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empregabilidade e a geração de renda nas mais distantes localidades (Rede SENAI de educação

pr ofissional devem , pr eferencialm ent e, ser ar t iculados à educação de j ovens e adult os ( decr et o 5154/ 04 e Lei 11.741/ 2008) . A pr opost a de que a EJA e a educação pr ofissional r ealizem - se de for m a ar t iculada ent r e si est á fundam ent ada, no ar gum ent o de que a for m ação cient ífica e cult ural é indispensável ao processo de form ação profissional e para o ingr esso no m undo do t r abalho. A propost a t am bém leva em cont a a realidade cont em porânea em que as t ransform ações t ecnológicas ocorrem de m odo acelerado, r esult ando em dem andas sociais e cult ur ais crescent es.

De acor do com as dir et ivas apr esent adas par a a educação pr ofissional t écnica no Br asil ( decr et o 5154/ 04) ela pode se desenvolver - se de for m a ar t iculada à Educação Básica int egr ada ao cur r ículo de ensino m édio, de for m a concom it ant e ao ensino m édio, com cur r ículos dist int os, e ainda de for m a subsequent e, com o pós- m édio. As inst it uições que desej am ofer t ar cursos t écnicos devem ser cr edenciadas por ór gãos com pet ent es, apr esent ando um pr oj et o que deve ser apr ovado pelo Conselho Nacional ou Est adual de Educação. A car ga hor ár ia m ínim a dos cur sos é fixada em 800 hor as, podendo ofer ecer ou não opor t unidades de est ágios em em pr esas. O cur so t écnico pode ser or ganizado em m ódulos, conferindo ao concluint e o cert ificado de qualificação profissional específica. Os m ódulos podem ser , post er ior m ent e, apr oveit ados par a a com posição do cer t ificado de habilit ação pr ofissional. O ingr esso do candidat o nos cur sos t écnicos est á condicionado à conclusão do ensino fundam ent al.

Quant o à educação pr ofissional da pessoa com deficiência, as dir et ivas gover nam ent ais ( Resolução CNE/ CP Nº . 2/ 01) pr opõem que a r ede de educação pr ofissional sej a const it uída por escolas que disponham de espaço físico, m obiliár io e equipam ent os adequados, par a gar ant ir o acesso e a per m anência dos est udant es com deficiência. Os cur r ículos precisariam ser flex ív eis, prom ov endo- se t am bém a capacit ação dos pr ofissionais da educação e o encam inham ent o do aluno para o t r abalho. As dir et ivas gover nam ent ais t am bém abr em a possibilidade de que a

educação pr ofissional sej a ofer t ada em escolas especiais, quando se esgot am os recursos da rede regular ou quando o aluno requer aux ílios especiais:

A educação pr ofissional do aluno com necessidades educacionais especiais pode r ealizar - se em escolas especiais, públicas ou pr iv adas, quando esgot ados os r ecur sos da r ede r egular na pr ovisão de r espost a educat iv a adequada às necessidades educacionais especiais e quando o aluno dem andar apoios e aj udas int ensos e cont ínuos par a seu acesso ao cur r ículo. Nesse caso, podem ser ofer ecidos ser viços de oficinas pr é- pr ofissionais ou oficinas pr ofissionalizant es, de car át er pr ot egido ou não. ( Par ecer CEB Nº . 17/ 01, p. 28)

Ao m esm o t em po em que as dir et ivas gover nam ent ais exigem das escolas com uns de educação pr ofissional a ofer t a de condições de acesso e per m anência do aluno com deficiência em seus pr ogr am as, t am bém per m it em a or ganização de serv iços de oficinas pré- profissionais ou oficinas pr ofissionalizant es, volt ados exclusivam ent e par a a pessoa com deficiência.

1 .4 .1 - A e du ca çã o pr ofission a l da pe ssoa com de ficiê n cia e m M in a s Ge r a is

No Est ado de Minas Ger ais, a polít ica de educação pr ofissional volt ada par a pessoa com deficiência é desenvolvida pela Secr et ar ia de Est ado de Educação de Minas Ger ais ( SEE/ MG) , at r avés da ofer t a de at endim ent o educacional especializado, pr incipalm ent e por m eio de oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação pr ofissional. As oficinas podem ser ofer t ada em escolas especializadas ou com uns da r ede est adual, m unicipal e pr ivada. A SEE/ MG pr epar ou um docum ent o no qual o at endim ent o educacional especializado é concebido da seguint e form a:

Recur sos educacionais e est r at égias de apoio e com plem ent ação colocados à disposição dos alunos com deficiências e condut as t ípicas, pr opor cionando difer ent es alt er nat iv as de at endim ent o, de acor do com as necessidades educacionais especiais de cada aluno,

r epr esent ando pr ocedim ent os que são, necessar iam ent e, difer ent es do ensino escolar par a m elhor at ender às especificidades desses alunos ( SEE/ MG, 2005 p. 1- 2) .

Confor m e as dir et r izes da Secr et ar ia de Est ado de Educação de Minas Ger ais ( SEE/ MG Or ient ação SD nº . 01/ 2005) , o at endim ent o educacional especializado, ofer t ado na escola com um , dev e ser realizado com o obj et iv o de apoiar e com plem ent ar a escolar ização do aluno com necessidades educacionais especiais. Além disso, pr opõem a or ganização de ser viços que possibilit em m inist r ar a escolar ização da pessoa com necessidades especiais em espaços exclusivos, dest inados aos alunos com deficiências gr aves: a classe especial e a escola especial.

O at endim ent o educacional especializado de apoio e com plem ent ação disponibilizado pela SEE/ MG é dest inado às escolas públicas e priv adas conv eniadas com Secr et ar ia as quais ofer t am educação infant il, ensino fundam ent al e m édio.

O at endim ent o educacional especializado de apoio, de acordo com as dir et r izes da Secr et ar ia de Est ado de Educação de Minas Gerais, im plica a cont r at ação de pr ofissionais que t r abalhem com int er pr et ação e/ ou inst r ução de Língua Brasileir a de Sinais ( LI BRAS) ; de guia int érpret e para at ender ao aluno sur do- cego; de pr ofessor de apoio ao aluno com deficiência m últ ipla e aos alunos com condut a t ípica39 no seu pr ocesso de apr endizagem , inst r ut or es de códigos aplicáveis, t al com o Braille e do código m at em át ico unificado; inst r ut or de or ient ação à m obilidade par a a pessoa com deficiência visual, com o obj et ivo de desenvolver no aluno cego ou sur do- cego a habilidade de r econhecer o m eio am bient e de m aneir a adequada e com ele r elacionar - se. Out r a for m a de apoio à

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De acordo com a SEE/MG (2005) “condutas típicas são manifestações de comportamento típicas de síndromes e quadros psicológicos complexos, neurológicos ou psiquiátricos persistentes que ocasionam prejuízo ao desenvolvimento e ao relacionamento social, em graus que requerem respostas pedagógicas diferenciadas, que seu modo singular de aprendizagem exige”. Na nova política de educação especial do MEC (MEC/SEESP, 2008), esse tipo de manifestação é redefinido e os estudantes que a apresentam são denominados alunos com transtornos globais do desenvolvimento (V. Nota de rodapé n. 22).

educação especial consist e no ser viço de it inerância que é realizado at ravés de visit as per iódicas e sist em át icas, feit as pelo pr ofessor da escola especial à escola com um , na qual o aluno com necessidade educacional especial est á incluído. O at endim ent o escolar desse t ipo, segundo as refer idas dir et r izes, deve ser ofer ecido no m esm o t ur no da escolar ização, sendo disponibilizado no int erior da escola ou m esm o for a dela.

Além disso, em Minas Ger ais, as dir et ivas par a a or ganização do at endim ent o educacional apr esent am t am bém a for m a de at endim ent o especializado com plem ent ar , o qual ser ia const it uído pelas «salas de r ecur sos» e pelas «Oficinas Pedagógicas de For m ação e Capacit ação Pr ofissional», que deveriam ser realizadas em t urno inver so ao da classe com um na qual o aluno est á m at r iculado.

As «Oficinas Pedagógicas de For m ação e Capacit ação Pr ofissional» são dest inadas aos alunos com deficiências ou condut as consider adas t ípicas. Elas t êm com o obj et ivo o desenv olv im ent o de apt idões, habilidades e com pet ências, m ediant e at ividades pr át icas e de t r abalho nas diver sas ár eas do desem penho profissional. As oficinas podem ser oferecidas em escolas com uns ou especiais, com t ur m as com post as de 08 a 20 alunos, com idade acim a de 14 anos. A car ga hor ár ia das oficinas deve ser de 50 m inut os, com a dur ação de at é 4 hor as diár ias. O t r abalho pedagógico ali r ealizado deve t er com o base o plano de desenvolvim ent o individual do aluno ( SEE/ MG Or ient ação SD nº . 01/ 2005) .

Par a o funcionam ent o das oficinas, as escolas devem at ender gr upos de alunos de vár ias escolas da r egião e dispor de espaço físico, equipam ent o e m obiliário adequados à nat ureza da oficina. As oficinas at endem a alunos de t odas as ár eas de deficiências m at r iculados na pr ópr ia escola que a ofer ece ou de out r a escola.

As «Oficinas Pedagógicas de For m ação e Capacit ação Pr ofissional» expr essam , em sua or ganização, a Polít ica Nacional de Educação Especial40, for m ulada em 1994 pela Secr et ar ia de Educação Especial do Minist ér io da Educação ( SEESP/ MEC) . Trat a- se de um a polít ica que apresent a a oficina pedagógica com o um a m odalidade do at endim ent o específico à pessoa com deficiência, o que im plica espaço físico específico, r ecur sos hum anos capacit ados par a o ensino especializado e m at er iais e equipam ent os difer enciados.

Par a or ganizar as oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação profissional, a escola com um ou especializada da r ede est adual, m unicipal ou conveniada pr ecisa solicit ar a aut or ização da Super int endência Regional de Ensino da Secr et ar ia do Est ado de Minas Gerais à qual a escola est á vinculada, encam inhando- lhe um pr oj et o ( V. for m ulár io VI / 2008, em anexo, t am bém disponível na página da SEE/ MG na int ernet ) . Est e dev e apresent ar inform ações sobre o nível e a m odalidade de educação no qual o at endim ent o especializado est á vinculado, a for m ação e o t ipo de vinculação inst it ucional do profissional responsável pelo at endim ent o, per fil dos alunos at endidos, crit ér ios para or ganização de t ur m as, est r ut ura física, pr opost a pedagógica, avaliação do at endim ent o ent r e out r os it ens.

Dois pr oj et os de oficinas em escolas est aduais especializadas de Belo Hor izont e ilust r am a or ganização de oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação pr ofissional ( SD/ SED/ DESP JULHO/ 2005) . O prim eiro deles refer e- se à r enovação das oficinas pedagógicas de encadernação e cart onagem ; de t ecelagem e cost ur a, par a o ano de 2006, e o segundo solicit a aut orização para im plant ar um a oficina de m ult im eios. Am bos est ão v inculados ao prim eiro ciclo do ensino fundam ent al. Nas duas escolas que encam inhar am pr oj et os, as oficinas er am r ealizadas duas vezes, com car ga hor ár ia sem anal de 8 hor as e 30 m inut os, sendo m inist r adas a j ovens diagnost icados com o alunos com deficiência m ent al, na faix a

40 Ver item 1.2 - A Interface entre as políticas de educação profissional e especial na década de 90.

et ár ia ent r e 14 a 27 anos. Elas at endiam apenas alunos m at r iculados na pr ópr ia escola.

Os pr oj et os das escolas apr esent am as oficinas com o espaços de pr é- pr ofissionalização, t endo com o pr incipal obj et ivo o desenvolvim ent o de com pet ências e habilidades individuais que assegur em aos alunos, com necessidades educat ivas especiais, aut onom ia de vida pela afir m ação no t r abalho. Faixa et ár ia, necessidades educacionais sem elhant es e int er esse e habilidades dos alunos são os cr it ér ios de agr upam ent o de t ur m as. Na pr opost a pedagógica das oficinas, são descrit as as at iv idades a ser em desenvolvidas, sej a aquelas r elacionadas à pr odução na ár ea de encader nação, t ais com o cader nos, car t ões, álbuns, por t a- r et r at os, blocos, et c.; sej a aquelas r elacionadas à ár ea de t ecelagem e cost ur a, apr esent ando at ividades com o t ricô, cr ochê, pint ur a em t ecido. A oficina de m ult im eios t inha com o propost a desenvolv er at iv idades const r ut iv as, ut ilizando basicam ent e sucat as.

As oficinas est ão cont em pladas nos proj et os pedagógicos das duas escolas. A int er ação do pr ofessor das oficinas com o pr ofessor r esponsável pela escolarização do aluno, inclusive par a o processo de avaliação da apr endizagem , é r ealizada por m eio de r euniões, event os da escola, bem com o conselhos de classes. A pr im eir a escola r eser vou na car ga hor ár ia um dia na sem ana par a r eunião com o set or de or ient ação educacional e elabor ação de r elat ór ios Cont udo, nenhum a das duas escolas apr esent ou um a pr opost a par a a avaliação educacional e pedagógica do aluno, de acor do com o m odelo de pr oj et o41, especificado pela Secr et ar ia do Est ado de Minas Ger ais. Em vez disso, encam inhar am um relat ór io indicando a deficiência de cada aluno, descr evendo suas r espect ivas incapacidades ger adas pela m esm a e enfat izando o lim it e de cada aluno e não as suas pot encialidades, não apr esent ando possíveis int er venções pedagógicas que cont r ibuíssem par a a super ação das dificuldades dos alunos.