mês de abril, quando lhes foi explicado do que se tratava o trabalho de pesquisa.

Os alunos do turno matutino concordaram em voltar no contraturno para o primeiro encontro, marcado para o dia 06 de maio de 2019. Eles responderam a uma ficha de dados (Apêndice D), que visou obter informações pessoais para um melhor embasamento na descrição dos componentes do grupo, e também para contato com eles, caso necessário. Foi sugerido que cada um preenchesse a ficha com telefone, e-mail, idade, sexo e outros dados, mas que usassem um nome fictício, atendendo assim ao que determina a Resolução CNS 466/12, que estabelece diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

Deixei-os à vontade para a escolha do nome fictício, orientando que este poderia ser de algum personagem de que gostassem ou, então, que fosse de algum outro nome que lhes trouxesse boas recordações ou, ainda, algum nome que achassem bonito e gostariam de ter. Esqueci-me por um instante de que estava fazendo a pesquisa com adolescentes e de que esses estavam muito à vontade (conforme eu havia proposto no início da nossa conversa), em um ambiente que conheciam muito bem: uma sala de aula da escola! Era praticamente, um habitat natural!

Pedi à direção da escola uma sala que não estivesse sendo usada no dia e cederam a sala de recursos, usada pela professora da educação especial, que estava disponível naquele momento. Trata-se de uma sala bem aconchegante, com tapetes, cortinas e almofadas, além dos vários materiais pedagógicos usados na

educação especial. Por alguns momentos os alunos se divertiam com os bonecos de fantoche, brincavam no teatro! Precisei combinar com eles e pedir à direção da escola um outro lugar para fazer aquele encontro, pois percebi que a concentração ali seria difícil dada a quantidade de materiais diferentes e interessantes da sala, que muito chamaram a atenção dos alunos!

Imaginei que o fato do encontro ser gravado e filmado poderia inibir de alguma forma o comportamento deles. Inocência minha! Alunos que entendem e convivem com a tecnologia, da hora que acordam à hora que deitam, cercados de câmeras de segurança na escola, não iriam se inibir com uma simples filmagem de celular, aliás “ultrapassado”, na fala de uma aluna que me ofereceu, caso eu precisasse, o seu

iphone, muito mais moderno.

Com meia hora de atraso, consegui uma outra sala que estava vaga no andar superior da escola, de onde o professor de educação física havia saído com sua turma para fazer caminhada e só retornaria ao final daquela aula. Com a ajuda dos alunos levei meu celular arcaico com o tripé até lá, sentamos em círculo e começamos nosso primeiro encontro.

Entre os nomes apresentados pelos alunos, para serem usados na pesquisa, estavam: Ladrão de Bife, Josué Motoboy, Chocolate... Como deixei-os escolher o nome que quisessem, “viajaram” nas ideias! Enfim, eu gostaria que se sentissem mesmo à vontade, participando daquele momento, pois, quando se trata de escola, é tudo sempre muito regrado, com muita imparcialidade e, diria, até mesmo frio, sentimentos esses que eu não gostaria de compartilhar, pois eu estava muito feliz em estar com eles e por estar conseguindo realizar minha tão sonhada pesquisa, na escola que eu queria e com os alunos que eu tanto admirava.

Sim! Admiro! Alunos muito ativos, participativos na escola, parte de uma turma com tão poucas pessoas e que sempre se demonstravam presentes em eventos realizados na escola, ora ajudando os professores, ora apresentando teatros e outros trabalhos. Desde que pensei na pesquisa, pensava em como os queria fazendo parte.

Entre os alunos participantes estava o Josué Motoboy, um menino curioso e muito interessado em tecnologia, que gostava de saber sobre elementos químicos,

notícias que teria visto no jornal na noite anterior..., uma carinha de menino, bem mais alto que eu, parecia-me o protótipo de um pequeno cientista! Adorava tarefas desafiadoras e que envolviam a realização de experiências.

Seu colega e fiel escudeiro, Malaquias, também possuía esse mesmo perfil de pequeno cientista, e estava se preparando para prestar prova no Ifes (campus Alegre), no fim do ano, portanto sempre estava a um passo do conteúdo ensinado na escola, trazendo muitos questionamentos, curiosidades e vontade de querer aprender.

Biscoito, o que posso descrever dela? Demonstrava-se rebelde, atrevida, com relatos de sempre ser chamada na coordenação da escola por não querer participar das tarefas, trabalhos, por mau comportamento! Foi uma das primeiras a querer participar daquele momento, e eu acreditei realmente que ela teria muito a dizer.

Kiara e Chips eram alunas mais quietas, tímidas, demonstravam-se bem retraídas, mas não hesitaram ao demonstrar curiosidade e desejo de participar da “pesquisa da Ufes”. Durante a realização dos encontros, se eu não me dirigisse diretamente a elas, não davam resposta alguma.

Rex apresentava-se como amiga de todos os alunos, estava sempre cercada de muitos colegas e, segundo esses, era uma das alunas “nota 10” da sala quando o assunto era ciência. Deixava claro seu gosto pela disciplina, sendo muito participativa e responsável com os deveres, assim como Chocolate, que, apesar da timidez, era líder da turma e com seu jeitinho quieto, quando falava, falava certo!

Ladrão de Bife! Quis participar porque adorava ciências e se identificava com a disciplina. Gostava muito do conteúdo, inclusive de Einstein e sua teoria da relatividade que ele não sabia muito bem o que era, mas sabia que era muito importante! O motivo da escolha do nome, bem..., era o tema da camisa que vestia: um cachorrinho com um bife que havia roubado! Complexo, não? Esse rapaz teria muito a contar sobre ciências...

A turma do vespertino é formada por alunos que moram na zona rural e que estudam nesse horário devido ao transporte escolar. Apesar da escola ser da rede estadual, o transporte de alunos é de responsabilidade da prefeitura municipal, que

disponibiliza os carros terceirizados para os estudantes de várias localidades do município e os trazem à escola, no turno vespertino. Esse fato divide os turnos da escola em: alunos da cidade estudam no matutino e alunos da zona rural, no vespertino.

Um dos problemas citados por alguns professores em uma de minhas visitas à escola, em relação aos alunos da zona rural, é o fato desses alunos serem faltosos, pois, ao dependerem do transporte escolar, dependem também das condições das estradas de chão, que não são asfaltadas, e por isso nem sempre estão trafegáveis devido às chuvas da região, com muito barro, impedindo o transporte. Sendo assim, em épocas de chuva, que geralmente coincidem com épocas de calendários de provas regulares, esses alunos ficam faltosos, o que pode acarretar prejuízos na aprendizagem e mais trabalho aos professores que terão que fazer aulas de reposição, segunda chamada de provas e outras atividades.

Outro fator observado na escola e também falado pelos professores, procurados em alguns momentos em que estive na escola para observação e composição do diário do campo, é que, por morarem na zona rural, não teriam, em sua maioria, acesso à internet; sendo, assim, os professores que utilizam com frequência essa tecnologia na escola, teriam nesse turno uma certa dificuldade em executar algumas tarefas.

Os alunos do 9º V01, assim como os da primeira turma, preencheram a ficha de cadastro, colocando aí seus dados de contato, e escolheram também nomes fictícios para participação no grupo focal. Assim que os procurei para falar da pesquisa, demonstraram-se muito interessados e com vontade em participar! Posso descrevê- los assim: alguns eram muito quietos, só respondiam quando me dirigia diretamente a eles, mas em sua maioria eram desinibidos e falantes. Escolheram os nomes fictícios, assim como a primeira turma, baseados em personagens de novelas, desenhos e outros nomes que lhes vieram à memória. São esses: Minelau, Zé, Marokas, Gestrudes, Anjinha, Heloá, Creide e Laura.

Minelau é um garoto esperto, demonstrava suas opiniões, bem falante e brincalhão. Gostava de participar dos eventos desenvolvidos pela escola, ainda que, hora ou outra, visitasse a coordenação escolar devido ao comportamento agitado na sala de aula! Seus colegas de turma gostavam de contar suas aventuras! Muito inteligente,

parecia-me não ter o perfil do aluno que conseguisse ficar sentado, prestando atenção nas matérias lidas em livros didáticos e transcritas no quadro, pois é muito ativo para isso. Sabe conversar sobre diferentes assuntos e, sendo assim, penso que a monotonia da sala de aula não lhe desperte muito interesse. Durante o grupo focal, foi um dos que mais falava e, se eu não o interrompesse, não deixava os outros participantes falarem.

O aluno de codinome Zé chamou minha atenção logo no primeiro encontro. Muito tímido, quase não falava, muito comportado na escola; segundo os professores, foi uma surpresa para todos ele querer participar de uma roda de conversa, uma vez que quase nunca falava ou emitia opiniões nas aulas. Sua participação foi verdadeiramente enriquecedora para este trabalho, pois a forma consciente como expunha suas ideias, com propósito acerca de algumas das questões tratadas, foi um presente que me deu enorme prazer receber. Foi mais uma grande história que ganhei para o trabalho!

E as meninas? Marokas, Gestrudes, Anjinha, Heloá, Creide e Laura, acho que nem consigo descrevê-las de maneira separada, são um grupo na sala de aula e também nos encontros do grupo focal! Falavam juntas, aliás, todas ao mesmo tempo; para que eu conseguisse entender as respostas, precisava pedir para que se organizassem, falassem uma de cada vez. E quando conseguiam falar de maneira individual, isso durava alguns segundos, e logo uma ou outra já concordava, discordava, apoiava a amiga, criticava a amiga! Enfim, consegui minhas transcrições.

O esperado segundo encontro...

Para o segundo encontro com o grupo focal, o cenário estava um pouco diferente. Se antes eu era a pesquisadora/professora da escola, agora não mais. Assumi o cargo de técnica em prestação de contas, na Superintendência Regional de Educação Comendadora Jurema Morets-Sohn, localizada no município de Guaçuí, ES.

Com essa transferência de setor de serviço, me afastei das atividades da escola e dos alunos, tão próximos até aquela fase do mestrado. De início, fiquei na dúvida se isso de certa forma atrapalharia meus planos de execução da pesquisa, uma vez que a convivência diária era um dos fatores que me ajudava na observação de momentos de que eu necessitava para executar o trabalho; por outro lado, achei que seria bom poder me afastar do olhar da professora e assumir de vez o papel da pesquisadora que, até então, poderia de alguma forma ser influenciada por todo aquele universo da escola.

Mantive contato com os alunos participantes por meio de mensagens de WhatsApp e por meio de visitas regulares que fazia na escola. Eu sempre passava por lá para observar um pouco das aulas e mostrar que eu não os havia abandonado e que a pesquisa continuava. Observei as rotinas de algumas aulas, conversei com professores do 9º ano sobre os alunos participantes e as dinâmicas das turmas, tanto nas aulas como em eventos realizados pela escola. Tudo eu anotava para ir compondo meu diário de campo, uma ferramenta fundamental para que eu conseguisse redigir meu trabalho.

Como o intuito apontado no projeto de pesquisa era realizar três encontros ao longo de 2019, sendo um em cada trimestre, marquei o segundo encontro para o dia 16/08/19. Este, porém, precisou ser desmarcado, pois os alunos participaram de um simulado organizado pela escola. Remarquei, então, para o dia 23/08/19, sexta-feira seguinte ao simulado, no turno da tarde.

Mantive contato com duas alunas, uma de cada turma, para mediarem com os alunos as informações passadas por mim. Eu entrava em contato com as meninas pelo telefone para marcar horário e local, e elas transmitiam as informações às turmas. Mediante as confirmações, organizei a sala usada como sala de planejamento da escola e que naquele dia estaria disponível, para primeiro fazer o encontro com o 9º M01, às 14h, no horário da 3ª aula da tarde, e com o 9º V01, às 15h45, após o recreio.

Para minha surpresa, os participantes do turno matutino, meus ex-alunos do 9º ano, não apareceram (fiquei desesperada)! Tentei contato, e nada; os telefones não estavam ligados e os outros colegas da tarde não os haviam visto. Pensei,

sinceramente, que não teria como continuar com a proposta do grupo focal, imaginei várias coisas para falar com minha orientadora, e um sentimento profundo de decepção me tomou! Justo aquela turma!

Enquanto aguardava há aproximadamente meia hora, quem bateu à porta e chegou quase sem fôlego para falar comigo, acreditem: Ladrão de Bife!

 “Desculpe o atraso, vim correndo!”

Sinceramente, eu não estava acreditando! Um aluno que muitos professores julgavam ser irresponsável, era o único da turma a aparecer! Me bateu de novo aquele sentimento de desespero! Será que ele estava ali pensando que ganharia pontos por participar? Ou que com isso seria bem-visto na escola? Estaria fazendo uma “média” comigo? Eu achei que tinha deixado claro no primeiro encontro o que era um grupo focal, para que serviria.

Agradeci sua participação, liguei o celular para gravar e minha primeira pergunta foi: o que você está fazendo aqui? Logo ele começou a descrever que estava participando, pois não poderia perder essa oportunidade de fazer parte de um grupo de pesquisa de uma Universidade, e que ele sabia, sim, falar sobre ciências.

Terminada a primeira parte com a ajuda do Ladrão do Bife, esperei o recreio e iniciei com a turma do vespertino, como o programado, nosso segundo encontro. Os alunos haviam confirmado e estavam todos lá para o encontro. Nesse dia, três alunos que não haviam participado no primeiro dia pediram para participar, eles haviam levado para casa o TCLE, mas no dia do primeiro encontro não vieram à escola. Sendo assim, participaram apenas desse segundo momento com os demais alunos que já haviam participado anteriormente.

Deixei a câmera do celular ligada, fizemos uma mesa-redonda e começamos nossas reflexões!

No terceiro encontro...

O terceiro encontro aconteceu na sexta-feira, dia 06/12/19, cada turma em seu respectivo horário de aulas.

Nessa semana encontrei toda uma movimentação na escola decorrente das provas de recuperação e festinhas dos alunos que aguardavam ansiosos as férias. Como já havia combinado os encontros anteriormente por telefone, alguns alunos que já haviam participado dos encontros estavam lá me aguardando, mas nem todos; alguns já haviam se declarado de férias, outros participavam das comemorações e não quiseram sair para participar do grupo, e alguns não me justificaram o motivo, simplesmente não quiseram participar.

Entre os que se encontravam na escola, participaram: Josué Motoboy, Malaquias, Chips, Kyara, Biscoito e uma outra aluna, que só participou desse 3º grupo, ambos da turma do matutino. E da turma do vespertino, participaram: Willian, Heloá, Anjinha, Creide, Laura e Ladrão de Bife, que agora havia sido transferido.

Fonte: a autora (2019).

No vespertino, alguns alunos manifestaram interesse e curiosidade em participar, e eu permiti. No entanto, como não haviam estado anteriormente nos processos de entrega de documentação obrigatória (TCLE e Assentimento), conversei para que ficassem como ouvintes, para poderem conhecer o grupo focal e futuramente se

Figura 4 - Encontro com o grupo focal da turma do 9º ano vespertino, realizado

envolverem em outros trabalhos e pesquisas. Para o encontro da manhã, reservei uma sala de aula que não estava sendo utilizada no dia; e para o encontro da tarde, o laboratório de informática. Com tudo organizado como previsto, iniciamos as reflexões.

Alguns desses alunos podem ser vistos na Figura 4 (resguardado o direito de anonimato).

4 ANÁLISE DOS DADOS

Após os encontros, foram realizadas as transcrições dos diálogos e, em seguida, a análise de conteúdo baseada na proposta de Bardin (2011), em que buscou-se verificar os dados obtidos por meio da entrevista e da observação descrita no diário de campo, para, assim, ser possível entender o significado das mensagens e o que está para além delas, ou seja, aquilo que foi possível compreender pelos gestos, olhares, sorrisos e comportamentos dos participantes, diagnosticando suas percepções e opiniões (GATTI, 2005).

As análises foram realizadas a partir das falas e imagens dos alunos participantes obtidas durante a realização das rodas de conversa, tudo registrado por meio das filmagens e das anotações e observações descritas no diário de campo, a partir do desenvolvimento e interação com a turma e mediante as perguntas pré-elaboradas como roteiro. Foi preciso rever várias vezes as gravações, buscando a movimentação dos participantes, seus comportamentos nas rodas de conversa e o modo como se expressavam, como forma de captar os significados de todo o processo de reflexão (GATTI, 2005).

Baseando-se na técnica de análise de conteúdo, por meio da abordagem realizada com os alunos do 9º ano, foi possível, a partir das falas, construir 3 categorias de análises: Afinidade, Cotidiano e Relevância, que são desdobramentos de uma supercategoria denominada “Ciências”, que é mais abrangente e engloba todas as demais (Quadro 5).

Todas as categorias foram criadas a partir das respostas obtidas por meio do roteiro pré-elaborado, seguindo os pressupostos de Bardin (2011), que teve a função de auxiliar o processo de análise com foco na compreensão dos resultados para atingir os objetivos propostos e, assim, chegar às considerações finais.

Para a construção das categorias de análise, foi importante compreender os objetivos que perpassam o ensino de Ciências, de maneira a entender como suas características influenciam o processo ensino-aprendizagem, possibilitando aos alunos o reconhecimento em atividades que vivenciam, de conceitos e fenômenos construídos historicamente nas ciências, facilitando a integração do conteúdo

científico aos aspectos sociais, refletidos nos conhecimentos construídos em sala de aula (KRASILCHIK; MARANDINO, 2007; CHASSOT, 2003).

Quadro 5 - Conceitos norteadores oriundos da análise de conteúdo do grupo focal de alunos do 9º do

ensino fundamental, acerca do ensino de Ciências, no município de Divino de São Lourenço, ES.

Supercategoria Categoria Conceito norteador Subcategoria

CIÊNCIA

AFINIDADE

Os alunos gostam da disciplina, pois ela lhes proporciona aprender sobre o mundo e sobre si próprios.

 Motivação e interesses;  Assuntos diversos.

COTIDIANO

Os alunos reconhecem a Ciência por meio de atividades cotidianas.

 Relação da Ciência em atividades diárias;

 Reconhecimento da Ciência por meio do trabalho do professor.

RELEVÂNCIA

Os alunos entendem que a aprendizagem em Ciências os auxilia na vida.  Definição de um conceito acerca da Ciência;  Reconhecimento do próprio corpo para melhoria das condições de vida e saúde.

Fonte: elaborado pela autora (2019).

Na BNCC (BRASIL, 2018), encontramos como proposta na área de Ciências Naturais e, mais especificamente, no ensino de Ciências, que a prática educativa proporcione, de modo sistemático e gradual, uma relação reflexiva e contextualizada dos conhecimentos com a realidade. Para isso, evidenciou-se a necessidade de busca da alfabetização/letramento científico como forma de desenvolvimento do pensamento investigativo, para que os alunos tenham oportunidade de entender situações que ocorrem em seu cotidiano, relacionando-as a conceitos aprendidos por intermédio do professor na escola, o que lhes permitirá fazer uma nova leitura de mundo.

As categorias criadas discutiram essa relação proposta da Ciência que se aproxima do universo dos alunos, refletindo sobre a forma que a Ciência é compreendida por

eles e o modo como eles correlacionam seus conceitos e objetivos, de forma a

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