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5.1. Riscos de mercado a que a Companhia está exposta, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxa de juros:

Além dos riscos que afetam o mercado de energia elétrica, podemos dizer que os principais riscos gerais que podem influenciar nossos resultados operacionais, nossa situação financeira ou nossas perspectivas futuras são:

 as políticas de financiamento de projetos de longo prazo praticadas pelo BNDES, sobretudo no que se refere à TJLP, principal indexador dos financiamentos tomados por nós e nossas subsidiárias para executar os projetos. Caso o valor da TJLP aumente, o custo de nossa dívida aumentará e impactará negativamente nosso resultado. Caso o valor da TJLP diminua, o custo de nossa dívida diminuirá e impactará positivamente nosso resultado e;

 os preços de venda da energia nos contratos de compra e venda do ACR e ACL, indexados pelo IPCA ou IGP-M. Variações negativas ou positivas nestes índices afetarão nossas receitas, afetando nosso resultado operacional.

Oscilações das taxas de juros poderão provocar efeito adverso em nossos negócios.

O COPOM estabelece as taxas básicas de juros para o sistema bancário brasileiro em geral. Em 31 de dezembro de 2013, nossa dívida bancária, no valor de R$923.254 mil era atrelada a TJLP (40%), CDI (19%), pré fixada (29%), ou LIBOR (12%). Adicionalmente, 88% da nossa dívida bancária era denominada em reais e 12% em dólar norte americano. Portanto, uma elevação do CDI, da TJLP, da LIBOR ou do dólar norte americano poderá ter impacto negativo nos nossos resultados já que pode aumentar os custos de nossa dívida.

Descrição quantitativa referente ao risco de inflação em nossos negócios.

Nossa receita está atrelada à correção anual conforme variações dos índices da inflação, sendo indexada pelo IPCA ou IGP-M.

Conforme descrito no item 7.2.b desse Formulário de Referência, no Exercício social findo em 31 de dezembro de 2013, 87,7%, equivalentes a R$185.424 mil, da nossa receita liquida teve sua origem através do fornecimento de energia elétrica. Desse total, 38,6% estão atrelados à correção ao IGP-M e 61,4% ao IPCA.

A tabela a seguir apresenta a relação de nossas subsidiárias e a qual índice de inflação seus contratos de compra e venda de energia estão atrelados:

Também conforme descrito no item 7.2.b desse Formulário de Referência, no Exercício social findo em 31 de dezembro de 2013, 12,3%, equivalentes a R$25.916 mil, da nossa receita liquida teve sua origem através de serviços prestados. Desse total, 25,71% estão atrelados à correção ao IGP-M e 74,29% ao IPCA.

A inflação e certas medidas tomadas pelo Governo Federal para combatê-la, incluindo aumentos nas taxas de juros, poderão contribuir para a incerteza econômica no Brasil, e podem gerar um efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira e nossos resultados operacionais.

No passado, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. A inflação e certos atos do governo para combatê-la causaram, no passado, efeitos significativamente negativos sobre a economia brasileira. Contudo, desde a introdução do Plano Real, em julho de 1994, a inflação brasileira tem sido substancialmente menor do que nos períodos anteriores. No entanto, pressões inflacionárias persistem e medidas adotadas para combatê-las, bem como a especulação sobre as medidas futuras que possam vir a ser adotadas pelo Governo Federal, têm gerado ao longo dos últimos anos um clima de incerteza econômica no Brasil e aumentado a volatilidade do mercado de capitais brasileiro. O Brasil poderá vivenciar altos índices de

Usina Índice de Correção Data Inicio Contrato CCVE Data Final Contrato CCVE Usina Índice de Correção Data Inicio Contrato CCVE Data Final Contrato CCVE

Esmeralda igpm dez/06 dez/26 Monjolinho ipca jan/11 dez/40

Sta Laura igpm jan/08 dez/27 Enercasa ipca jan/10 dez/24

Sta Rosa II igpm jul/08 jun/28 Complexo Eólico Bahia ipca jul/12 jun/32

Moinho igpm ago/11 dez/24 Eólica B. Coqueiros ipca jul/12 jun/32

ipca jan/25 dez/30

Victor B. Adami igpm jan/12 dez/25

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

inflação no futuro. As pressões inflacionárias podem levar a intervenções governamentais sobre a economia, incluindo a introdução de políticas que podem afetar adversamente o desempenho geral da economia brasileira, o que, por sua vez, poderia afetar adversamente as nossas operações e o valor de mercado de nossas ações.

O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Esta influência, bem como as condições políticas e econômicas brasileiras, podem afetar adversamente as nossas atividades e o valor de mercado das nossas ações.

A economia brasileira tem sido marcada por freqüentes, e por vezes significativas, intervenções do Governo Federal, que freqüentemente modifica as políticas monetária, de crédito, fiscal e outras. As ações do Governo Federal para controlar a inflação e efetuar outras políticas envolveram no passado, entre outras, aumentos nas taxas de juros, mudanças na política fiscal, controle de preço, desvalorização da moeda, controles no fluxo de capital e determinados limites sobre as mercadorias e os serviços importados. Não temos controle e não podemos prever quais medidas ou políticas o Governo Federal poderá adotar no futuro. Nossos negócios, condição financeira e resultados das operações podem ser adversamente afetados em razão de mudanças na política pública em nível federal, estadual e municipal, referentes a tarifas públicas e controles de câmbio, bem como de outros fatores, tais como:

taxas de juros;

controle no câmbio e restrições a remessas ao exterior; variações nas taxas de câmbio;

inflação;

liquidez no mercado doméstico financeiro e de capitais e mercado de empréstimos; política fiscal e regime tributário, incluindo alterações na legislação tributária e trabalhista; e medidas de cunho político, social e econômico que ocorram ou possam afetar o Brasil.

A incerteza quanto à implantação de mudanças por parte do Governo Federal nas políticas ou normas que venham a afetar esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. Sendo assim, tais incertezas e outros acontecimentos futuros na economia brasileira poderão prejudicar as nossas atividades e os nossos resultados operacionais.

A instabilidade da taxa de câmbio poderá gerar um efeito relevante adverso sobre nossos resultados.

Nas últimas décadas, a moeda brasileira tem experimentado importantes e frequentes variações em relação ao dólar norte-americano e outras moedas estrangeiras. Entre 2000 e 2002, o real depreciou significativamente em relação ao dólar norte-americano, atingindo uma taxa de câmbio de R$3,533 por US$ 1,00 no final de 2002, segundo dados do Banco Central. Entre 2004 e a metade de 2008, o real valorizou significativamente em relação ao dólar norte-americano em razão da estabilização do cenário macro-econômico e aumentou o volume de investimentos estrangeiros no Brasil, sendo que a taxa de câmbio atingiu R$1,634 por US$ 1,00 em agosto de 2008. Com a crise do mercado financeiro mundial que se verificou na metade de 2008, o real depreciou 24,2% em relação ao dólar norte-americano em 2008, atingindo R$2,337 por US$1,00 no final de 2008. Em 2009, o real valorizou 34,2% em relação ao dólar norte-americano e no dia 31 de dezembro de 2009, a taxa de câmbio era de R$1,741 por US$1,00. Em 31 de dezembro de 2010, a taxa de câmbio do real para o dólar norte-americano foi de R$1,666 por US$1,00. Em 30 de dezembro de 2011, a taxa de câmbio do real para o dólar americano foi de R$1,8756 por US$1,00. Em 31 de dezembro de 2012, a taxa de câmbio do real para o dólar norte-americano foi de R$2,0435 por US$1,00. Novamente, ao longo do ano de 2013 o real depreciou 14,6% em relação ao dólar norte-norte-americano e no dia 31 de dezembro de 2013, a taxa de câmbio era de R$2,3426 por US$1,00.

A depreciação do real em relação ao dólar norte-americano pode criar pressões inflacionárias no Brasil e causar aumentos nas taxas de juros, o que poderá afetar negativamente o nosso crescimento e o da economia brasileira como um todo. Também poderá limitar o acesso aos mercados financeiros estrangeiros e estimular uma intervenção governamental na forma de políticas governamentais recessivas. A depreciação do real em relação ao dólar norte-americano também pode levar à diminuição dos gastos com consumo, pressões deflacionárias, e crescimento reduzido da economia como um todo. Por outro lado, a valorização do real em relação ao dólar norte-americano e outras moedas estrangeiras poderá levar a uma deteriorização das atuais contas de câmbio brasileiras no exterior, assim como desestimular o crescimento das exportações. Dependendo das circunstâncias, tanto a depreciação quanto a valorização do real poderá, relevante e adversamente, afetar o nosso crescimento e o da economia brasileira. Não há garantia de que, no futuro, o real não sofrerá flutuação significativa em relação ao dólar norte-americano.

Nossa subsidiária Energen Energias Renováveis S.A. celebrou em 10 de setembro de 2012 contrato de financiamento de longo prazo com o China Development Bank, destinado à implantação do Parque Eólico de Barra dos Coqueiros. No dia 28 de dezembro de 2012 ocorreu a liberação do financiamento no valor de US$ 50.000 mil (R$102.049 mil). Os débitos do financiamento serão pagos em 29 parcelas semestrais e consecutivas,

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

com juros equivalentes à LIBOR (USS - 6 meses) acrescidos de 5,10% ao ano. A Companhia não pretende realizar operação de hedge cambial. Em 31 de dezembro de 2013, 12% do nosso endividamento bancário possuía exposição cambial, equivalente à R$108.630 mil.