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Out r a est rat égia do governo est adual par a desenvolver oficinas pedagógicas consist e no est abelecim ent o de par cer ias com as APAES. No ent ant o, as ações das APAES r eferent es à educação pr ofissional não se r eduzem às oficinas pedagógicas. Elas possuem um pr ogr am a pr ópr io de educação pr ofissional, com um a est r ut ur a específica em âm bit o nacional, est adual, r egional e local, or ganizado em t r ês et apas: Avaliação e I niciação par a o t r abalho, Qualificação Profissional e Colocação no Tr abalho.

As oficinas pedagógicas int egr am o pr ogr am a de ações de av aliação e qualificação profissional da APAE, cuj a rede de escolas, em Minas Gerais, é a m aior do Br asil, cont abilizando 414 inst it uições pr esent es em t odas as r egionais do Est ado. Elas ofer ecem , na ár ea educacional, a educação infant il, o ensino fundam ent al pr elim inar , a educação de j ovens e adult os e a educação pr ofissional especializada, além de out ros at endim ent os educacionais especializados. Das 414 APAES no Est ado, em t or no de 219 dispõem do pr ogr am a de educação pr ofissional especializado.

1 .5 - Est a t íst ica s da dife r e n cia çã o e scola r n a for m a çã o pr ofission a l de pe ssoa s com de ficiê n cia .

O m apeam ent o da ofer t a de educação profissional em geral, not adam ent e daquela dir ecionada às pessoas com deficiência, no Brasil, especificam ent e em Minas Gerais e na região m et r opolit ana de Belo Hor izont e, perm it e ident ificar e caract erizar as diferent es for m as de or ganização da educação profissional em nível inicial e m édio, nas quais o indiv íduo com deficiência pode obt er sua for m ação.

No âm bit o dest a pesquisa, a obt enção e or ganização de dados sobr e a educação pr ofissional de pessoas com deficiência for am or ient adas pelas seguint es quest ões: em quais progr am as e inst it uições pr edom ina a m at r ícula de pessoas com deficiências? Quem é r esponsável pela ger ência e m anut enção das

inst it uições? Com o se apr esent am as condições de acesso, per m anência e pr ogr essão ( acessibilidade ar quit et ônica, equipam ent os adequados e pr ofissionais de apoio) par a as pessoas com deficiência?

No pr esent e est udo, o foco est á dir ecionado pr incipalm ent e par a a educação pr ofissional de indivíduos com deficiência, na faixa et ár ia acim a dos 15 anos. No Br asil, os dados do Censo Escolar do I NEP, bem com o do I nst it ut o Br asileir o de Geografia e Est at íst ica ( I BGE) , r efer ent es ao ano de 2000, m ost r am que quase m et ade da população br asileira ( 48,8% ) , que apr esent a deficiências, com idade acim a de 15 anos, não possui nenhum a inst r ução ou apenas fr eqüent ou de um a t r ês anos de est udos, est ando, por t ant o, excluída ou com acesso r est r it o à educação básica. Em r elação ao ensino m édio e super ior , os dados do Censo Escolar do I NEP, de 2005, m ost ram que, de um t ot al de m ais de 9 m ilhões e 4 m ilhões de m at r ículas r espect ivam ent e à população com deficiência, r epr esent a apenas 0,13% e 0,12% .

Do t ot al de alunos m at r iculados na educação pr ofissional t écnica no Br asil, no ano de 2005, que foi de 747.892, apenas 0,3% corr esponde a pessoas com necessidades especiais. Além de ser um percent ual prat icam ent e insignificant e, a pr eponder ância das m at r ículas é r egist r ada na escola pr ivada ( 84% ) , evidenciando dois gr andes pr oblem as: o r est r it o acesso à educação pr ofissional t écnica e a concent r ação desse pequeno acesso na escola pr ivada.

Além disso, a m aior par t e das m at rículas dos alunos com necessidades educacionais especiais, na educação pr ofissional, t ant o em nível básico com o em nível t écnico, se concent r a nas escolas e classes especiais ( V. Gr áfico 2) .

Fonte: Microdados do censo Escolar de 2005

Além do reduzido acesso e da pr edom inância das m at r ículas dos alunos com necessidades educacionais especiais em escolas especializadas, out ro aspect o que car act er iza a ofer t a da educação pr ofissional par a a pessoa com deficiência r efer e- se à concent r ação de m at r ículas na cat egor ia denom inada educação pr ofissional ( básico) . No censo escolar 2005 e 2006 do I NEP/ MEC, essa cat egor ia se r efer e t ant o à educação pr ofissional ger al, com o «cur sos e pr ogr am as de for m ação inicial de t r abalhador es ou qualificação pr ofissional», quant o à educação especial, pois inclui as «oficinas pedagógicas» e as «oficinas de pr odução», que são m odalidades de at endim ent o educacional especializado dir igidas exclusivam ent e às pessoas com deficiência e condut a t ípica. Os dados do censo escolar de 2005 são confir m ados em 2006, com o se pode const at ar na Tabela 2. Assim , o t ot al de m at r ículas dos

alunos com necessidades educacionais especiais na educação profissional foi de 48.911, sendo 46.949 ( 96% ) na educação profissional ( básico) e 1962 ( 0,4% ) na educação profissional t écnica ( V. Tabela 2) .

Tabela 2 - Matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais na educação profissional no Brasil – 2006

Matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais

Educação profissional (básico)

Educação profissional técnica

Matrículas em classes e escolas exclusivamente especializadas Total 46.692 Pública 6.681 Privada 40.011 1.802 103 1.699 Matrícula em classe comum com ou sem

apoio pedagógico Total 257 Pública 248 Privada 09 160 75 85 Total Total 46.949 Pública 6.929 Privada 40.020 1.962 103 1.699 Fonte: Censo escolar MEC/SEESP, 2007

Out r o aspect o r efer e- se à concent r ação das m at r ículas de alunos com necessidades educacionais especiais na educação pr ofissional ( básico) , em classes e escolas especializadas ( 99,4% ) ( V. Tabela 2) . A pr edom inância das m at r ículas nas escolas especializadas não é só par a os cur sos e progr am as pr ofissionais de for m ação inicial ( básico) , m as t am bém par a a for m ação t écnica ( 91,8% ) .

As classes e escolas especializadas, por t ant o, se concent r am na r ede pr ivada ( 86% ) , ou m elhor, dizendo, na rede priv ado- filant rópico. No ent ant o, as m at rículas nos cur sos de educação pr ofissional ( básico) na escola regular concent ram - se na r ede pública ( 96% ) .

A ofer t a de apoio pedagógico especializado nos cur sos de educação pr ofissional, segundo o censo escolar de 2005, r efer e- se a at ividades e r ecur sos que viabilizem o acesso e a per m anência, com qualidade, de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas, t ais com o int ér pr et es de Língua Br asileir a de Sinais ( LI BRAS) , sist em a Br aille, t ecnologia assist iva, apr ofundam ent o cur r icular , et c. Em 2005, dos 79 alunos m at riculados nos cur sos t écnicos de escolas r egular es no Br asil, apenas 29 dispunham de apoio pedagógico especializado ( V. Tabela 3) .

Tabela 3 - Alunos com necessidade educacionais especiais matriculados nos cursos técnicos de educação profissional no sistema regular de ensino Brasil – 2005

Necessidades educacionais especiais

Nº. de aluno sem apoio pedagógico especializado

Nº. de alunos com apoio pedagógico especializado Total Cegueira 7 1 8 Baixa visão 6 2 8 Deficiência física 17 11 28 Surdez 4 5 9 Deficiência auditiva 2 7 9 Deficiência mental 13 2 15 Deficiência múltipla 1 1 2 Total 50 29 79

Fonte: Censo Escolar (MEC/INEP, 2006a).

Quais ser iam as r azões par a a ofer t a de um r eduzido apoio pedagógico especializado no Brasil? Será por que as pessoas com deficiência, que est ão m at r iculadas na educação pr ofissional, não necessit am desse apoio? Ou ser á que, apesar das det er m inações legais, as adm inist r ações dos sist em as educacionais não t êm int eresse em assegurar a sua im plant ação nas polít icas locais?

O apoio pedagógico especializado na escola com um é um ser viço educacional essencial à pr om oção do acesso do educando com deficiência à escola com qualidade e à sua perm anência no ensino. Cont udo, m esm o o pequeno núm er o de alunos com deficiência que freqüent ava os cur sos de educação pr ofissional t écnico, no Br asil, no ano de 2005, não t inha apoio especializado suficient e ( V. Tabela 2) .

Out r a quest ão r elat iva à for m ação de pessoas com deficiência r efer e- se ao acesso desigual de difer ent es cat egor ias de deficiência ou necessidades educacionais especiais nos cur sos t écnicos de educação pr ofissional. Em r elação ao t ot al de m at r ícula de alunos com out r as deficiências nesse t ipo de ensino, a m aior incidência de m at r ículas é de alunos com deficiência física ( ver Tabela 3) . Já out r as cat egor ias de deficiência, com o aut ism o, síndr om e de dow n, bem com o out r as necessidades educacionais especiais, t ais com o as denom inadas condut as t ípicas e alt a habilidade, não est avam cont em pladas nos cur sos t écnicos de educação pr ofissional ( ver Tabela 3) .

A educação pr ofissional dir ecionada à pessoa com deficiência no Brasil é caract erizada por um it inerár io r est rit o ao ensino fundam ent al, ar t iculado aos program as de form ação inicial par a o t r abalho: são as oficinas pedagógicas. Além disso, há o problem a da segregação em inst it uições filant r ópicas exclusivas de educação especial e classes especiais.

No que diz r espeit o à for m ação pr ofissional das pessoas com deficiência no Est ado de Minas Ger ais, a sit uação não é m uit o difer ent e daquela que se apr esent a no r est o do país. Em 2005, encont r avam - se m at r iculados em cur sos t écnicos de educação profissional 86.168 alunos. Dest es, apenas 10 t inham deficiência e est avam incluídos em classes com uns da escola r egular de ensino t écnico e não dispunham de at endim ent o educacional especializado. Nenhum a m at r ícula de pessoas com deficiência nos cur sos t écnicos em escolas exclusivas de educação especial foi regist rada pelo censo escolar de 2005. Nesse ano, a concent r ação das m at r ículas de alunos com deficiência se encont r ava na educação pr ofissional básica, na qual for am ident ificadas 5.50442 m at r ículas em escolas especiais, o que confir m a a t endência em nível nacional ( V. Tabela 4) .

Tabela 4 - Matrículas de alunos com deficiência na educação profissional (básico) nas escolas especializadas em Minas Gerais – 2005

Necessidades educacionais

especiais Municipal Estadual Particular Total

Cegueira 0 48 32 80 Baixa visão 0 18 51 69 Surdez 2 0 142 145 Deficiência auditiva 1 0 50 51 Cego surdo 0 0 8 8 Deficiência física 0 4 172 176 Deficiência mental 54 95 3140 3289 Autismo 0 0 70 70 Síndrome down 19 13 403 435 Deficiência múltipla 74 43 1065 1182

42 Para chegar a esse resultado foram subtraídas dos dados referentes à matrícula de alunos

com necessidades educacionais especiais na educação profissional (básico), as matrículas dos alunos com conduta típica (transtornos globais de desenvolvimento, V. Nota de rodapé n. 22) por não serem consideradas pessoas com deficiência.

TOTAL 150 221 5133 5504

Fonte: Microdados do Censo Escolar (MEC/INEP, 2006a).

As m at r ículas na educação pr ofissional ( básica por r ede de ensino e segundo a necessidade educacional especial nos m ost r a que a m at r ícula nessa m odalidade nas escolas especiais at endem a t odas as áreas de deficiências e se concent r am na r ede par t icular ( 93% ) ( V. Tabela 4) . A educação pr ofissional par a pessoa com deficiência, em Minas Ger ais, é ofer ecida pr edom inant em ent e em nível básico, at r avés de pr ogr am as iniciais de for m ação par a o t r abalho, r ealizado por m eio de oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação pr ofissional em escola ou classes especiais da r ede pr ivado- filant r ópica ( V. Tabela 4) .

No Est ado de Minas Ger ais, as oficinas são car act er izadas com o um at endim ent o educacional especializado com plem ent ar, ist o é, um t ipo de apoio suplem ent ar para o aluno com deficiência na escola com um . No ent ant o, em vez de com plem ent ar o ensino pr ofissional, as oficinas pedagógicas t êm sido ut ilizadas com o principal inst rum ent o para realizá- lo, o que é dem onst r ado pelo elev ado núm er o de m at r ículas de alunos com necessidades educacionais especiais nos pr ogr am as de educação pr ofissional básica. A or ganização de oficinas t em se const it uído, pr at icam ent e, com o a única possibilidade de acesso das pessoas com deficiência à form ação para o t r abalho; e não apenas par a pessoa com deficiência int elect ual e m últ ipla, com o recom enda o Minist ério da Educação ( Resolução CNE/ CP Nº . 2/ 01) , m as par a t odas as pessoas com deficiência.

Out r o aspect o que ev idencia com o as oficinas pedagógicas de form ação e capacit ação profissional t êm sido ut ilizadas com o form a de subst it uir o ensino profissional regular é o fat o de que elas não est ão vinculadas a nenhum pr ogr am a de educação pr ofissional com um a t odos os alunos. No ent ant o, a aquisição de habilidades básicas, ent endidas com o capacit ação pr epar at ór ia par a o acesso do aluno com deficiência aos cur sos de educação profissional e desenvolvida em t ur m as exclusivas, dever ia ser um a m et a incluída no pr ogr am a das escolas

r egular es t endo em vist a t odos os est udant es. Não ser ia a capacit ação pr epar at ór ia par a o acesso do aluno aos cur sos de educação pr ofissional necessár ia a t odos os que alm ej am sua inser ção no m undo do t r abalho? Além disso, a pr epar ação desenvolvida pelas oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação pr ofissional não confere ao concluint e um cert ificado reconhecido, que possibilit e o apr oveit am ent o e a cont inuidade dos est udos em out r as inst it uições ou a sua inser ção no m er cado de t r abalho.

As escolas de Minas Ger ais que ofer eciam cur sos de educação pr ofissional t écnica, em 2005, cont abilizavam o t ot al de 437. No ent ant o, apenas em 08 escolas havia m at r ículas de alunos com deficiência. Ao cont r ár io dos dados r efer ent es ao conj unt o do país, em Minas Ger ais não foi ident ificada a ofer t a de at endim ent o educacional especializado em classe com um dos cur sos de educação pr ofissional t écnica ( ver Tabela 3) . Das oit o escolas de educação pr ofissional t écnica do Est ado de Minas Ger ais que incluír am alunos com deficiência nos seus cursos, um a ( 01) delas per t ence à r ede feder al, um a ( 01) à r ede est adual e seis ( 06) são par t icular es, as quais não cont avam com pr ofessor es com capacit ação em educação especial. Som ent e duas das oit os escolas onde for am ident ificadas m at r ículas de alunos com deficiência possuíam dependências acessíveis ( Censo escolar de 2005 do MEC/ I NEP, 2006a) .

Tabela 5 - Alunos com necessidades educacionais especiais matriculados nos cursos técnicos de educação profissional em escola comum em Minas Gerais - 2005

Necessidades educacionais especiais

Nº. de alunos em escola regular com apoio

pedagógico especializado

N de alunos em escola comum sem apoio

pedagógico especializado TOTAL Cegueira 0 2 2 Deficiência física 0 5 5 Surdez 0 1 1 Deficiência mental 0 1 1 Deficiência múltipla 0 1 1 Total 0 10 10

Da m esm a for m a com o ocor r e no Br asil, as m at r ículas de alunos com deficiência nos cur sos t écnicos de escola com um em Minas Ger ais são quant it at ivam ent e insignificant es ( 10) , sendo 50% alunos com deficiência física. Mesm o par a o r eduzido núm er o de m at r ículas, não foi ident ificada nenhum a ofert a de apoio pedagógico especializado.

O est udo das infor m ações do censo escolar de 2005 e 2006 no Br asil e em Minas Ger ais m ost r ou que a educação profissional dir ecionada à pessoa com deficiência é desenvolvida pr edom inant em ent e at r avés de pr ogr am as de for m ação inicial, por m eio de oficinas pedagógicas em inst it uições especializadas, em sua m aior ia de carát er priv ado- filant rópico. Com base nessas infor m ações, foi r ealizado um est udo das oficinas pedagógicas ofert adas em escolas est aduais e nas APAES, no ano de 2008, na r egião m et ropolit ana de Belo Hor izont e.

Na região m et ropolit ana de Belo Horizont e, for am ident ificadas em t or no de 72 oficinas pedagógicas. As oficinas pedagógicas de for m ação e capacit ação pr ofissional são ofer ecidas em 29 inst it uições, sendo 08 em escolas est aduais de educação especial e em 21 em APAES. Não foi ident ificada, na região m et r opolit ana de Belo Hor izont e, ofer t a de oficinas em escola regular.

Em r elação à educação básica, as oficinas er am desenv olvidas de for m a art iculada ao ensino fundam ent al, à educação de j ovens e adult os ou ainda de form a isolada. A m aior part e das oficinas t inha car át er com plem ent ar ao ensino desenvolvido em nível fundam ent al prelim inar , consider ando- se a educação básica com o par t e int egr ant e do pr ocesso de for m ação par a o t r abalho. Essas oficinas er am ofer ecidas no m esm o t ur no, dividindo o hor ár io com a educação de j ovens e adult os ou em t ur no inver so da classe de ensino fundam ent al em que o aluno est ava m at riculado.

A m aior ia das oficinas at endia a t odas as ár eas de deficiência, seguidas por aquele dir ecionado às pessoas com deficiência int elect ual e m últ ipla. Foram ident ificadas oficinas dirigidas exclusivam ent e à pessoa com deficiência visual e out r a a alunos com deficiência audit iva.

O levant am ent o de dados sobr e as oficinas pedagógicas m ost r ou que 50% dos cur sos ofer ecidos nas oficinas da r egião m et r opolit ana de Belo Hor izont e sit ua- se no eixo t ecnológico de pr odução cult ural e design, seguidos de pr odução indust r ial, com 13,3% , e de r ecur sos nat urais, com 12,% . A m aior par t e das oficinas t em com o base a produção ar t esanal e est á desvinculada dos set ores produt iv os considerados m ais com pet it iv os e que dem andam um m aior núm er o de t r abalhador es na r egião, t ais com o am bient e, saúde e segur ança e gest ão e negócios.

O est udo dem onst r ou que 69% das oficinas pedagógicas, ident ificadas na região m et ropolit ana de Belo Horizont e, er am m inist r adas pela APAE. Elas int egr avam o pr ogr am a de educação pr ofissional especializada im plem ent ado pela ent idade.

A descr ição das condições em que se efet iva a educação pr ofissional de pessoas com deficiência no Est ado de Minas Gerais e no Brasil evidencia a exist ência de condições de exclusão social e escolar ou de um a inclusão precária e m ar ginal, expr essa na pouca par t icipação no m er cado de t r abalho, no acesso r est r it o à educação básica e t écnica e nas polít icas cont radit órias de educação especial que est abelecem dir et r izes par a o at endim ent o educacional especializado inclusiv o e ex clusiv o. Em relação à educação profissional, prevalece a ofert a de at endim ent o educacional exclusiv o: as oficinas pedagógicas que são ofer t adas predom inant em ent e por inst it uições filant r ópicas. I st o acaba por for t alecer o sist em a educacional par alelo de car át er part icularist a e ex cludent e, v olt ados apenas par a as pessoas com deficiência. No ent ant o, o car át er par t icular ist a e excludent e não diz r espeit o apenas às escolas especiais, m as t am bém às escolas r egular es, nas quais, apesar da lut a hist ór ica pela pr om oção de educação par a t odos, a or ganização est á baseada em padrões de univer salização/ hom ogeneização que não r econhecem as difer enças econôm icas, cult urais e de condições físicas, int elect uais e sensor iais de suj eit os r eais que for m am esse t odo. Nossas escolas, afir m a Mant oan ( 2008) , ao se or ient ar por um proj et o escolar elit ist a, m er it ocr át ico e

hom ogeneizador , pr oduzem pr ocessos excludent es que pr ej udicam a t r aj et ór ia de