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entendendo o histórico do ordenamento ambiental brasileiro

No documento Gestão Social de Bacias Hidrográficas (páginas 112-115)

daTa leGiSlaÇão TeMaS

1934 dECRETO 23.793 Conceitua Floresta Protetora e Define Área de Preservação Permanente

1965 LEi 4.771 Limita uso e ocupação de áreas florestais, cria e define limites para Áreas de Preservação Permanente, cria a Reserva Florestal com cobertura de 20% e 50% do imóvel por região geográfica

1986 LEi 7.511 Modifica o Regime da Reserva Florestal e os limites mínimos das APPs 1988 Constituição Federal O art. 225 - Capítulo do meio ambiente

1989 LEi 7.803 Define que a reposição florestal priorize espécies nativas e substitui o termo Reserva Florestal por Reserva Leal definindo limites 1996 mP 1.511 Amplia restrição à abertura de área em floresta, libera desmatamento em até 20% em ambientes de fitofisionomia florestal 1998 LEi 9.605 Lei de Crimes ambientais

2000 mP 2.080 Modifica os limites da Reserva Legal em regiões de floresta para 80%

2001 mP 2.166-67 Substitui limites da Reserva Legal, as APPs passam a designar também as áreas marginais aos cursos d’água cobertos ou não por vegetação 2008 dECRETO 6.514 Estabelece penas rígidas para os descumprimentos da Reserva legal e sua não averbação, prorroga a aplicação de multas e sanções 2010 Proposição do novo Código Define que quem desmatou ilegalmente até junho de 2008 não será mais obriga-do a recuperar as áreas devastadas e as multas serão suspensas 2012 LEi 12.651 Novo Código Florestal

ANOTAÇÕES:

Você sabia que o Código Florestal brasileiro é considerado o mais rigoroso do mundo? Informação condizente com um dado relevante, o Brasil é o país que tem a maior cobertura florestal nativa do mundo, ocupando 62% do seu território.

Entre as principais conquistas desse novo Código Florestal podem-se citar:

O conceito de áreas consolidadas: atividades agrossilvipastoris, de eco- turismo e turismo rural já existentes em Área de Preservação Perma- nente -APPs até 22 de julho de 2008, poderão continuar a partir desse conceito, desde que não estejam em áreas de risco e atendam aos cri- térios estabelecidos pelo Programa de Regularização ambiental (PRa).

Recomposição de aPP consolidada para propriedades de até 4 mó- dulos fiscais, com largura de rio até 10 metros: variação de 5 à 20 metros, dependendo do tamanho da propriedade.

Reserva Legal consolidada em propriedades menores que 4 módulos fiscais: Não serão obrigados a recompor as reservas, valerá o per- centual de vegetação nativa existente até 22 de julho de 2008 não podendo mais haver qualquer tipo de desmatamento.

Reserva Legal para propriedades maiores que 4 módulos fiscais: as APPs poderão ser incluídas no cálculo de 20% da Reserva legal, no entanto, se essa soma for superior a 20% o produtor não poderá re- tirar vegetação excedente.

a recomposição de Reserva legal poderá ser feita a partir da rege- neração, plantio de novas árvores, podendo até 50% de espécies exóticas ou pela compensação.

as áreas de Reserva legal com plantio de espécies exóticas poderão ser exploradas economicamente pelo proprietário

a recomposição poderá ser feita em até 20 anos.

a compensação poderá ser feita fora da propriedade por meio de compra de Cotas de Reserva Ambiental (CRA), arrendamento, doa- ção ao Poder Público de área em unidade de conservação pendente de regularização fundiária ou cadastramento de área equivalente em mesmo bioma.

Os passivos ambientais dos produtores rurais poderão ser solucio- nados a partir da adesão ao PRA, onde poderão obter acesso aos incentivos financeiros e econômicos concedidos em retribuição aos serviços ambientais prestados.

as multas até 22 de julho de 2008 serão suspensas desde que o proprietário adira ao PRa e cumpra o termo de compromisso. desta forma as multas serão convertidas em serviços de melhoria ou recu-

ANOTAÇÕES:

O novo Código autoriza ao Governo Federal, instituir o programa de apoio à conservação do meio ambiente que poderá fazer pagamen- to por serviços ambientais prestados, como sequestro de carbono, conservação das águas e da biodiversidade, além da manutenção de aPPs e Reserva Legal.

Para atuar nesse sentido protetivo e fiscalizador, o Novo código Flores- tal institui que o Governo Federal deverá se responsabilizar pela imple- mentação do Programa de Regularização ambiental o qual cada Estado deverá aderir e instituir suas especificidades ao Programa.

Para aderir ao PRA, é necessário que cada unidade faça seu cadastro por meio do Cadastro Ambiental Rural – CAR, que nada mais é que uma ferramenta digital de cadastro para o registro público nacional e vai ser através dela que se farão todas ações de implementação e monitora- mento das especificidades de cada unidade rural.

O Cadastro ambiental Rural estará disponível por 1 ano a partir da publicação do PRA. Devem-se buscar informações em cada Estado para realizar a adesão ao PRa que é obrigatória.

Outro ponto de fundamental importância são as alterações propostas pelo Novo Código relacionadas à implementação e recomposição de Áre- as de Preservação Permanente e de Reservas Legais, nesse sentido, re- sumos práticos estão disponibilizados em meios digitais online como o apresentado no Portal do CREa intitulado RESUMO PRÁTICO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL.

as áreas de aPP estão designadas a seguir:

Cursos d’água

Nascentes e olhos d’água permanentes

Lagos e lagoas naturais

Lagos artificiais (reservatórios artificiais de até 20ha)

Topos de morro

altitude superior a 1800m

Chapadas

Veredas

Reservas legais possuem características para propriedades de até 4ha e propriedades superiores a 4ha

ANOTAÇÕES:

a legislação ambiental cria um marco legal coerente com as demandas de um país em desenvolvimento garantindo aos produtores maior segurança jurídica na implementação das suas atividades agrícolas. Afinal, é isto que deseja o produtor rural: trabalhar e produzir dentro da lei.

“Por que mudar o Código Florestal” – Trabalho feito pela Universidade Federal do Paraná mostrou que 70% da produção agropecuária nacional se concentra nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Dos 10,4 milhões de habitantes dessas regiões, 1,1 milhão vivem na área rural, 92% desses em pequenas propriedades que seriam beneficiadas com a isenção de recomposição da Reserva Legal.

No documento Gestão Social de Bacias Hidrográficas (páginas 112-115)