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XXXII PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

No documento Apostila Completa - Curso Renato Saraiva OAB (páginas 196-200)

Acusado X Acusado Ofendido

XXXII PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

1---2---3---4---5---6

1 - Denúncia / Pública – Queixa / Privada (petição inicial) 2 - Recebimento da denuncia

3 - Citação

4 - Resposta à acusação 396 CPP 5 - Absolvição Sumária 397 CPP 6 - Audiência UNA 400 a 405 CPP

1- Denuncia e queixa são petições iniciais, não ocorre na delegacia, nela existe a

noticia criminis. A denuncia é petição inicial da pública e a queixa é petição inicial da privada.

Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A

utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. Colabore com a democratização do conhecimento!

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Obs: Queixa da denuncia à acusação Sumária Art. 400 1.1 Requisitos da Denúncia / Queixa art 41 CPP:

a) Exposição Minuciosa dos Fatos: É a descrição do acontecimento. Não é

possível denúncia lacônica, vaga, imprecisa. No concurso de agentes, deve-se descrever a conduta de cada criminoso.

b) Qualificação do acusado ou seus sinais característicos.

c) Classificação do crime: Qual crime foi praticado? Te que colocar o artigo de

lei violado ou infringido relativo ao crime. Não basta apenas dizer o nome.

PERGUNTA: Imputação alternativa é possível – classificação de um crime ou de

outro?

Não, pois dificulta a defesa. Quando o Promotor não tem certeza do crime ele denuncia um com o outro.

Ex: Carro roubado. Não sabe se é roubado ou receptado.

Obs: Para a OAB não é possível, pois dificulta defesa.

d) Rol de Testemunhas: se não arrolar haverá a preclusão (é a perda de uma

faculdade processual). Até 08 testemunhas podem ser arroladas para acusação.

Obs: A queixa possui um quinto elemento: A procuração deverá ser com poderes

especiais, fazendo menção ao fato criminoso e ao nome do querelado. Segundo a jurisprudência, também pode a vítima assinar a queixa com o seu advogado.

2. Recebimento da Denúncia/Queixa o juiz poderá: → Não precisa fundamentar o recebimento da denuncia.

→ O Juiz NÃO podem alterar a classificação do crime quando receber a

denuncia, só pode fazê-lo nas hipóteses do art. 383 e 384 CPP.

a) Receber: Da decisão que recebe a denúncia/queixa não cabe recurso somente

Habeas Corpus.

Exceção: crimes de imprensa onde será cabível Recurso em Sentido Estrito

(RESE).

b) Rejeitar: da decisão que rejeitar a denúncia/queixa caberá Recurso em

Sentido Estrito (RESE) – Art. 581, CPP – se for de Crime de Imprensa ou JECRIM será cabível Apelação. Em tribunal superior é cabível o Agravo para o próprio tribunal.

Rejeição da Denúncia/Queixa – Art. 395, CPP:

- Inépcia da denúncia ou queixa

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198 Ex. parte ilegítima – Promotor que oferece a denúncia quando o crime é de ação

penal privada.

- Falta de justa causa - Art. 395, CPP – é a falta de um mínimo probatório para a pessoa ser processada.

3 Citação

É o ato pelo qual se dá o conhecimento ao réu de uma acusação existente contra ele, chamando-o a vir em juízo para se defender, ou seja, é o chamamento do réu para se defender em juízo. Existem três tipo de citação.

a) Citação Pessoal (regra)

- Feita por Mandado judicial é a regra geral para a citação do réu;

- Se o réu residir em comarca diversa da comarca do juízo processante, a citação realizar-se-á por Carta Precatória.

- Se o réu estiver em outro país, citação realizar-se-á por Carta Rogatória. - O Militar será citado na pessoa de seu superior.

- O Funcionário Público será citado pessoalmente, devendo ser comunicado o chefe da repartição.

Obs.: O preso citado pessoalmente, se não comparecer, será processado à

revelia (será nomeado um defensor).

Obs.: A prescrição ficará suspensa até o cumprimento da carta rogatória. Exceções:

b) Citação por Edital: Ocorrerá quando o réu estiver em lugar incerto e não

sabido.

- O prazo da citação por edital é de 15 dias.

- Se o réu é citado por edital e não constitui defensor e não atende ao chamado, o processo será suspenso (sem prazo determinado em lei) e a prescrição também. Art. 366 e súmula 415 STJ

- O juiz poder produzir as provas urgentes e se for o caso poderá (facultativo) decretar a prisão preventiva.

Súmula 415 STJ = (transcrever essa súmula). c) Citação com hora certa.

- Ocorre quando o réu se oculta para não ser citado pessoalmente, usa-se o mesmo procedimento do CPC. Se o réu não comparece, será processado à revelia.

- Art. 362, CPP.

4- Resposta à acusação (Art. 396/396-A, CPP)

- O réu terá 10 dias para responder à acusação, A CONTAR DA CITAÇÃO e não da juntada do mandado aos autos – Súmula 710 do STF.

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199 - Súmula710 – STF - NO PROCESSO PENAL, CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA

INTIMAÇÃO, E NÃO DA JUNTADA AOS AUTOS DO MANDADO OU DA CARTA PRECATÓRIA OU DE ORDEM.

- É a mesma coisa em falar em defesa do Réu. Essa defesa é obrigatória.

- Se não for feita, o juiz nomeará um defensor para fazê-la no prazo de 10 dias. - Conteúdo:

a) Matéria processual

b) Rol de testemunhas (se não arrolar, preclusão) – 08 testemunhas.

c) Algumas matérias de mérito (aquelas matérias que podem dar ensejo à

absolvição sumária).

5. Absolvição sumária – Art. 397, CPP

→ Não confundir com a absolvição sumária do Júri (art. 415 CPP).

→ Não se aplica na absolvição sumária o in dúbio pró-réu e nem medida de segurança nesta fase.

→ Se ela não acontecer vai para audiência de instrução debates e julgamento.

a) quando o fato é atípico b) excludente da ilicitude

c) excludente da culpabilidade, salvo a inimputabilidade. Ex. coação moral irresistível.

d) extinção da punibilidade.

Ex. prescrição, decadência, indulto etc.

6- Audiência de Instrução, Debates e Julgamentos (AIDJ) – Art. 400 a 405 CPP

- Audiência una no prazo máximo de 60 dias

Ordem dos atos na audiência O ofendido

T testemunhas arroladas pela acusação perguntas feitas diretamente para as

testemunhas

T testemunhas arroladas pela defesa (cross examination) A assistente técnico / Peritos (perito vem antes de assistente) A acareação

R reconhecimento

I interrogatório (silêncio)

O o juiz delibera sobre a prova (provas que tenham surgido na audiência)

D debates orais (20m prorrogáveis por + 10m) e converter* em memórias por escrito.

S sentença

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a) Vários réus b) Caso complexo

c) Quando surgirem novas provas – 05 dias para acusação + 05 dias para a defesa

e 10 dias para o juiz proferir a sentença.

- Sentença é diferente de decisão interlocutória Decisão interlocutória:

* Simples: não julga o mérito e não põe fim ao processo.

Ex. recebe a denúncia, decreta a preventiva

* Mista:

a) Não terminativa: põe fim a uma fase do processo (Pronúncia) b) Terminativa: põe fim ao processo.

7- Sentenças:

a) Condenatória (art. 387 CPP) impõe uma pena.

IPC: Art. 387 → O Juiz, ao proferir sentença condenatória: inciso IV “ b) Absolutórias (art. 386 CPP):

- Absolutória própria: é aquela que não impõe nenhuma sanção penal

- Absolutória imprópria: é aquela que juiz absolve, mas medida de segurança. IPC: Art. 386 → O Juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte

dispositiva, desde que reconheça. Inciso IV “não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal”

c) Sentença Terminativa: julga extinto o processo.

- “Emendatio libelli” – Art. 383, CPP: Correção da acusação. O juiz pode dar ao

fato descrito na denúncia uma definição jurídica diferente, ainda que implique em pena mais grave. O réu se defende dos fatos imputados e não do direito alegado.

- “Mutatio Libelli” – Art. 384, CPP: É a mudança na acusação. Surgem novos

fatos que alteram a classificação da infração.

- Na “Mutatio Libelli”: O MP faz o aditamento no prazo de 05 dias. Defesa terá

05 dias para a resposta.

Audiência oitiva de novas testemunhas (03 testemunhas). Interrogatório.

Debates.

No documento Apostila Completa - Curso Renato Saraiva OAB (páginas 196-200)