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4.2 Descrever, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos de mercado a que o emissor está exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros.

i) Riscos de Taxas de Juros

Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía apenas um financiamento com remuneração vinculada à variação do CDI, representando 1,7% do endividamento total da Companhia, de modo que sua exposição à taxas de juros flutuantes era baixa em relação ao endividamento total.

A tabela abaixo apresenta uma análise de sensibilidade deste financiamento em relação a variação do CDI em três diferentes cenários:

(a) Taxas conforme mercado

(b) Acréscimo de 25% nas taxas praticadas pelo mercado

(c) Acréscimo de 50% nas taxas praticadas pelo mercado

As aplicações financeiras da Companhia são, substancialmente, remuneradas pelas taxas de juros vinculadas à variação do CDI, com condições, taxas e prazos compatíveis com operações similares realizadas no mercado. Em 31 de dezembro de 2016, as aplicações financeiras possuíam remuneração média de 102,6% do CDI, com saldo de R$ 260,2 milhões.

Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia não possuía financiamentos indexados à taxas de juros internacionais.

ii) Riscos de Taxas de Câmbio

Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia não possuía nenhuma exposição à variação das taxas de câmbio por não possuir nenhum financiamento ou receita em moeda estrangeira.

iii) Riscos de Taxas de Inflação

A Companhia está exposta a taxas de inflação, visto que grande parte dos empréstimos contraídos junto à instituições financeiras são indexados a algum índice de preços.

Em 31 de dezembro de 2016, do saldo de dívida total da Companhia, 94% estava indexado à taxa referencial (TR), 3% ao IPCA e 1% ao IGP-M (e 2% ao CDI conforme ja mencionado anteriormente).

A tabela abaixo apresenta uma análise de sensibilidade da dívida em relação a variação da TR, IPCA e IGP-M em três diferentes cenários: Indexador Risco Saldo dívida em 31.12.2016 (R$ mil) Cenário provável (a) Cenário possível (b) Cenário remoto (c) CDI Elevação do CDI

(Taxa Base: 13,75% a.a.) 27.695 3.808 4.760 5.712

27.695 3.808 4.760 5.712

Indexador Risco Saldo dívida em

31.12.2016 Cenário provável (a) Cenário possível (b) Cenário remoto (c) PÁGINA: 31 de 241

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

(a) Taxas conforme mercado

(b) Acréscimo de 25% nas taxas praticadas pelo mercado

(c) Acréscimo de 50% nas taxas praticadas pelo mercado

Os contratos de locação de imóveis são substancialmente reajustados por índices de inflação. Em 31 de dezembro de 2016, 95% da receita da Companhia era representada por contratos indexados ao IGP-M e 5,0% por contratos indexados ao IPCA.

iv) O Governo Federal tem exercido, e continua a exercer, influência significativa sobre a economia brasileira. Condições políticas e econômicas no Brasil podem produzir efeitos adversos na Companhia e no preço das ações de sua emissão.

A economia brasileira tem sofrido intervenções por parte do Governo Federal, que por vezes efetua drásticas mudanças políticas e econômicas. As medidas do Governo Federal para controlar a inflação e implementar suas políticas macroeconômicas envolveram, por exemplo, controles de preços e de salários, desvalorização cambial, elevação da carga tributária, controle sobre o fluxo de capitais e restrições à importação, entre outras medidas.

Medidas tomadas pelo Governo Federal relativas à economia podem ter efeitos importantes sobre as empresas brasileiras e outras entidades, inclusive sobre a Companhia, e sobre as condições de mercado e preços dos títulos brasileiros, incluindo as ações de emissão da Companhia. A condição financeira e os resultados das operações da Companhia poderão ser afetados negativamente, dentre outros, pelos seguintes fatores:

● inflação;

● política monetária, cambial e taxas de juros;

● liquidez do mercado doméstico financeiro e de capitais; ● políticas de controle de preços;

● política fiscal; e

● outros fatores políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o Brasil.

Uma eventual redução do volume de investimentos estrangeiros no País poderá ter impacto na balança de pagamentos nacional e pode trazer impactos negativos sobre a economia brasileira, afetando a taxa de juros praticada no Brasil e elevando o custo de captação de recursos por empresas brasileiras.

O resultado de eventual desvalorização acentuada do Real em relação ao Dólar poderá gerar inflação e medidas governamentais para combater eventuais surtos inflacionários, entre as quais, a elevação na taxa básica de juros, que podem afetar a economia brasileira, causando um efeito adverso na Companhia e restringindo o acesso ao mercado de capitais internacional. Por outro lado, a depreciação do Real frente ao Dólar pode causar a deterioração das finanças públicas e do balanço de pagamento brasileiro, assim como resultar em uma diminuição no crescimento econômico relacionado às exportações.

TR Aumento da TR 1.553.046 27.955 34.944 41.932

IGP-M Aumento do IGP-M 24.310 1.215 1.519 1.823

IPCA Aumento do IPCA 53.816 2.798 3.498 4.198

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

A incerteza acerca das políticas futuras do Governo Federal pode contribuir para uma maior volatilidade no mercado de títulos e valores mobiliários brasileiro e dos títulos e valores mobiliários emitidos no exterior por empresas brasileiras. O Produto Interno Bruto (“PIB”) brasileiro oscilou consideravelmente nos últimos anos, conforme tabela abaixo.

Ano Produto Interno Bruto Brasileiro 2002 2,7% 2003 1,1% 2004 5,7% 2005 3,2% 2006 4,0% 2007 6,1% 2008 5,2% 2009 -0,3% 2010 7,5% 2011 2,7% 2012 0,9% 2013 2,3% 2014 0,1% 2015 -3,8% 2016 -3,6% Fonte: BACEN

Face ao crescimento limitado dos últimos anos, é incerto qual será a política econômica e os impactos no mercado.

v) Em caso de instabilidade política, a Companhia e o preço das ações de sua emissão poderão ser adversamente afetados.

Historicamente, o desempenho da economia brasileira tem sido influenciado pelo cenário político nacional. As crises políticas afetaram, no passado, a confiança dos investidores e do público em geral, resultando na redução da atividade econômica, afetando adversamente o preço de mercado das ações de emissão das companhias com ações negociadas em bolsa.

A Companhia não pode prever se as atuais políticas econômicas serão mantidas ou quais políticas fiscais, monetárias, previdenciárias e outras serão adotadas pelo Governo Federal, e se estas medidas resultarão em consequências adversas para a economia e para a Companhia.

vi) A inflação e certas medidas governamentais para combatê-la podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil e afetar adversamente a Companhia e o preço das ações de sua emissão.

Desde a crise da dívida brasileira na década de 80, o País passou por períodos de elevadas taxas de inflação. A inflação, juntamente com as medidas governamentais destinadas a combatê-la e as especulações acerca dessas medidas tiveram, no passado, efeito negativo sobre a economia do País. Futuras medidas governamentais, incluindo aumento das taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real podem trazer o aumento da inflação. Se o Brasil vivenciar altas taxas de inflação no futuro, a Companhia pode não conseguir ajustar seus preços e aluguéis de forma a compensar os efeitos da inflação em sua estrutura de custos. Pressões inflacionárias podem afetar a capacidade da Companhia de acessar mercados financeiros estrangeiros e de se antecipar às políticas governamentais de combate à inflação que possam causar efeitos adversos na Companhia e no preço das ações de sua emissão.

vii) A deterioração das condições econômicas e de mercado em outros países, principalmente nas economias emergentes, pode afetar adversamente a economia brasileira, a Companhia e o preço das ações de sua emissão.

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

A economia brasileira e as companhias brasileiras têm sido, em diferentes graus de intensidade, impactadas pelas condições econômicas e de mercado de outros países, emergentes ou não, bem como pelas reações dos investidores com relação a essas condições. Desta forma, a oferta de crédito às empresas brasileiras é diretamente influenciada pelas condições econômicas e de mercado no Brasil, e, ainda que em graus variáveis, pela economia e condições de mercado de outros países.

Acontecimentos ou condições econômicas e/ou políticas em outros países, especialmente os emergentes, já afetaram significativamente a disponibilidade de crédito na economia brasileira e resultaram em consideráveis saídas de recursos e queda no volume de novos investimentos estrangeiros no Brasil.

Não há como garantir que futuros acontecimentos em outras economias, bem como medidas a serem adotadas pelos governos desses países, não afetarão a oferta de crédito às companhias brasileiras no mercado local e internacional de modo adverso, assim como o nível de atividade econômica, podendo, deste modo, vir a causar efeitos adversos na economia brasileira, na Companhia e no preço das ações de sua emissão.