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Mapa 4.1 Localidades na Área de Influência do Meio Socioeconômico

2. O Projeto Santa Quitéria no Neodesenvolvimento Neoextrativista

2.2 Desenvolvimento e Dominação

Concorreu para o sucesso desta nova forma de dominação externa uma poderosa ferramenta ideológica largamente utilizada e que mesmo nos dias atuais mantém sua força: o discurso do desenvolvimento. A noção de desenvolvimento é intrínseca ao projeto da modernidade (WEISHEIMER, 2013). Suas origens remontam a seis séculos na história do Ocidente, herdeira que é, junto com a modernidade, do Renascimento, nos séculos XV e XVI; da Revolução Científica do século XVII e do Iluminismo, no século XVIII (RIGOTTO, 2004, p. 77).

Autores clássicos da sociologia, que estruturaram suas contribuições a partir da análise das transformações advindas com a modernidade, como Karl Marx (1818 - 1883) e Max Weber (1864 - 1920), foram críticos da racionalidade moderna e da noção de desenvolvimento, destacando a irracionalidade essencial do capitalismo e sua lógica alienante e desumanizante. Estas projetavam o crescimento ilimitado das forças produtivas como resultado natural da evolução da sociedade, do conhecimento científico e da técnica, sendo, portanto, o objetivo da vida humana (RIGOTTO, 2004).

Com a inexorável expansão do capitalismo comercial a partir dos séculos XIV e XV, o surgimento dos Estados nacionais, a expansão marinha e a colonização das Américas, a modernidade e a noção de desenvolvimento alcançaram hegemonia política, econômica e cultural. Mas é no cenário de redefinição da geopolítica mundial após a Segunda Guerra Mundial que o debate sobre o desenvolvimento se torna central e intenso (SANTOS, 2007).

Inicialmente, ocorreu uma importante mudança no papel dos Estados na economia. Com o liberalismo econômico12 desacreditado pela crise que abalou o mundo em 1929 e que se seguiu após a Segunda Guerra Mundial, o Estado de Bem-Estar Social foi adotado como estratégia de superação da crise (NOZAKI, 2004). Isso significou a progressiva

12 Teoria econômica que postulava que, numa situação competitiva de mercado, a alocação de recursos

seria espontaneamente ótima, isto é, seria equilibrada, considerando, portanto, prejudicial qualquer tipo de intervenção na economia.

intervenção estatal para dinamizar o processo econômico, tal como propunha a teoria Keynesiana.

Tornou-se, assim, maior a responsabilidade dos Estados em recuperar os padrões de acumulação de capital. Ao que o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, respondeu através do Plano Marshall, elaborado pelo Massachussets Institute of Technology (MIT), com o anunciado objetivo de reconstruir a Europa e difundir a modernização, levando as “sociedades tradicionais ou atrasadas” a uma arrancada – a partir do paradigma dos Estados Unidos – que lhes permitisse queimar etapas rumo à maturidade (RIGOTTO, 2004, p. 84, grifos da autora). Muito embora tenham sido outros os objetivos claramente definidos na mensagem do presidente Truman ao Congresso americano em 24 de junho de 1949:

(...) a criação de condições pelas quais investimentos de capital se tornem frutíferos; investimentos de capital privado paralelamente aos de organismos tais como o Banco Mundial; a introdução de novas garantias para o capital americano no Exterior. (SANTOS, 2007, p. 17).

Milton Santos (2007) assinala que parte da difusão dessa nova estratégia de recomposição das taxas de acumulação capitalista foi a subversão da ciência econômica e a produção de conceitos e quantificação de processos como desenvolvime nto, subdesenvolvimento e pobreza a partir de uma lógica crescentemente pragmática e esvaziada de densidade teórica. Nesse sentido, o desenvolvimento foi pelo autor explicado como uma ideologia do crescimento, que foi vendida aos Estados combinada a uma ideologia de sociedade de consumo. O resultado dessa combinação é a indução ao capital estrangeiro e à aceitação de um só parâmetro aplicável à economia, à sociedade, à cultura, à ética; em suma, à dependência e à dominação; à dominação através da dependência (SANTOS, 2007).

A exploração dos países hegemônicos sobre as ex-colônias, que se perpetua de formas diversas através dos séculos, foi apagada da história. Em seu lugar foi posto um estratagema de países que haviam partido primeiro rumo ao desenvolvimento e países que estavam em atraso na corrida. Aqueles formavam o Primeiro Mundo, estes últimos o Terceiro Mundo subdesenvolvido. Ao passo que a pobreza, segundo Santos (2007, p. 15- 16),

(...) um fenômeno qualitativo, foi transformada num problema quantitativo e reduzida a dados numéricos. Forneceram-se números índices para provar a

distância entre países ricos e pobres e para inferir que estes últimos deveriam imitar os primeiros se quisessem superá-la. Isso foi o mesmo que criar a necessidade de se obter tudo do Exterior, des de o capital até os alimentos e conduzir a uma doutrina sobre a ajuda promovida como uma atitude generosa dos países ricos quando, de fato, constitui uma questão de interesses ocultos, de conquista e de dominação econômica. (SANTOS, 2007, p. 15-16).

Neste contexto, surge como reflexo na periferia do keynesianismo produzido nos países centrais em resposta à crise econômica que eclodiu em 1929, o desenvolvimentismo. Segundo Milanez & Santos (2013), o desenvolvimentismo pode ser definido como um paradigma ideopolítico de regulação integral da economia, onde o Estado é protagonista na orientação geral do processo econômico no sentido da industrialização, a partir de inversões das exportações e ampla abertura para investimentos de capitais internacionais. A forma de combate à pobreza é a geração de emprego formal por meio da expansão da indústria. Estes autores dividem este paradigma em duas fases: 1930-1945 e 1945-1985.

A economia clássica oferecia os argumentos teóricos para, a partir de uma teoria do desenvolvimento, justificar a perpetuação da condição primário-exportadora nos países periféricos. Mesmo em expoentes do pensamento econômico crítico, como o foi Celso Furtado, observamos, na fase inicial de sua obra, as influências do pensamento econômico hegemônico, como nesse texto de 1954:

O processo de desenvolvimento consiste fundamentalmente numa série de mudanças na forma e nas proporções em que se combinam os fatores da produção. [...] O crescimento de uma economia desenvolvida é, portanto, principalmente um problema de acumulação de novos conhecimentos científicos e de progressos na aplicação desses conhecimentos. O crescimento de economias subdesenvolvidas é sobretudo um processo de assimilação da técnica prevalecente na época. (FURTADO, 2010, p. 336).

Tomando por modelo as economias ditas desenvolvidas, Celso Furtado (2010)13 identifica nos baixos níveis de produtividade o maior empecilho ao desenvolvimento dos países subdesenvolvidos. O caminho mais plausível parecia ser a especialização em atividades nas quais era mais eficiente o continente – a agricultura e a mineração. Aproveitando as oportunidades da divisão internacional do trabalho, seria possível acumular o capital necessário ao processo de industrialização. E ainda, que ao atingir

certos níveis de produtividade e acumular determinada quantidade de capital, a dependência dos capitais externos tenderia a diminuir. Dessa forma, propõe o autor:

A abertura de uma corrente de comércio externo permitirá a essa economia utilizar mais a fundo e mais racionalmente aqueles fatores de que dispõe em relativa abundância: a terra e a mão de obra. Ao obter uma maior quantidade de bens do que seria possível caso utilizasse apenas para o mercado interno seus fatores de produção, a economia terá aumentado sua produtividade. O aumento da renda real assim obtido poderá constituir a margem necessária que possibilitará o início do processo de acumulação de capital. A simples indicação deste problema põe em evidência a grande importância que tem para os países subdesenvolvidos a expansão do comércio mundial.

[...]

Começa então a série de reações conhecidas pelas quais a acumulação de capital e as melhoras técnicas que traz consigo vão libertando trabalho e terra, por um lado, e absorvendo-os, por outro, com aumento da produtividade média social. Se o impulso externo sofre solução de continuidade quando ainda é muito baixo o nível médio de produtividade, é provável que o processo de desenvolvimento se interrompa. Mas se a economia consegue atingir certos níveis de produtividade que permitem uma formação líquida de capital de alguma monta, a importância relativa dos impulsos externos no processo de crescimento tenderá a diminuir. (FURTADO, 2010, p. 338-339).

Dessa forma, tomou lugar na América Latina o modelo da industrialização dependente. Sem o rompimento com a dependência econômica aos países centrais e com a oligarquia rural, a acumulação de capitais originados pelas lavouras de café, cana-de- açúcar, algodão, cacau, borracha e outros, além de minérios, foi invertida na importação de maquinário e até operários da Europa e dos Estados Unidos, com o intuito de produzir os industrializados que até então vinham sendo importados. Nesse processo, iniciado na década de 1930, mas que foi acelerado nos anos 50 e se desenvolveu com vigor até meados dos anos 70, a partir da oligarquia rural, formou-se uma burguesia industrial.

Durante a segunda fase das políticas de substituição de importações e promoção de exportações, o Brasil cresceu a uma taxa média de 7,4% ao ano, e apenas em quatro ocasiões cresceu abaixo do marco de 4%. Giambiagi et al (2011) resume as características do modelo de industrialização brasileira em três pontos principais: (1) a participação direta do Estado no suprimento de infraestrutura econômica (energia e transportes) e em alguns setores da economia considerados prioritários (siderurgia, mineração e petroquímica); (2) a elevada proteção à indústria nacional, mediante tarifas e diversos tipos de barreiras não tarifárias; e (3) o fornecimento de crédito em condições favorecidas para a implantação de novos projetos.

Durante os anos de desenvolvimentismo na América Latina, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) concentrou um dos eixos dinâmicos de pensamento latino-americano sobre o tema do desenvolvimento. Criada em 25 de fevereiro de 1948, trata-se de uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é monitorar as políticas de desenvolvimento econômico dirigidas à região. Raúl Prebish, economista argentino e mais destacado intelectual da CEPAL, desenvolveu os elementos centrais da teoria estruturalista, grande definidora do pensamento cepalino, que salienta as restrições ao crescimento que decorrem das condições estruturais específicas da América Latina, periferia do mundo desenvolvido.

Segundo Bielschwsky (2011), Prebish e a linhagem de economistas alimentados por sua teoria estruturalista, utilizaram o contraste com as economias “centrais” para caracterizar as economias latino-americanas, identificando problemas que argumenta ra m corresponder a condições inadequadas de crescimento na periferia. Estes impunha m restrições ao processo de industrialização e ao progresso técnico, diante dos quais a CEPAL orientou estratégias de crescimento coordenadas pelo Estado.

Em sua obra O mito do desenvolvimento econômico,Furtado (1974), utilizando- se do procedimento analítico estruturalista cepalino, desenvolve a tese de que o subdesenvolvimento deve ser entendido como um fenômeno histórico singular, não sendo uma fase histórica comum a todos os países, como propunha o saber dominante da época, mas sim uma condição específica de uma parte do sistema capitalista. A formação de economias industriais no centro do sistema e de economias subdesenvolvidas na periferia eram aspectos de um mesmo processo.

O centro desta obra é a tentativa de caracterizar a evolução do capitalismo no pós- guerra e reinterpretar a questão do desenvolvimento. Neste sentido, Furtado (1974) apreende as principais tendências do capitalismo no pós-Segunda Guerra Mundial:

a) A estabilidade e a expansão das economias centrais dependem fundamentalme nte e crescentemente das transações internacionais.

b) Na evolução global do sistema capitalista, é crescente a importância da periferia. Primeiro, porque os países cêntricos serão cada vez mais dependentes de recursos naturais não reprodutíveis por ela fornecidos. Segundo, porque as grandes empresas encontrarão na exploração de sua mão de obra barata um dos principa is pontos de apoio para firmar-se no conjunto do sistema.

c) Há um desenvolvimento sem precedentes do controle pelas grandes empresas de todas as esferas da atividade econômica (organizar mercados, administrar preços e distribuir recursos financeiros). Consequentemente, as grandes empresas tornaram-se o verdadeiro elemento motor no plano internacional no pós-guerra. d) Deste terceiro elemento decorre a crescente dificuldade de coordenação pelos

Estados de suas economias no plano interno. Não obstante, aumenta a responsabilidade destes na construção e operação de serviços básicos, no investimento na infraestrutura física e nas indústrias com uma baixa rotação de capital, na garantia de uma ordem jurídica, na imposição de disciplina às massas trabalhadoras. O crescimento do aparelho estatal é inevitável, e a necessidade de aperfeiçoamento de seus quadros superiores passa a ser uma exigência das grandes empresas que investem no país, o que acarreta uma precoce autonomia do aparelho burocrático estatal.

Diante destas tendências, o autor conclui que a estrutura oligopólica, sobre a qual essa economia se assenta, constitui um poderoso instrumento de expansão econômica, e as dificuldades parecem antes provir da superestrutura política, que do plano econômico. A essa superestrutura caberia: promover a ideologia da integração, arbitrar conflitos regionais, velar pela integridade das fronteiras e entender-se com o adversário, no caso a União Soviética, entendida como ameaça socialista (FURTADO, 1974).

Na sequência, Furtado (1974) retoma suas teses sobre o subdesenvolvimento e destaca duas resultantes do processo de industrialização por substituição de importações, que operou dentro da divisão internacional do trabalho: a obtenção de excedente econômico que foi utilizado para permitir às classes dirigentes o acesso a padrões diversificados de consumo; a ampliação da taxa de exploração da mão-de-obra sem que houvesse redução na taxa de salário real.

Para Celso Furtado, o imperativo supremo que orienta a produção industrial é o atendimento do consumo de alto nível da classe dirigente. O consumismo de elite foi compreendido pelo autor não como o comportamento das empresas, mas como sintoma da dependência cultural em que se encontra essa classe e decorrência da política econômica que o estimulava com vistas a acelerar o crescimento do PIB. O custo social destas opções era enorme, pois, segundo Furtado (1974), como consequência, o salário da maioria da população era mantido ao nível de subsistência, o que não implicava negar a ocorrência de desemprego ou subemprego.

A partir destes elementos, o autor sintetiza que, a característica mais significativa do modelo brasileiro é a sua tendência estrutural para excluir a massa da população dos benefícios da acumulação e do progresso técnico. Da qual outra decorre:

A conclusão geral que surge dessas considerações é que a hipótese de generalização, no conjunto do sistema capitalista, das formas de consumo que prevalecem atualmente nos países cêntricos, não tem cabimento dentro das possibilidades evolutivas aparentes desse sistema. [...] o desenvolvimento

econômico – a ideia de que os povos pobres podem algum dia desfrutar das

formas de vida dos atuais povos ricos – é simplesmente irrealizável. Sabemos

agora de forma irrefutável que as economias da periferia nunca serão

desenvolvidas, no sentido de similares às economias que formam o atual centro

do sistema capitalista. [...] Cabe, portanto, afirmar que a ideia de desenvolvimento econômico é um simples mito. (FURTADO, 1974, p. 75).

Outra inovação apresentada nesta obra é a constatação de que o desenvolvime nto é também um mito por razões de ordem física. Isto porque, como bem assinala Furtado (1974), em consonância com os dados do estudo The Limits to Growrh, é impossíve l estender os padrões de consumo dos povos hoje desenvolvidos ao resto da humanidade, porque isso é incompatível com a disponibilidade de recursos da Terra. Não deixando de considerar alarmistas as projeções, vez que tomam como hipótese que os atuais padrões de consumo dos países ricos tendem a se generalizar em escala planetária.

A partir do método analítico cepalino, o autor integra os resultados dos estudos de pressão sobre os recursos às análises sobre a distribuição desigual da renda entre países cêntricos e periféricos, propondo que a simples concentração geográfica da renda, em benefício dos países que gozam do mais alto nível de consumo, engendra uma maior pressão sobre os recursos não reprodutíveis (FURTADO, 1974, p.70). Explica sua proposição pelo entendimento de que, com a concentração da renda em um dos pontos do sistema capitalista, o crescimento passa a depender mais da introdução de novos produtos finais, o que é obtido pelo encurtamento da vida útil dos bens já incorporados ao patrimônio das pessoas e da coletividade, aumentando o coeficiente de desperdício e, portanto, de consumo de recursos.

O desenvolvimentismo esgotou-se no final dos anos setenta devido à impossibilidade de os estados nacionais continuarem arcando com seu custo de investimento, frente à crise econômica mundial que se deflagrou após 1973 (WEISHEIMER, 2013). Como resultados, em linhas gerais, ampliaram-se a participação da indústria na economia brasileira, a formalização do trabalho, o proletariado e o deslocamento de massas populacionais para os centros urbanos, que cresceram

acentuadamente. Milton Santos (2007) acrescenta ainda o endividamento permanente e cumulativo do país, com crescimento expressivo da dívida pública, que impôs limites às políticas sociais diante do elevado superávit primário e distorceu toda a economia, uma vez que, para pagar as importações ou o serviço da dívida, riquezas minerais tiveram de ser alienadas e a agricultura teve de ser canalizada à produção de exportação.

No setor da mineração, neste período de desenvolvimentismo autoritário, foram lançadas as bases para a especialização minério-exportadora através de grandes obras de infraestrutura e exploração:

A especialização na produção de matérias -primas recebeu um imenso aporte através dos grandes projetos instalados durante fins da década de 1970 e início dos anos 1980. Entre eles estava o Programa Grande Carajás, além da construção da Usina Hidroelétrica de Tucuruí (UHT), a Mineração Rio do Norte (MRN), a Albras e a Alunorte. Seus investimentos eram de quase US$ 230 bilhões, quantia que na época era comparável a todas as riquezas produzidas pelos brasileiros durante um ano. (COELHO, 2014, p. 14).

Ao passo que na agricultura, cresceram as pressões para o aumento da produtividade agrícola e, em resposta, novas tecnologias desenvolvidas pelos países industrializados foram adquiridas e utilizadas num conjunto de transformações que ficaram conhecidas como Revolução Verde. Esta se constituiu sob um novo padrão tecnológico para a agricultura, rompendo com os processos produtivos do passado, impondo aos agricultores uma nova racionalidade técnica e econômica, mercantiliza ndo a vida social e minando com a relativa autonomia setorial que a agricultura teria experimentado antes do amplo desenvolvimento das relações capitalistas em escala planetária (WEISHEIMER, 2013). Com essas alterações na produção agrícola, aumentou-se a procura pela terra, elevando os preços, o que contribuiu com a manutenção das relações de poder, dos níveis de pobreza absoluta, e ampliou a concentração de terra e renda, mesmo diante de expressivos ganhos de produtividade e níveis de crescimento econômico. Diante destes elementos, Martine (1991), justifica a caracterização de que a modernização ocorrida no Brasil foi conservadora.