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Métodos base em que assentam as atividades do Compass

Capítulo 4 – Compreender os Direitos Humanos

1. Introduzindo a Educação para os Direitos Humanos

3.7 Métodos base em que assentam as atividades do Compass

Para implementar as atividades do Compass com sucesso é essencial uma compreensão dos métodos e das técnicas base que as sustentam.

Chamamos aos métodos que usamos “atividades” porque os e as participantes estão ati- vos e ativas mentalmente e, regra geral, também fisicamente. No entanto, são mais do que apenas atividades - algo para fazer para preencher o tempo: têm objetivos educativos claros e podemos usá-los com um propósito. Às vezes, as atividades são chamadas “jogos”, o que implica que as atividades também são divertidas. Infelizmente, algumas pessoas associam a palavra “jogo” às brincadeiras de crianças e esquecem-se do sério valor educativo subjacente aos jogos.

Uma compreensão da metodologia básica irá ajudar-vos muito quando precisarem de adaptar atividades individuais para responder às necessidades das e dos jovens com quem trabalham e quando desenvolverem as vossas próprias atividades. Além disso, quando es- crevemos as instruções de como realizar as atividades, assumimos que as pessoas conhecem e compreendem termos como “trabalho em grupo”, “brainstorming” e “dramatização”. Se- gue-se uma explicação que pode ser útil.

Trabalho em grupo

O trabalho em grupo é a base de muitos dos exercícios, acontece quando as pessoas trabalham juntas, combinam as suas diferentes capacidades e talentos e aproveitam os pontos fortes de cada uma para completar uma tarefa. O trabalho em grupo:

• Incentiva a responsabilidade. Quando as pessoas sentem que são responsáveis pelo que estão a fazer, geralmente comprometem-se com o resultado e têm cuidado para garantir um bom resultado.

• Desenvolve capacidades de comunicação. As pessoas precisam de ouvir para entender o que as outras dizem, precisam de ser sensíveis às ideias dos outros e das outras par- ticipantes e de serem capazes de expressar os seus próprios pensamentos.

• Desenvolve cooperação. As pessoas aprendem que quando estão a trabalhar para um objetivo comum é mais fácil se cooperarem do que se competirem entre elas.

• Envolve a capacidade de tomar decisões. As pessoas aprendem rapidamente que a melhor maneira de tomar decisões é olhar para todas as informações disponíveis e tentar encontrar uma solução que satisfaça a todos e a todas. Alguém que se sente excluído ou excluída do processo de tomada de decisão pode atrapalhar o trabalho do grupo e não honrar as decisões tomadas pelo resto do grupo.

É importante notar que o trabalho em grupo para ser bem-sucedido deve ser orienta- do para tarefas específicas; é preciso que haja uma pergunta clara que precisa de resposta ou um problema que, claramente, requer soluções. Não é produtivo dizer simplesmente às pessoas que “debatam a questão”. Seja qual for o tema, é essencial que o trabalho esteja claramente definido e que as e os participantes estejam focadas e focados em trabalhar para um objetivo que as e os obriga a dar feedback a todo o grupo. Isso não quer dizer que o produto é a única coisa que importa! A verdade é que, trabalhando juntos e juntas, num quadro bem definido, os e as participantes se tornam mais capazes de aprender através do processo.

A maioria das atividades no Compass utiliza trabalho em pequenos grupos na fase de “experiência” (a atividade) e de trabalho com todo o grupo nas fases de “reflexão” e “ge- ne-ralização” do ciclo de aprendizagem (o debriefing e avaliação). O trabalho em pequenos grupos incentiva todos e todas a participar e ajuda a desenvolver o trabalho cooperativo em equipa. O tamanho de um pequeno grupo depende de questões práticas, como quantas pessoas existem no total e quanto espaço está disponível. Um pequeno grupo podem ser duas ou três pessoas, mas pequenos grupos funcionam melhor com seis a oito pessoas. O trabalho em pequenos grupos pode durar 15 minutos, uma hora ou um dia, dependendo da tarefa em mãos.

Brainstorming

O brainstorming, ou chuva de ideias, é uma forma de introduzir um novo assunto, incentivar a criatividade e gerar várias ideias rapidamente. Pode ser usado para resolver um problema específico ou para responder a uma pergunta.

Como fazer um brainstorming:

1. Tomem uma decisão sobre a questão que pretendem debater sob forma de uma sim- ples pergunta ou afirmação.

2. Escrevam a pergunta ou a afirmação num grande pedaço de papel ou numa placa colocada onde todos e todas possam vê-la.

3. Peçam às pessoas para contribuir com as suas ideias. Anotem as ideias sob a pergunta ou declaração. Usem palavras ou frases curtas.

4. Parem o brainstorming quando as ideias estiverem a esgotar-se, em seguida, 5. Percorram as sugestões, solicitando comentários.

6. Em seguida, tirem as conclusões resgatando o que aprenderam de novo e passem para uma atividade ou uma discussão.

As regras do brainstorming:

1. Anotem TODAS as novas sugestões. Muitas vezes, as sugestões mais criativas ou “lou- cas” são as mais úteis e interessantes!

2. Ninguém pode fazer qualquer comentário ou julgamento sobre o que está escrito até o final.

3. Desencorajem a repetição. Se alguém sugerir uma ideia que já está no quadro, agra- deçam e mostrem gentilmente onde já está escrita.

4. Encorajem todas e todos a contribuir

5. Apenas deem ideias vossas, enquanto facilitadores e facilitadoras, se for absolutamen- te necessário para incentivar o grupo.

6. Se uma sugestão não for clara, peçam esclarecimentos.

Escrever na parede

Esta é uma forma de brainstorming. Quem facilita escreve as instruções ou a questão sobre a qual vão fazer um brainstorming, de preferência numa grande parede branca. Aí, em vez de ser o facilitador ou a facilitadora a escrever as sugestões, as e os participantes escrevem as suas ideias em pequenos pedaços de papel (por exemplo, “post-its”) e colam-nos diretamen- te. As vantagens deste método é que as pessoas podem sentar-se e pensar calmamente para si antes de serem influenciadas por ideias das outras pessoas, e os pedaços de papel podem depois ser reposicionados para ajudar a agrupar ideias relacionadas durante a discussão.

O jogo de associação

Esta é uma outra forma de troca de ideias que pode ser usada como quebra-gelo ou como

Tratar das crianças Brinquedos Azul é para meninos Discrimi- nação Salário desigual Cor-de-ro- sa é para meninas Repressão da separação de géneros Escolas segregadas por género Conspiração Expecta- tivas Trabalhar em casa

uma introdução para um debate ou atividade. Os e as participantes sentam-se em círculo e quem facilita começa por dizer uma palavra-chave (uma palavra que escolham e que esteja no cerne do tema que desejam introduzir). Os membros do grupo dão a volta ao círculo, uma pessoa de cada vez, primeiro repetindo a palavra-chave e, em seguida, a primeira pa- lavra que lhes vem cabeça associada à palavra-chave. Outra variante é cada pessoa reagir à palavra que a última pessoa disse.

Atividades de debate

Os debates são parte integrante da EDH, porque através do debate aprende-se a analisar informações, a pensar criticamente, a desenvolver capacidades de comunicação, a partilhar opiniões e a aprender com a experiência, razão pela qual o “debriefing e avaliação” é uma parte essencial de cada atividade.

Há muitas maneiras diferentes de organizar um debate e algumas formas, especialmen- te aquelas que envolvem um certo grau de cooperação e participação, podem justificada- mente ser consideradas como atividades em si mesmas. Debates em pequenos grupos onde as pessoas têm de resolver um problema podem ser consideradas como “atividades” como, por exemplo, “Só um minuto”, na página 199 e “Vamos falar de sexo” (página 211). Não pre- cisamos reforçar que após a “atividade de debate”, as pessoas ainda vão passar pela fase do debriefing e avaliação do que aprenderam!

Os debates em grande grupo

Grupos Buzz

Este é um método útil se não estão a brotar ideias num debate com o grupo todo. Peçam às pessoas para debater o tema em pares ou em pequenos grupos por alguns minutos e, em seguida, para partilhar as suas ideias com o resto do grupo. O ambiente recomeça a zumbir com as conversas e as ideias a esvoaçar como abelhas!

O exercício de afirmação

Esta técnica permite que as e os participantes expressem uma opinião sem necessariamente ter de se justificar. É uma forma suave de incentivar as pessoas a serem autoconfiantes o suficiente para partilhar as suas opiniões.

Preparem algumas afirmações (4-6 devem ser suficientes) sobre um tema ou temas que pretendem explorar com o grupo. Façam dois cartazes, “concordo” e “não concordo”, e coloquem-nos no chão a cerca de 6-8 metros de distância. Se quiserem, podem colocar uma corda ou fita adesiva no chão entre os dois sinais para simbolizar a continuidade entre os dois extremos de opinião.

Leiam uma das afirmações preparadas e peçam às e aos participantes para se posiciona- rem entre os dois extremos de acordo com a sua opinião; quem está indeciso pode ficar no ponto central. Convidem os e as participantes, se o desejarem, a explicar por que estão onde estão. Incentivem as pessoas a mudar a sua posição ao longo da linha se mudarem de opinião, como resultado dos argumentos que ouviram de outras pessoas.

Há uma variante chamada “pontos de vista”. Façam quatro cartazes para pôr nas quatro paredes da sala: “Eu concordo”, “Eu discordo “,” Eu não sei” e “Eu quero dizer algo”. Como no exercício anterior, as pessoas posicionam-se de acordo com a sua resposta e podem mudar de posição a qualquer momento.

Aquário

Este método é uma maneira útil de fazer com que os membros do grupo comecem a dirigir os seus comentários uns para os outros, em vez de para quem está a facilitar. Convidem al- gumas pessoas - de preferência entre 4 a 6 - a sentarem-se juntos num pequeno círculo no meio da sala para discutir um tema, enquanto o resto do grupo fica do lado de fora e ouve “os peixes no aquário”. Quando alguém entre os observadores e as observadoras pretende contribuir para o debate, vem para a frente e posiciona-se atrás de um ou de uma dos “pei- xes”. Este “peixe” deve ceder o seu lugar e juntar-se ao grupo exterior.

Existem várias vantagens de utilizar este método, sendo a principal delas que os e as participantes têm controlo sobre o debate na medida em que uma pessoa pode vir para a frente para falar quando se decidir, mas também outros membros do grupo podem blo- quear alguém que está a fazer longos discursos ou a repetir-se, forçando-os a trocar de lugar.

Debates

Os debates tradicionais são úteis, especialmente numa sala de aula onde há menos possibi- lidades de utilização de outros métodos de discussão. Se toda a turma estiver a discutir, por exemplo, “Esta turma acredita que os Direitos Humanos são uma invenção ocidental e não universal”, então deixem um ou uma estudante ser o ou a presidente, em vez do professor ou da professora.

Outra forma de debate é criar um painel de debate onde vários “especialistas” são convidados e convidadas pelo público a responder a perguntas. Esta é uma boa maneira de fornecer informações, incentivando as interrogações, permitindo que as pessoas explo- rem diferentes pontos de vista e demonstrem que os Direitos Humanos são complexos, por exemplo, dando as cartas da atividade “O povo Makah e a caça às baleias” (página 215) a oito voluntários ou voluntárias (duas pessoas para representar cada uma das quatro organizações em disputa). Estas oito pessoas usam os cartões para preparar as suas posições e, em seguida, sentam-se no painel para responder a perguntas e discutir os seus pontos de vista com o resto da turma. No final, a turma pode fazer uma votação sobre se a indústria baleeira deve ser proibida ou não.

Debates em pequenos grupos

As atividades de debate são muitas vezes melhores quando realizadas em pequenos grupos, porque assim todos e todas têm mais hipóteses de contribuir: não só as pessoas se sentem mais confiantes para se expressarem em pequenos grupos, como cada pessoa tem à sua disposição mais tempo para falar.

As atividades de debate implicam algum material de estímulo, geralmente apresentado em cartões, incluindo, por exemplo, itens das notícias televisivas, cartazes, cartões de instru- ções, estudos de caso e imagens. Ao preparar o material de estímulo é importante pensarem sobre os vossos destinatários e as vossas destinatárias e evitarem a inclusão de informações que podem causar ofensa ou ser demasiado pessoais. Também têm de ter em mente o nível de capacidade de leitura dos grupos mais jovens, e as capacidades de linguagem se estiverem a trabalhar com um grupo multicultural; nestes casos mantenham a linguagem simples. As informações sobre os cartões devem ser tão curtas quanto possível, de preferência 2-8 linhas e meia folha A4 como máximo.

AAA BBB CCC

Esta é uma técnica muito útil quando se quer que as pessoas desenvolvam o seu conheci- mento e entendimento sem que alguém as “ensine”. Trabalha-se em pequenos grupos para desenvolver os conhecimentos sobre um aspeto de um tópico e, em seguida, os grupos partilham os seus conhecimentos entre si.

Preparem um cartão de afirmação ou de pergunta para cada grupo sobre um assunto que desejam trabalhar, sendo que cada grupo deve trabalhar um aspeto diferente do mesmo problema.

Façam com que os e as participantes formem três pequenos grupos; um grupo é o gru- po A, o segundo é o grupo B e o terceiro é o grupo C. Deem a cada grupo um período de tempo acordado para discutir a questão ou problema. Em seguida, reagrupem-nos de modo a que cada um dos novos grupos contenha um membro de cada um dos grupos originais; noutras palavras, os novos grupos são constituídos por ABC, ABC e ABC. Deem aos grupos ABC a tarefa de resolver um problema ou chegar a um consenso que requer a contribuição de cada membro.

Afirmações num chapéu

Esta técnica é uma forma sensível para introduzir um tema, para que as pessoas falem ou gerem ideias. Façam alguns cartões de afirmação ou de pergunta e coloquem-no num chapéu que depois ou é passado de mão em mão pela roda ou é colocado no meio do círculo com- posto pelos e pelas participantes. Peçam às pessoas para tirar um cartão à vez e comentar.

Em vez de a facilitadora ou o facilitador fazer os cartões, poderá pedir aos e às parti- cipantes para que façam o seu próprio cartão de afirmação ou pergunta. Desta forma, as perguntas podem ser colocadas ao grupo de forma anónima, o que é útil quando a discussão é sobre questões que podem ser sensíveis.

Ranking

Esta é uma atividade de discussão útil quando se quer estimular um debate focado em pequenos grupos. É preciso um conjunto de cartas de instrução (entre nove a doze) para cada grupo. Selecionem declarações simples relacionadas com o tema que gostariam que as pessoas debatessem e escrevam uma afirmação em cada cartão.

Os grupos debatem as afirmações e tentam chegar a um consenso sobre a ordem de importância, o que pode ser feito usando o sistema de escada ou de diamante: no ranking de escada a declaração mais importante é colocada na parte superior, a seguinte em importân- cia por baixo dessa, e assim por diante, até a declaração menos importante que fica na parte inferior; no ranking de diamante são precisos nove cartões de afirmação. As e os participan- tes negoceiam sobre qual é a afirmação mais importante, e em seguida quais são as duas que lhe seguem em termos de importância, depois as três afirmações de importância moderada e assim por diante, como mostrado no diagrama. Como as questões raramente são claras, o ranking de diamante é muitas vezes um método mais adequado do que o ran-king simples de escada. O ranking do diamante é menos artificial e, portanto, mais aceitável para os e as participantes. Também dá melhores oportunidades para construir consenso. Uma variação deste método de ranking pode ser desenvolvida, escrevendo oito dos nove cartões de afir- mação, deixando, no entanto, um cartão em branco para que os próprios grupos escrevam uma afirmação. Classificação em diamante Mais importante Menos importante Género Trabalho Educação Saúde Classificação em escada

Os estudos de caso

Os estudos de caso são curtas “histórias” sobre pessoas e acontecimentos que ilustram um problema. Tal como os cartões de afirmação, são ferramentas úteis para a apresentação de informação de uma forma não-didática e também são valiosos porque criam uma distância entre os e as participantes e o problema, o que torna a discussão do tema menos ameaça- dora. Por exemplo, se há rufias no grupo onde se pretende resolver o problema, pode-se apresentar uma história sobre o bullying que contém paralelismos com a situação real. As e os participantes leem a história do caso, analisam o problema e tentam dar sugestões para resolver o problema.

Teatro

Explorar ideias e questões através do teatro pode proporcionar às pessoas um escape para emoções, pensamentos, sonhos e criatividade que poderiam ser incapazes de expressar. O teatro envolve a pessoa como um todo, a cabeça, o coração e as mãos e, por isso, envolve não só o intelecto, mas também os sentidos e as emoções, tornando-se uma ferramenta poderosa. Além disso, o teatro é uma técnica muito eficiente, pois coaduna-se com todos os estilos de aprendizagem, por estimular participantes de uma forma auditiva, visual, cinesté- sica ou tátil.

Fazer o debriefing é especialmente importante depois de atividades baseadas em alguma forma de teatro, incluindo peças e simulações ou dramatizações. Quem atua pode precisar de tempo para sair do papel antes de continuar a discutir os seus sentimentos e as razões que o ou a levaram a agir como agiu.

Role play

O role play é uma pequena dramatização encenada pelos e pelas participantes. Embora as e os participantes se baseiem nas suas próprias experiências de vida para fazer a dramatização de uma situação, quando se faz role play quase tudo é improvisado. O role play pode me- lhorar a compreensão de uma situação e incentivar a empatia para com as pessoas que são retratadas, permitindo também que as pessoas experimentem situações desafiadoras, mas num ambiente seguro.

O role play deve ser usado com sensibilidade. Em primeiro lugar, é essencial que as pes-

soas tenham tempo no final para sair do papel. Em segundo lugar, todas as pessoas precisam de respeitar os sentimentos das outras e a estrutura social do grupo; por exemplo, um role play sobre pessoas com deficiência deve ter em conta o facto que alguns ou algumas par- ticipantes poderem ter alguma deficiência (talvez não visível) ou poderem ter familiares ou pessoas amigas próximas com deficiência: nenhum participante e nenhuma participante deve sentir-se magoado ou magoada ou marginalizado ou marginalizada nem deve ser forçado ou forçada a expor-se. Se isso acontecer, é preciso atuar seriamente, pedir desculpa e explicar a situação.

Para além disso, é preciso ter-se muita consciência dos estereótipos, uma vez que o

role play tira partido do que os e as participantes pensam das outras pessoas através da

sua “capacidade” de brincar ou imitá-las. É também isso que faz com que estas atividades sejam muito divertidas! É útil perguntar, na fase de debriefing: “Acham que as pessoas que representaram são realmente assim?” É sempre educativo consciencializar as pessoas sobre a necessidade de rever constantemente a informação de forma crítica; perguntem às e aos participantes onde obtiveram a informação sobre a qual basearam o desenvolvimento da personagem.

Simulações

As simulações podem ser vistas como um role play estruturado e prolongado (não envolvem o mesmo grau de improvisação) que levam os e as participantes a situações e funções desco- nhecidas, por exemplo, a sala do tribunal na atividade “Acesso aos medicamentos” (Página 87) está definida e mapeada, e os e as participantes recebem informações detalhadas so- bre os papéis que desempenham. As simulações exigem um elevado nível de envolvimento emocional e capacidade intelectual, especialmente para os jogadores e as jogadoras que têm de argumentar a partir de um ponto de vista com o qual, pessoalmente, discordam.

Teatro Fórum

O Teatro Fórum é uma forma interativa de teatro que incentiva a interação com o público e explora diferentes opções sobre como lidar com um problema ou questão. O teatro fórum (também conhecido como Teatro de Boal, “Teatro do Oprimido” ou “Teatro para o Desen- volvimento”) foi criado no início de 1970 por Augusto Boal, que queria capacitar as suas