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2.1 Atuação da rede de informações: olhos e ouvidos a serviço da repressão

DOPS SECÇÃO DE

ORDEM POLÍTICA SECÇÃO DE ORDEM SOCIAL SECÇÃO DE HOTÉIS, PENSÕES E CASAS DE CÔMODOS ARQUIVO GERAL TESOURARIA

E PORTARIA CARTÓRIO EXPEDIENTE

SERVIÇO ESPECIAL DE CONTRA- ESPIONAGEM SERVIÇOS DIVERSOS SERVIÇO INTERNO SERVIÇOS DIVERSOS VIGILÂNCIA DOS LOCAIS DE TRABALHO SERVIÇO INTERNO a) Ofícios b) Portarias c) Circulares d) Correspondências em Geral e) Relatórios a) Inquéritos b) Certidões c) Intimações a) Verba Secreta b) Verba Pessoal c) Caixa d) Passe para Transporte e) Protocolo f) Material de Expediente a) Prontuário Geral b) Arquivos de Documento c) Informações e Comunicações d) Fichários em Geral e) Relações f) Serviços de Recortes e Jornais g) Assentamentos dos Funcionários da Delegacia h) Controle de Endereços i) Salvo-Conduto para Estrangeiros a) Registro de Estabelecimentos b) Registro de Agenciadores c) Fichamento de Hóspedes (entradas e saídas) d) Relação de Passageiros e) Controle e Transferência de Proprietários, Fichamento de Estabelecimento e Mudança de Local ou Espécie f) Estatística g) Portuários a) Estatistica b) Escala de Serviço c) Comunicações e Informações d) Boletim Diário e) Serviço Secreto a) Vigilância nos Bairros Proletários b) Vigilância nos Logradouros Públicos c) Sindicâncias d) Diligências e) Greves f) Repressão ao Totalitarismo da Esquerda (Comunismo, Marxismo, Trotskismo, etc.) g) Vigilância aos Centros Intelectuais h) Vigilância às Fábricas, Sindicatos e Org. Legais i) Observações Individuais j) Rondas a) Manifestações, Comícios, etc. a) Estatística b) Freqüência Pessoal c) Comunicações e Informações d) Boletim Diário e) Serviço Secreto a) Gara ntia Pess oal b) Observações Individuais c) Fiscalização de Edifícios Públicos e Particulares d) Vigilância nas Estradas e Rodagem e) Vigilância nos Pontos de Embarque, Desembarque e Trânsito Terrestre f) Vigilância nas Repartições Públicas g) Vigilância nos Quartéis h) Vigilância a Políticos, Conspiradores, Descontentes, Boateiros, Mazorqueiros, etc i) Repressão ao Totalitarismo da Direita (Integralismo, Nazismo, Falangismo, Fascismo etc.) j) Diligências k) Controle sobre Estudantes e Intelectuais

Em se tratando de um período conturbado da história, no qual as nações estão envolvidas num segundo conflito mundial, internamente a DOPS não está imune à circulação de idéias que provoquem agitação social. Na tentativa de combater o ideário nazista em franco desenvolvimento no Brasil, a polícia irá se articular com as principais forças de segurança nacional, conectando seus serviços de troca de informações com outras unidades DOPS do país e as Forças Armadas, visando combater o inimigo comum: a Gestapo.

O aparato organizacional da Delegacia de Ordem Política e Social corresponde às atribuições e competências do órgão junto à sociedade. As demandas externas provenientes da Segunda Guerra, com a entrada de grande quantitativo de imigrantes estrangeiros, passam a mobilizar o efetivo policial para dar conta do inimigo interno e externo. A intenção é coibir o avanço das idéias totalitárias de direita e esquerda, o aumento da espionagem, das lutas operárias, lutas no campo, etc., o que impõe à DOPS a fragmentação de suas funções, passando a operar em diversas frentes e de forma sincronizada internamente. A lógica interna do aparato repressor caracteriza uma necessidade de promover a defesa interna e externa da nação contra as possíveis agressões provocadas pelos agentes internos e externos.

Cria-se o que é denominado um cinturão entre a polícia marítima, as Forças Armadas, os órgãos de espionagem internacional e as DOPS em caráter nacional, no intuito de rastrear a rede de espionagem internacional instalada em Pernambuco na Segunda Guerra Mundial, que possibilitará entre outras coisas uma das maiores experiências vivenciadas pelos agentes locais, em termos de intercâmbio, de troca de informações, de inovação das práticas e procedimentos utilizados, das técnicas de investigação e, sobretudo, de interrogatório, o que lhes permitirá potencializar as ações de vigilância, censura e repressão. Assim, vejamos o que coloca esse trecho do Relatório do Secretário de Segurança Pública de Pernambuco no ano de 1945:

A experiência da Segunda Guerra permitiu-nos um aprofundamento das práticas policiais com a entrada bem vinda de organizações internacionais como a Cristian Childre’s Fund. Inc. de Richomont – Estados Unidos, a Chritian e Nielsen, e o Bureau Central Nacional da Interpol em nosso Estado, fato de grande valia na preparação de nosso efetivo no combate aos agentes externos nocivos à ordem.87

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Não se pode pensar a Delegacia de Ordem Política e Social sem analisar sua estrutura e funcionamento; e nessa perspectiva, nos baseamos numa fonte documental bastante elucidativa, que apresenta um diagrama da rede de vigilância e controle social da qual a DOPS faz parte, em 1938/1939, elaborado por solicitação do então delegado Edson Moury.

Figura 18 - Mapa da rede de vigilância e controle social, 193988

Cabe aqui uma descrição do documento em tela. No centro, representadas por um círculo, posicionado acima de tudo, situam-se as Forças Armadas, às quais está diretamente ligado o comissário. Estas se encontram conectadas por um lado à nação e pelo outro ao estado, compreendendo cada um desses âmbitos três círculos, que representam as seguintes áreas de controle: os quartéis

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Mapa da estrutura de atuação e controle da DOPS em 1939. Fundo: SSP/DOPS/APEJE. Prontuário Funcional n. 29.638 – Documentos Administrativos.

(localização,eficiência, efetivo, ambiente), o pessoal (oficiais, sargentos e praças – da ativa e reformados) e a situação (políticos, apolíticos, ‘dedicados’, suspeitos; trânsito, repartições, ligações, reivindicações; descontentes, destino).

Sob o controle direto do Comissário, estão a Marinha, os Consulados e, no centro, os civis, divididos em seis segmentos: 1) imprensa (estrangeira, nacional e estadual); 2) entidades de assistência social (incluindo sindicatos); 3) indivíduos (atividades, residências, ligações, políticos – prestigiados, militantes, descontentes); 4) partidos, associações e núcleos (partidos políticos, elemento numérico, localização, situação possibilidades); zona urbana (indústria, comércio e empresas); e 6) zona rural (indústria, comércio e empresas). Essa descrição do corpus social dividido por segmentos permite o monitoramento pormenorizado por categoria. As esferas correspondentes aos indivíduos e aos partidos e associações estão ligadas a um núcleo denominado de “atuação”, do qual saem duas linhas, apontando: “contra o governo” e “a favor do governo”. Ainda sob o controle direto do Comissário, representados na parte inferior do diagrama, encontram-se os “pontos” (trânsito, estacionamento, embarque e desembarque) e os municípios.

O que temos configurado nesse importante e elucidativo documento é a representação do mapa de controle da sociedade, da maneira como a polícia vê e entende os segmentos a serem vigiados, contendo não só a sistematização das categorias sociais, como se articulam, mas, sobretudo, como estão configuradas, seja por suas tendências políticas ou pelo perigo que representam, feita de forma minuciosa, detalhada e extremamente reveladora.

Se não representa o funcionamento da DOPS para todo o período de atuação, traduz-se num importante indício de como viam e o entendimento que tinham dos diversos segmentos sociais para melhor exercer suas práticas de controle e vigilância, numa demonstração de que já detinham um nível de infiltração nas entranhas do tecido social, muito antes de sua transformação em Departamento a partir de 1961 e de seu fortalecimento no período pós-1964.

O que chama atenção também no documento é a posição que ocupam as Forças Armadas em toda a estrutura, destacando-se dentre as instituições e segmentos configurados, o que demonstra uma posição estratégica de comando e ascendência perante a hierarquia estatal, antes mesmo do regime civil-militar.

O documento é a representação pormenorizada das ações e procedimentos de domínio das hierarquias superiores de repressão, ficando distribuídos em escalas e tarefas diferenciadas os agentes cujo perfil se coadunasse com aquele tipo de operação.

A produção e existência de um documento dessa envergadura nos possibilitam sair da superficialidade que até então se tinha sobre o órgão, referendando muito mais que um saber-poder, sobretudo como operava a rede de informação, cujas bases de atuação junto ao social permitiram o monitoramento, a vigilância permanente de todo o corpus social de forma articulada, demonstrando como funcionava na prática a engrenagem de poder dos órgãos de repressão no processo de cerceamento das liberdades.

O diagrama merece uma análise pormenorizada, por configurar o poder de alcance e articulação desse organismo policial que durante décadas monitorou as atividades e a vida dos indivíduos; e cujas práticas, já na década de 1930, apresentavam-se como recurso significativo de monitoramento junto à sociedade. A partir de 1964 apenas foram editadas novas modalidades de intervenção no social, aguçando mecanismos de inteligência89 que foram sendo aprimorados ao longo da trajetória da própria Delegacia.

Tendo em vista o sucesso da operação conjunta das forças militares nos anos 1940, a partir de 1964 a experiência vai ser reeditada, tomando por base o binômio Desenvolvimento e Segurança Nacional propagado pela Escola Superior de Guerra, cujo modelo vai exigir a ampliação do intercâmbio entre as Secretarias de Segurança Pública no país, as Forças Armadas e os organismos de informações locais e nacionais, com o “eficiente” apoio internacional da CIA e FBI. Este patrocinará uma série de treinamentos aos agentes federais, escolhidos pelo desempenho, pelo serviço prestado à repartição, currículo e por merecimento, sendo indicados para receberem treinamentos, sobretudo nos Estados Unidos, onde a troca de conhecimentos técnicos específicos permite a atualização das forças militares e policiais brasileiras.

O conhecimento e orientações recebidos nos cursos e manuais de operações militares disponibilizados pelos agentes federais americanos aos agentes

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Inteligência – Por inteligência entende-se, segundo Jennifer Sims, quaisquer tipos de informações coletadas e organizadas que se destinam a auxiliar as tomadas de decisão (ANTUNES, 2002, p. 17).

federais brasileiros possibilitam o treinamento do corpus policial em âmbito nacional. Vale acrescentar que recebem o treinamento aqueles que são escolhidos minuciosamente pelo perfil, pelo coeficiente de inteligência, pelos serviços prestados e pela indicação superior, devendo após o treinamento retornar às suas unidades e repassá-lo aos agentes e investigadores especializados dos vários órgãos de segurança espalhados pelo país.

Esse fato demonstra a fonte de capacitação dos agentes nacionais e destaca o nível de circulação de uma informação técnica especializada que tem precedentes em acordos militares feitos entre o Brasil e os Estados Unidos, como a Lei de Assistência e Defesa Mútua assinada em 1949, base do programa intitulado PONTO IV – cujo teor caracteriza o que a América Latina representa para os Estados Unidos enquanto fonte de recursos do solo e subsolo. O acordo prevê, entre outras coisas, que o Brasil deverá ser o fornecedor de matéria-prima aos EUA, e em troca receberá capitais americanos em investimentos realizados em várias áreas, capazes de empreender o desenvolvimento do país a médio e longo prazos. (MOURA, 1990; PAGE, 1972).

Na década de 1950, na IV Reunião de Chanceleres em Washington, são firmados os acordos Brasil-Estados Unidos, que ampliam as diretrizes do acordo anterior e ainda criam as bases para a Lei de Segurança Mútua assinada em 1952. Em 1961, por ocasião da reunião realizada em Punta del Leste, Uruguai, é lançado o programa Aliança para o Progresso, sendo o Brasil formalmente inserido na estrutura pan-americana de apoio e defesa mútua.90

Os acordos de cooperação técnico-financeira se sucedem, sendo assinado o USAID/MEC/SUDENE, que visa promover o desenvolvimento, através da capacitação de agentes multiplicadores em nome do progresso do país, sendo contemplados os estados contrários ao governo federal.

Tal política ficou conhecida com o significativo nome de “ajuda às ilhas de sanidade administrativa”, que constituía-se na liberação de verbas da

Aliança para o Progresso, sistema de ajuda econômica continental montada

pelos Estados Unidos, apenas para aqueles estados cujos governadores eram hostis ao governo federal. Dessa forma foram beneficiados, entre outros, os estados da Guanabara, São Paulo, Minas Gerais e no Nordeste

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Cf. DOCUMENTOS oficiais emanados da Reunião Extraordinária do Conselho Interamericano Econômico e Social ao Nível Ministerial realizada em Punta del Leste Uruguai de 5 a 17 de agosto de 1961. Fundo: SSP/DOPS/APEJE. Prontuário n. 28.929.

os estados de Pernambuco até o governo de Cid Sampaio, Paraíba e Rio Grande do Norte. (COGGIOLA, 2001, p. 14).

A USAID usa a Aliança para implementar uma série de programas no Nordeste, entre eles a Liga de Cooperação Técnica dos EUA (CLUSA), que irá agir em conjunto com a CIA, no intuito de monitorar os problemas no campo. O Serviço de Orientação Rural de Pernambuco (SORPE) recebe financiamento direto da CIA e é criado para fazer frente às propostas dos líderes camponeses e impedir a mudança do status quo no campo, sobretudo no estado de Pernambuco, onde as ações das Ligas são mais intensas. Finalmente, a missão USAID no Recife estabelece o Acordo Nordeste, em 13 de abril de 1962, que visa supervisionar os bolsões de pobreza e injetar 131 milhões de dólares a serem alocados no prazo de dois anos em projetos financiados com o objetivo de patrocinar o desenvolvimento na região.

Esse acordos se mantiveram após 1964 e só foram extintos, segundo Thomas Skidmore (1991, p. 83),

quando informações detalhadas sobre as operações do Brasil no Office of Public Safety (um programa da USAID para assessorar e ajudar as forças de segurança dos países ajudados) forneceram aos críticos mais munição para afirmarem que os dólares dos contribuintes norte-americanos estavam sendo usados para treinar e equipar possíveis torturadores. Houve acusações de que assessores de polícia americanos participaram de interrogatórios e até de tortura de prisioneiros. Em outubro de 1971, o senador Fred Harris pediu o corte de ajuda ao Brasil citando a prática continuada da repressão por parte do governo.

Faz-se importante destacar que na base dos acordos está a defesa interna e externa do país e da soberania nacional, amparada na lógica de defesa continental apoiada pelos Estados Unidos, que contempla a proteção do tráfego marítimo e a defesa do território contra o inimigo comum – o comunismo. Para cumprir este propósito, entre os itens mais significativos, se deu a remessa de armas e munições enviadas, às vezes, clandestinamente dos EUA para o Brasil. 91

Percebe-se, assim, a importância que o período representou para Pernambuco, entre outros aspectos, a qualificação técnica, sobretudo no trato da

informação adquire uma atenção especial em todo o aparato de sustentação

político-ideológica na Era Vargas e especialmente no regime de exceção no país, tendo como maior argumento a Segurança Nacional, que será o referencial da

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Cf. Relatório do Ten. Cel. Manoel Thomaz Castello Branco. In: O BRASIL na II Guerra Mundial. Biblioteca do Exército, 1960. p. 84-88.

“mentalidade da informação” elaborada para amparar o regime civil-militar implantado no país sob a estreita colaboração dos Estados Unidos.

Gráfico 4 - Diagrama da articulação dos órgãos de segurança junto à sociedade, 1964-1979 Igrejas /Pastorais Ação, Associações Católicas, etc. Ala Progressista/ Conservadora Partidos Políticos Organizações Político-Sociais Inquérito Policial Militar Crimes contra a Ordem Social Ação Judicial Idéias extremistas de direita e de esquerda Superior Tribunal de Justiça Imprensa Estado de Pernambuco Forças Armadas Investigação censura e repressão, visando a Vigilância e o Controle Social SSP / DOPS Política Clero Sociedade Comunismo Crimes contra a Ordem Política Combate à subversão e à desordem SNI Sindicatos Diversos Greves Movimento Estudantil

A informação constitui-se assim, num tipo específico de poder, um entre tantos outros artifícios usados para o controle disciplinar da sociedade, para a manutenção da vigilância e para a alimentação do ideário de combate às idéias contrárias ao governo seja de esquerda ou de direita, sobretudo para salvaguardar os interesses americanos no país, servindo como um importante pilar de sustentação do regime civil-militar que será implantado no país anos seguintes.

Assim é que a Delegacia de Ordem Política e Social irá se especializar nos processos de produção, coleta, manuseio, manipulação e processamento da informação, no objetivo de rastrear (inicialmente) o avanço do comunismo no estado, em cumprimento às determinações presentes nos acordos e amplamente aceitas por segmentos significativos da elite brasileira.

Um ponto de destaque é que uma de suas características se sedimenta nas transformações administrativas que sofre ao longo de sua existência, o que termina sendo um traço marcante do perfil da entidade, uma vez que ao tratar de uma instância extremamente complexa como a sociedade e se basear na informação para efetivar o controle, isso acaba se refletindo na estrutura do órgão, que passa a se comportar também de forma oscilante, alternando posturas e ações para poder acompanhar as demandas exigidas e assim coletar “as provas” que lhe proporcionarão o aval para promover o gerenciamento/monitoramento da sociedade, numa perspectiva de controle.

As constantes alterações em seu regimento interno, no período que vai de 1935 (criação) a 1990 (extinção), demonstram bem a necessidade de empreender mudanças no órgão, por meio de ajustes em sua estrutura, com o objetivo de aumentar seu potencial de autonomia para agir na vigilância, controle e combate aos crimes variados, sejam de ordem política (controle e vigilância externa) ou de ordem social (controle, vigilância e repressão interna, coibindo as greves, manifestações, o comunismo, etc).

Estando o Exmo. sr. Secretário da Segurança Pública interessado em uma reforma, que venha tornar mais eficiente a atuação desta Delegacia, no setor político e social, apresentamos o presente plano, que julgamos corresponder “in totum” às aspirações daqueles que desejam extirpar do

nosso País as idéias totalitárias de esquerda e de direita, que prejudicam a sobrevivência da democracia.92

Quadro 1 - Modificações na denominação da(o) DOPS-PE

SIGLA PERÍODO DENOMINAÇAO E LEGISLAÇÃO

SOPS 1931 - 1934

Seção de Ordem Política e Social – subordinada à Secretaria de Segurança Pública e, no nível nacional, à Polícia Federal.

IOPS 29.03.1934 a

22.12.1935

Inspetoria de Ordem Política e Social – criada pelo Decreto-Lei nº. 367.