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Dicas gerais para quem utiliza o Compass

Capítulo 4 – Compreender os Direitos Humanos

1. Introduzindo a Educação para os Direitos Humanos

3.3 Dicas gerais para quem utiliza o Compass

das jovens com quem trabalham. Não importa quais são as páginas que leem primeiro. Po- dem usar o Compass como fonte de informação sobre Direitos Humanos - as principais con- venções, como foram formuladas em 1948 e como se desenvolveram desde então. Também poderão usar o Compass como um compêndio de informações sobre os Direitos Humanos relacionados com a pobreza, as questões de género e outros temas. No entanto, são as ati- vidades que interessam à maioria das pessoas porque são as ferramentas para providenciar EDH.

Como escolher uma atividade

Antes de qualquer outra coisa, precisam estar muito cientes do que é que querem alcançar, ou seja, precisam de definir os vossos objetivos. Poderão então escolher uma atividade que é relevante para o tema que pretendem abordar e que utiliza um método com o qual vocês, e o próprio grupo, se sintam confortáveis. A atividade deve estar no nível certo para o grupo (incluindo para quem facilita) e encaixar-se no tempo que têm disponível.

Leiam a atividade com cuidado, pelo menos duas vezes, e tentem imaginar como o grupo pode reagir e algumas das coisas que os e as participantes irão dizer. É muito prová- vel que queiram mudar a atividade de alguma forma, principalmente ajustar algumas das questões no âmbito do “Debriefing e avaliação” para permitir chegar à aprendizagem que pretendem. Certifiquem-se de que têm todos os materiais de que irão precisar e verifiquem se há espaço suficiente, especialmente se o grande grupo tiver que ser dividido em pequenos grupos.

Cada atividade é apresentada num formato padrão; os símbolos e títulos são usados para que seja mais fácil obter uma visão geral do todo.

Legenda dos símbolos e títulos usados para apresentar as

atividades

Temas

Os temas são aqueles que escolhemos apresentar no Compass, por exemplo Direitos Huma- nos Gerais, Pobreza e Saúde.

Os Direitos Humanos são interdependentes e indivisíveis e há questões diferentes que se justapõem, o que significa que cada atividade se relaciona, inevitavelmente, com vários temas. Indicamos três temas com os quais a atividade se relaciona de forma mais óbvia.

Nível de Complexidade

Quando falamos em complexidade queremos indicar quer quão complexo é o método quer o nível de competências de pensamento crítico, de análise e de comunicação que os e as participantes precisam de ter para desfrutar da atividade.

A maioria das atividades que requer capacidades básicas também tem um método sim- ples, precisa de pouca preparação e muitas vezes não leva muito tempo. Por outro lado, as atividades que exigem boa capacidade de comunicação e de pensamento estão frequente- mente divididas numa sucessão de componentes e, normalmente, precisam de mais prepa- ração e demoram mais tempo.

Direitos Humanos em geral

As atividades de nível 1 são curtas e simples. No entanto, estas atividades são importan- tes pela maneira como fazem com que as pessoas interajam e comuniquem umas com as outras. As atividades dinamizadoras, os quebra-gelos e as atividades de revisão enquadram- -se nesta categoria.

As atividades de nível 2 não exigem conhecimento prévio das questões de Direitos Hu- manos ou de competências de trabalho pessoal ou em grupo bem desenvolvidos. Muitas das atividades deste nível foram pensadas para ajudar as pessoas a desenvolver capacidades de comunicação e de trabalho em grupo e, ao mesmo tempo, estimular o interesse pelos Direitos Humanos.

As atividades de nível 3 são mais complexas e foram pensadas para desenvolver uma compreensão mais profunda e criteriosa sobre um problema. Exigem níveis mais altos de com- petência de debate e/ou capacidades de trabalho em grupo.

As atividades de nível 4 são mais longas, requerem bastante trabalho em grupo bem como boas capacidades de debate, de concentração e de cooperação entre os e as partici- pantes. Estas atividades levam também mais tempo a preparar, são também mais abrangen- tes pois providenciam uma compreensão mais ampla e profunda das questões.

Grupo

Indicamos o número de pessoas necessárias para executar a atividade com sucesso. Se uma parte da atividade envolver trabalho em pequenos grupos, o tamanho dos pequenos grupos é indicado entre parênteses.

Tempo

Damos uma indicação geral de uma estimativa do tempo necessário para executar toda a atividade, em minutos, incluindo a recolha de informação e debate, com o número de par- ticipantes indicado acima. O tempo estimado não inclui os momentos de debate e de ação da fase de seguimento.

Terão de fazer as vossas próprias estimativas de quanto tempo irão precisar. Se estiverem a trabalhar com muitos grupos pequenos então, terão de dar mais tempo para que cada um partilhe as suas conclusões em plenário. Se o grupo for grande então, precisarão de dar tempo para que todos e todas tenham a oportunidade de contribuir no debriefing e na avaliação.

Resumo

Damos uma indicação do conteúdo e do método básico utilizado na atividade: por exemplo, se a atividade é sobre pessoas que procuram asilo ou sobre os preconceitos na comunicação social, e se envolve discussão em pequenos grupos ou uma dramatização.

Direitos relacionados

A capacidade de relacionar experiências e eventos a Direitos Humanos específicos é um dos principais objetivos da Educação para os Direitos Humanos. No entanto, uma vez que os Direitos Humanos são interdependentes e indivisíveis, as questões sobrepõem-se e cada atividade relaciona-se, inevitavelmente, com vários direitos. Assim, tendo como referência o resumo da DUDH (ver página 600), indicamos três direitos que são exemplificados na ativida- de e que devem ser debatidos no debriefing e na avaliação.

Objetivos

Os objetivos relacionam-se com os objetivos de aprendizagem baseados nas competências de EDH em termos de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores, descritos na página 37.

Materiais

Esta é uma lista dos equipamentos necessários para executar a atividade.

Preparação

Esta é uma lista de verificação, para a equipa de facilitação, do que precisam de fazer antes de executar a atividade.

Tomamos como dado adquirido que os facilitadores e as facilitadoras irão informar-se sobre as questões e conteúdos e ler a informação de base no capítulo 5, caso seja necessário. Por isso, estas informações não se encontram repetidas em cada uma das atividades.

Instruções

Esta é uma lista de instruções sobre como levar a cabo a atividade.

Debriefing e avaliação

Aqui sugerimos perguntas para ajudar a equipa de facilitação a conduzir o debriefing e a avaliação. Pretende-se que seja um guia e prevemos que desenvolverão, pelo menos, algu- mas das vossas próprias perguntas para garantir que alcançam os pontos de aprendizagem que traçaram nos vossos objetivos.

Dicas para a equipa de facilitação

Estas são as notas de orientação e explicações sobre o método e as coisas sobre as quais precisam de estar cientes; por exemplo, se estiverem a trabalhar com estereótipos sobre as minorias, haverá alguém daquela minoria no vosso grupo?

Variações

Apresentamos aqui algumas ideias de como poderão adaptar a atividade para ser utilizada em diferentes situações e como desenvolvê-la. No entanto, estas são apenas sugestões, a equipa de facilitação está à vontade para modificar a atividade de todas as maneiras que deseje para melhor responder às necessidades do grupo.

Sugestões para o seguimento

Executar uma atividade não é suficiente; é preciso também uma fase de seguimento para que a aprendizagem seja reforçada e não esquecida. Além disso, interessa lembrar que um objetivo importante da EDH é permitir que os e as jovens tomem medidas sobre as questões que lhes dizem respeito.

Assim, apresentamos algumas ideias sobre o que fazer a seguir, como por exemplo, sugestões de temas para pesquisa na biblioteca local ou na internet que podem ser repor- tadas ao grupo todo. Damos também ideias para outras atividades que poderão gostar de experimentar.

Ideias para agir

Agir é um objetivo importante da EDH. Queremos dar às e aos jovens as competências para que tomem medidas sobre questões que lhes dizem respeito. Por considerarmos que esta questão é muito importante criámos um capítulo, em separado, sobre o passar à ação, o capítulo 3, e também incluímos ideias para a ação em cada atividade.

Datas importantes

A ONU e muitas outras organizações usam a ideia de um dia de comemoração ou de lem- brança para chamar a atenção do público para diferentes aspetos dos Direitos Humanos. Reunimos mais de noventa datas importantes e sugerimos que as utilizem como marcos à volta dos quais organizar as vossas ações. Por exemplo, um grupo de jovens requerentes de asilo na Dinamarca juntou-se ao núcleo local da Cruz Vermelha Dinamarquesa Jovem que tem um café e realizou um evento público no Dia das Pessoas Refugiadas, a 20 de Junho.

Mais informações

Aqui damos informações adicionais estritamente relevantes para a atividade. Aconselhamos que em todos os casos consultem também o Capítulo 5, onde irão encontrar as informações relevantes para os temas específicos abordados na atividade.

Material para imprimir

São os cartões, fichas e cartões de discussão que vão precisar de fotocopiar. Podem alterá-los à vontade para responder às necessidades do vosso grupo.

3.4 Dicas gerais para a implementação