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Duas estruturas para avaliar as cargas tributárias corporativas

2.1 Modelos de mensuração da carga tributária

2.1.3 Alíquotas médias dos impostos

2.1.3.3 Duas estruturas para avaliar as cargas tributárias corporativas

As ATRs corporativas podem ser calculadas com atraso, juntando e compilando os dados exigidos: a proporção de imposto de renda de pessoa jurídica dividida por alguma medida de lucro ou valor adicionado corporativo antes do imposto. Quanto ao imposto de renda de pessoa jurídica nacional, o imposto pago no exterior sobre a renda de fonte estrangeira é ignorado, obrigatório para empresas residentes, independentemente de a propriedade ser nacional ou estrangeira. O lucro econômico, em oposição à renda contábil ou tributável, deveria entrar no denominador, que pode pedir por ajustes da inflação para a renda financeira, a exclusão das empresas com perdas e considerações especiais de prejuízos a compensar, e possivelmente outros ajustes para assegurar uma combinação dos valores do numerador e do denominador.

As relações imposto*PIB também são calculadas para o passado. À parte das suas limitações gerais, as relações do Imposto de Renda Pessoas Jurídicas * IRPJ/PIB * são limitadas sobre a carga tributária do setor corporativo; disfarçam as mudanças no imposto das corporações como uma porcentagem do lucro corporativo, e as mudanças no lucro dessas empresas como uma porcentagem do PIB.

O imposto corporativo relativo ao PIB é determinado pelo produto de duas relações: i) imposto corporativo / lucro corporativo antes do imposto; e ii) lucro corporativo antes do imposto / PIB.

Na primeira, uma alíquota corporativa efetiva média variará com as mudanças na alíquota corporativa nominal e com as mudanças na base tributária corporativa. Conseqüentemente, reflete alterações na política tributária, tais como: administração, planejamento fiscal e adimplemento. A segunda relação variará com as flutuações na contribuição do lucro corporativo para agregar o valor adicionado na economia. Com uma política tributária constante, com regras que determinam as taxas dos impostos corporativos e a base tributária fixa, uma queda no lucro corporativo acima do PIB causaria o declínio da proporção imposto* PIB, que poderia ser interpretado como um indicativo da redução no imposto corporativo sobre lucros das corporações, quando na realidade este valor estaria inalterado.

Conforme já mencionado, para avaliar as cargas tributárias efetivas, relata*se a existência de dois tipos de estruturas: as mensurações calculadas para o passado * 9 0$ < 0 * e as projetadas para o futuro * @ $ < 0

A alíquota média corporativa calculada para o passado avalia: taxa média de imposto corporativo / renda derivada de capital previamente adquirido, existente e aplicado nas empresas. Para o passado: porque avalia as responsabilidades fiscais atuais sobre o lucro gerado a partir do capital social acumulado.

Tais alíquotas são “médias”, ao invés de “marginais”; não são teoricamente baseadas nas condições de equilíbrio da relação benefícios marginais / custos, mas estudam os efeitos dos impostos nas unidades infra*marginais do capital, onde as rendas econômicas podem ser auferidas, e não apenas os efeitos tributários à margem, com rendas completamente esgotadas. São freqüentemente denominadas de “efetivas”, pois capturam a variedade de disposições da alíquota estatutária básica que se sustenta fiscalmente. Com ATRs calculadas para o passado, identifica*se uma abordagem que se apóia em dados agregados * % $ * incluindo as alíquotas implícitas, as quais se baseiam em microdados específicos corporativos, publicamente disponíveis ou confidenciais. A vantagem dos dados corporativos é que eles podem ser agregados para gerar taxas do setor ou por portes específicos de empresas.

Para o futuro, as alíquotas médias corporativas avaliam impostos corporativos como uma porcentagem do lucro antes do imposto, num investimento futuro. Calculadas para o passado, existem índices mais apropriados para tratar de questões do patrimônio líquido com o sistema tributário; poderá ser limitada para inferir como o sistema tributário atual exerce um impacto nos investimentos em uma nova capacidade produtiva. Projetada para o futuro, a mensuração de cargas tributárias sobre novos investimentos apresenta*se correta; pode*se distinguir entre as ATRs de análise de projeto e as alíquotas marginais efetivas * METRs. As ATRs de análise de projeto consideram um projeto de investimento discreto e medem os impostos corporativos a pagar como uma porcentagem do lucro econômico para uma quantia discreta (valores globais) de capital investido. Em contraste, a análise da METR avalia as cargas tributárias na margem (na última unidade da moeda investida), utilizando modelos teóricos que caracterizam um comportamento de investimento ótimo.

De acordo com as condições de mercado e escolhas dos investimentos, a EATR pode se tornar um conceito relevante, nós pensamos que uma abordagem adequada deve modelar as circunstâncias que são relevantes para a tomada de decisão em bases mais realísticas.21

A seguir, inicia*se a análise da alíquota “implícita”, cujo tema tem sido debatido recentemente no contexto europeu. O interesse explica*se em parte por elas poderem ser derivadas de dados publicamente disponíveis, da Estatística de Receita da OCDE e das Contas Nacionais, mas deve*se lembrar que podem ser indicadores enganosos da carga tributária, particularmente as alíquotas implícitas corporativas, por tratar*se de uma média geral, podendo haver distinção de tributação entre as várias empresas.

Nas alíquotas médias calculadas para o passado, derivadas do uso de dados agregados, e resultados usando microdados, enquanto os resultados derivados, usando informações contábeis e financeiras são sugestivos, argumenta*se que os recursos deveriam ser usados para dados confidenciais compilados pelos governos centrais. Somente estes são suficientemente ricos em detalhes para permitir refinamentos para se chegar a ATRs corporativas internamente consistentes, e mensurações da carga tributária sobre as rendas advindas do capital e da mão*de*obra.

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