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Capítulo n Introdução

1.1 Estrutura Emergente no Setor Elétrico

indústria de energia elétrica, a partir dos anos 70, e mais intensamente na dé-cada de 80, vem passando por um processo de reestruturação em diversos paí-ses do mundo. Em alguns paípaí-ses, como o Chile e a Inglaterra (ambos na década de 80), a Finlândia (em 1992), a Noruega (em 1992), Argentina (em 1992), estas reformas já foram implementadas e em outros, como no Brasil, o processo de reforma foi iniciado em 1995 e está sendo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia - MME.

De modo geral, estas reformas diferem em ritmo e intensidade de acordo com a rea-lidade de cada país, em função de aspectos como recursos naturais, tradição institucional e estilos de política e têm por objetivo alcançar uma maior eficiência de longo prazo no setor.

As ações mais expressivas adotadas para alcançar este propósito têm sido através da introdução da competição no segmento de Geração de energia elétrica, como forma de reduzir os custos de produção de energia elétrica.

Já a expansão do segmento de Transmissão de energia elétrica, no qual é permitido o livre acesso ao sistema de transmissão, e devido a sua característica de monopólio natu-ral, será conduzida em um ambiente fortemente regulado pelo Governo Federal, para permitir que o consumidor final se aproprie de parte dos ganhos de produtividade advindos da reforma industrial.

Na nova indústria de eletricidade brasileira, entre as entidades emergentes inclui-se o Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão do Sistema Elétrico – CCPE, criado pela Portaria N0 156 do MME de 10/05/1999 com as seguintes responsabilidades relacionadas com a rede básica de transmissão:

 Desenvolvimento do Planejamento Determinativo da Transmissão – PDT, no hori-zonte de planejamento de médio prazo – HPMP, e do Planejamento Indicativo da Transmissão – PIT, no horizonte de planejamento de longo prazo - HPLP. A na-tureza deste planejamento é normativa, significando que a expansão do parque gerador tem caráter indicativo;

 Definição dos encargos de uso da rede de transmissão, como elementos indutores da localização das novas fontes de geração de energia elétrica.

1.1.1 Estrutura Organizacional da Nova Indústria

s Figuras 1.1, 1.2 e 1.3 apresentadas a seguir ilustram, de forma esquemática e simplificada, o inter-relacionamento do CCPE com as outras entidades da nova indústria de energia elétrica, indicando os ambientes: estratégico, indicativo e determinati-vo, e onde se inserem as atividades do PDT e do PIT. As novas entidades e atribuições são:

 ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica

È o agente regulador federal do setor elétrico brasileiro, com a atribuição de supervi-sionar a implementação de um mercado competitivo na nova industria de eletricidade, e foi criada em 1996 para substituir o antigo Departamento Nacional de Energia Elé-trica - DNAEE.

A diferença fundamental entre estes dois órgãos reside no fato de que a ANEEL tem recursos e pessoal próprio, enquanto o DNAEE dependia da cessão de técnicos das empresas do setor elétrico.

Tal como a CCPE, a ANEEL também está subordinada ao MME, através da Secretaria de Minas e Energia - SME, enquanto seu conselho de administração é composto dos representantes das empresas de geração, transmissão e distribuição.

A ANEEL é responsável por adjudicar contratos de implementação de adições de re-forços de transmissão, os quais recaem em uma das seguintes classificações:

9 Concessão – Quando o projeto de transmissão pertence ao programa normativo, e pode ser oferecido à concorrência pública geral;

9 Autorização – Quando o projeto de transmissão faz parte do PIT ou é outorgado a uma concessionária com uma área de licenciamento, sem concorrência pública;

9 Permissão – Quando o projeto de transmissão não pertence, necessariamente, ao programa normativo, mas a permissão de implantação é dada, apenas em casos excepcionais.

 MAE – Mercado Atacadista de Energia

Foi criado pela Lei N0. 9648 de 27/05/1998 e regulamentado pelo Decreto N0. 2655 de 02/07/1998. É um órgão independente e tem a responsabilidade da operação em grande escala do mercado de energia elétrica.

Atualmente, os seus membros estão desenvolvendo as regras de mercado de energia, sendo que os contratos de mercado terão suas operações comerciais iniciadas em 2002. Até esta data, os contratos de mercado energia existentes entre as empresas continuam em vigor.

 ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico

Foi estabelecido em 1998 e assumiu as responsabilidades operativas de toda a rede básica brasileira com nível de tensão igual e superior a 230 kV em março de 1999 com a entrada em operação da interligação Norte-Sul, na tensão nominal de 500 kV. Tem, também, como atribuição sugerir ao CCPE melhorias para a rede básica, basea-das na sua experiência operativa de curto prazo basea-das redes de transmissão do país.

Avaliação das Propostas de Novas Fontes de Suprimento Empreendedores/CCP E Planejamento Indicativo da Expansão Planejamento Indicativo da Expansão

Plano de Longo Prazo Diretrizes GovernamentaisDiretrizes GovernamentaisPlano de Longo Prazo

CCPE CCPE Plano Indicativo de Geração Plano Indicativo de Geração CCPE Manifestação do Mercado Empreendedores Plano Indicativo da Transmissão Plano Indicativo da Transmissão CCPE AMBIENTE ESTRATÉGICO AMBIENTE INDICATIVO

Avaliação das Propostas de Novas Fontes de Suprimento Empreendedores/CCPE Planejamento Indicativo da Expansão Planejamento Indicativo da Expansão

Plano de Longo Prazo Diretrizes GovernamentaisDiretrizes GovernamentaisPlano de Longo Prazo

CCPE CCPE Plano Indicativo de Geração Plano Indicativo de Geração CCPE Manifestação do Mercado Empreendedores Plano Indicativo da Transmissão Plano Indicativo da Transmissão CCPE

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e Envio à ANEEL MME

Programa Determinativo da Transmissão Programa Determinativo da Transmissão CCPE Acompanhamento do Programa de Obras de Geração e Transmissão Proposta de Ampliações e Reforços Proposta de Ampliações e Reforços ONS Solicitação de Acesso Acessantes

Avaliação das Solicitações de Acesso ONS MME Plano Indicativo da Transmissão Plano Indicativo da Transmissão CCPE AMBIENTE INDICATIVO

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e Envio à ANEEL MME

Programa Determinativo da Transmissão Programa Determinativo da Transmissão CCPE Acompanhamento do Programa de Obras de Geração e Transmissão Proposta de Ampliações e Reforços Proposta de Ampliações e Reforços ONS Solicitação de Acesso Acessantes

Avaliação das Solicitações de Acesso ONS MME Plano Indicativo da Transmissão Plano Indicativo da Transmissão CCPE AMBIENTE DETERMINATIVO

Figura 1.2: Ambiente Indicativo - Inter-relacionamento do CCPE com os Agentes

AMBIENTE DETERMINATIVO

Autorização para Implantação das Obras de Transmissão

ANEEL

Licitação das Concessões de Transmissão

ANEEL

Definição da Modalidade

ANEEL

Programa Consolidado de Licitação e Autorização de Obras de TransmissãoAutorização de Obras de TransmissãoPrograma Consolidado de Licitação e

MME

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e envio à ANEEL

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e envio à ANEEL MME

Definição das Características Básicas das Instalações a Serem

Licitadas

CCPE AMBIENTE DETERMINATIVO

Autorização para Implantação das Obras de Transmissão

ANEEL

Licitação das Concessões de Transmissão

ANEEL

Definição da Modalidade

ANEEL

Programa Consolidado de Licitação e Autorização de Obras de TransmissãoAutorização de Obras de TransmissãoPrograma Consolidado de Licitação e

MME

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e envio à ANEEL

Compatibilização da Proposta de Ampliações e Reforços com o Programa Determinativo da

Transmissão e envio à ANEEL MME

Definição das Características Básicas das Instalações a Serem

Licitadas

CCPE