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O ENSINO DE GEOGRAFIA E SUAS METODOLOGIAS: SUGESTÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS PARA AULAS DE GEOGRAFIA FÍSICA

No documento ANAIS IV SIMPÓSIO DE ENSINO DE GEOGRAFIA (páginas 40-42)

Juciara de Oliveira Sousa

Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA E-mail: profa.oliveirajuciara88@gmail.com

Leilson Alves dos Santos

Mestre em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais - IGC/UFMG Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI E-mail: leylson.santos@gmail.com

RESUMO

Sendo a Geografia a ciência que estuda nosso planeta e a relação e (re)produção deste com a sociedade em que vivemos, é uma ciência ampla e multifacetada. Para o professor do ensino básico as dificuldades são inúmeras, pois a Geografia é desenvolvida de modo único e não fragmentado como ocorre no ensino superior. O presente artigo apresenta duas metodologias distintas para o desenvolvimento de conteúdos da Geografia Física, área essa vista como enfadonha e entediante para muitos alunos, e por vezes negligenciada por professores também. As atividades foram realizadas em turmas do sexto ano do Fundamental Maior em escolas públicas e privadas, e teve como seguintes resultados: maior interação e socialização da turma, melhor compreensão do tema estudado, desenvolvimento de noções de representação do espaço. Portanto, espera-se que as atividades possam instigar e promover a realização destas, e outras mais em sala de aula.

Palavras-chave: Geografia. Geografia Física. Metodologias. Ensino-aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A Geografia é uma ciência ampla e complexa, academicamente pode ser dividida em Geografia Física e Geografia Humana. No entanto, na educação básica seu ensino se desenvolve de forma única em sala de aula.

O professor da educação básica possui muita dificuldade em trabalhar alguns segmentos da Geografia seja por deficiência de conteúdo, comodismo, falta de materiais dentre outros, o que compromete o aprendizado do aluno. O aluno, visto por muito tempo como ser passivo, atualmente graças ao advento e maior acesso à tecnologia, tem se tornado cada vez mais ativo, o aluno pensa e expõe seu posicionamento mediante muitos temas do cotidiano. Na contramão do viés tecnológico temos o professor, onde uma boa parcela destes apresentam dificuldade até mesmo resistência ao acesso e/ou trabalhar a

O professor enquanto educador tem como missão desenvolver no aluno a criticidade, o questionamento, a curiosidade dos fenômenos seja eles naturais ou antrópicos; fazer com que o aluno tenha visão e opinião própria sobre o mundo e a sociedade na qual ele vive. Desse modo, o presente artigo apresenta como objetivos, primeiramente elucidar a importância do aluno como ser ativo no processo de ensino-aprendizagem; e por segundo, relatar algumas metodologias utilizadas em sala de aula para otimizar o processo ensino- aprendizagem nas aulas de Geografia Física.

Embora o uso das tecnologias seja importante, nas atividades expostas no presente trabalho não foi utilizada essa ferramenta, as atividades foram desenvolvidas através de maquetes e outras formas de representação do espaço geográfico. Porém, brevemente estaremos a compartilhar outras atividades com a utilização de tecnologias.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O sistema educacional vem passando por inúmeras mudanças, modificando o ambiente escolar, realçando as exigências e demandas lançadas pelas diversas instancias da sociedade (FAÇANHA; VIANA; PORTELA, 2011). Durante muito tempo predominou sistema tradicional na educação, principalmente na Geografia, os alunos associam essa disciplina como chata, não atraente e tediosa, pois consideram uma disciplina meramente decorativa e sem importância no seu contexto local. Os livros didáticos, que por sua vez trazem um contexto nacional e mundial, cabendo ao professor correlacionar nas aulas as informações locais inerentes as informações mundiais e nacionais.

No ambiente da escola “tradicional” e atual existem algumas características e marcas que estão presentes no cotidiano escolar. O conteúdo, ainda, é visto como um fim em si mesmo, traduzido em estratégias de repasse do conhecimento de forma fragmentada, dividido em disciplinas, valorizando o exercício diário de sua memorização e do poder cumulativo de conteúdo (FAÇANHA; VIANA; PORTELA, 2011).

Essa realidade se sustenta na configuração de um currículo fracionado, estático e centrado nas divisões de disciplinas, contribuindo para a construção de um ambiente de sala de aula guiado pelo espaço de transmissão e recepção do saber. Portanto, é preciso

enfatizar no ambiente escolar a proposta de aprendizagem significativa (FAÇANHA; VIANA; PORTELA, 2011).

Assim, segundo estes autores, a metodologia significativa baseia-se na ideia de que no processo de ensino, o que é aprendido é resultado da informação nova, a qual é interpretada à luz dos saberes já existentes, tornando-se assim, uma junção do conhecimento cientifico e os adquiridos pela experiência.

Os materiais curriculares são instrumentos que proporcionam referencias e critérios para tomar decisões: no planejamento, na intervenção direta no processo de ensino/aprendizagem e em sua avaliação. São meios que ajudam os professores a responderem aos problemas concretos que as diferentes fases dos processos de planejamento, execução e avaliação lhes apresentam (ZABALA, 1998).

Já os materiais didáticos são instrumentos imprescindíveis à atividade educativa, condição de um trabalho docente inovador e bem-sucedido, expressão do que seja uma aula agradável e estimulante aos alunos, símbolos de melhoria e modernização educacional, sendo que se é fato que a escola consiste em uma realidade social e material, não se pode esquecer a importante mediação que os recursos didáticos operam no processo educativo na busca de uma aprendizagem significativa. O quadro-negro ou de acrílico, o giz ou pincel, os livros didáticos, os mapas, os slides, os mapas, as maquetes, os cartazes, os vídeos, os jogos, o data-show, os computadores, e demais equipamentos de multimídia e as demais tecnologias são essenciais em propostas pedagógicas que visem um processo de ensino-aprendizagem ativo e participativo (FAÇANHA; VIANA; PORTELA, 2011).

A construção de maquetes na sala de aula, sendo como recurso didático ou não, merece alguns cuidados por parte do professor, no sentido de enfatizar e incentivar a criatividade na busca de material (previamente), no exercício do trabalho criativo e nas representações dos objetos (PONTUSCHKA, 2009).

No documento ANAIS IV SIMPÓSIO DE ENSINO DE GEOGRAFIA (páginas 40-42)