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ESCOLA MEDICO­CIRURGICA DO PORTO

E D I T A L

Perante o conselho da Escola Medieo­Cirurgica do Porto, se abro concurso de noventa dias, contados do immediate)

áquello em que o presente edital hahlv publicado no «Diário do Governo­, para o provimento de dois logares vagos (um de substituto, outro de demonstrador) na secção cirúrgica d'esta Escola, vencendo o primeiro o ordenado de 40WOOÛ reis, o o segando de 3<M)tfC« reis, afora as gratificações de exercício a que tiverem direito por serviços de s u b s t i t u t o ou outros, . ,

I. Quem pretender habilitar­se para o provimento dos referidos logares deve apresentar na secretaria da Escola, den­

tro do praso do concurso, o seu requerimento ding.do ao di­

rector, instruindo a petição com os documentos seguintes:

■1 " Attestados de bom procedimento moral e civil, pas­

sados pela Camará Municipal e administrador do concelho ou concelhos onde tiver residido nos últimos três annos;

2.» Documento por que prove ter satisfeito as leis do re­

crutamento;

3.p Certidflo de facultativo de nSo padecer moléstia con­

tagiosa e de ter capacidade physiea para o magistério ; 4 " Certilicado do registo criminal ;

5 • Carta de doutor, liconceado ou bacharel formado em medicina pela Universidade de Coimbra, ou earta do curso completo das Escolas Medico­Cirurgicas de Lisboa ou Porto, ou de doutor em medicina pelas faculdades estrangeiras habili­

tado nos termos do artigo í° da lei de » de abril de 1801.

Os candidatos podem juntar todos os mais documentos que comprovem o seu mérito scientific ou serviços feitos as Jottras.

II. Findo o praso marcado, o director convocara o con­

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selho para se constituir o jury do concurso, ao qual serão presentes os requerimentos documentados dos candidatos e que votará sobre a habilitação de cada um, na forma do dis-posto do artigo 9.°, §§ i.*, 2." e 3." do decreto de 22 de agosto de 180o.

III. Na mesma sessão em que se proceda a esta votação, ou em outra inimediata, o jury designará os dias cm que de-vem ser dadas as provas do concurso, a ordem que n'ellas se ha-de seguir, e as mais disposições regulamentares que fòr ne-cessário adoptar.

O presidente do jury fará logo afflxar na porta da sala destinada para os actos do concurso, e n'um jornal do Porto, um edital contendo aquellas resoluções, os nomes dos mem-bros do jury effectivos e supplentes, e dos candidatos admit-tidos.

Uma copia authentica d'esté edital.é enviada á Direcção Geral da Instrucção Publica, para sou conhecimento e para se publicar no -Diário do Governo».

IV. As provas do concurso consistem :

1." Em duas lições de uma hora cada uma sobre pontos tirados á sorte quarenta e oito horas antes; das quaes lições a primeira poderá versar, conforme der o sorteio, sobre anato-mia descriptiva ou sobre anatoanato-mia topographica, ou sobre medicina operatória.; e a segunda, por egual maneira, sobre patologia externa, ou sobre obstetrícia, ou sobro anatomia pathologica;

2.' N'uma dissertação impressa sobre materia escolhida livremente pelos candidatos, do entre as questões mais impor-tes da secção cirúrgica.

D'esta dissertação devem ser entregues na secretaria da escola, quinze dias antes do que for designado para a pri-meira prova do concurso, tantos exemplares quantos forem os vogaes do jury, além dos dois exemplares que, segundo o artigo 2".° do decreto de 22 de agosto de 1865, teem do acom-panhar o processo do concurso (portaria de ti de abril do 18l>(>).

3." Em interrogações sobre o objecto das lições dadas e da dissertação apresentada.

4." Em trabalhos práticos sobre clinica cirúrgica, o so-bre anatomia se a primeira lição tiver sido de medicina ope-ratória, ou sobre operações se a primeira lição tiver sido de anatomia.

V. Os pontos para cada lição não podem ser menos de trinta e comprehendem as matérias e questões mais

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tes do cada sciencia, formuladas como theses, sem referencias a livros do texto.

S ■]." Os pontos são ordenados pelo conselho da oscoln, e estarão patentes na secretaria por espaço do vinte dias, antes do começarem as provas do concurso.

S 2.° Nenhum ponto pôde repetir­se no mesmo concurso.

§ 3.° As matérias que tiverem sido escolhidas pelos can­

didatos para thema das dissertações nSo podem sor objecto de licito no mesmo concurso.

VI. Na forma o processo de prestar as provas, será observado o disposto nos SS I ", 2.°, 3.° o 4.° do artigo 14.» do decreto de 22 de agosto do 1865;

Cada liçiio dada será instruída com a demonstração do que fôr susceptível.

VIÏ. Em acto continuo á expoaiçõo oral de cada ponto, os candidatos sâo interrogados, por espaço do uma hora, por dois membros do jury por esto designados, sobre o objecto da mesma lição.

VIII. Km cada dia lêem dois ou tros candidatos.

O ponto é tirado em presença do três membros do jury na secretaria da escola, pelo candidato que a sorte decidir quo seja o primeiro a fazor a leitura.

Se todos os candidatos lerem no mesmo dia, o ponto é o mesmo para todos; é porém diverso para cada um, se os can­

didatos forem tantos que o nfio possam 1er n'esse mesmo dia.

..Miando o ponto 6 o mosmo para todos os candidatos, nenhum pôde ouvir os que o precedem.

IX. No dia destinado para a sustentação da dissertação, os candidatos sâo interrogados sobre a doutrina d'ella por.

dois ou 1res membros do jury por elle nomeados.

t; i.° Estas interrogações duram hora e meia.

S 1° N'esta prova obsorva­se o que fica disposto no§ 1."

do artigo 13.° do citado decreto de 22 d'agosto do 1863.

x" Durante as provas praticas, os membros do jury po­

dem dirigir aos candidatos as interrogações que julgarem no­

cessatíáfi "sobre a execução do processo que foi objecto d'essas provas.

As provas praticas do concurso sflo as mesmas para to­

tós os candidatos que a ello se habilitarem o feitas nos mes­

mos dias. ,, Xt. Todo o candidato quo faltar a tirar o ponto, ou a

a W m a d a s provas, rib dia o hora marcados, sem ter prevê:

nido o presidente do jury, perde o direito ao concurso.

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XII. Se o candidato, antes de tirar o ponto ou de prin-cipiar alguma das provas do concurso, prevenir o presidente do jury do motivo justi(içado que o inhibe de comparecer, o mesmo presidente convoca logo o jury, que, verificado que o impedimento ó legitimo, pode espaçar até quinze dias o con-curso do candidato impedido, continuando sem interrupção as provas dos outros concorrentes.

§ único. O candidato que por justificado motivo faltar á lição para que liou ver tirado ponto, é obrigado, quando seja admittido a nova lição, a tirar outro ponto.

XIII. Sc, por alguma causa extraordinária os actos do concurso forem interrompidos, as provas já dadas nflo se re-petem.

Na constituição do jury e forma das votações, lanto para a admissão, como para a graduaçiio final dos concorrentes, se observará o disposto nos decretos do 22 de agosto de 1865» 7 de fevereiro de 1866, e ti do dezembro de i87l>, o portaria do 1(1 de abril de i860.

Escola Medico-Cirurgica do Porto, li do novembro de O Director da Escola,

Antimin Joaquim de Mornes Caldas.

EDITAL

Antonio Joaquim de Moraes Caldas, Medico-Cirurgião pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, Lente jubilado e Director da mesma Escola, etc.

Faz saber que, em conformidade do Regulamento appro-vado por Decreto do 28 de Fevereiro de dt84, está aberto con-curso para admissão de um alurnno pensionario na Escola Medico-Cirurgica do Porto, o qual tom a receber, pelo legado da benemérita D. Rita d'Assis de Souza Vaz, a quantia annual de Î16J5COO reis em mensalidades o mais 1Q£20Ú reis para aber-tura e oncerramento de matricula.

Os pretendentes toem de apresentar os seus requerimen-tos devidamente documentados, até ao dia ;i de novembro do corrente anno, para serem presantes ao conselho escolar da

re-Escola Medico-Cirurgica do Porto 18Í

forida Escola. Além dos documentos legalmente exigidos para a primeira matricula, terão do instruir os seus requerimentos com a certidão e attestados seguintes:

1." Certidão por onde provem que são cidadSos portu-guezes ;

-1." Attestado do bom comportamento;

:i." Attestados de que não possuem, nem seus pães, ren.

dimentos sufílcientos para supprirem as despezas do tirocínio escolar.

Os attestados do bom comportamento e de deficiência do meios pecuniários serão passados pelas camarás municipaes

pelos administradores dos concelhos a que os requerentes pertencerem, tanto pela sua naturalidade como pela sua resi-dência.

O conselho escolar, depois de decidir quaes os requeren-tes que pelas suas circunstancias podem ter direito ao benefi-cio da pensão, concederá esta ao que nos seus exames do

pre-paratórios tiver obtido melhores qualificações.

No caso de dois ou mais requerentes se apresentem eguaes em habilitações litterarias, o mais novo em annossera preferido.

Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto, Ò do se-tembro dei iXC. 0 Director,

Antonio Joaquim de Moraes Caldas.

EDITAL

Antonio Joaquim de Moraes Caldas, Medico-Cirurgião pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, Lente [proprietário em exercício, e Director da mesma Escola, etc.

Faço saber que tendo vagado no corrente mez d'outubro um logar do pensionista do legado do benemérito Bruno Al-ves Nobre, está aberto concurso, até ao dia S do proximo tnez de novembro, para o provimento do referido logar

I o o pensionista será do sexo masculino e percebera uma mensalidade de doze mil reis, além de um abono annual atécincoenta mil reis par.i matriculas e livros.

2.0 Silo candidatos á pci s o todos os recolhidos em

es-hi Anno lectivo de 1906-1907

tabelecimontos de caridade da cidade do Porto o provinda do Minho, que tenham doia annos completos de residência no respectivo estabelecimento, approvaçao no exame do admissão aos Lyceus e menos de quinzo annos de idade.

31° Os directores ou regentes das mencionadas casas de caridade enviarão a esta Escola Medico-Cirurgica, dentro do prazo do concurso, uma relação authentica c completa de to-dos os asylato-dos que estejam nas condições exigidas para con-correr á pensão, indicando seus nomes, idades e classificação obtida no exame do adruissSo aos Lyceus e em quaesquer ou-tros exames que tenham feito.

Os directores ou regentes que subscrevem esta relação, da-rão informações sobre aquelles que mais dignos julgarem da pensio.

4,° Sao motivos de preferencia a classificação obtida no exame de admissão e as classificações obtidas n'outros exa-mes; em egualdade do condições sao preferidos os mais ve-lhos, e no caso de idades iguaes a escolha é por sorteio.

3.° Todo o pensionista tem obrigação do seguir com aproveitamento o curso que escolher o do incluir entro os seus appollidos a palavra Nobre; os que faltarem a esta obri-gação perdem o direito á pensão.

().° Os regulamentos respectivos, assim como quaesquer outros esclarecimentos, podem ser solicitados na secretaria da Escola Medico-Cirurgica.

Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto, S3 do outubro de 1906.

O Director,

Antonio Joaquim do Moraes Caldas.

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