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DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS APRENDIZAGENS PROFISSIONAIS

2. DOMÍNIOS DAS COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS

2.4. DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS APRENDIZAGENS PROFISSIONAIS

No âmbito do domínio do desenvolvimento das aprendizagens profissionais, o enfermeiro especialista fundamenta os processos de tomada de decisão e juízo crítico e as suas intervenções em conhecimento válido, atual e pertinente, bem como desenvolve um autoconhecimento e gere as suas idiossincrasias na construção dos processos de ajuda com vista a prestar cuidados de modo assertivo (OE, 2019). Nesta esfera de ação, enquadrei dois objetivos específicos que me propus a atingir, por forma a demonstrar que o enfermeiro com competências específicas em EMC responsabiliza-se por ser promotor da aprendizagem e agente ativo na área da investigação.

Objetivo Específico: Participar na formação em serviço na equipa de saúde com base no

diagnóstico de necessidades.

Nas profissões da área da saúde e em particular na enfermagem, a formação adquire um papel indubitável, contribuindo eficazmente para a mudança no desempenho, para o desenvolvimento de competências e consequentemente para a melhoria da prática profissional, além de proporcionar maiores sentimentos de realização e valorização profissional e pessoal.

Colliére (1999) afirma que a formação desempenha um papel determinante em relação à evolução dos cuidados de enfermagem, no sentido em que é geradora de condutas, de comportamentos e de atitudes, indispensáveis para uma prática autónoma e responsável. Relativamente ao impacto da especialização em enfermagem, Lopes, Gomes, & Almada-Lobo (2018), num estudo que realizaram solicitado pela OE, concluíram que os enfermeiros especialistas, independentemente da sua área de especialização, tendem a participar em ações de formação contínua com mais frequência.

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Neste contexto, o domínio da formação é um alicerce importante na assistência de enfermagem avançada, em que cada enfermeiro se responsabiliza pela atualização do seu próprio conhecimento além de ser facilitador da aprendizagem e desenvolvimento de habilidades e competências dos seus pares.

No contexto extra-hospitalar, tive a oportunidade de realizar uma ação de formação no INEM – Delegação do Norte, que por um lado pretendeu responder às necessidades de formação patentes no instituto, por outro lado pretendeu desenvolver as minhas capacidades específicas nesta área, de forma a favorecer a autoaprendizagem e possibilitar a aprendizagem de outros profissionais. Após entrevista informal com o enfermeiro tutor da SIV, o enfermeiro coordenador do INEM e o enfermeiro orientador da escola, considerei pertinente focar a minha ação de formação no envolvimento da família no cuidar da PSC (ver apêndices II e III). A escolha do tema prendeu- se com o facto de, quer na minha prática de enfermagem, quer no contexto de estágio constatar frequentemente que, apesar dos cuidados de saúde estarem cada vez mais centrados no doente e família/pessoa significativa, numa situação de emergência, a necessidade de uma intervenção rápida, competente e eficaz relega para segundo plano o apoio e acompanhamento da família/cuidadores, dando privilégio à avaliação e tentativa de estabilização das funções vitais do doente.

Assim, enquanto enfermeira a exercer funções em ambientes de enorme complexidade, ao longo da minha vida profissional, as experiências vividas nesta área traduzem-se quase sempre da mesma forma, ou seja, perante um doente com agravamento do seu quadro clínico, a atitude generalizada de toda a equipa é pedir o afastamento do familiar, para poder prestar a assistência necessária à pessoa doente. Por norma, só depois da estabilização da sua condição clínica ou no desfecho dos cuidados prestados à pessoa, é que um elemento da equipa se dirige à família e fornece as informações necessárias, esclarece as dúvidas, medos e receios exprimidos por esta. Como o foco dos cuidados dos profissionais está voltado para o doente, nenhum profissional, no momento se centra no cuidar também da família, ficando esta à margem da situação, sem saber o que se passa exatamente, a vivenciar um momento de enorme tensão e ansiedade, sem o acompanhamento necessário e apoio emocional para compreender e aceitar a alteração que afetou o seu ente querido. Em contexto de estágio, perante determinadas situações, nomeadamente, em alguns casos de PCR e/ou realização de procedimentos invasivos, a atitude

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da equipa de assistência foi similar. Quando cada vez mais se preconiza os cuidados de enfermagem centrados no doente, família/pessoa significativa, a realização desta ação de formação baseada na evidência científica, consistiu em perceber as razões deste modo de atuação, as vantagens e desvantagens da presença da família nestes contextos e os ganhos em saúde daí resultantes.

Para a elaboração da ação de formação delineei os seguintes objetivos:

-Refletir sobre a presença da família na assistência da PSC em situações de PCR e/ou procedimentos invasivos;

- Identificar as potencialidades e fragilidades da presença dos familiares em contexto de PCR e/ou procedimentos invasivos;

- Sensibilizar os profissionais de saúde para a necessidade de inclusão da família nos cuidados de enfermagem prestados à PSC.

Relativamente ao conteúdo da mesma, foram abordados: o conceito de família, o enquadramento legal da assistência à família, a presença da família em casos de PCR e/ou procedimentos invasivos e por último a reflexão de experiências vivenciadas no contexto de estágio.

Para a recolha de informação teórica, foi realizada uma pesquisa através de várias bases de dados, nomeadamente: CINAHL® Plus with Full Text, MEDLINE® with Full Text, presentes na EBSCOHost web; SciELO - Scientific Electronic Library Onlinee no RCAAP - Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal. Os termos utilizados foram “family presence” e “invasive procedures” (texto livre) e “family”, “cardiopulmonary resuscitation” e “resuscitation” (descritores classificados). Optei por estes termos de pesquisa pois, tendo em conta o meu objeto de estudo, os termos em texto livre eram o que melhor descreviam o fenómeno em estudo, apesar de não serem termos classificados.

A realização da ação de formação decorreu no INEM – Delegação do Norte, como já referi, no dia 29 de outubro de 2019, dentro do planeado, em que estiveram presentes o enfermeiro orientador da escola, o enfermeiro coordenador do INEM, o enfermeiro tutor, uma colega do curso de mestrado e respetivo enfermeiro tutor e outros enfermeiros pertencentes ao INEM.

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Por ter sido uma ação de formação informal, não foi realizada a avaliação final através do preenchimento do inquérito de satisfação, mas pela participação de todos os enfermeiros presentes, pela possibilidade de reflexão e partilha de experiências entre os colegas, considero que foi muito positiva e enriquecedora a realização da mesma, pois simultaneamente permitiu sensibilizar os presentes para a inclusão da família nos cuidados de enfermagem à PSC, tendo deste modo alcançado os objetivos a que me propus na realização desta mesma.

A possibilidade de ter atuado como formadora neste contexto de estágio, constituiu um momento importante no meu processo formativo, pela oportunidade que tive em ser facilitadora nos processos de aprendizagem da equipa de enfermagem, mediante as necessidades de formação da mesma, uma competência do enfermeiro especialista. A partilha de conhecimentos entre os colegas de profissão, a reflexão e consequentemente a incorporação de novas condutas no exercício profissional decorrentes da formação realizada, contribuíram para a melhoria da prática profissional, o que enaltece simultaneamente o desenvolvimento da enfermagem avançada.

No contexto de estágio decorrido no SU tive a oportunidade de participar como discente numa ação de formação inserida no plano de formação do serviço, realizada pelo enfermeiro chefe desse serviço, intitulada por “Abordagem Sistematizada à Vítima de Trauma” que decorreu na sala de formação do próprio serviço (ver certificado de presença em anexo I). Nesta formação, foi abordada a avaliação do doente vítima de trauma por ordem de prioridades, com destaque para a sequência da avaliação baseada na metodologia “ABCDE” com as particularidades inerentes específicas destes doentes, os aspetos relacionados com o exame primário e o exame secundário, respetivamente. Além disso, foi destacada a importância da existência de uma equipa multiprofissional bem preparada que domine os protocolos de atuação existentes no serviço baseados na evidência científica e os algoritmos amplamente aceites pela comunidade científica, tendo sido uma das finalidades desta formação, uma vez que esse SU é um serviço de referência na área do trauma, uma vez que tem implementado a via verde trauma. A possibilidade de ter participado neste momento formativo foi de uma enorme valia para o meu desenvolvimento profissional, pois permitiu-me consolidar os meus conhecimentos e capacidade de compreensão aprofundada nesta temática, nomeadamente reter as peculiaridades fulcrais a ter em conta na assistência a uma pessoa vítima de trauma e que são essenciais para

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um cuidado global de qualidade e segurança para o doente.

Ainda na área da formação, em paralelo com o desenrolar dos estágios, tive a possibilidade de participar em seminários promovidos no âmbito da UC em questão, sobre processos de tomada de decisão em enfermagem, análise e reflexão sobre as competências comuns do enfermeiro especialista e as competências específicas de cada área de especialidade, tendo apresentado oralmente, em parceria com outras colegas, as conclusões do estudo reflexivo realizado sobre a competência específica do enfermeiro especialista em EMC na área de enfermagem à PSC: “Dinamiza a resposta em situações de emergência, exceção e catástrofe, da conceção à ação” (OE, 2018, p. 19359), que figura em apêndice neste relatório (apêndice IV). A análise pormenorizada das diferentes competências comuns e específicas, bem como a partilha de experiências com os docentes e colegas das diferentes áreas de especialidade, proporcionados neste espaço de ensino, foi muito enriquecedor para a minha aprendizagem, na medida em que permitiu reforçar a importância da diferenciação e a especialização em enfermagem na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

A participação quer como formadora, quer como formanda nos diferentes momentos de ensino, permitiu-me alicerçar os meus conhecimentos nas mais recentes e credíveis evidências científicas, além de ter proporcionado um ambiente de constante aprendizagem e aperfeiçoamento profissional pessoal e dos demais colegas de profissão. Tais atividades possibilitaram-me a aquisição de competências especializadas, nomeadamente gerar respostas de adaptabilidade individual e organizacional, assim como basear a praxis clínica especializada na evidência científica, uma vez que tive a oportunidade de diagnosticar necessidades formativas, favorecer a aprendizagem e atuar como formadora oportuna no contexto de estágio. Considero em suma ter atingido o objetivo a que me propus.

Objetivo Específico: Compreender o papel do enfermeiro especialista em EMC, na área de

enfermagem à PSC para o desenvolvimento da profissão de enfermagem.

O avanço no conhecimento requer que o enfermeiro especialista em EMC baseie a sua prática nas mais recentes evidências, orientada para os resultados sensíveis aos cuidados de enfermagem e desenvolva projetos de investigação que visem potenciar e atualizar os seus conhecimentos no desenvolvimento de competências (OE, 2018).

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É com base neste princípio contemplado no regulamento das competências específicas do enfermeiro especialista em EMC da OE que norteei todo o meu processo de aprendizagem. A prática baseada na evidência é uma forma de contribuir para a qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem, na medida em que permite aos enfermeiros basear as suas tomadas de decisão na prática baseados num referencial teórico válido, atual e pertinente essencial para uma assistência diferenciada devidamente fundamentada (OE, 2019).

Em ambos os contextos de estágio, a riqueza e diversidade de situações que pude vivenciar no âmbito da assistência avançada à PSC e respetiva família/pessoa significativa, permitiram-me desenvolver um conjunto de conhecimentos, capacidades e habilidades fulcrais para a aquisição de competências específicas nesta área de especialidade.

No contexto extra-hospitalar, em ambos os meios, tive a oportunidade de ter um papel ativo em todas as ativações em que as equipas de assistência foram acionadas. Concretamente, colaborei em 47 ativações, em que 26 corresponderam a ativações ocorridas na ambulância SIV e 21 ocorridas na VMER. A idades das vítimas variaram entre os 15 anos e os 92 anos, sendo que a sua grande maioria correspondeu a faixa etária adulta. Nas diferentes intervenções 38 estiveram relacionadas com a área médica, quer seja por doença súbita ou agudização de doença crónica, 2 para doentes em paragem cardiorrespiratória, 5 das ativações corresponderam a situações de trauma e as restantes 2 foram abortadas. Relativamente ao local de ativações, a maioria foram acionadas para o domicílio, seguindo-se a via pública e ainda instituições de saúde, nomeadamente centros de saúde e lares de idosos. De todas as ativações, foram realizados, com acompanhamento dos meios diferenciados, 28 transportes ao hospital, sendo que 6 foram encaminhados para a SE. Em todas as experiências vividas, pela complexidade e exigência dos cuidados, tive a oportunidade de ampliar os meus conhecimentos e desenvolver uma reflexão crítica em cada situação por forma a aperfeiçoar permanentemente o meu desempenho profissional com vista à excelência dos cuidados diferenciados. A discussão de alguns casos e temas pertinentes relacionados a prestação de cuidados de enfermagem à pessoa, família/pessoa significativa com as equipas de intervenção foi uma atividade que desenvolvi sempre que possível no decorrer do estágio, o que considerei extremamente enriquecedor para a minha formação e crescimento profissional e pessoal pela possibilidade de esclarecimento de dúvidas e troca de informações e experiências.

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Transpondo para o SU, desenvolvi a minha atividade em praticamente em todos os setores, mas maioritariamente na área laranja e na SE. Face à mutabilidade e multiplicidade das condições de saúde dos doentes com que me deparei, algumas em situação crítica, as exigências multidimensionais e específicas do cuidar inerentes a cada situação, contribuíram cabalmente para o desenvolvimento de competências específicas nomeadamente no cuidado à PSC. Assim, em particular na SE tive a oportunidade de observar a ativação de três das quatro vias verdes vigentes (AVC, coronária e trauma), em que colaborei na prestação de cuidados necessários em cada situação em particular, bem como outras situações como doentes com hemorragia digestiva ativa, convulsões, PCR, que pela instabilidade e emergência de cuidados, permitiram-me aprimorar a celeridade, a eficiência, a destreza, bem desenvolver o meu raciocínio crítico- reflexivo e a ainda aprofundar os meus conhecimentos e capacidade de compreensão fundamentais para a aquisição de competências específicas nesta área de especialidade. Na sala laranja, por ser o local onde são alocados os doentes que requerem maior vigilância pelo risco de deterioração do seu quadro clínico, tive a possibilidade de antever focos de instabilidade em alguns doentes através do cuidado atento e permanente e implementação de intervenções adequadas aos problemas identificados.

Ao longo do estágio tive ainda a oportunidade de acompanhar o enfermeiro tutor na avaliação do doente no posto de triagem. A realização desta atividade foi muito importante para a minha formação/aprendizagem, pois é um momento crucial para conhecer a gravidade da condição de saúde do doente na admissão, de acordo com a identificação de problemas e proceder ao adequado encaminhamento. A triagem é um processo dinâmico e os doentes precisam frequentemente de ser reavaliados, quer pela condição de saúde que se esteja a alterar, quer pelo tempo de espera excedido atribuído no nível de prioridade, situações que presenciei durante a minha permanência neste contexto.

A par da prestação de cuidados diferenciados e especializados, a possibilidade de implementação de processos de formação nos diferentes contextos de estágio, constituiu uma competência especializada adquirida, que não só contribuiu para a autoaprendizagem como facilitou o aperfeiçoamento contínuo das equipas de intervenção, essencial para evolução da enfermagem avançada.

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A Enfermagem, à semelhança de qualquer outra disciplina, necessita de produção e de renovação contínua do seu próprio corpo de conhecimentos, pelo que a investigação é um requisito indispensável e uma mais valia para a prestação de cuidados de enfermagem de excelência. Assim, no sentido de contribuir para a evolução da profissão e divulgar algumas conclusões decorrentes do meu processo formativo, essencial para obtenção do grau de mestre, desenvolvi dois trabalhos científicos, sob a forma de póster, para serem publicados, após aprovação, no Fórum das Especialidades que irá decorrer na Universidade Católica Portuguesa no Porto.

O primeiro póster resultou da revisão da literatura que realizei no decorrer do estágio no contexto do SU, intitulada por “Importância da Preservação da Privacidade/Intimidade do Doente/Família no SU” (ver apêndice V) e o segundo póster resultou do trabalho de reflexão e discussão sobre a competência específica “dinamiza a resposta em situações de emergência, exceção e catástrofe, da conceção à ação” (OE, 2018, p. 19359), do enfermeiro especialista em EMC na área de enfermagem à PSC preconizada pela OE, desenvolvido no âmbito dos seminários académicos em que participei. O tema intitula-se por “O papel do enfermeiro especialista na área da enfermagem médico-cirúrgica de enfermagem à pessoa em situação crítica, em situações de catástrofe” (ver apêndice VI).

Tendo em conta todo o trabalho realizado ao longo deste percurso de aprendizagem, proporcionado pela diversidade de experiências vivenciadas, a mobilização de conhecimentos, de habilidades e a reflexão permanente dos cuidados prestados, sustentadas nas mais recentes e credíveis bases científicas, foram aspetos que não só contribuíram uma assistência diferenciada de qualidade aos doentes, família/pessoa significativa, bem como contribuíram para o meu crescimento profissional e pessoal.

Numa sociedade em que cada vez mais os cuidados de saúde estão muito dependentes de recursos humanos qualificados, a formação especializada de enfermagem independente do contexto de intervenção é uma realidade incontornável em todos os setores da saúde, na melhoria das respostas aos problemas de saúde das populações, através da diferenciação de cuidados, evidenciando ganhos em saúde como resultado desses cuidados. É com base nesses contributos que a motivação e a prioridade em aprofundar, fomentar e assimilar novos saberes para adquirir competências relacionais, técnico-científicas, crítico-reflexivas e de tomada de

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decisão, tendo como referência os aspetos éticos e legais para o exercício da profissão diferenciada e especializada, foram determinantes e impulsionadores em todo o percurso de aprendizagem.

O desenvolvimento de competências assente numa tomada de decisão baseadas numa prática responsável, refletida e equitativa, em vista à melhoria contínua da qualidade e segurança dos doentes, paralelamente com recurso à investigação como garantia de validação da minha intervenção, foram componentes transversais aos dois contextos de estágio e que relevaram o valor do papel do enfermeiro especialista em EMC na área da PSC no seio da equipa multiprofissional.

Face às atividades desenvolvidas neste âmbito que contribuíram para a promoção da autoaprendizagem, bem como facilitaram a formação dos pares e equipa multiprofissional, através dos processos de formação, a prática sustentada em evidência científica com a realização e divulgação de resultados das investigação e ainda a reflexão do contributo das aprendizagens realizadas para a melhoria da qualidade e segurança dos cuidados prestados, foram competências especializadas adquiridas no decorrer do processo de discência. Além disso contribuíram para a concretização do objetivo específico previamente delineado no projeto.

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3. CONCLUSÃO

A evolução e modernização dos cuidados de saúde, o acesso a mais e melhores meios tecnológicos e as legítimas expectativas dos cidadãos estão na origem da crescente exigência aos profissionais de saúde, onde os enfermeiros constituem um pilar essencial.

A enfermagem dotada de um conhecimento próprio baseada na permanente evidência científica, permite cada vez mais fundamentar as suas práticas. Como disciplina e como profissão, as exigências são cada vez maiores, pelo que os enfermeiros têm obrigação de uma atualização permanente e um investimento pessoal na formação ao longo de toda a sua vida profissional (Vieira, 2017).

Com a especialização nas diferentes áreas de atuação, a enfermagem tem acompanhado esses desafios, através do desenvolvimento de diferenciação de práticas e na aquisição de competências.

No decorrer do estágio em ambos os contextos tive sempre a preocupação em prestar cuidados de enfermagem direcionados para o alcance das competências comuns e específicas do enfermeiro especialista no âmbito da especialidade de enfermagem à PSC, tendo por base a relação terapêutica com o doente, família/pessoa significativa, com vista à melhor adaptação aos processos de transição saúde/doença. Paralelamente, procurei sempre basear a minha atuação na melhor e mais recente evidência científica para a tomada de decisão consolidada e fundamentada, que se traduziu na realização de pesquisa nas bases científicas credíveis sobre