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Efetividade ao § 7º, art 195 da CF

4. EFETIVIDADE DO PARÁGRAFO 7º, ARTIGO 195, DA CONSTITUIÇÃO

4.5 Efetividade ao § 7º, art 195 da CF

Acreditamos que os elementos fornecidos até aqui já nos proporcionam subsídios suficientes para formar convicção acerca da indagação dantes formulada e que ainda permanece sem resposta conclusiva, ou seja, qual instrumento normativo está em maior conformidade com o espírito emanado do artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal, de modo a não limitá-lo na sua extensão ou mesmo esvaziá-lo. Ou ainda, como é possível imprimir efetividade ao preceito constitucional inserido no artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal?

A Constituição Federal de 1988, como constituição social que é, e, imbuída dos ideais do solidarismo, compreendeu a importância da assistência social na concretização do valor do bem-estar social, e, valendo-se da técnica da extrafiscalidade, atribuiu uma garantia constitucional às entidades de assistência social, ao conferir-lhe a imunidade de contribuições para a seguridade social, com o fito de encorajar tais atividades.

Contudo, a despeito do debate que norteia o tema – se a lei apta a ditar as exigências para fruição desta imunidade é uma lei complementar ou uma lei ordinária –, entendemos que se faz imprescindível não se distanciar do intuito emanado pelo artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal, no sentido de que a Constituição é expressa ao conceder a imunidade de contribuições para seguridade social às entidades beneficentes de assistência social.

Embora acreditando que dentre os dois instrumentos legais dantes citados, o Código Tributário Nacional seja aquele que mais se adéque aos preceitos que emanam do artigo 195,

parágrafo 7º, da Carta Magna, relutamos em fornecer uma resposta simplista no sentido de ser ele o instrumento apto a imprimir efetividade ao preceito constitucional.

Isto porque, em assim sendo, correríamos o risco de sermos contraditórios com tudo quanto desenvolvido no presente estudo, eis que o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), por ser anterior à promulgação da Constituição Federal de 1988, evidentemente, não foi concebido às luzes dos valores e finalidades que inspiram e norteiam o texto constitucional, inclusive do artigo 195, parágrafo 7º, da Magna Carta.

Desse modo, julgamos necessário repensar a legislação que envolve a imunidade de contribuições para a seguridade social das entidades beneficentes de assistência social, no sentido de adequar a mentalidade do legislador infraconstitucional à ordem social imposta pela Constituição Federal de 1988, sob pena de tornar inócuo o ditame constitucional.

O legislador infraconstitucional, mesmo após passados mais de vinte anos da promulgação da Constituição Federal, parece insensível ao chamamento constitucional, impondo dificuldades para a efetiva fruição da imunidade em comento; talvez pautado no receio da ocorrência de fraudes.

Evidente que a fiscalização eficiente é providência que se impõe para assegurar o não desvirtuamento do preceito constitucional, não sendo crível que o papel fiscalizatório seja alcançado pelo enrijecimento das leis infraconstitucionais e consequente esvaziamento do preceito constitucional.

Ademais, a edição de leis infraconstitucionais imbuídas do espírito solidário, da ideia do estado de bem-estar, conscientes da relevância que a assistência social possui na redução das desigualdades sociais, tanto assim que mereceu uma garantia constitucional, seria salutar para toda a sociedade.

Assim, lamentavelmente, não possuímos no ordenamento jurídico pátrio um instrumento legal totalmente apto a imprimir efetividade ao preceito constitucional contido no artigo 195, parágrafo 7º da Constituição Federal, quer por não ter sido concebido sob as luzes da Constituição Federal de 1988 (como ocorre com o Código Tributário Nacional), quer por conter exigências de difícil cumprimento (como ocorre com a Lei nº 12.101/2009).

Por fim, imperioso não perder de vista o raciocínio explanado no início do presente estudo, onde pudemos constatar que as imunidades são previstas constitucionalmente, justamente por guardarem valores extremamente relevantes pela Constituição garantidos, de modo que merecem todo respeito e atenção do legislador infraconstitucional.

CONCLUSÃO

Diante do trabalho a que nos propusemos, chegamos às principais conclusões:

1. Seguindo as ideias de Beveridge, a Constituição Federal de 1988 inaugurou no Brasil o modelo de seguridade social, onde não há lugar apenas à proteção ao trabalhador, como ocorre no seguro social, mas a todos os cidadãos que se encontram em estado de necessidade. Dentro da seguridade social, a assistência social é vocacionada a prestar amparo aos carentes, abarcando todos que, não tendo capacidade econômica para contribuir, necessitem de amparo do sistema de seguridade social e não se enquadrem no rol de segurados obrigatórios da previdência social.

2. É evidente o papel de relevância que a assistência social possui no contexto da Constituição Federal de 1988, que como Constituição Social que é, se movimenta sempre no sentido de proporcionar a superação das desigualdades e a erradicação da pobreza. Por tal razão é que as entidades beneficentes de assistência social mereceram da Carta Magna uma garantia, concedida sob a forma da imunidade de contribuições para a seguridade social.

3. O estudo de tal imunidade requer uma investigação histórica, ainda que breve, de modo a comprovarmos que tanto a assistência social, quanto as exonerações tributárias, estão presentes nas legislações há longa data. Tal incumbência restou ao Capítulo I do presente estudo. Com a Lei dos Pobres, no reinado de Isabel I, em 1601, na Inglaterra, tivemos a primeira grande manifestação legal sobre assistência social, ao passo que desde o Império Romano os Estados se valem das exonerações de tributos para as mais diversas finalidades.

4. O Capítulo I também se ocupou de traçar as linhas de atuação da seguridade social e das exonerações tributárias. Hodiernamente, no ambiente constitucional nacional, temos a seguridade social, que compreende um conjunto de ações destinadas a prestar proteção ao cidadão de forma integrada, em três diferentes áreas, a saber, (i) previdência, (ii) assistência social, e (iii) saúde.

5. A previdência segue o funcionamento do seguro, e, portanto, depende de contribuições, destinando-se a fornecer proteção previdenciária aos seus segurados – trabalhadores – em ocasiões de perda ou redução da capacidade para o trabalho. A saúde tem a função de amparar a população contra as possíveis doenças, ou preveni-las, conferindo proteção a quem dela necessitar, sem exigir qualquer contraprestação. Por seu turno, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à

seguridade social, abarcando todos que, não tendo capacidade econômica para contribuir, necessitem de amparo e não se enquadrem no rol de segurados obrigatórios da previdência social, ou seja, prestar amparo aos carentes.

6. Com relação às exonerações tributárias, é certo que o tributo é um ônus, eis que grava e onera o patrimônio particular. Por isso chamamos de exoneração o fenômeno de tirar dito ônus, , cabendo ao Capítulo II a tarefa de tratar destas figuras de forma mais detida. Os institutos que possuem efeitos exonerativos são: (i) imunidades, (ii) isenção, (iii) redução de bases de cálculo e alíquotas, etc.. A isenção opera no plano da definição da incidência e dá-se no plano da legislação ordinária; diferentemente da imunidade, a qual opera na distribuição das competências e dá-se no plano constitucional, justamente por salvaguardar fatos, pessoas ou bens valiosos para o Estado. Já a não-incidência ocorre quando são inexistentes os pressupostos de fato idôneos para desencadear a incidência.

7. Ainda no Capítulo II, pudemos constatar que é possível classificar as imunidades em (i) condicionadas e (ii) incondicionadas, conforme exijam, ou não, o concurso de norma infraconstitucional para que tenham plena eficácia, sendo certo que a imunidade prevista no artigo 195, parágrafo 7º, da Carta Magna, é condicionada, conforme não deixam dúvidas as letras deste artigo.

8. O Capítulo III, por seu turno, nos informou que há a corrente doutrinária e jurisprudencial que entende que as exigências a regular a fruição da imunidade de contribuições para a seguridade social, das entidades beneficentes de assistência social, devem ser estipuladas por uma lei complementar, logo, consideram o Código Tributário Nacional como capaz a tal mister. Já aqueles que consideram que as exigências podem ser previstas em lei ordinária, acolhem a Lei nº 12.101 de 2009.

9. O confronto do Código Tributário Nacional e das exigências contidas na Lei nº 12.101/2009 permite-nos identificar que os incisos do artigo 14, do Código Tributário Nacional,se afinam com alguns dos incisos do artigo 29, da Lei nº 12.101/09, e que todas as demais exigências contidas na Lei nº 12.101/09 excedem os ditames do Código Tributário Nacional. O Supremo Tribunal Federal já se manifestou diversas vezes e sobre diferentes enfoques acerca da imunidade de contribuições para a seguridade social das entidades beneficentes de assistência social.

10. Contudo, a despeito deste debate acerca do tema, consideramos imperioso invocar a necessidade de efetivação do preceito constitucional em apreço, em prol de assegurar que o

esquema de proteção social engendrado pela Constituição Federal de 1988 seja plenamente atingido. E a este mister se dedica o Capítulo IV do estudo.

11. As normas imunizantes constituem regras que demarcam negativamente as competências tributárias. Elas impõem limites à atuação estatal, especificamente quanto ao exercício da tributação sobre certos direitos eleitos como relevantes para o Estado democrático de direito. No caso, o bem a ser protegido é a assistência social (que presta proteção aos carentes) e a garantia constitucional oferecida é a imunidade de contribuições para a seguridade social das entidades beneficentes de assistência social que, evidentemente, se coloca em defesa destas entidades, (até mesmo porque, como parte integrante da seguridade social, a assistência social afigura-se direito fundamental, e, como tal, é merecedora de proteção constitucional).

12. Tomada pela solidariedade, a Magna Carta concede a imunidade de contribuições para seguridade social às entidades beneficentes de assistência social, tendo tais entidades como aliadas no enfrentamento da pobreza e da marginalização, e na redução das desigualdades sociais, nos exatos termos do que preceitua o artigo 3º, inciso III, da Constituição Federal. Nosso Texto Supremo quer trazer para dentro do sistema de seguridade social os particulares que se dedicam à assistência social, com o fito de fomentar tal atividade. Esta ambição se explica na medida em que, tendo como beneficiários os carentes – aqueles que não detêm capacidade de contribuir para a previdência social (como já restou esclarecido nos item introdutórios do presente estudo) –, haveria de se engendrar alguma forma de atrair os particulares para tal atividade. Essa tarefa restou assinalada à imunidade de contribuições para seguridade social das entidades beneficentes de assistência social.

13. Lado outro, a prioritária interpretação da imunidade do artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal, há de levar em conta o objetivo para o qual tal preceito constitucional foi erigido. Isto porque não se pode olvidar a função promocional do Direito, com a qual se promove a realização de atos socialmente desejáveis. É a chamada função extrafiscal do tributo.

14. É evidente que as imunidades estão inseridas nos comandos reforçados por prêmios. Assim, pelo fato de estarmos num modelo estatal de bem-estar social, a Constituição Federal incentiva que particulares exerçam atividade de assistência social, incentivando-os com a imunidade de contribuições para a seguridade social, a fim de ampliar o amparo aos carentes, até mesmo porque, por cuidar daquele que não pode pagar, a assistência social

exerce menor atratividade sobre o particular, de modo que, sabiamente, a Constituição Federal engendrou uma forma de aproximar o particular para tal área de atividade.

15. Assim, no Capítulo IV, após termos trilhado o estudo (i) da interpretação finalística do preceito constitucional em comento; (ii) da análise da imunidade em tela como uma garantia constitucional; e (iii) da apreciação do preceito às luzes do princípio da solidariedade social, constatamos que dentre os dois instrumentos legais dantes citados, o Código Tributário Nacional seja o mais adequado aos preceitos que emanam do artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal. Contudo, relutamos em fornecer uma resposta simplista no sentido de ser ele o instrumento apto a imprimir efetividade ao preceito constitucional.

16. Isto porque, se assim fizéssemos, seríamos contraditórios com tudo quanto desenvolvido no presente estudo, uma vez que o Código Tributário Nacional, que data de 1966, não foi concebido às luzes dos valores e finalidades que inspiram e norteiam a Constituição Federal de 1988.

17. Assim, concluímos que não possuímos, no ordenamento pátrio, um instrumento legal totalmente apto a imprimir efetividade ao preceito constitucional contido no artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal, quer por não ter sido concebido sob as luzes da Constituição Federal de 1988 (como ocorre com o Código Tributário Nacional), quer por conter extensas exigências de difícil cumprimento (como ocorre com a Lei nº 12.101 de 2009).

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ANEXO A – LEI Nº 12.101, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009

Dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social; altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis nos8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Medida Provisória no 2.187-13, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e

eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 2o As entidades de que trata o art. 1o deverão obedecer ao princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir suas atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria profissional.

CAPÍTULO II

DA CERTIFICAÇÃO

Art. 3o A certificação ou sua renovação será concedida à entidade beneficente que demonstre, no exercício fiscal anterior ao do requerimento, observado o período mínimo de