• Nenhum resultado encontrado

Seleção dos prédios para a implementação de projetos por ESCO’S

APÊNDICE A PROGRAMA DE EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA DE PRÉDIOS PÚBLICOS ATRAVÉS DE ESCO’S BALIZADORES

7 CARACTERIZAÇÃO DOS PRÉDIOS PÚBLICOS FEDERAIS

7.1 Classificação dos prédios públicos

7.1.2 Seleção dos prédios para a implementação de projetos por ESCO’S

Aspectos gerais devem ser avaliados diante do problema proposto, qual a efetiva potencialidade de redução de consumo, quanto corresponde este resultado diante do investimento necessário; qual a localização dos edifícios a serem eficientizados, sua quantidade e disponibilidade para os serviços etc.

O tamanho do mercado

O mercado de energia elétrica associado aos prédios públicos federais é uma parcela do mercado registrado como poderes públicos. O consumo verificado para Poderes Públicos é apresentado no Gráfico 7.1.

Apresentando um crescimento permanente em média de 3,1 %aa, o consumo anual correspondente aos poderes públicos atinge no ano de 2000 o montante de 8.481 GWh, e a receita correspondente de 1,18 bilhões de Reais (643 milhões de US Dólares).

Este montante corresponde a todas as esferas dos poderes públicos, indistintamente do nível de governo, se municipal, estadual ou federal. A subdivisão do consumo de energia elétrica dentre estas classes não pode ser obtida diretamente de estatísticas de acompanhamento, porém estima-se que o rateio seja algo próximo aos percentuais mostrados no Quadro 7.4

Quadro 7.4 - Estim ativa de Participação no Consumo

Esferas Administrativas % do Consumo

Ref. literatura Light RJ CEB

Federal 60 46 44

Estadual 25 24 56

Municipal 15 31

Com base no percentual médio de 44%, chega-se ao valor de 290 milhões de dólares para o valor da arrecadação de prédios públicos federais que poderiam estar sendo eficientizados.

A estrutura típica de consumo de energia elétrica em um prédio público é apresentada no Gráfico 7,2,

Gráfico 3.2 - Estrutura Tipica de Consumo - Prédio Público

Considerando que a ESCO atuaria em toda a carga do edifício, a exceção dos equipamentos de escritório, a ação seria efetuada em cerca de 85% do total instalado.

Para prédios típicos com ar-condicionado central são esperadas reduções de consumo de 15% a 35% do total.

Numa estimativa para o menor valor acima, pode-se afirmar que a redução do consumo de energia elétrica nos prédios públicos federais seria em torno de 43,5

milhões de US Dólares anuais, correspondentes a um passivo de investimentos de 157 milhões de US Dólares, pagáveis em 7 anos. Corolariamente este também seria o montante a ser aplicado em um programa de eficientização de prédio públicos federais, com potencial para atuação em 100% dos edifícios.

A definição de qual deveria ser o menor valor de projeto viável para a atuação de ESCO deve estar associado ao próprio mercado, avaliando-se a disponibilidade de empresas capacitadas na região do projeto, do potencial de redução de energia esperado vis a vis a remuneração permitida no projeto etc.

O tipo de destinação dos Prédios Públicos

O Gráfico 7.3 apresenta a distribuição da destinação dos Prédios Públicos ordenados pela incidência de cada categoria, foram ilustradas apenas as classes de edificações com potencial de serviço para ESCO’s. As demais representam segmentos de baixa aplicabilidade para a atuação de ESCO’s principalmente pela inexistência de economia de escala.

Gráfico 7.3 - Distribuição da destinação dos Prédios Públicos

Observa-se a maior concentração na classe de prédios e edifícios, embora não nos seja possível determinar o consumo de energia correspondente a cada categoria, pois esta informação encontra-se ainda em bancos de dados distintos.

Na atual etapa de consolidação de dados para a formatação do banco de dados do PROCEL, as informações de consumo fornecidas pelas concessionárias de distribuição ainda não estão compatibilizados com o cadastro de administradores de prédios e as unidades de consumo por eles cadastradas.

A incidência de classes deverá ser um fator determinante na priorização dos Prédios a serem eficientizados, buscando a adoção de programas e pré-auditorias para um conjunto homogêneo de prédios.

Neste sentido as doze primeiras classes oferecem uma quantidade razoável de prédios, limitando a valores superiores a 65 unidades de mesma classificação. No caso de ações singulares não seriam descartadas uma vez que a iniciativa da gestão pública deve ser apoiada.

Desta forma a elaboração das ações do programa de eficientização deverá considerar prioritárias as seguintes classes, por ordem de incidência:

1. Prédios e Edifícios 2. Quartéis e Bases 3. Hospitais 4. Escolas 5. Armazéns 6. Aeroporto 7. Universidade 8. Complexo

A localização dos Edifícios

Quadro 7.5. - Distribuição Regional por Estados dos Prédios Públicos

Norte Nordeste Sudeslte Cen1tro Oeste Sul

(A) (B) (A) (B) (A) (B) (A) (B) (A) (B)

AC 86 110 AL 171 259 ES 69 270 DF 342 1251 PR 241 496 AM 149 96 BA 118 518 MG 406 490 GO 80 183 RS 107 379 AP 46 99 CE 352 239 RJ 233 1667 MS 95 359 SC 144 334 PA 379 801 MA 302 296 SP 228 401 MT 178 276 RO 103 376 PB 77 235 TO 48 109 PE PI RN SE 201 81 173 121 425 191 223 130 811 1591 1596 2516 936 2828 695 2069 492 1209

Nota: (A) - Classes com potencial Interesse para ESCO’s; (B) - Demais Classes

No Rio de Janeiro e Distrito Federal, antigo e atual estados da capital federal, existe sob o patrimônio da união a maior concentração de unidades destinadas à residências funcionais, que em uma primeira avaliação, considerando que o ônus pelo consumo de eletricidade cabe ao ocupante do imóvel e não diretamente à União, sem que sejam estruturadas as condições apropriadas não são mercado para a atuação de ESCO’s.

Quadro 7.6. - Distribuição Regional dos Prédios Públicos

E D IF IC A Ç Õ E S Norte Nordeste Sudeste

Centro

Oeste Sul Total

C om Potencial In te re sse (A) 311 1596 595 936 492 4530

D em ais íB) 1591 2516 2C69 2S28 1209 10213

T otal 2402 4112 2764 3764 1701 14743

Nota: (A) e (B) são referências ao quadro a anterior

De forma geral existem oportunidades em todas as regiões, contudo, verifica-se uma maior concentração de unidades na região Nordeste. Embora em maior número, com base nas características da região, pode-se afirmar que o consumo específico e o tamanho dos edifícios são menores comparativamente às demais régios de país.

APÊNDICE B - MEMORANDO DE INTENÇÕES - ROTEIRO DE