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EDUCAÇÃO DO CAMPO: O CAMINHO DE LUTA NA CONCRETUDE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

2. O DESLOCAMENTO DA CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO RURAL PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO

2.2 EDUCAÇÃO DO CAMPO: O CAMINHO DE LUTA NA CONCRETUDE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Procuro trazer a trajetória da Educação do Campo na legislação brasileira, como aos poucos concretiza, através de muita luta, reivindicações e pressões de diversos setores sociais da sociedade civil organizada e Movimentos Sociais vai tomando proporções na pauta da Educação Brasileira.

A Constituição Brasileira de 1988 assegura, no Art. 205; a Educação, como um direito de todos[...]. Esse foi o diferencial se é direito de todos, então os povos do campo, os indígenas e os quilombolas também têm direito à educação a partir desta expressão na constituição que começam a surgir movimentos para incluir esses sujeitos que estão fora do acesso à educação e como também uma educação de qualidade.

E, o artigo 206, da Constituição Brasileira (1988), determina que o ensino seja orientado por princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, para que todos tenham os mesmos direitos e garantia de poder não só entrar na escola, mas continuar na escola estudando. Nesses artigos, destaca-se que a Educação é direito de todos, está à legalidade de que os sujeitos do campo têm o direito à educação.

Com a garantia destes direitos, o Congresso Nacional aprovou a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, a qual, assim estabelece:

Art. 5º O acesso ao ensino público fundamental é direito público subjetivo podendo qualquer cidadão, grupo de cidadão, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e o Ministério Público acionarem o Poder Público para exigi-lo.

A expressão Educação como direito público subjetivo quer dizer que é um direito de todos independente de onde vivem, onde trabalham:

Art. 28 Na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente.

I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar e fases do ciclo agrícola e as condições climáticas;

O artigo 28, da LDB (1996), trata da possibilidade de adaptações necessárias da estrutura curricular, às exigências às unidades escolares do território rural. A lei potencializa um trabalho diferenciado para as populações do campo. A práxis rural das escolas em assentamentos delineou características em nível educacional de experiências de educação, de aprender com a diversidade do campo. Pensar a escola do campo é pensar os sujeitos que vivem lá, no seu contexto, bem como sua dimensão como cidadão e a sua ligação com o processo produtivo. As diferenças estão no currículo apropriados à realidade do campo, e na organização da escola, com calendário adequado ao trabalho na agricultura (plantio, colheita, etc.), considerando as especificidades do campo.

Vale ressaltar que a Educação do Campo tem uma vasta trajetória de luta, reivindicações e organizações de vários sujeitos coletivos. Destacam-se, como sujeitos dessa prática social, as organizações e os Movimentos Sociais populares do campo que reagem a um modelo exploratório de Educação Rural, surgindo, assim, o Movimento Nacional de Educação do Campo7, pois a escola do campo não poderia ser mais considerada o que tinha sido historicamente.

Em 1998, na I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo8, foram apresentadas as experiências dos movimentos. Foi um evento de grande diversidade na Educação do Campo realizado no Brasil. A partir dessa é lançada a bandeira na busca de um novo projeto de Brasil, que prioriza o social. Propunha uma agenda e rede de pesquisa que recolocassem o campo como objeto de preocupação de estudiosos (Caderno 1 – Por uma Educação Básica do Campo).

Como aponta Arroyo (1999, p. 09), as experiências trazidas à conferência mostram que há, no campo, tanta ou mais transgressão do que nas escolas urbanas, que há consciência da possibilidade de construir outra proposta pedagógica, outra educação de jovens e adultos, de formar outro profissional. A Educação do Campo nasceu e cresceu, afirmando-se nos movimentos de renovação pedagógica brasileiro. Está em condições de dialogar com educadores das cidades, das secretarias de educação, da academia, enfim, de abrir espaços nas pesquisas. Essa conferência foi à afirmação de um processo rico e promissor da construção de uma Educação Básica no Campo. As experiências narradas e, sobretudo, as vivências, o

7 O “Movimento Nacional de Educação do Campo” está no fato de ser constituído de organizações sociais

sólidas, que se movem em torno da questão do campo, os quais assumem a luta por uma educação própria aos povos do campo. Assim, a Educação do Campo, a par de se constituir um movimento em si, se constitui num conteúdo, numa agenda comum de sujeitos sociais diversos (Antonio Munarin). Disponível em:

http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT03-4244--Int.pdf.

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I Conferência Nacional: Por uma Educação Básica do Campo, em Luziânia (GO), realizada de 27 a 30 de julho de 1998.

pensamento, os valores revelados pelos educadores e educadoras presentes mostraram que a educação estava acontecendo no campo.

A Educação do Campo constrói significados de um novo conceito em construção9, uma educação que considera os sujeitos na sua vida, com referência fundamental com e para os sujeitos do campo, capaz de, participar da construção de sua história. A Educação do Campo começa posicionando-se contra a Educação Rural, mesmo assim o Estado não se sensibiliza, continua ligado às classes dominantes, com um modelo urbanocêntrico de educação. No Plano Decenal (2001 – 2010) - Diretrizes para Educação está a prova de que nele não constam diretrizes voltadas para Educação Rural.

O Plano Nacional de Educação – Lei nº 10.172/2001, aprovado pelo Congresso Nacional, determina as metas a serem cumpridas pelos governos federal, estadual e municipal em relação à educação e também estabelece tratamento diferenciado para a escola rural.

O Plano Nacional de Educação estabeleceu que todos os Estados e Municípios devem elaborar, com participação da comunidade, os seus próprios Planos de Educação neste plano deverão constar as metas que cada Estado e Município deve prosseguir em relação à educação. E também em relação à educação do campo (EDUCAÇÃO DO CAMPO: direito de todos, p. 21).

Através dessa lei não foi possível reverter o quadro de abandono em que se encontravam as escolas no campo. Ao contrário, universalizou o transporte escolar, gerando o fechamento de escolas localizadas nas áreas rurais, transferência de alunos para as escolas urbanas, transporte de estudantes em veículos inadequados e sucateados, percorrendo longos caminhos, em trajetos perigosos.

Entretanto, os Movimentos Sociais começaram a exigir as Diretrizes Operacionais da Educação do Campo para a Educação Básica do Campo.10 Iniciando uma intensa luta de articulação Nacional para a Educação do Campo11 a partir da Conferência: Articulação Nacional por uma Educação do Campo, sendo um processo organizativo de Educação com Movimentos Sociais como MPA, MMC, MST, APB, e o sindicalismo: Contag e CUT -

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Concepção de Educação do Campo – setor de Educação MST Iterra, 2008. 10

Projeto de Resolução – de 04 de dezembro de 2001. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Disponivel Http:// www.mec.gov.br

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Movimento Nacional de Educação do Campo – oganizou-se em torno da questão da Educação do Campo. Com efeito, constatam-se sinais de um movimento nascente, de conteúdo político, gnoseológico e pedagógico, que vem sendo construído por determinados sujeitos coletivos ligados diretamente às questões agrárias. Destacam-se como sujeitos dessa prática social, organizações e movimentos sociais populares do campo, e somam se a estes pessoas de instituições públicas, como universidades, que fazem uso da estrutura do próprio Estado em favor de seus intentos e dos projetos políticos a que se associam (MUNARIM). Disponível em http://www.anped.org.br.

Movimento Sindical Alternativo onde começaram a exigir do MEC a elaboração das Diretrizes Operacionais da Educação do Campo. Esse movimento foi direto ao Conselho Nacional de Educação e é formado por representantes da sociedade que produzem e elaboram as diretrizes. Em 03 de abril de 2002, através da Resolução CNE/CEB 001, foram instituídas as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo, sendo publicado no Diário Oficial da União, aprovado, porém, “engavetado”.

Somente em 2004, o Ministério da Educação começa a entender que a Educação do Campo precisa ser diferenciada,e para tanto, cria um setor específico, o Grupo Permanente de Educação do Campo. Com a criação da SECADI (2004), está vinculada a Coordenação Geral da Educação do Campo. Esta coordenação tem o compromisso de produzir uma proposta Nacional de Educação do Campo. Neste período aconteceram diversos seminários nacionais, uma política de educação do Campo coordenada pelo MEC, com orientação do Movimento Social e da Sociedade Civil.

O Conselho Nacional de Educação aprova, através da Resolução nº 01/2002, as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo. No momento, os Movimentos Sociais do Campo entraram em ação para pôr em prática essas Diretrizes, pois representaram um marco importante para a Educação do Campo.

Em 2003, o Brasil muda de governo e os Movimentos Sociais articulados continuam em ação. As principais campanhas que aconteceram no país como o Grito da Terra12 o Abril Vermelho 200313, Marcha das Margaridas14 vinculadas a Contag – CUT.

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O Grito da Terra trata-se do principal evento da agenda do movimento sindical do campo, pois reúne milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais de todo o País em Brasília. O Grito da Terra Brasil é uma mobilização promovida pela Contag e apoiada pelas Fetags, possuindo um caráter reivindicatório. É por essa razão que a manifestação pode ser considerada como uma espécie de data-base dos agricultores familiares, dos trabalhadores sem-terra e dos assalariados e assalariadas rurais brasileiras. O primeiro Grito da Terra Brasil foi organizado em 1995 e teve como saldo imediato a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 1,5 milhão para a agricultura familiar. Desde então as Fetags também promovem os Gritos da Terra Estaduais, que negociam com os governos estaduais a pauta de reivindicações dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais. (htttp://www.contag.org.br/) 13

A Marcha Abril Vermelho 2003 foi a primeira manifestação com a Carta da Terra, entregue ao Governo Federal em julho de 2003. Depois desta, desencadeamos um conjunto de manifestações e mobilizações sociais, como o Congresso das Mulheres Camponesas (MMC); a Marcha das Margaridas, o intitulado "abril vermelho" (MST); o Grito da Terra (CONTAG); a Marcha "Águas para a vida e não para a morte” (MAB); a GREVE dos servidores do INCRA (CNASI) e diversas ações ocorridas em nível municipal, estadual e nacional. Disponível em http://www.social.org.

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AMarcha das Margaridas noo dia 26 de agosto de 2003, Brasília amanheceu de braços abertos para acolher a ação de massa organizada pela Contag (Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura), FETAGs, STRs, CUT, MMTR/NE, CNS, MIQCB, e diversas entidades parceiras. Disponível em http://www.sof.org.br/publica/pdf_ff/45.pdf

Contemplam e refletem um conjunto de preocupações conceituais e estruturais presentes historicamente nas reivindicações dos movimentos sociais. Dentre elas o reconhecimento e valorização da diversidade dos povos do campo, a formação diferenciada de professores, a possibilidade de diferentes formas de organização da escola, a adequação dos conteúdos as peculiaridades locais, o uso de práticas pedagógicas contextualizadas, a gestão democrática, a consideração dos tempos pedagógicos diferenciados, a promoção, através da escola, do desenvolvimento sustentável e do acesso aos bens econômicos, sociais e culturais (CNE/MEC: 2002).

A aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação (2002), por sua vez representa um avanço na construção de uma educação para o campo, de uma escola de vida, de um novo espaço para o desenvolvimento humano. De acordo com Mançano (2009, p.136), é um novo passo para quem acredita que o campo e a cidade se complementam e, por isso mesmo, precisam ser compreendidos como espaços geográficos singulares e plurais, autônomos e interativos, com suas identidades culturais e modos de organizações diferenciadas.

Já as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica (2002) nas escolas do campo compõem um conjunto de recomendações aos governos sobre como fazer para que todas as crianças e jovens do campo tenham educação garantida e de qualidade no campo. Destacam- se o artigo julgado importante para este estudo:

Art. 6º O Poder Público, no cumprimento das suas responsabilidades com o atendimento escolar e à luz da diretriz legal do regime de colaboração entre a União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios, proporcionará Educação Infantil e Ensino Fundamental nas comunidades rurais, inclusive para aqueles que não concluíram na idade prevista, cabendo em especial aos Estados garantias condições necessárias para o acesso ao Ensino Médio e à Educação Profissional de Nível Técnico (Resolução CNE/CEB 1/2002).

De acordo com exposto, o direito à educação das pessoas que vivem no campo deve estar de acordo com a realidade social das comunidades, mas, para que se efetivem, precisam de pressões, justificando assim os Movimentos Sociais que lutam por um processo de mobilização em favor da educação, levando em conta os seus contextos, com uma metodologia específica para o campo.

Em agosto de 2004, aconteceu a II Conferência Nacional de Educação do Campo15 com elementos que estabelecem importantes políticas, programas, propostas e críticas. A

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Somos 1.100 participantes desta II Conferência Nacional Por Uma Educação do Campo (II CNEC); Luziânia, GO, 2 a 6 de agosto de 2004 representantes de Movimentos Sociais, Movimento Sindical e Organizações

declaração final da II Conferência Nacional por uma Educação do Campo defendeu a mudança da forma arbitrária atual de classificação da população e dos municípios como urbanos e rurais. Também, para fortalecer a Educação do Campo, a partir do Fórum Estadual criou-se o FONEC – Fórum Nacional de Educação do Campo. O MEC, enfim, reconheceu a Educação do Campo usando, pela primeira vez, a expressão “Educação do Campo”, em 2008, na Resolução nº 02, de 28 de abril de 200816.

Outra conquista está na assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no documento que regulamenta a Política Nacional de Educação do Campo, O Decreto da

Educação do Campo: um novo instrumento político para reforçar a construção social de um

novo conceito e de uma nova prática. É considerado o marco na história das políticas públicas da Educação do Campo, pois é um avanço nas Diretrizes Operacionais para as escolas do campo. O Decreto 7.352, de 04 de novembro de 2010, dispõe sobre a política de Educação do Campo e o Programa Nacional na Reforma Agrária – PRONERA, o qual é um avanço no autossignificado de campo. Esse decreto, também possibilita uma mudança de conceito de campo: mais do que perímetro não urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria produção das condições da existência social e com as realizações da sociedade humana. O decreto institui uma Política Nacional de Educação do Campo:

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: populações do campo: os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os caboclos e outros que produzam suas condições materiais de existência a partir do trabalho no meio rural (BRASIL, 2010, p. 01).

Assim, o campo é identificado como o espaço das florestas, onde vivem os diversos povos, lugar de vida e, também, de educação. Contemplam os trabalhadores do campo, na mais diversidade pescadores artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os caboclos entre outros.

Sociais de Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo e da Educação; das Universidades, ONG´s e de Centros Familiares de Formação por Alternância; de secretarias estaduais e municipais de educação e de outros órgãos de gestão pública com atuação vinculada à educação e ao campo; trabalhadores/trabalhadoras do campo, educadoras/educadores e educandas/educandos: de comunidades camponesas, ribeirinhas, pesqueiras e extrativistas, de assalariados, quilombolas, povos indígenas. (Cartas, II CONFERÊNCIA, Declaração final) 16

Resolução n. 02, de 28 de abril de 2008, estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo.

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: escola do campo aquela situada em área rural, conforme definida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou aquela situada em área urbana, desde que atenda predominantemente a populações do campo (BRASIL, 2010, p. 01).

Esse é um fator importante, definido pelo IBGE, pois define escola do campo como aquela situada no campo e, também, a escola que atende alunos do campo, mesmo situada no perímetro urbano.

Os municípios precisam, a partir desse movimento, ter diretrizes explícitas de Educação do Campo, a fim de obrigar novas possibilidades ao acesso à educação e permanência na escola. É contestável educandos/as do campo a estudarem em escolas urbanas e serem tratados como alunos urbanos, isso é negar a existência da população do campo. Decreto nº 7.352 de 4 de novembro de 2010, ressalta:

Art. 2º São princípios da educação do campo:

I - respeito à diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia;

II - incentivo à formulação de projetos político-pedagógicos específicos para as escolas do campo, estimulando o desenvolvimento das unidades escolares como espaços públicos de investigação e articulação de experiências e estudos direcionados para o desenvolvimento social, economicamente justo e ambientalmente sustentável, em articulação com o mundo do trabalho;

III - desenvolvimento de políticas de formação de profissionais da educação para o atendimento da especificidade das escolas do campo, considerando-se as condições concretas da produção e reprodução social da vida no campo;

IV - valorização da identidade da escola do campo por meio de projetos pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologias adequadas às reais necessidades dos alunos do campo, bem como flexibilidade na organização escolar, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas (BRASIL, 2010, p. 01).

A partir desse decreto, há a possibilidade de construir uma educação que ofereça condições legais para que as proposições da Educação do Campo sejam realidade. É possível uma política pública de educação que contribua “por um Brasil Rural com gente.” De acordo com o parecer, tem-se a possibilidade de entender que os sujeitos do campo são sujeitos com saberes, cultura e trabalho e mais é necessário. Entender que o campo é diverso, reconhecer e trabalhar com os conhecimentos e saberes.

Outro momento relevante para a Educação do Campo é o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020, que estabelece metas como: