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5 ESTUDO DE CASO

5.4 O DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO

A realização deste trabalho teve como produto final para cada uma das edificações, um relatório técnico denominado: ”Os Estudos e Diagnósticos de Eficiência Energética para o Complexo de Edificações da UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA”. Por conseguinte, este estudo contemplou também a proposta de projeto de revitalização, sendo que a estrutura de apresentação possui a seguinte segmentação:

1. Relação das Cargas Existentes de toda Iluminação por prédio e por Pavimento;

2. Cálculo do novo sistema de iluminação;

3. Indicação do novo sistema de iluminação para os recintos/ambientes que não foram contemplados no item “2”;

4. Relação das novas cargas de iluminação calculadas e projetadas, de acordo com os itens “2” e “3”;

5. Indicação da porcentagem de redução da carga em watts, com o novo sistema proposto;

6. Indicação do uso de sensores de presença e quantidade total dos mesmos por prédio e por pavimento;

7. Caracterização e especificação de materiais; e

8. Planilhas Orçamentárias para execução dos serviços com

fornecimento de material.

Uma vez concluída esta auditoria e a partir das informações nela constantes, implementou-se uma classificação a fim de se ter uma primeira visão dos locais com maior potencialidade de proporcionar economia de energia. Ressalta-se, que o projeto luminotécnico foi implementado pela contratada, de acordo com as normas técnicas vigentes.

As Tabelas 5.1 e 5.2 apresentam o ordenamento das edificações por potencialidade de gerar economia de energia (em watt) e porcentagem de redução do consumo de energia, respectivamente. O objetivo é possibilitar uma primeira avaliação dos locais mais atrativos para se implementar a modernização do uso final em foco, isto se considerado apenas aspectos em gerar economia de energia elétrica.

Na elaboração da auditoria energética, a contratada para identificar cada uma das edificações adotou a numeração em algarismos romanos. Sendo assim, o complexo da Faculdade de Tecnologia corresponde ao romano XXIV.

T a be la 5.1: O rdenam ento por potencialidade de gerar redução de dem anda.

Edificaçao Cargas

Existentes Cargas Novas

Redução de demanda (W) (%)

Instituto C. C iências - ICC 1.089.513 637.926 451.587 41,45

C asa dos Estudantes 483.047 79.496 403.551 83,54

Faculdade de C. da Saúde ! 265.500 138.624 126.876 47,79

R eitoria 153.495 46.592 106.903 69,65

XXIV Faculdade de Tecnologia 173.403 65.000 108.403 62,52

Biblioteca Central 191.773 113.216 78.557 40,96

Fac. E studos S. Aplicados - FA 61.258 29.056 32.202 52,57

Lab. Enga Civil - SG 12 74.951 44.160 30.791 41,08

João C alm on 42.248 19.296 22.952 54,33

R estaurante Universitário 44.523 24.385 20.138 45,23

Anísio Teixeira 38.343 18.656 19.687 51,34

Alm oxarifado 23.500 6.240 17.260 73,45

Instituto de Artes 23.412 11.808 11.604 49,56

Lab. Enga Mecânica 33.938 23.452 10.486 30,90

Fac. de Educação - FE-5 25.730 16.294 9.436 36,67

Medicina Tropical 22.905 17.072 5.833 25,47

Observatório S ism ológico 9.686 4.192 5.494 56,72

G aragem /O ficina - PRC 10.955 6.088 4.867 44,43

D epartam ento de Música 9.789 5.152 4.637 47,37

N úcleo de Música 8.470 5.248 3.222 38,04

Música SG-2 8.118 5.952 2.166 26,68

Fac. De Educação - FE-3 42.274 42.274 0 0,00

Auditório de Música 1.840 1.904 -64 -3,48

Lab. T erm obiologia 6.329 6.912 -583 -9,21

Fonte: Desenvolvido a partir de Cremasco (2002a).

Verifica-se que o ICC com 451,59 kW e a Casa dos Estudantes com 403,55 kW são as edificações que possibilitam as maiores reduções de carga instalada. Os valores negativos de economia de energia relacionados para o Auditório de Música e para o Laboratório de Termobiologia se justificam pelo fato de haver

realmente uma elevação da potência instalada em iluminação, uma vez que se constatou deficiência nos níveis de iluminamento do sistema existente.

Tabela 5.2: Ordenamento por porcentagem de redução de demanda.

Edificação Cargas

Existentes Cargas Novas

Redução de demanda

(%) (W)

Casa dos Estudantes 483.047 79.496 83,54 403.551

Almoxa rifado 23.500 6.240 73,45 17.260

Reitoria 153.495 46.592 69,65 106.903

XXIV Fac. de Tecnologia 173.403 65.000 62,52 108.403

Observatório S ism ológico 9.686 4.192 56,72 5.494

João C alm on 42.248 19.296 54,33 22.952

Fac. Estudos S. Aplicados - FA 61.258 29.056 52,57 32.202

Anísio Teixeira 38.343 18.656 51,34 19.687

Instituto de Artes 23.412 11.808 49,56 11.604

Fac. de C. da Saúde 265.500 138.624 47,79 126.876

D epartam ento de Música 9.789 5.152 47,37 4.637

R estaurante U niversitário 44.523 24.385 45,23 20.138

Garagem /O ficina - PRC 10.955 6.088 44,43 4.867

Instituto C. C iências - ICC 1.089.513 637.926 41,45 451.587

Lab. Enga Civil - SG 12 74.951 44.160 41,08 30.791

Biblioteca Central 191.773 113.216 40,96 78.557

Núcleo de Música 8.470 5.248 38,04 3.222

Fac. de Educação - FE-5 25.730 16.294 36,67 9.436

Lab. Enga Mecânica 33.938 23.452 30,90 10.486

Música SG-2 8.118 5.952 26,68 2.166

Medicina Tropical 22.905 17.072 25,47 5.833

Fac. De Educação - FE-3 42.274 42.274 0,00 0

Auditório de Música 1.840 1.904 -3,48 -64

Lab. T erm ob io log ia 6.329 6.912 -9,21 -583

Fonte: Desenvolvido a partir de CREMASCO (2002a).

Não obstante, quando se avalia o potencial percentual de retirada de carga, verifica-se que a Casa dos Estudantes se destaca. Esse fato se explica em função de que, nesse local, as ações previstas no diagnóstico identificaram, além da revitalização do sistema de iluminação (como é o caso de quase todas as demais edificações), a substituição do sistema de aquecimento de água, ou seja, a troca de chuveiros elétricos por aquecedor solar (com back up para aquecimento elétrico).

De posse desses dados e em função de uma série de fatores, dentre os quais as restrições orçamentárias, a coordenação do projeto66 optou por implementar as

66 Essa coordenação que é do âmbito da universidade, seria o cliente contratante, caso houvesse sido celebrado contrato de desempenho.

açoes de economia primeiramente no complexo da Faculdade de Tecnologia (FT).

A seguir, apresenta-se uma caracterização desse local, atendendo inclusive o que se preconiza para este quesito em um plano de M&V.

5.4.1 - Caracterização do complexo da Faculdade de Tecnologia

O complexo da Faculdade de Tecnologia teve o período de construção relativo aos anos de 1973 a 1975, sendo inaugurado em 1976. Compreende uma área edificada de 15.092 m2, abrigando vários ambientes, dentre os quais: salas de aula, anfiteatros, laboratórios e instalações administrativas das diversas faculdades de engenharia da UnB. Desse modo, esta edificação pode ser classificada como instituição de ensino. Localizado na Gleba A, possui o número identificador 35 na Planta de Situação do Campus, conforme relacionado anteriormente. As Figuras 5.1 e 5.2 (obtidas a partir de <http://www.unb.br/fau/guia/fotosft.htm>. Acessado em: 01 fev. 2004) mostram algumas vistas deste complexo.

Figura 5.2: Vista externa do complexo da Faculdade de Tecnologia.

5.4.2 - O diagnóstico energético do complexo da Faculdade de Tecnologia

O relatório do diagnóstico discrimina por meio de tabelas, a localização e quantificação das cargas de iluminação por pavimento e recinto. Desse modo, apresenta-se a seguir, conforme a itemização adotada neste relatório, enfocando os principais dados constantes do diagnóstico.

Primeiramente, a Tabela 5.3 mostra a relação das cargas existentes de toda a iluminação por prédio e por pavimento na fase anterior à revitalização67 (pré-

contrato).

Tabela 5.3: Relação das cargas existentes - FT.

XXVI. 1 RELAÇAO DAS CARGAS EXISTENTES

Prédio FT Faculdade de

Tecnologia

LÂMPADAS FLUORESCENTES

COM REATOR ELETROMAGNÉTICO

Lamp. MVM Lâmpada Incandescentes Fluorescente Compacta TOTAL 4x40 |2x40 |lx40 |2x32 11x32 |2x20 |lx 2 0 |2 xl6 11x16 250 100 1 60 23 | CARGA EM WATTS 200l 100 59 79 47 55 37 47 31 250 100 60 23 1° Pavimento 1 215 77 180 40263

Carga Instalada 1° Pavimento 40263

Térreo | | 1016| | 248 | 4 11 12| 3 | 37 | | | 133140

Carga Instalada Térreo 133140

CARGA INSTALADA TOTAL DO PREDIO (iluminação) 173403

Fonte: CREMASCO (2002a).

67 Apesar de não haver ocorrido assinatura de um contrato de desempenho, adota-se como período de pré-contrato, o que antecede à realização da revitalização.

A próxima tabela relaciona as novas cargas de Iluminação calculadas e projetadas, segundo os itens “2” e “3” do relatório de diagnóstico.

Tabela 5.4: Relação das cargas novas - FT.

XIV.4 RELAÇÀO DAS CARGAS NOVAS de iluminação calculadas e projetadas de acordo com os itens XXIV.2 e X)

Prédio FT FACULDADE

LÂMPADAS FLUORESCENTES COM REATOR ELETRÔNICO

Lamp. MVM Lampadas Incandescente Fluorescente; Compacta TOTAL 4x40|2x40|lx40|2x32|lx32|2x20|lx20|2xl6|2x58 250| 16( 100 1 60 23| 12 CARGA EM “ TECNOLOGI 160 80 40 64 32 40 2Ü'" 7 2 116 275 160 100 60 23 12 1° Pavimento 227 66 42 2151: Térreo 597 165 43481 1 Total 65001 Total de 0 1 0 1 8241 0 1 0 1 0 1 2 3 1 1 42 I 0 I 0 I 0 I 0 I 0 I 0 I C a rg a In sta la d a to ta l do 6500(

Fonte: CREMASCO (2002a).

Na seqüência, a Tabela 5.5 relaciona a indicação da porcentagem de redução da carga em watts, com o novo sistema proposto.

Tabela 5.5 Redução das cargas em watts - FT.

XXIV.5 R E D U Ç Ã O DAS C A R G A S E M W A T T S

FT- FAC TECNOLOGIA Cargas Existente em Watts Cargas Novas em Watts Economia em Watts Economia em Porcentagem (%)

1° Pavimento 40263 21512 18751 46,57%

Térreo 133140 43488 89652 67,34%

Total de Cargas do Prédio 173403 65000

Economia Total em W atts 108403

Economia em Porcentagem Total do Prédio 62,52%

Fonte: CREMASCO (2002a).

Finalizando, a seguir é apresentada a indicação do uso de sensores de presença e quantidade total dos mesmos por pavimento (Quadro 5.2).

Quadro 5.2: Relação dos sensores - FT. XXIV.6.1 RELAÇAO DOS SENSORES