Conceito: é o juízo de reprovação que recai sobre o autor do fato típico e
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!
129
Elementos:
1º Imputabilidade é um elemento relacionado à capacidade psicológica.
_ Inimputáveis: • Menor – Art. 27, • Embriaguez – Art. 28, • Doente mental – Art. 26.
Obs.: Emoção e Paixão não excluem a culpabilidade. 2º Potencial conhecimento da ilicitude
a) Erro de Proibição – Art. 21
3º Exigibilidade de conduta diversa
a) Coação moral – Art. 22
b) Obediência hierárquica – Art. 22
*Inexigibilidade de conduta diversa (causa supralegal – não está previsto em
lei).
3º Excludentes de culpabilidade: são excludentes de culpabilidade são também
“dirimentes” ou de “exculpantes”. Seu efeito é isentar o réu de pena.
1. Menoridade – Art. 27, CP e – Art. 228 da CF/88. a) Conceito: menor de 18 anos.
- Como o Código aplica a Teoria da Atividade, no caso do menor, leva-se em consideração a idade do momento em que cometeu o crime.
- Ocorre no 1º minuto do dia do 18º aniversário. - O critério é puramente biológico.
b) Conseqüência
O menor de 18 é inimputável e será isento de pena, poderá sofrer uma medida sócio educativa. O maior de 21 é imputável. A menoridade relativa é aquela entre os 18 e os 21.
– Art. 65, trata-se de uma atenuante.
- Art. 115 prazo prescricional é cortado pela metade. - Menoridade absoluta – isenta de pena.
- Menoridade relativa é uma atenuante
- Maioridade senil de 70 anos na data da sentença – isento de pena.
2. Embriaguez – Art. 28 do CP
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!
130 - Caso tratar-se de “drogas” ilícitas, o fundamento será o artigo 45 da
11.343/06.
- Critério biopsicológico.
a) Embriaguez Não acidental:
Preordenada é aquela em que o agente se embriaga para cometer o crime -
aplica-se a pena normalmente + agravante.
Voluntária o agente se embriaga porque deseja - aplica-se a pena normalmente. Culposa o agente se embriaga por imprudência - aplica-se a pena normalmente. Conseqüência: não exclui a imputabilidade, pois o Brasil adota a teoria a “actio
libera in causa” (ação livre na causa). Assim aplica-se a pena normalmente.
b) Embriaguez Acidental ocorre quando houver caso fortuito ou força maior. Completa _ exclui a imputabilidade _ isenta de pena.
Incompleta _ causa diminuição da pena de 1/3 a 2/3.
ATENÇÃO: Embriaguez Patológica – é isento de pena, mas será submetido a
tratamento.
Obs.: A lei de drogas prevê a isenção de pena no caso da ingestão acidental,
caso fortuito ou força maior, quando da ingestão resultante de dependência.
3. Doença Mental – Art. 26, CP.
a) Conceito: doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
É toda patologia mental grave.
- Desenvolvimento mental retardado – Oligofrenia (idiotia, imbecilidade e a debilidade mental).
- Desenvolvimento mental incompleto: Surdo-mudo (sem capacidade de entendimento), Silvícola inadaptado. O critério é biopsicológico.
b) Conseqüências:
Inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato:
- Exclui a imputabilidade - Exclui a culpabilidade
- Isenta de pena (sofre medida de segurança).
Não era inteiramente incapaz (semi-imputável)
- Reduz a pena e 1/3 a 2/3
- Pode ser substituída por medida de segurança (sistema vicariante: o juiz pode aplicar ao semi-imputável ou pena reduzida ou medida de segurança). O sistema anterior chamado duplo-binário permitia a aplicação cumulativa de pena e medida de segurança, não vigora atualmente.
- Redução de pena.
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!
131
c.1 Fundamento: periculosidade c.2 Espécies:
- Detentiva: internação em hospital de custódia e tratamento. - Restritiva: submissão a tratamento ambulatorial.
c.3 Duração:
- Mínima: 01 a 03 anos
- Máxima: indeterminado conforme a lei – Segundo o entendimento do STF e STJ a duração máxima da medida de segurança deverá ser de 30 anos.
Obs.: Mulher em estado puerperal quando matar qualquer pessoa – responde por
homicídio com redução de pena.
Mulher em estado puerperal se matar seu próprio filho – responde por infanticídio.
4. Erro de Proibição a) Conceito:
- É o desconhecimento da lei que é inescusável.
- O erro sobre o caráter ilícito do fato isenta o réu de pena, quando inevitável.
b) Conseqüências Erro Inevitável
- Exclui potencial conhecimento da ilicitude. - Exclui a culpabilidade.
- Isenta o agente de pena.
Erro evitável
- É uma causa de redução de pena.
Erro de Proibição Indireto
- É o erro sobre a existência ou os limites jurídicos de uma excludente de ilicitude.
5. Coação Moral– Art. 22
a) Conceito: O agente é obrigado por terceiro a cometer o crime. A violência
física afasta a existência de conduta. A coação moral mantém a conduta, mas afasta a liberdade na tomada da decisão.
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!
132 _ Coação Moral Irresistível: Exclui a exigibilidade de conduta diversa; Exclui a
culpabilidade; Isenta o agente de pena. _ Coação Moral resistível: Reduz à pena.
6. Obediência Hierárquica
a) Conceito: o agente comete o crime em obediência à ordem de funcionário
público superior.
c) Conseqüências: Se a ordem não era manifestamente ilegal; Exclui a
exigibilidade de conduta diversa; Exclui a culpabilidade; Isenta o agente de pena. Se a ordem não era manifestamente legal, atenua a pena.
IX - CONCURSO DE PESSOAS – Art. 29, CP.
- Por que crime, cada colaborador irá responder.
1. TEORIA MONISTA OU UNITÁRIA
Para esta teoria todos respondem pelo mesmo crime. É a teoria adotada pelo Brasil.
Ex. quem comete crime juntamente com funcionário público também responde
por peculato.
2. TEORIA PLURALISTA OU DUALISTA
É aquela que entende que cada colaborador responde por um crime diferente. Esta teoria é dotada pelo como exceção no Brasil.
2.1 Hipóteses de exceção Pluralista:
a) Previsão da conduta de cada colaborador em tipo autônomo. Ex1: Corrupção ativa e passiva.
Ex2: Aborto. Há uma previsão para cada colaborador. Quando é a mulher art 124
CP. Quem faz art 126 CP.
b) Cooperação dolosamente distinta – Art. 29, § 2º: Quando um dos
colaboradores aceitou participar de um crime menos grave. Conseqüência o sujeito responderá no limite do seu dolo, ou seja, pelo crime menos grave com um aumento de pena até a metade se era previsível o resultado mais grave.
3. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS a) Pluralidade de pessoas
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!
133
c) Relevância causal do comportamento (Relevância causal da colaboração): se a
colaboração for irrelevante o colaborador não responde juntamente com o agente.
Ex: Matar a sogra. Caso da arma emprestada não há concurso de pessoas, pois
matou a sogra esganada.
d) Unidade de crime – é uma conseqüência da teoria monista no caso do
concurso de pessoas. Todos respondem pelo mesmo crime.