Transmissão PET
4.4 Dimensionamentos dos Sistemas
4.4.1 Dimensionamento do Sistema de Referência RS t
CENS e RI
t
CENS , os quais são decorrentes das energias não supridas inerentes às
confi-gurações evolutivas, e os respectivos índices de confiabilidade I
t IC e RI
t IC .
4.4 Dimensionamentos dos Sistemas
seguir são apresentadas as tarefas necessárias para definição das configurações evolutivas do sistema RS t S , dos sistemas I t S e do sistema RI t S . As fundamenta-ções teóricas contidas neste capítulo correspondem às Tarefas c e d indicadas na Figura 4.2.
4.4.1 Dimensionamento do Sistema de Referência
RS tS
onforme vislumbrado e indicado na Figura 4.3, o primeiro passo para aplicação da ABTI, consiste em gerar uma rede de transmissão de referência e determinar os custos incorridos pelas concessionárias (custos de investimentos mais perdas ativas), os custos incorridos pelos consumidores, os quais são decorrentes das energias não supridas inerentes às configurações evolutivas, e os respectivos índices de confiabilidade.
Como o principal objetivo da ABTI é otimizar a seqüência de adições de reforços de transmissão ao longo do período de planejamento, a partir do sistema de referência, a AB-CA será utilizada para o seu dimensionamento. Como resultado da execução das tarefas contidas nesta abordagem determinística, emerge o sistema de referência superior - RS
t S , traduzido em termos de:
 Anos em que são realizadas as adições de reforços (linhas de transmissão e a-créscimos nas capacidades de transformação das principais subestações);
 Custos de investimentos e perdas ativas, associados às configurações evolutivas. Em termos práticos, a análise de síntese resume-se em dimensionar as configurações evolutivas deste sistema pelo processo determinístico tradicional, porém realizando uma análise de confiabilidade, em adição as contidas na ABCA:
 Tarefa FPCN – Fluxo de Potência em Condição Normal;
 Tarefa DINA – Análise Dinâmica Permanente e Transitória;
 Tarefa TRAN – Análise de Transitórios Eletromagnéticos;
 Tarefa ECON – Análise Econômica (inclui os custos das interrupções).
A
As configurações evolutivas do sistema RS
t
S assim dimensionadas, isto é, para supor-tar a perda de qualquer um de seus elementos sem cortes de carga, apesar de apresenta-rem elevados níveis de confiabilidade, apresentarão inevitáveis sobrecustos de investimen-tos provocado pelo excesso de reserva de capacidade, em relação a rede de transmissão que, hipoteticamente, seria obtido caso fosse otimizada a sua reserva de capacidade.
Além destes tipos de sobrecustos, manter os componentes do sistema RS
t
S em níveis elevados de disponibilidade requer uma estrutura de manutenção adequada que pode ser limitada pelo alto custo envolvido e pela expectativa de penalidade dos agentes transmisso-res por indisponibilidades dos reforços.
Em seguida realiza-se a tarefa CONF (inclui a tarefa FPCE) para produzir os valores dos índices LOLP, LOLE, LOLF, EPNS, EENS, XLOL e EIR, associados às configurações evolu-tivas do sistema RS
t S .
4.4.1.1 Reserva de Capacidade do Sistema de Referência
RSt S
Figura 4.4 ilustra o efeito do critério de dimensionamento da reserva de capaci-dade RS
t
RT pelo critério “N-1” componentes da rede, para atender a perda de qualquer um dos componentes da rede, considerando seis adições de reforços. Nesta figu-ra, cada degrau corresponde a uma ou mais adições de reforços, onde o tamanho do de-grau representa uma capacidade adicionada à rede ao longo do período de análise.
C T 2 C T1 C T 4 C T3 C T5 C T6 C Tt ou Dt Período F unç ão D e m a nd a - Dt
Período de E xcesso de R eserv a d e
C ap acid ad e – R TtR S em C o ntingê nc ia
t3
t2 t4 t5 t6 t7 C ap acid ad e de
T rans m iss ão A dicio nad a – C TtR S
t1
Figura 4.4: - Ilustração Gráfica de RS
t
RT e RS
t
CT pelo Critério “N-1”
Observa-se nesta figura que, enquanto a função da Demanda de energia - Dt, não li-near no tempo, aumenta de forma contínua e gradual, a função Capacidade de Transmissão do Sistema Superior - RS
t
CT , linear no tempo, aumenta em degraus ao longo do período.
Considerando que as adições dos reforços à rede de transmissão são realizadas de forma intermitente, ou seja, que são definidas em função do nível de confiabilidade estabe-lecido a priori, o nível de Reserva de Capacidade de Transmissão do Sistema Superior -
RS
t
RT e em conseqüência a confiabilidade da rede resultante das adições é função, não só de definir o Que e Onde adicionar novos reforços, mas também de Quando instalar, ou seja, é função do parâmetro tempo - t.
Em razão do exposto e dado que o nível de confiabilidade mínimo aceitável é estabe-lecida a priori, através do critério “N-1”, o montante de reserva de capacidade do sistema
RS
t
S relaciona-se com a função da demanda de energia - Dt, não linear no tempo, e a
capa-cidade de transmissão RS
t
CT , linear no tempo, através da seguinte expressão:
) D t CTt , ( f RT t RS RS# (4.1)
Como indicado pela área sombreada da figura, fica bastante evidente que este critério de dimensionamento conduz a períodos de tempos onde se verificam excessos de reservas de capacidades de transmissão, em condições normais de operação, indicando, claramente, elevadas ociosidades temporárias nos valores da função RS
t
CT , ou seja, RTtRS !0.
Uma vez que a área sombreada, definida pela região entre as curvas das funções
RS
t
CT e Dt, representa o excesso de capacidade, então o montante de RS
t
RT fica estabeleci-do pela seguinte integral:
0 dt i t i t ) t D 1 t (CT t RTRS # ³ RS ! (4.2)
Como cada variação incremental efetuada na capacidade da rede afeta o montante de
RS
t
RT , para atendimento a demanda de energia no ano “t” em análise, e os níveis de
inves-timentos futuros- RS
t
CINV realizados no sistema RS
t
S , a capacidade de transmissão RS
t CT de cada configuração evolutiva pode ser expressa através da seguinte função:
) CINV t ( CT t RS RS#f (4.3)
Os fatos acima discutidos se constituem em fortes argumentos para que se otimize a confiabilidade da rede e, conseqüentemente, a seqüência de adições de reforços previstos para este sistema de referência superior.