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XI DIREITO DE FAMÍLIA

1. Casamento: É a união civil entre homem e mulher de conformidade com a lei.

A fim de estabelecerem plena comunhão de vida. - Casamento é gratuito: A Celebração.

- Habilitação, Registro e a 1ª certidão devem ser pagos. Salvo se a pessoa se declarar pobre, e então terá a gratuidade total.

Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A

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a) Habilitação: É o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar a

regularidade de um casamento pretendido realizado no Cartório de Registro Civil das pessoas naturais no domicílio de qualquer um dos nubentes.

1ª Os nubentes assinam um requerimento e juntam documentos (RG e Certidão de Nascimento).

2ª O oficial publica os editais – Proclamas que serão fixados pelo prazo de 15 dias na porta do cartório do domicílio dos nubentes.

3ª É emitida uma certidão de habilitação, esta terá um prazo de 90 dias, o qual é absolutamente improrrogável.

Obs.: A celebração poderá ser realizada em qualquer lugar do país, desde que

respeitada à autoridade local.

Objetivo da Habilitação: verificar a capacidade matrimonial dos nubentes

(idade). A idade núbil ocorre a partir dos 16 anos de idade para o homem e para a mulher.

a1) Capacidade matrimonial - Idade para se casar - 18 anos ou mais: não é necessário autorização.

- 16 ou 17 anos: a capacidade matrimonial é limitada, pois a pessoa precisa de

autorização dos pais.

Se houver divergência ou recusa injusta por parte dos pais, o menor poderá requerer ao juiz o suprimento judicial da vontade dos pais.

- Menor de 16 anos: Excepcionalmente poderá se casar. Hipóteses: 1ª Gravidez,

2ª Evitar o cumprimento de pena – Art. 1520, CC/02.

Crimes contra os costumes: Ação Penal Privada – Permite o Perdão expresso /

tácito, o qual extingue a punibilidade. Sendo permitido o casamento. No caso de Ação de natureza penal pública o perdão não extingue a punibilidade.

a2) Inexistência de Impedimentos: Art. 1521, CC/02 – Proíbem a celebração do

casamento:

- Resultante de parentesco: incisos I ao V - Resultante de vínculo:

- Resultante de crime: inciso VII

Ocorrendo o casamento com a violação de qualquer das hipóteses do art. 1521, será considerado um casamento nulo.

a3) Inexistência de causas suspensivas – Art. 1523, CC/02.

Não geram a nulidade nem a anulabilidade, visam apenas coibi-lo impondo uma sanção de caráter patrimonial é a imposição do regime da separação obrigatória de bens.

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Pater is est: Essa presunção refere-se a todo filho de mulher casada tem como

pai presumido o marido desta mulher.

Atenção: Em todas as hipóteses de causas suspensivas as partes poderão

requerer ao juiz que deixe de aplicar a sanção provando inexistência ou impossibilidade de confusão patrimonial ou de sangue.

3.2. Separação: Faz cessar o direito de família. Ela pode ser litigiosa ou

amigável

A separação pode ser litigiosa ou amigável.

a) Separação Litigiosa: Somente é possível através de procedimento judicial. Ela

é dividida em três modalidades.

a1) Separação Sanção: É aquela em que um dos cônjuges acusa o outro de grave

violação dos deveres conjugais tornando-se insuportável a vida em comum. → é nessa separação que os bons querem provar a culpa.

→ atualmente a entendimento de que os juízes não estão obrigados a declarar quem foi culpado pela separação. Não se aponta o responsável.

→ Toda modalidade de separação tem um prazo específico.

IPC: A separação sansão é a única espécie que não há prazo mínimo para pedir a

separação.

a2) Separação Remédio (art. 1572 §2º CC): É aquela que é feita por causa de

alguma doença, ou seja, é aquela em que um cônjuge acusa o outro de estar acometido de grave doença mental e de cura improvável.

→ prazo mínimo de 2 anos para requerer a separação.

→ o cônjuge que pedir a separação remédio, perde todas as vantagens patrimoniais havidas com o casamento (§3º).

Obs: O CC/02 revogou a cláusula de dureza que existia no CC/16

a3) Separação Falência (art. 1574 CC): É aquela que decorre da separação de

fato do casal há pelo menos 1 ano.

b) Separação amigável ou consensual: Quando casal quer se separar por

qualquer motivo. Existem dois requisitos. A Separação consensual (acordo) ou temporal.

→ Para requerer a separação consensual o casal tem que ter pelo menos um ano de casamento.

→ a separação amigável pode ser prejudicial ou extrajudicial.

→ o procedimento judicial é obrigatório quando o casal tem filhos menores e incapazes.

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36 → o procedimento extrajudicial nunca será obrigatório. Ele é realizado no cartório de notas onde é lavrada a escritura pública que tem os mesmos efeitos da separação judicial.

Obs: Não cabe execução com pena de prisão no procedimento extrajudicial. Só

cabe execução de penhora.

3.3) Divórcio: O divórcio Poe fim ao vínculo matrimonial, permitindo novo

casamento.

Obs: Nunca se discute culpa no divórcio. O requisito para o divórcio em todas as

suas modalidades é tão somente temporal.

Espécies de Divórcio:

a) Divórcio Direto: É aquele que independe de prévia separação. O requisito é

apenas o prazo de 2 anos separado de fato.

b) Divórcio Indireto ou Conversão: É aquele que tenta converter a separação

em divórcio com isso acontece 3 hipóteses

b1) Após 1 ano do transito em julgado da sentença de separação judicial; b2) Após 1 ano da escritura pública de separação; e,

b3) Após 1 ano da liminar de separação de corpus (da data de efetivação da

medida liminar)

Linha do Tempo

30 dias 4 anos 5 anos

├───────┼────────┼─────────┤

1 2 3 4

Liminar TJ

1- Medida cautelar de separação de corpus; 2- Ação principal. Separação Sanção.

3- Sentença 4- Acordo

IPC: A petição de divórcio indireto é uma petição simples logo após o

deferimento da liminar, provando que tem mais de um ano da separação e pede o divórcio, tornando assim o processo mais célere não demorando tanto tempo quanto poderia terminar extinguindo o processo pela perda superveniente do processo.

5. Regime de Bens (Art. 1639 CC)

É o estatuto que regula as relações patrimoniais entre pessoas casadas ou que vivem em união estável. Existem três aspectos:

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37 1º Meação = Regime de Bens – Direito de Família

2º Herança = sucessão – Direito das Sucessões

a) Escolha do Regime de Bens: É feita através de casamento e união estável. a1) Casamento: Acontece o Pacto Antenupcial feito através de Escritura Pública.

O requisito de validade é a Escritura Pública. Quando não se segue a solenidade o Negócio Jurídico é nulo, sua Eficácia inter partis tem como requisito a celebração do casamento.

→ Na eficácia erga omnes tem que registrar no cartório de Registro de Imóveis.

a2) União Estável: é feita através de Contrato de Convivência. É o contrato para

escolher o regime de bens na união estável. Ele tem forma livre, é feito da forma que as partes querem.

Sua eficácia é erga omnes, tendo que ser registrado no cartório de títulos e documentos.

Obs: Não deve ser confundido com Contrato de Namoro que tem por objetivo

afastar o reconhecimento da união estável (o contrato de namoro é nulo).

b) Omissão no Regime de Bens:

→ Seja no casamento ou na união estável, será aplicado o regime legal (comunhão parcial de bens)

c) Alteração do Regime de Bens:

→ A regra para este tipo de regime é a multabilidade.

c1) No Casamento não se pode fazer um novo pacto e sim uma Ação Judicial de

jurisdição voluntária, ou seja, o processo não tem lide e sim ter um absoluto consenso entre os cônjuges ou justo motivo ou inexistência de prejuízo de terceiro.

c2) Na União Estável a alteração do regime de bens se da através de um novo

contrato de convivência. Para ter eficácia perante terceiro tem que ser registrado.

6. Notas Explicativas dos Regimes de Bens:

a) Regime da Comunhão Parcial: Regime obrigatório

- Neste regime os Bens Aquestos (são os bens adquiridos na constância do casamento) se comunicam.

Ex: Casado há 7 anos e antes de casar tinha um casa. Na constância do

casamento adquire um apartamento. Em caso de separação o apartamento é dividido.

- Não entram na comunhão os bens adquiridos antes do casamento. - Os bens adquiridos por herança não entram na comunhão.

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38 - Os bens adquiridos por doação não entram na comunhão.

Sub-rogação art 1659, I CC (Substituição)

- A sub-rogação pode ser real ou parcial. Substituição é sinônimo de sub-rogação. * Real - Coisa

* Pessoal - Pessoa

Ex1: Num contrato de locação o locatário morre. A esposa substitui o locatário. Ex2: Substituindo um bem particular não entra na comunhão, se for bem comum

ele entra na comunhão.

Obs 1 .: Na dúvida o bem comunica.