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4.3 VERIFICAÇÕES PARA ATENDIMENTO DO DESEMPENHO PARA A

4.3.2 Desempenho Acústico

As exigências do usuário utilizadas como parâmetro para definição dos critérios de desempenho relativos à acústica estão presentes nas partes 3, 4 e 5 da NBR 15575:2013.

A empresa contratou um relatório de caracterização de ruído de entorno que, segundo a Lei Complementar Municipal nº 482/2014, que institui o plano diretor de urbanismo do município de Florianópolis e dispõe sobre a política de desenvolvimento urbano, o plano de uso e ocupação, os instrumentos urbanísticos e o sistema de gestão, o empreendimento está situado em uma Área de Turismo Residencial (ATR) e a Estrada Dom João Becker é classificada como uma via Arterial (FLORIANÓPOLIS, 2014).

O Quadro 20 apresenta os limites de ruído permitido para o zoneamento do empreendimento, dado pela Lei Complementar n° 003/99.

Quadro 20 – Limites Máximos de Ruídos segundo Lei CMF 003/99

Enquadramento do tipo de área Níveis Sonoros Máximos Permitidos

Diurno Vespertin

o

Noturn o

Todas as AMC e ATR 65 dBA 60 dBA 55 dBA

Fonte: Arquivos da Empresa H, 2019.

Para conhecer os níveis sonoros do entorno, foram realizadas medições de Níveis de Pressão Sonora (NPS) em 2 pontos no entorno. As medições tiveram duração de 10 minutos em cada ponto, seguindo as recomendações da norma NBR 10151:2000, em dois horários diferentes no período diurno (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001d).

Considerando que a única fonte de ruído para região é a Rodovia Dom João Becker, a face crítica a ruídos é a Sul. Nessa face, espera-se níveis sonoros da ordem de 63 dBA nos pavimentos mais altos. A título de simplificação do estudo, será considerado o nível sonoro incidente de 63 dBA em todas as fachadas do empreendimento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001d).

O estudo concluiu que o empreendimento 1 pode ser classificado como Classe de Ruído II, segundo a classificação da norma NBR 15575-4:2013, tendo como nível de desempenho mínimo da fachada, para situação de campo, D2m,nT,w, 25 dB, e para situação de laboratório, Rw 30 dB.

Dando início a análise do requisito de desempenho evidencia-se que o atendimento ao critério 12.3 da Parte 3 da NBR 15575:2013 Sistemas de Pisos de acordo com Quadro 21, a norma prevê que o som resultante dos ruídos de impacto (caminhamento, queda de objetos etc.) entre unidades habitacionais deve ser avaliado apenas em dormitórios.

SP - 3 Construtor p Laudo de ensaio. Construtor P Laudo de ensaio 12. DESEMPENHO ACÚSTICO

12.3 Requisito - Níveis de ruído permitidos na habitação

Objetivo: Avaliar o som resultante dos ruídos de impacto entre as unidades habitacionais.

Método de Avaliação: Ensaio. Observações/Sugestões: Pendente Resp. Atende Plano de Ação

a) O som resultante de ruídos de impacto entre unidades foi avaliado segundo os métodos da NBR 15575-3? (Deve-se avaliar somente dormitórios)

12.3.2 Requisito - Isolamento de ruído aéreo dos sistemas de pisos entre unidades habitacionais

Objetivo: Avaliar o isolamento acústico do som aéreo de ruídos de uso normal.

Método de Avaliação: Ensaio. Observações/Sugestões: Pendente Resp. Atende Plano de Ação

a) O isolamento do som aéreo de ruídos de uso normal foi avaliado segundo os métodos da NBR 15575-3?

Quadro 21 – Requisito 12.3 - Parte 3

Fonte: Elaboração das autoras, 2019.

A empresa contratou um estudo preliminar de acústica, no intuito de fazer uma análise acústica do projeto. Como o método de avaliação do atendimento adotado pela Norma é o ensaio, o atendimento torna-se pendente.

As tabelas a seguir apresentam os níveis de desempenho mínimo ao ruído de impacto, L’nT,w, e aéreo, DnT,w, recomendados pela norma NBR 15575- 3:2013, para as situações encontradas no projeto (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013c).

Quadro 22 – Nível de desempenho mínimo ao ruído aéreo, DnT,w, recomendados pela norma NBR 15575-3:2013

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013c).

Quadro 23 – Nível de desempenho mínimo ao ruído de impacto, L’nT,w,

recomendado pela norma NBR 15575-3:2013

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013c).

O estudo preliminar contratado apresenta os valores estimados para os desempenhos ao ruído de impacto (L’nT,w) e aéreo (DnT,w) dos sistemas de piso em cada ambiente do empreendimento 1:

Unidade Ambiente Área [m²] L’nT,w [dB] Desempenho DnT,w [dB] Desempenho Tipo. Final 01, 04, 06 e 07 Sala estar 16,9 76 Atende 51 Atende Dorm. 02 10,2 78 Suíte casal 13,0 77 Tipo. Final 02, 03, 05 e 08 Sala estar 15,9 76 Atende 51 Atende Dorm. 02 10,1 78 Suíte casal 13,7 77 SV - 4 Construtor P Laudo de ensaio Construtor P Laudo de ensaio a) Os dormitórios da unidade habitacional foram avaliados(vedação externa -

fachada e cobertura, no caso de casas,e somente fachada no caso de prédios?) Ver tabela 17. Deve-se avaliar somente dormitórios

b) Os métodos do item 12.2.1 (precisão realizado em laboratório ou engenharia realizado em campo ou simplificado em campo) foram realizados? Ver tabela 18

Objetivo: Garantir nível de ruídos permitido na habitação.

Método de Avaliação: Ensaio. Observações/Sugestões: Pendente Resp. Atende Plano de Ação

12. DESEMPENHO ACÚSTICO

12.3 Requisito - Níveis de ruído permitidos na habitação

Quadro 24 – Desempenho esperado do projeto. Sistema de pisos entre unidades

habitacionais

Fonte: Arquivos da Empresa H, 2019.

Observa-se que os níveis de desempenho ao ruído de impacto, L’nT,w, e ao ruído aéreo, DnT,w, atendem ao desempenho mínimo recomendado. Ainda, que os níveis de desempenho ao ruído de impacto estão muito próximos do limite de aceitação, o relatório recomenda o uso de mantas de amortecimento de impactos sob os contrapisos.

O estudo recomenda ainda, o isolamento do contrapiso com mantas de amortecimento de impactos não interfere significativamente no desempenho ao ruído aéreo, DnT,w, pois este é determinado pelo aumento da massa da laje, ou seja, aumento da espessura da capa de concreto ou densidade/espessura do contrapiso.

Quadro 25 – Requisito 12.3 - Parte 4

Fonte: Elaboração das Autoras, 2019.

No Quadro 25, a Norma determina que os dormitórios da unidade habitacional devem ser avaliados em relação à fachada externa, seguindo a Tabela 17 da NBR

15575-4 para identificar possíveis fontes de ruído. Como o método de avaliação é ensaio e ainda a construção não encontra-se nesta etapa considera-se pendente.

Conforme estudo preliminar, no pavimento térreo, as duas unidades nesse pavimento são iguais e simétricas em relação à parede de geminação entre as suítes. Ambas possuem a entrada de frente para área de lazer descoberta e circulação. A Figura 16 apresenta um recorte da situação com a indicação dos possíveis principais caminhos de transmissão de ruído entre área de lazer e a unidade residencial.

Figura 16 – Recorte planta baixa térreo

Fonte: Arquivos da Empresa H, 2019.

Observam-se três possíveis caminhos de propagação entre o ruído da área de lazer descoberta/circulação e a unidade residencial:

• via parede da cozinha (seta verde); • via porta de entrada (seta cinza);

Dos três caminhos, apenas o primeiro está tipificado na norma de desempenho. Por ser a cozinha um ambiente de trabalho não requer desempenho elevado para as partições verticais, DnT,w ≥ 30 dB (Rw ≥ 35 dB).

Para o caso da transmissão pela porta, é recomendável uso portas maciças e garantir uma boa vedação da mesma.

No terceiro caso, para reduzir o ruído na suíte vindo da área de lazer, sem prejudicar a ventilação dos banheiros, é importante que as portas dos banheiros tenham bom desempenho, similar à da porta de entrada das unidades.

Por similaridade, essas análises são válidas para a unidade 102.

As duas unidades estão separadas pela parede de geminação entre as suítes. Por estar entre ambientes de repouso, essa partição requer elevado desempenho, DnT,w ≥ 45 dB (Rw ≥ 50 dB).

O estudo contratado analisou os pavimentos tipo, que possuem 8 unidades com 2 leiautes diferentes. O pavimento possui 2 eixos de simetria. A Figura 17 apresenta um recorte da planta do pavimento com duas unidades (final 01 e 02) de um quadrante com as indicações das partições verticais e caminhos de transmissão.

Figura 17 – Recorte planta pavimento tipo Empreendimento 1

Fonte: Arquivos da Empresa H, 2019.

São observadas duas situações de paredes de geminação: onde não há dormitório (cor laranja), entre salas de estar/jantar, requer desempenho moderado DnT,w ≥ 40 dB (Rw ≥ 45 dB) e onde pelo menos um dos ambientes é de dormitório (cor vermelha), entre suítes, requer desempenho mais elevado, DnT,w ≥ 45 dB (Rw ≥ 50 dB).

Observa-se que os dormitórios possuem fachadas com portas-janela. No caso da parede de geminação entre suítes, o caminho de transmissão entre janelas pode importante, diminuindo o desempenho da parede de geminação. Dessa forma é recomendável que a folha da porta-janela junto a geminação seja fixa e com elevado desempenho acústico.

Observa-se uma parede de geminação entre banheiros das suítes das unidades 01 e 04, porém tal situação não é tipificada na norma de desempenho.

O estudo traz situação de “parede cega de dormitórios na unidade 01 e áreas

comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos” (cor

azul). Observa-se o alinhamento entre as portas de entrada das unidades 1 e 2. Tal situação é menos favorável ao isolamento do ruído entre unidades (conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall, DnT,w ≥ 40 dB) o que requer cuidado na instalação das portas a fim de manter o desempenho informado pelos fabricantes das portas. Uma forma indireta de melhorar o desempenho acústico deste sistema é por meio da redução da reverberação sonora nos corredores (hall circulação). Isso pode ser feito com a colocação de forros de absorção sonora na circulação.

Observa-se que a posição dos banheiros contribui para o conforto nas unidades, seja pela geminação entre banheiros ou pela posição dos shafts afastados dos dormitórios. No entanto, nota-se na unidade 01 que a parede da cozinha e área de serviço está em contato com a parede do dormitório 02. Essa parede por ser hidráulica pode gerar incômodos para as unidades inferiores pelo escoamento turbulento das linhas de água suja.

O vão central contribui na ventilação das unidades, porém pode propagar o ruído da área de lazer descoberto para as unidades. A observação feita no item anterior para o caminho de propagação do ruído para a suíte de casal (linha azul na Figura 5) é válida para esse caso.

No pavimento ático há apenas 4 unidades, uma por “quadrante”, e todas possuem terraço aberto com banheira de hidromassagem. A Figura 32 apresenta um recorte da planta do pavimento com duas unidades (final 01 e 02) e as indicações das partições verticais e caminhos de transmissão.

Figura 18 – Recorte planta baixa Ático

Fonte: Arquivos da Empresa H., 2019.

O estudo alerta que não há paredes de geminação entre unidade, exceto pelas paredes das áreas externas. Nesse caso, a exigência de desempenho pode ser descaracterizada pela impossibilidade de se atingir o desempenho esperado em campo.

Nos dormitórios 02 há a situação de “parede cega de dormitórios e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos” (cor azul). Esse tipo de partição requer desempenho moderado, DnT,w ≥ 40 dB (Rw ≥ 45 dB).

A ligação entre unidades se dá pelas portas de entrada das unidades que estão uma de frente para outra. Tal situação é menos favorável ao isolamento do ruído entre unidades (conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall, DnT,w ≥ 40 dB) o que requer cuidado na instalação das portas a fim de manter o desempenho informado pelos fabricantes das portas. Como dito anteriormente, uma forma indireta de melhorar o desempenho acústico deste sistema é por meio da redução da reverberação sonora nos corredores (hall circulação). Isso pode ser feito com a colocação de forros de absorção sonora na circulação.

Nos ofurôs estão localizadas sobre as suítes de casal das unidades 02, 03, 05 e 08. Deve-se cuidar com o correto isolamento do conjunto da banheira para que não haja transmissão de energia vibratória para o piso e desse para as suítes na forma de ruído.

Em relação aos sistemas de partições verticas externas – Fachada, por meio de simulação do campo acústico na região, apresentada no item anterior foi possível projetar o nível de ruído incidente a 2 m de cada fachada da edificação. Com base no relatório de caracterização de ruído de entorno, o empreendimento 1 foi classificado como sendo Classe de ruído II, tendo como nível de desempenho mínimo da fachada:

• Situação de campo, D2m,nT,w, 25 dB. • Situação de laboratório, Rw, 30 dB.

De acordo com o estudo preliminar, a tabela 3 apresenta uma estimativa do

nível de desempenho acústico das fachadas, D2m,nT,w, considerando o Índice de

Redução Sonora, Rw, e uma estimativa do nível sonoro interno em cada ambiente,

LAeq_int, assumindo as considerações do item anterior.

Quadro 26 – Estimativa do desempenho da partição, D2m,nT,w, e do LAeq dos

ambientes devido ao ruído externo (NBR 10152:2017)

SC - 5

Construtor P

Laudo de ensaio

Construtor P

Laudo de ensaio. a)Os dormitórios da unidade habitacional foram avaliados - tabela 7?

12.4 Requisito - Nível de ruído de impacto nas coberturas acessíveis de uso coletivo

Objetivo: Avaliar o som resultante de ruídos de impacto naquelas edificações que facultam acesso coletivo à cobertura.

Método de Avaliação: Análise de projeto Observações/Sugestões: Pendente Resp. Atende Plano de Ação

a) Avaliar o som resultante de ruídos de impacto nas edificações que facultam acesso coletivo à cobertura - tabela 8?

12. DESEMPENHO ACÚSTICO

12.3 Requisito - Isolamento acústico da cobertura devido a sons aéreos

Objetivo: Avaliar o isolamento do som aéreo de fontes de emissão externas.

Método de Avaliação: Análise de projeto Observações/Sugestões: Pendente Resp. Atende Plano de Ação

Quadro 27 – Requisito 12.3 - Parte 5

Fonte: Elaboração das autoras, 2019.

O Quadro 27 traz a avaliação de desempenho para o sistema de coberturas da edificação. O método adotado é o ensaio, mas como o empreendimento ainda está em fase de supraestrutura considera-se pendente o atendimento ao requisito.

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