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Do Fundo Especial da Defensoria Pública do Estado do Amazonas

3.4 Da Defensoria Pública do Estado do Amazonas

3.4.5 Do Fundo Especial da Defensoria Pública do Estado do Amazonas

Antiga aspiração daqueles que apoiam e militam em prol do reconhecimento, aparelhamento e desenvolvimento da instituição, o Fundo Especial da Defensoria Pública do A equipe do projeto Reeducar foi recebida com grande entusiasmo na última sexta-feira, 20 de agosto, pelos internos e dirigentes da Fazenda Esperança, espaço idealizado e coordenado pela Igreja Católica, que tem em sua frente de batalha o Pe. Anderson, administrando com maestria os trabalhos direcionados àqueles dependentes químicos que desejam mudar de vida e ali buscam tratamento, através de internação. Disponível em: <http://www.tjam.jus.br/index.php?view=article&cadit=33%3Act-destaque&id=1451%...> Acesso: 30.08.2010.

40 Fonte: <www.jusbrasil.com.br/noticias/1983023/defensoria-publica-lanca-projeto-reeducar>. Acesso em: 03

Estado do Amazonas (FUNDPAM) representou um marco entre o antigo e o moderno em termos de sua gestão financeira e estrutural, indispensáveis à consecução de seus objetivos maiores.

Com inspiração no modelo similar instituído pioneiramente pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, por iniciativa do governador em exercício Omar José Abdel Aziz, que enviou a mensagem n. 16/2008, de 16.01.2008, este projeto de lei foi aprovado à unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado, transformando-se na Lei n. 3.257, sancionada pelo governador em 30.05.08.

Posteriormente, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJA) oficializou o repasse de 5% das receitas incidentes sobre o recolhimento de custas e emolumentos extrajudiciais arrecadados pelos cartórios da capital e do interior para a Defensoria Pública do Estado do Amazonas. O ato foi assinado pelo então presidente do TJA, desembargador Francisco das Chagas Auzier Moreira, o corregedor-geral de Justiça do TJA, desembargador Jovaldo dos Santos Aguiar, e a defensora pública-geral do Estado, Maria de Lourdes Lobo da Costa. A oficialização ocorreu por meio do Ato Normativo conjunto n. 01/2008, que regulamentou a mencionada lei.

Na verdade, o Tribunal de Justiça do Amazonas tornou-se parceiro ativo e auxiliou de forma inestimável na arrecadação desses valores, tanto é verdade que nas guias de recolhimento de fundo, similar a que faz jus o TJA, passaram a constar também a parcela do FUNDPAM, facilitando tanto o pagamento por parte dos cartórios quanto o controle dos valores arrecadados.

A finalidade primordial, como consta do artigo 1º da referida Lei, é a de complementar os recursos orçamentários ao órgão e está assim redigido:

Art. 1º. Fica instituído o Fundo Especial da Defensoria Pública do Estado do Amazonas – FUNDPAM, com a finalidade de complementar os recursos financeiros indispensáveis ao custeio e aos investimentos da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, voltados para a consecução de suas finalidades institucionais.

Muitas são as possibilidades de boa aplicação desses recursos, não apenas no aparelhamento, infraestrutura ou aquisição de bens indispensáveis ao regular funcionamento da instituição ou mesmo no pagamento dos fornecedores de bens e serviços, que pode se tratar de despesas custeio ou mesmo investimento, assim considerado a aquisição de bens duráveis.

Convém ressaltar a imposição de expressa vedação legal, pelo artigo 3º, § 2º, da susomencionada lei, para a utilização dos recursos do Fundo com despesas de pessoal,

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compreendida como pagamento de salários, com o que haveria verdadeiro desvio de finalidade.

Passados quase dois anos da vigência do Fundo, com a finalidade de corrigir distorção e injustiça que se cometia contra os Cartórios do Registro Civil – os menos rentáveis dentre todos –, a Assembleia Legislativa do Estado, em processo legislativo idêntico, aprovou projeto de lei, sancionado pelo governador do Estado, isentando-os desse recolhimento.

Os efeitos diretos desse fundo já podem ser vistos até mesmo por olhos desatentos. Renovou-se por completo a frota dos desgastados veículos que serviam ao órgão, inclusive com a aquisição inédita de micro-ônibus que tanto tem sido utilizado, especialmente para os atendimentos itinerantes nas Comarcas mais próximas e mutirões carcerários.

Propiciou-se, além de reformas e melhorias, a aquisição de modernos computadores portáteis para todos os defensores públicos, além de computadores de mesa, impressoras, copiadoras, aparelhos condicionadores de ar e mobiliários completos tanto para os núcleos descentralizados da capital como para os do interior.

Possivelmente, o mais importante instrumental adquirido com verbas oriundas do referido Fundo foi o sistema de controle de processos e documentos denominado Próton, que, apesar de estar ainda em fase de implantação e ajustes, poderá permitir uma monitoração imediata e constante do fluxo de atendimentos de todas as unidades descentralizadas.

Além disso, torna possível a verificação do andamento dos processos e, o que era impensável há alguns anos atrás, o controle de assistidos, que evitará uma prática antiga de múltiplos atendimentos a um único assistido por parte de distintas unidades e, com isso, a repetição de demandas.

Benefício maior que esse sistema poderá propiciar em termos de modernização dos serviços ocorrerá com a concretização da promessa de conexão do Próton com o sistema SAJ do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, o que viabilizará o ajuizamento das ações diretamente dos Núcleos de Atendimento da Defensoria Pública, dispensando-se a remessa de documentos a serem digitalizados no Núcleo Virtual, localizado no 4º andar do Fórum Ministro Henoch Reis.

Falta, todavia, melhor utilização desse fundo para a capacitação e qualificação dos defensores públicos e demais profissionais que atuam na Defensoria Pública, sem se esquecer dos integrantes do serviço social, da psicologia e demais funcionários administrativos, que, igualmente, merecem reciclagem e atualização para não estagnarem no dia a dia da labuta.

Nota-se, igualmente, da falta de implantação de serviços terceirizados de limpeza, conservação e segurança, que podem perfeitamente ser licitados e contratados pela instituição com verbas do referido fundo, ainda que subsidiariamente às verbas orçamentárias.

3.5 Da insuficiência da atual dotação orçamentária para a consecução dos objetivos