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ABORDAGEM METODOLÓGICA

3.6 DESCRITIVA DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

De forma a responder o terceiro objetivo, a descrição do Programa de Conservação Auditiva da empresa foi efetuada através de um formulário (APÊNDICE I) seguindo as etapas recomendadas pelo Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, em seu Boletim nº 6 (1999), onde constam as recomendações para a elaboração de um PCA, considerando a possibilidade de prevenção, a alta prevalência, a irreversibilidade e a severidade dos efeitos da PAIR, a saber: reconhecimento e avaliação de riscos para audição, gerenciamento audiométrico, medidas de proteção coletiva, medidas de proteção individual, educação e motivação, gerenciamento dos dados e avaliação do programa.

Para que o PCA seja desenvolvido de maneira estruturada, se faz necessária uma gestão que contemple avaliações e intervenções sobre o efeito dos níveis de pressão sonora elevada e outros agentes sobre a audição que deve primar pelo reconhecimento, antecipação e controle dos riscos, frente á saúde dos trabalhadores expostos, além do envolvimento de

profissionais das áreas de: Saúde, Segurança, Gerência Industrial, Recursos Humanos, bem como, dos trabalhadores das empresas.

I - Reconhecimento e avaliação de riscos para audição:

Nesta etapa se identifica e avalia todos os riscos que possam afetar a audição, levando em conta a interação entre esses agentes, além de caracterizar a exposição por meio de avaliação individual e coletiva.

Quadro 2 - Reconhecimento e avaliação de riscos para audição Identificação dos riscos Níveis elevados de pressão sonora Produtos químicos

Vibrações Interações entre estes agentes Avaliação dos riscos Dosimetria de ruído por Carroceria Em motoristas o item não é avaliado Em motoristas o item não é avaliado Em motoristas o item não é avaliado

A exposição a produtos químicos, interações entre ruído e produtos químicos e vibrações não são avaliados para categoria profissional de motoristas de ônibus.

Quadro3 - Caracterização da exposição

Avaliação individual Coletiva Função

Realizado Realizado Realizado

Os níveis elevados de pressão sonora são avaliados in loco, através da realização da dosimetria de ruído, com dosímetro posicionado no motorista de ônibus. A dosimetria é realizada considerando a carroceria dos ônibus.

Como por exemplo: nos microônibus com ar condicionado, foi mensurado o valor de 70,2 dB (A) como dose de exposição.

Na Carroceria da Marca Caio, ônibus sem ar condicionado foi mensurada a dose de 62,9 dB (A)

Na Carroceria da Marca Neobus, também sem ar condicionado foi mensurada a dose de 66,8 dB (A).

Os valores encontrados não se apresentaram acima do permitido para a exposição em 7 horas diárias de 86 dB (A), segundo os parâmetros da NR15.

II - Gerenciamento Audiométrico

O gerenciamento audiométrico consiste na padronização dos procedimentos para a realização e análise de exames com o objetivo de identificar alterações audiométricas ocupacionais (advindas do processo de trabalho) ou não ocupacionais (não advindas do processo de trabalho).

Quadro 4 - Gerenciamento Audiométrico

Padronização dos procedimentos para a realização e análise de exames Identificação de alterações audiométricas ocupacionais Identificação de alterações audiométricas não ocupacionais

Realizado Não Realizado Não Realizado

A Empresa realiza a audiometria: na admissão; após seis meses da admissão; na troca de função; periodicamente, isto é, anualmente; e nos casos de demissão.

A identificação de alterações audiométricas ocupacionais e não ocupacionais ainda não está sendo efetuada.

III - Medidas de Proteção Coletiva (Engenharia, Administrativas):

Uma vez identificados e avaliados os agentes de risco, sugere-se ações que devem seguir a seguinte hierarquia: Controle da emissão na fonte principal de exposição ou risco; controle da propagação do agente no ambiente de trabalho; controles administrativos.

Quadro 5 - Medidas de Proteção Coletiva Controle da emissão na fonte

principal de exposição ou risco

Controle da propagação do agente no ambiente de trabalho

Controles administrativos

Se identificado Se identificado Se identificado

Quando as medidas de proteção coletiva não atenuam os riscos completamente ou oferecem proteção parcialmente ao trabalhador, se faz necessário a introdução das medidas de proteção

individual, como o uso de EPI, com vistas a reduzir os efeitos negativos do ambiente de trabalho ao trabalhador.

IV – Medidas de Proteção Individual

Nesta etapa é efetuada a seleção, indicação, adaptação e acompanhamento da utilização do equipamento de proteção individual (EPI) adequado aos riscos.

EPIs são utilizados para reduzir ou minimizar a exposição ou o contato com agentes físicos, químicos ou biológicos. O uso de proteção auricular reduz a probabilidade de lesões auditivas, quando os protetores são adequados para o tipo de ruído a que se está exposto e quando são usados adequadamente.

Quadro 6 - Medidas de Proteção Individual

Seleção, indicação de EPI Adaptação de EPI Acompanhamento do EPI adequado aos riscos.

Não realizado Não realizado Não realizado

A proteção individual do motorista não é realizada devido à disposição Código Nacional de Trânsito Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que veta o uso dos fones de ouvido para os motoristas.

V - Educação e Motivação

Consiste em desenvolver atividade que propiciem informação, treinamento e motivação tanto dos trabalhadores como dos profissionais das áreas de saúde, segurança e administração da instituição.

Quadro 7 - Educação e Motivação Trabalhadores Profissionais da Área de Saúde Trabalhadores/ profissionais da área de Segurança Trabalhadores/ profissionais da área de Administração

A etapa de Educação e Motivação é realizada pelos psicólogos e pelos profissionais do departamento de tráfego, durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).

VI - Gerenciamento dos Dados

A sistematização dos dados obtidos nas etapas anteriores é realizada através do gerenciamento dos dados para subsidiar ações de planejamento e controle do PCA.

Quadro 8 - Gerenciamento dos Dados

Sistematização dos dados obtidos nas etapas anteriores

Ações de planejamento do PCA

Ações de controle do PCA

Em Construção Em Construção Em Construção

As etapas de gerenciamento dos dados e avaliação do programa estão em construção devido à recente transição do pessoal da Engenharia de Segurança.

VII - Avaliação do Programa

O objetivo principal de qualquer PCA é evitar ou reduzir a ocorrência de perdas auditivas ocupacionais, portanto nesta etapa priorizam-se avaliar a abrangência e qualidade do programa; avaliar os resultados das audiometrias individual e setorialmente.

Quadro 9 - Avaliação do Programa

Avaliar a abrangência dos componentes do PCA Avaliar a qualidade dos componentes do PCA Avaliar os resultados dos exames audiométricos individuais

Avaliar os resultados dos exames audiométricos

setorialmente

Em Construção Em Construção Em Construção Em Construção

Pondera-se que as peculiaridades de cada instituição deverão ser observadas na elaboração do PCA, havendo necessidade de reavaliação anual.

CAPÍTULO IV

DISCUSSÃO