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2. Condições de trabalho e os riscos profissionais no contexto da atividade

2.3 Envelhecimento no e pelo trabalho

Os riscos profissionais e psicossociais, em sua articulação com a organização do trabalho e a falta de reconhecimento e valorização, revelam-se as grandes fontes de penosidade, impactando na perceção do motorista em sentir-se capaz de exercer a atividade até à idade da reforma. A tabela 8, a seguir apresentada, mostra como os motoristas se sentem em relação ao envelhecimento no trabalho e sua perceção face à permanência nesta atividade até os 60 anos... ou seja, muito antes da idade convencionada de direito a reforma.

44 Tabela 8– Envelhecimento no e pelo trabalho

Factores de risco INSAT 2016 Percentagem de exposição (%) VERBALIZAÇÕES Dificilmente conseguirei faze- lo quando tiver 60 anos 87,50%

Eu queria conseguir chegar aos 60. Não sei, não sei, mais 10 anitos talvez. Eu sei que mais tarde eu vou pagar na minha saúde um preço muito grande se continuar a trabalhar assim.(B.,46anos)

Reforma com muito custo sim e dependendo da idade da reforma. Se for aos 60 anos é uma coisa, se for aos 66 e 4 meses como eles querem, ai, não. O corpo não permite, não tem mais a mesma agilidade (F.,52 anos)

Conheci um colega de trabalho que aos 65 anos parecia um jovem a subir e descer do camião. Olhava para ele e admirava, quando crescer quero ser assim (risos). Muito ágil, magrinho, pequenino (E.,51 anos)

Eu acho que o motorista trabalha até uns 58, e quem trabalha desde muito jovem, eu acho que o mais tardar, ali perto dos 58, depende do caso para caso. Até podemos estar bem mentalmente, mas a parte física nos é muito desgastante também. Porque nos efetuamos várias funções durante o dia. Quer a carga, quer a descarga, preencher o disco, conduzir, cuidado com a polícia se não nos vai multar se fizer alguma asneira, cuidado com a mistura de produto para não fazer a tal caldeirada e depois leva na cabeça e esse estress todo do dia a dia (G., 55 anos)

Depois de uma certa idade o risco é maior,eu não estou aqui me a ver daqui a 14, 15 anos. As vezes digo ao meu chefe de trafego, daqui a 15 anos, que já sou veterano naquilo, e as vezes digo a eles, qualquer dia o gajo em vez de pedir um par de luvas, vai pedir um par de fraldas (risos). Eles daqui a ... perto dos 60 anos, as pessoas acho não deviam estar na estrada a conduzir isso, eu acho, na minha opinião (Excerto motorista, 49 anos)

E eu falei agora com um senhor de 60 anos e ele disse: eu com o meu patrão,não ando assim, por isso que ainda ando aqui, se fosse como vocês andam, não dá para aguentar. Ninguém aguenta trabalhar assim tantas horas, isso todos os dias, tem uma fatura a pagar (Excerto motorista, 37 anos)

Com os anos, é o que eu digo aos mais novos, se calhar nós temos outra pedalada, eu ando a 23 aqui, já tenho 25 anos como motorista, mas alguns novos tem mais ou menos aquele ritmo sempre mais acelerado, diferente de mim, mas muitos colegas que tem 30 anos, daqui a 10 não aguentam isso, esse ritmo em 10 anos, 13,14,13,14, segunda a sábado, no fim de 10 anos...(Excerto motorista, 46 anos)

De acordo com 87,5% dos participantes, dificilmente o motorista conseguirá realizar a tarefa quando tiverem 60 anos. Nos seus relatos, os motoristas apontam o excesso de carga horária como um dos grandes constrangimentos que aparecem ao longo do tempo. As verbalizações se destacam quando falam que trabalhar neste ritmo, tem uma fatura a pagar e

vai-se pagar na saúde um preço muito grande. Outro fator de constrangimento que ressoa

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tarefas como uma dificuldade acrescida na perspectiva de se manterem na profissão até mais tempo.

Apesar de no processo de envelhecimento aparecerem pontos dificultadores em certas tarefas do trabalho, outras competências são desenvolvidas. A experiência e os saberes adquiridos ao longo do percurso profissional, atuam como estratégias de regulação individual ou coletiva, nem sempre consciente, mas que permitem limitar e compensar os efeitos negativos do processo de envelhecimento (Ramos, 2015).

Os motoristas mais velhos relatam certas estratégias protetivas, fazendo comparações de envelhecimento físico em relação a outros colegas que não se cuidam:

“eu cuido-me, faço um bocado de exercício, tiro o horário de almoço, faço minha

comida em casa. Nós temos aqui colegas, com 30 e poucos anos, olha você olha para eles e diz, esse gajo parece mais velho que o X. Nós temos aqui colegas, tu olha para colegas da empresa que estão todos queimados, estão mesmos desgastados, porque isso desgasta mesmo, falta de descanso envelhece a pessoa, e se não almoçam, não descansam, ficam todos desgastados”. (Excerto de motorista, 51 anos, 20 anos de antiguidade).

“Até o momento eu nunca me senti mal, se calhar tenho algum cuidado, mas não

quer dizer que não esteja sujeito um dia desses a ter algum problema. Apesar dos meus 57 anos, até hoje nunca tive nenhuma baixa devido a essas questões, mas reconheço que tento trabalhar com algum cuidado e de uma forma equilibrada para as coisas correrem bem, sem pressa essencialmente” (Excerto de motorista, 57 anos, 33 anos de antiguidade).

“Trago sempre o almoço comigo. Eu ponho-me no lugar dos meus colegas que não

trazem o almoço. Falam que ali não dá para estacionar, tem que andar mais um bocado, mas já não tenho horário e está a acabar com o horário [pausa técnica] só pode andar até ali, e não almoça. É prejudicial a nossa saúde e depois de 20 anos trabalhando nisso.”. (Excerto

de motorista de 55 anos e 20 anos de antiguidade).

Nestes relatos, a exposição a pressão constante para o cumprimento de prazos, falta de descanso e má alimentação são traçados como potencializadores do envelhecimento pelo trabalho, sendo que os cuidados para contornar estes riscos constituem o que é entendido pelos profissionais como necessários para diminuir o impacto do trabalho na saúde. Porém, fazer uso de estratégias que permitam gerir a idade de forma a que se possibilite o prolongamento da vida ativa, só é possível quando a organização proporciona meios para isto. Conforme Laville & Volkoff (2007):

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Essas modalidades só são possíveis se a organização e os meios de trabalho deixam uma margem de manobra individual no posto de trabalho (possibilidade de fazer “de outra maneira”) e coletiva na organização do trabalho, de maneira a fazer coincidir a diversidade dos operadores e as diversidades das situações de trabalho” (Laville & Volkoff, 2007, p. 116).

No caso da atividade de motoristas de matérias perigosas os meios, a organização e as demandas do trabalho parecem não permitir margem a maiores estratégias de gestão da idade, visto que o acúmulo de funções coloca o profissional na circunstância de ter que gerir diversas situações para que o trabalho seja feito de forma adequada e para que os impactos na sua saúde sejam minorados. O excesso de carga horária, assim como a responsabilidade em transportar um material de alta periculosidade, põe os trabalhadores inseridos numa dinâmica em que a saúde e os processos de envelhecimento não são contemplados no dia a dia.

A alta incidência de motoristas que não se vê conseguindo trabalhar com 60 anos nesta profissão faz levantar um questionamento: a profissão de motorista de matérias perigosas é sustentável, sem prejuízos a saúde dos trabalhadores, até a idade da reforma?

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Conclusão

A atividade de motorista de matérias perigosas é marcada por uma periculosidade relativa à carga transportada, supondo diversos riscos, tanto de acidentes como de saúde pela exposição a produtos altamente nocivos. Porém, ao analisar o real da atividade foi visto que questões relativas à organização do trabalho, passando por uma inadequação de instrumentos de proteção, e a falta de reconhecimento, expõem os trabalhadores a situações penosas que podem atuar como potenciadores do processo de envelhecimento. A relação de envelhecimento e trabalho não pode ser apenas baseada na proximidade do individuo a reforma, já que o processo de envelhecimento é dinâmico podendo ser potencializado por situações de constrangimentos a longo prazo no trabalho.

A avaliação do risco no ambiente de trabalho, entendendo o trabalhador como protagonista desta análise é determinante para que prevenções e precauções possam ser tomadas tanto em nível individual, como em nível coletivo e de políticas públicas.

Muitas pesquisas falam sobre os riscos rodoviários, riscos de saúde no contato com as matérias perigosas, mas pouco se fala dos constrangimentos vividos no ambiente de trabalho e do acumulo de tarefas, que não são reconhecidas como nucleares, e ás quais é conferida menor atenção e visibilidade, ainda que comportem riscos. Projetos, leis e propostas são elaboradas quando algo de concreto acontece, como no caso de um acidente. Porém quando que se dará visibilidade a estes fatores de risco, que interferem no dia-a-dia, mesmo não incapacitando o trabalhador para o exercício da atividade? Segue sendo a “peça mais barata

do camião”?

As greves aconteceram exigindo melhores condições de trabalho, ainda que o que foi repercutido no debate público como principal reivindicação foi o alto salarial. Mas a pesquisa observou que muitos riscos, considerados talvez de menor gravidade, estão passando despercebidos tanto pela sociedade, organização e até para o trabalhador. Destaca-se os riscos relativos à inalação de gases dos combustíveis, que por não ter equipamento protetivo obrigatório, a maioria dos profissionais se vê constantemente exposto, alguns até relatando a perda do olfato. Outro fator de risco advém do excesso de carga horária que sujeita os motoristas a horários pouco habituais de sono e de alimentação, e causam afastamento familiar. Somado a isto, o estresse constante pelo acúmulo de tarefas, sendo que lhe é exigida a gestão de prioridades, face à pressão do tempo de resposta as demandas da empresa e os cuidados relativos ao manuseio de matérias perigosas.

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Não é pacífica esta gestão: o motorista vê-se confrontado com o conflito de atender as demanda da empresa e dos clientes, de cumprir os imperativos legais em matéria de horários de condução e de descanso, bem como de cuidado no manuseamento adequado dos produtos inflamáveis, que requer um tempo intransponível, para carregar e descarregar o camião. Este aspecto somado a pressão e intensidade da atividade coloca o trabalhador em uma organização do trabalho em que quase não há espaço para regular estratégias para gerir a preservação da saúde, o que torna difícil fazer uma gestão que previna um envelhecimento precoce.

Essa profissão não é abarcada pelas leis e políticas que permitem a antecipação da reforma, mas os trabalhadores relatam a dificuldade de se imaginar trabalhando para além dos 60 anos nessa atividade. A análise destes trabalhadores no real de sua atividade identificou algumas fontes de constrangimentos e penosidades que ilustram o sofrimento pelo trabalho, não apenas no contexto da greve, mas em seu quotidiano.

Vê-se, pois, necessário que as políticas públicas sejam inscritas no que revela a análise do trabalho em contexto real, e equacionem medidas capazes de diminuir os constrangimentos e efeitos nocivos a saúde. Para, além disto, entendemos importante pensar junto com parceiros sociais a possibilidade de englobar esta categoria em um plano especial de reforma. Esta requisição feita ao Governo pelo SNMMP está em processo de análise, sendo que esta pesquisa poderá ser um contributo, mesmo que micro e singular, para este debate. Para tal, os resultados da pesquisa serão restituídos aos participantes, assim como ao Sindicato SNMMP, numa perspetiva de que outros estudos sejam prosseguidos neste setor, orientados por uma ancoragem no terreno e sustentados no ponto de vista do trabalho e dos seus protagonistas.

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ANEXOS

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Declaração de Consentimento Informado assinada pelos

participantes no“Inquérito Saúde e Trabalho – INSAT 2016”

O uso do Inquérito Saúde e Trabalho enquadra-se no âmbito do Projeto de Dissertação de Mestrado em Temas de Psicologia – Psicogerontologia, promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, sob a orientação da Professora Liliana Cunha.

O objetivo intrínseco à utilização deste instrumento consiste em analisar os percursos profissionais, examinando as condições de trabalho e os efeitos na saúde, considerando os constrangimentos e impactos da atividade de trabalho de motoristas de transporte de matérias perigosas, avaliando assim os riscos da atividade e as consequências das condições do trabalho para o trabalhador. Solicita-se a sua participação na resposta às questões colocadas, e na partilha de outras informações que considere pertinentes face ao objetivo deste Projeto.

Toda a informação recolhida será mantida sob anonimato e confidencialidade.

Após a análise e tratamento dos dados, os resultados obtidos serão alvo de restituição junto dos participantes envolvidos nesta pesquisa.

Caso recuse participar, tal decisão não lhe trará quaisquer benefícios ou prejuízos. De igual forma, poderá a qualquer momento decidir não dar continuidade à sua participação, sem a exigência de justificação.

Obrigada pela sua colaboração.

Para mais esclarecimentos, por favor, contactar: Elisa Jerônimo Aires Leite, pelo endereço de email: elisaaires@gmail.com

“Declaro que tomei conhecimento dos objetivos do estudo. Fui informado/a de todos os aspetos que considero importantes e tive a oportunidade de esclarecer as minhas dúvidas sobre a investigação. Participo de forma voluntária e fui informado/a de que a minha participação, a sua interrupção, ou recusa em participar, não traria quaisquer benefícios ou prejuízos.”

Participante

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Local de Origem do Projeto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Informações:

Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa que se enquadra no âmbito do Projeto de Dissertação de Mestrado em Temas de Psicologia – Psicogerontologia, promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, de Elisa Jeronimo Aires Leite sob a orientação da Professora Liliana Cunha.

O Objetivo dessa pesquisa consiste em examinar as relações entre trabalho e saúde, considerando os constrangimentos e impactos da atividade de motoristas de transportes de matérias perigosas, avaliando assim as consequências das condições do trabalho e a sustentabilidade do emprego até a reforma.

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