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O investimento nos valores mobiliários de nossa emissão envolve a exposição a determinados riscos. Antes de tomar qualquer decisão de investimento em qualquer valor mobiliário de nossa emissão, os potenciais investidores devem analisar cuidadosamente todas as informações contidas neste Formulário de Referência e, se for o caso, no prospecto da oferta dos respectivos valores mobiliários, os riscos mencionados abaixo bem como nossas demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas. Os riscos descritos abaixo são aqueles que conhecemos e que acreditamos que atualmente podem nos afetar de maneira adversa, de modo que riscos adicionais não conhecidos por nós atualmente ou que consideramos irrelevantes também podem nos afetar de forma adversa.

Para os fins deste item “5. Riscos de Mercado” e do item “4. Fatores de Risco”, exceto se expressamente indicado de maneira diversa ou se o contexto assim o exigir, a menção ao fato de que um risco, incerteza ou problema poderá causar ou ter ou causará ou terá “efeito adverso” ou “efeito negativo” para nós, ou expressões similares, significa que tal risco, incerteza ou problema poderá ou poderia causar efeito adverso relevante nos nossos negócios, situação financeira, resultados operacionais, fluxo de caixa, liquidez e/ou negócios futuros, bem como no preço dos valores mobiliários de nossa emissão. Expressões similares incluídas neste item “5. Riscos de Mercado” e no item “4. Fatores de Risco” devem ser compreendidos nesse contexto.

Ademais, não obstante a subdivisão deste item “5. Riscos de Mercado” e do item “4. Fatores de Risco”, determinados fatores de risco que estejam em um subitem podem também se aplicar a outros subitens deste item “5. Riscos de Mercado” e do item “4. Fatores de Risco”.

O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Essa influência, bem como a conjuntura econômica e política brasileira, podem causar um efeito adverso para nós.

O Governo Federal frequentemente intervém na economia brasileira e ocasionalmente realiza modificações significativas em suas políticas e normas. As medidas tomadas pelo Governo Federal para controlar a inflação, além de outras políticas e normas, frequentemente implicaram aumento das taxas de juros, mudança das políticas fiscais, controle de preços, desvalorização cambial, controle de capital e limitação às importações, entre outras medidas. Nossas atividades, situação financeira, resultados operacionais e o preço de mercado das ações de nossa emissão podem ser prejudicados de maneira relevante por modificações nas políticas ou normas que envolvam ou afetem certos fatores, tais como:

• política monetária, cambial e taxas de juros;

• políticas governamentais aplicáveis às nossas atividades e a nosso setor;

• índices de inflação;

• expansão ou contração da economia brasileira, de acordo com as taxas de crescimento do PIB;

• instabilidade econômica, política e social;

• liquidez dos mercados financeiros e de capitais domésticos;

• política fiscal;

• racionamento de energia elétrica; e

• outros fatores políticos, sociais e econômicos que venham a ocorrer no Brasil ou que o afetem.

As políticas futuras do Governo Federal podem contribuir para uma maior volatilidade no mercado de títulos e valores mobiliários brasileiros e dos títulos e valores mobiliários emitidos no exterior por empresas brasileiras. Adicionalmente, eventuais crises políticas podem afetar a confiança dos investidores e do público consumidor em geral, resultando na desaceleração da economia e prejudicando o preço de mercado das ações das companhias listadas para negociação no mercado de títulos e valores mobiliários brasileiro, o que pode causar um efeito adverso para nós.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Não temos controle sobre tais intervenções, tampouco podemos prever quaisquer medidas ou políticas que o Governo Federal possa adotar no futuro.

A inflação e certas medidas do Governo Federal para combatê-la podem ter efeitos adversos sobre a economia brasileira, o mercado de capitais brasileiro e para nós.

Ao longo de sua história, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. Determinadas medidas adotadas no passado pelo Governo Federal no contexto da política antiinflacionária tiveram um forte impacto negativo sobre a economia brasileira. Medidas adotadas para combater a inflação e especulação sobre as medidas futuras que possam vir a ser adotadas pelo Governo Federal têm gerado ao longo dos últimos anos um clima de incerteza econômica no Brasil e aumentado a volatilidade do mercado de capitais brasileiro.

Conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, a inflação apurada pelo IGPM foi 25,3% em 2002, 8,7%

em 2003, 12,4% em 2004, 1,2% em 2005, 3,8% em 2006, 7,8% em 2007, 9,8% em 2008, -1,7% em 2009, 11,3% em 2010, 5,1% em 2011 e 7,1% em 30 de setembro de 2012. Os preços, por sua vez, quando apurados pelo IPCA, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (“IBGE”), aumentaram em 12,5% em 2002, 9,3% em 2003, 7,6% em 2004, 5,7% em 2005, 3,1% em 2006, 4,5% em 2007, 5,9% em 2008, 4,3% em 2009, 5,9% em 2010, 6,5% em 2011 e 3,8% em 30 de setembro de 2012.

Os contratos da Companhia são 50% reajustados pelo IPCA e 50% pelo IGPM, desta forma, casa haja flutuações nesses índices de inflação que são usados no reajuste dos contratos da Companhia, poderá ocorrer um impacto adverso em razão de aumento de nossos custos fixos, bem como um possível aumento de inadimplência de nossos lojistas.

O Brasil pode passar por aumentos relevantes da taxa de inflação no futuro. Pressões inflacionárias podem levar à intervenção do Governo Federal sobre a economia, incluindo a implementação de políticas governamentais que podem ter um efeito adverso para nós e nossos clientes. Ademais, se o Brasil experimentar altas taxas de inflação, podemos não ser capazes de reajustar os preços de nossos produtos de maneira suficiente para compensar os efeitos da inflação em nossa estrutura de custos.

A flutuação da taxa de juros pode causar um efeito adverso para nós.

As dívidas das companhias do segmento de shopping centers, inclusive as nossas, estão sujeitas à variação das taxas de juros no mercado, conforme estabelecidas pelo Banco Central, de acordo com a expansão da economia brasileira, nível de inflação e outras políticas. Na hipótese de elevação das taxas de juros, os custos e pagamentos do serviço da nossa dívida serão aumentados. Em 30 de setembro de 2012, o montante total das nossas dívidas bancárias era de R$ 1.359,9 milhões. Desse montante, 56,7% é atrelado ao CDI, 18,6% a TR, 0,1% ao IGP-DI e o restante a TJLP.

Adicionalmente, as empresas do setor de shopping centers, assim como grande parte da indústria nacional, dependem do controle exercido pelo Governo Federal sobre as taxas de juros. Nesse sentido, um repentino aumento nas taxas básicas de juros poderá levar a um desaquecimento do mercado de varejo e à redução dos gastos do consumidor, o que pode causar um efeito adverso para nós.

A volatilidade do Real em relação ao Dólar pode ter um efeito adverso para a economia brasileira e, consequentemente, para nós.

A moeda brasileira tem historicamente sofrido frequentes desvalorizações. No passado, o Governo Federal implementou diversos planos econômicos e fez uso de diferentes políticas cambiais, incluindo

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

desvalorizações repentinas, pequenas desvalorizações periódicas (durante as quais a frequência dos ajustes variou de diária a mensal), sistemas de câmbio flutuante, controles cambiais e dos mercados de câmbio. As desvalorizações cambiais em períodos de tempo mais recentes resultaram em flutuações significativas nas taxas de câmbio do Real frente ao Dólar e outras moedas. De acordo com o Banco Central do Brasil, o Real desvalorizou 19,6% em 2002 frente ao Dólar e se valorizou em 4,8% em 2003. Em 2004, 2005, 2006 e 2007, a valorização do Real foi de 8,8%, 13,4%, 9,5% e 16,3%, respectivamente, frente ao Dólar. Em 2008, o Real desvalorizou 31,9% frente ao Dólar e em 2009 o Real valorizou 25,3% frente ao Dólar. Em 2010, o Real valorizou 4,3%. Em 2011 o Real desvalorizou 12,58% e, até 30 de setembro de 2012, o Real desvalorizou 8,25%.

As desvalorizações do Real frente ao Dólar podem criar pressões inflacionárias no Brasil, através do aumento, de modo geral, dos preços dos produtos importados, afetando a economia de modo geral, sendo necessária, assim, a adoção de políticas recessivas por parte do Governo Federal. A valorização do Real frente ao Dólar pode levar à deterioração das contas correntes do País e da balança de pagamentos, bem como a um enfraquecimento no crescimento do produto interno bruto gerado pela exportação. Os potenciais impactos da flutuação da taxa de câmbio e das medidas que o Governo Federal pode vir adotar para estabilizar a taxa de câmbio são incertos. A volatilidade do Real em relação ao Dólar pode ter um efeito adverso para toda a economia brasileira e, consequentemente, para nós.

Acontecimentos e mudanças na percepção de riscos em outros países, sobretudo em economias desenvolvidas, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários globais, dentre eles o preço de mercado das ações.

O valor de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes graus, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, inclusive economias desenvolvidas e emergentes. Caso a conjuntura econômica desses países seja significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários das companhias brasileiras.

Crises em outros países de economia emergente ou políticas econômicas diferenciadas podem reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários das companhias brasileiras, incluindo os valores mobiliários da Companhia, o que poderia prejudicar o preço de mercado das ações ordinárias da Companhia.

Risco de crédito

A Companhia está sujeita aos riscos de crédito das instituições financeiras e fundos de investimento onde realiza seus depósitos e aplicações, formadas principalmente por Certificados de Depósito Bancário - CDB. O risco de crédito da carteira correspondia, em 30 de setembro de 2012, a 17% das emissões e o risco financeiro para um dia, com 95% de confiança (Value at Risk "VaR"), era de uma perda máxima esperada para a carteira de 0,0115% do patrimônio, o que correspondia, em 30 de setembro de 2012, a R$

90.050,01.

As operações da Companhia compreendem a administração de shopping centers (empreendimentos) e o aluguel das lojas objeto do empreendimento. Dessa forma, a Companhia esta sujeita a inadimplência de seus locatários, a qual pode impactar adversamente seus negócios.

Risco de preço

As receitas dependem diretamente da capacidade de a Companhia locar espaços disponíveis nos empreendimentos em que participa. Condições adversas podem reduzir os níveis de locação, bem como restringir a possibilidade de aumento do preço das locações.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Nos primeiros nove meses de 2012, 67% das receitas da Companhia foram provenientes de locação, composto pelo aluguel mínimo, percentual e temporário.

Os fatores a seguir, entre outros, podem afetar a geração de receitas:

Períodos de recessão e aumento dos níveis de vacância nos empreendimentos.

Percepção negativa dos locatários acerca da segurança, conveniência e atratividade das áreas onde os empreendimentos estão instalados.

Aumento da carga tributária sobre as atividades da Companhia.

Risco Operacional

Risco operacional é decorrente da possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Incluem-se na definição de risco operacional os eventos de fraudes internas e externas, as práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços e as ocorrências que acarretam a interrupção das atividades da empresa.