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Artigo 54. o

Avaliação da equivalência técnica

▼M3

1. Caso seja necessário estabelecer a equivalência técnica de subs­ tâncias ativas, a pessoa que pretenda estabelecer a equivalência («reque­ rente») apresenta um pedido à Agência.

▼B

2. O requerente deve apresentar todos os dados de que a Agência necessita para avaliar a equivalência técnica.

3. A Agência informa o requerente das taxas devidas por força do artigo 80. o , n. o 1, e indefere o pedido se o requerente não pagar as taxas no prazo de 30 dias. A Agência informa do facto o requerente.

▼B

4. Depois de dar ao requerente a oportunidade de apresentar obser­ vações, a Agência toma uma decisão no prazo de 90 dias a contar da receção do pedido, a que se refere o n. o 1, e transmite-a aos Estados-Membros e ao requerente.

5. Sempre que a Agência considerar que são necessárias informações adicionais para proceder à avaliação da equivalência técnica, a Agência solicita ao requerente que apresente essas informações num prazo por esta fixado. Se o requerente não apresentar as informações adicionais dentro do prazo fixado, a Agência indefere o pedido. O prazo de 90 dias referido no n. o 4 é suspenso a contar da data de envio do pedido e até à data de receção das informações. A suspensão não pode ser superior a 180 dias, exceto se a natureza dos dados solicitados ou circunstâncias excecionais o justificarem.

6. A Agência pode, se necessário, consultar a autoridade competente do Estado-Membro que agiu como autoridade competente de avaliação para efeitos de avaliação da substância ativa.

7. As decisões tomadas pela Agência ao abrigo do n. os 3, 4 e 5 do presente artigo podem ser objeto de recurso interposto ao abrigo do artigo 77. o .

8. A Agência elabora notas técnicas de orientação a fim de facilitar a execução do presente artigo.

CAPÍTULO XII

DERROGAÇÕES

Artigo 55. o

Derrogação dos requisitos

1. Em derrogação do disposto nos artigos 17. o e 19. o , uma autoridade competente pode autorizar, por um prazo não superior a 180 dias, a disponibilização no mercado ou a utilização de um produto biocida que não preencha as condições de autorização previstas no presente regula­ mento para fins de utilização limitada e controlada sob a supervisão da autoridade competente, se essa medida for necessária devido a um perigo para a saúde pública, para a saúde animal ou para o ambiente que não possa ser combatido por outros meios.

A autoridade competente referida no primeiro parágrafo informa sem demora as demais autoridades competentes e a Comissão da sua ação, fundamentando-a. A autoridade competente informa sem demora as demais autoridades competentes e a Comissão da revogação dessa ação.

Após a receção do pedido fundamentado da autoridade competente, a Comissão decide sem demora, por meio de atos de execução, se, e em que condições, a ação empreendida por essa autoridade pode ser pror­ rogada por um prazo não superior a 550 dias. Esses atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 82. o , n. o 3.

2. Em derrogação do disposto no artigo 19. o , n. o 1, alínea a), e até que a substância ativa seja aprovada, as autoridades competentes e a Comissão podem autorizar, por um prazo não superior a três anos, um produto biocida que contenha uma nova substância ativa.

Tal autorização provisória apenas pode ser concedida se, depois da avaliação dos dossiers nos termos do artigo 8. o , a autoridade competente de avaliação tiver apresentado uma recomendação de aprovação da nova substância ativa e as autoridades competentes que receberam o pedido de autorização provisória ou, no caso de uma autorização provisória da União, a Agência considerarem previsível que o produto biocida cumpra o disposto no artigo 19. o , n. o 1, alíneas b), c) e d), tendo em conta os fatores previstos no artigo 19. o , n. o 2.

Se a Comissão decidir não aprovar a nova substância ativa, as autori­ dades competentes que concederam a autorização provisória, ou a Co­ missão, revogam essa autorização.

Caso, no termo do período de três anos, a decisão de aprovação da nova substância ativa ainda não tenha sido adotada pela Comissão, as auto­ ridades competentes que concederam a autorização provisória, ou a Comissão, podem prorrogar a autorização provisória por um prazo não superior a um ano, desde que haja boas razões para crer que a substância ativa satisfará as condições previstas no artigo 4. o , n. o 1, ou, quando aplicável, as condições previstas no artigo 5. o , n. o 2. As auto­ ridades competentes que prorrogam a autorização provisória informam desse facto as demais autoridades competentes e a Comissão.

3. Em derrogação do disposto no artigo 19. o , n. o 1, alínea a), a Comissão pode, por meio de atos de execução, permitir a um Estado-Membro autorizar um produto biocida que contenha uma subs­ tância ativa não aprovada, se estiver persuadida de que essa substância ativa é essencial para a proteção do património cultural e de que não existem alternativas adequadas. Esses atos de execução são adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 82. o , n. o 2. Os Estados-Membros que desejem obter tal derrogação apresentam um pe­ dido nesse sentido à Comissão, fornecendo a devida justificação.

Artigo 56. o

Investigação e desenvolvimento

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1. Não obstante o disposto no artigo 17. o , as experiências ou ensaios para fins de investigação científica ou investigação orientada para pro­ dutos e processos, ou de desenvolvimento, que envolvam um produto biocida não autorizado ou uma substância cativa não aprovada exclusi­ vamente destinada a utilização em produtos biocidas («experiências» ou «ensaios») só podem ser realizados nas condições estabelecidas no pre­ sente artigo.

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As pessoas que realizem uma experiência ou ensaio devem elaborar e manter registos escritos que especifiquem a identidade do produto bio­ cida ou da substância ativa, os dados constantes do rótulo, as quanti­ dades fornecidas e os nomes e endereços dos destinatários do produto biocida ou da substância ativa, e elaborar um dossier que inclua todos os dados disponíveis sobre eventuais efeitos na saúde humana ou animal ou no ambiente. Devem ainda, se lhes for solicitado, disponibilizar essas informações à autoridade competente.

2. A pessoa que pretenda realizar uma experiência ou ensaio que possa implicar, ou ter como resultado, a libertação do produto biocida no ambiente deve notificar primeiro a autoridade competente do Estado-Membro onde se irá proceder a essa experiência ou ensaio. A notificação deve incluir a identidade do produto biocida ou da subs­ tância ativa, os dados constantes do rótulo e as quantidades fornecidas, bem como todos os dados disponíveis sobre eventuais efeitos na saúde humana ou animal ou o eventual impacto no ambiente. A pessoa em causa deve disponibilizar todas as outras informações solicitadas pelas autoridades competentes.

Na ausência de parecer da autoridade competente no prazo de 45 dias a contar da notificação referida no primeiro parágrafo, a experiência ou o ensaio notificados podem ser realizados.

3. Se as experiências ou ensaios forem suscetíveis de ter efeitos nocivos, quer imediatos quer a prazo, na saúde dos seres humanos, em especial dos grupos vulneráveis, ou dos animais, ou quaisquer efei­ tos adversos inaceitáveis nos seres humanos, nos animais ou no am­ biente, a autoridade competente do Estado-Membro em causa pode proibi-los ou permitir a sua realização sob reserva das condições que considerar necessárias para evitar essas consequências. A autoridade competente informa sem demora a Comissão e as demais autoridades competentes da sua decisão.

4. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados nos termos do artigo 83. o para especificar as regras de execução que completam o presente artigo.

Artigo 57. o

Isenção do registo nos termos do Regulamento (CE) n. o 1907/2006

Para além das substâncias ativas referidas no artigo 15. o , n. o 2, do Regulamento (CE) n. o 1907/2006, as substâncias ativas fabricadas ou importadas para utilização em produtos biocidas autorizados para colocação no mercado nos termos dos artigos 27. o , 55. o ou 56. o são consideradas registadas, e o seu registo é considerado completo, para fins de fabrico ou importação para utilização em produtos biocidas, considerando-se, assim, que preenchem os requisitos do Título II, Capítulos 1 e 5, do Regulamento (CE) n. o 1907/2006.

CAPÍTULO XIII